Amo-te, amo-te, amo-te, amo-te,
Tu-não-sei-quem
com mãos de cardos
que descem aos caminhos
para afagar as crianças
de cabelos com asas de vento
a correrem por entre as árvores inquietas de frutos novos...
Amo-te, amo-te. amo-te, amo-te,
a ti que te inventei
com seios de espinhos
para sentir bem na pele
a nudez rude da morte natural
quando me levares pelas nuvens
através daquela ponte sem margens do outro lado...
Amo-te
com estes olhos firmes direitos às cinzas das pedras.
José Gomes Ferreira
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