No passado dia 10 de Janeiro, fui publicado no Jornal O Primeiro de janeiro, o artigo da autoria de Joaquim Armindo:
MOSCADEIRO
UMA NÃO RESPOSTA
Fui brindado neste início do ano, com uma resposta a uma minha crónica, por um artigo/comunicado, da autoria da Comissão Política Concelhia da Juventude Popular da Maia, sob o título “A teoria do coitadinho”. Embora todo o discurso contido naquela prosa, se refira sempre no singular, não me parece que aquela Comissão seja constituída por uma só pessoa, deve ser erro gramatical, e por isso só o refiro.
Esta resposta deixou-me pelo menos uma certeza, de facto as minhas crónicas são lidas e tidas em consideração, nem que seja por minorias, sempre respeitáveis, que não sabem qual a sua percentagem autárquica, mas sabem da certeza, de não terem representantes seus como vereadores e aquele que é o seu presidente (do CDS, ou PP, ou CDS/PP?), acabou de abandonar a Assembleia Municipal, para assumir outro cargo numa Empresa Municipal. E como vêm, não é isso que me levaria a esta não resposta, dado que para mim, assim como para o meu partido, as pessoas, e a pessoa no singular, única e irrepetível, sempre estiveram em primeiro lugar, e não foi desde a última campanha eleitoral para autarquias, mas desde sempre. Reconheço o mérito, de apesar da minha “faixa etária”, seja a Juventude Popular (penso até há pouco Gerações Populares), vir a terreiro defender o Partido que tem o poder nos órgãos autárquicos, por motivos da minha dissertação sobre o exercício do poder na Maia, que considerava “totalitário” e de “ditadura”. Estas expressões são mantidas, se o poder exercido numa parcela da nossa Pátria, a Maia, tiver o mesmo propósito do que ouvimos, vemos, e sentimos na Madeira, onde o CDS/PP mantém uma atitude crítica, e às vezes contundentes.
Para que os meus amigos, que não conheço, da Juventude Popular da Maia, possam ficar descansados posso-lhes afirmar, que ao contrário de outros políticos, sempre disse que recebia lições de toda a gente, logo também da vossa parte.
O teor do escrito daquela estrutura quase nada refere sobre a minha análise, mas remete o problema para a questão da credibilidade da oposição, e no caso concreto do meu Partido, e da derrota estrondosa que o nosso candidato sofreu nas últimas eleições; elencando uma série de conselhos, que prometo não esquecer. É evidente que esta Jota deve andar esquecida, ou então não é da Maia, e passa por aqui de vez em quando, e as crises de amnésia nestas idades podem ser graves, talvez que na minha não o serão tanto. Gostaria de discutir com eles e elas, algumas questões sobre a Maia, e principalmente sobre a democracia participativa, a ditadura e o totalitarismo, mas sobre estas questões quase nada dizem, quedam-se unicamente por referências explicitas ao PS, e sobre o rumo que este partido deve ter, quando na verdade deveriam preocupar-se com o seu partido, sobre a demissão do único vereador que possuíam no executivo camarário, e o abandono da Assembleia Municipal. Como sempre tenho feito, desafio-os a concorrerem às eleições autárquicas, sozinhos, para todos sentirmos o que valem neste concelho. Não querem, porque sabem certamente, que ficariam reduzidos à real dimensão que têm, que não é nenhuma, embora enquanto democrata, que sempre fui, lhes dê guarida para as opiniões que professam e as tenha em consideração.
O PS da Maia, concorreu às últimas eleições autárquicas com candidatos sufragados pelas suas estruturas, nomeadamente à Câmara Municipal. Se bem se lembram, considerei esse candidato muito fraco e perdedor, colocando-me na oposição; o que me sucedeu, meus amigos, é que não fiz parte de nenhuma lista, porque aquele, por vingança pessoal e política, vetou o meu nome, e eu nunca me considerei “coitadinho”, antes enfrentei publicamente aquela discordância; e mesmo depois de perdermos as eleições, me coloquei no meu partido, nessa posição. O que me parece, agora, com esta tomada de posição da JP é que estão com medo, não sei se é porque o PSD poderá deixar de ser sua muleta, ou se o seu partido começará a ser engolido por este. O PS da Maia, está a agir em coerência com a votação que obteve e tem agora vereadores não comprometidos e elementos na Assembleia Municipal combativos, porque se quisesse lugares, nem que fosse nas empresas municipais, certamente os teria, e isso leva a construir uma alternativa, que essa sim mete medo a muitos, com protagonistas novos que façam uma assumpção duma nova forma de estar e ser na política, e talvez nesses tantos estejam os meus caros amigos de uma outra faixa etária, que não a minha.
O totalitarismo duma maioria, em regime democrático, merece um combate tão igual ao de uma ditadura, porque nesta não podemos falar ou reunir (vocês não conhecem isso) livremente, mas naquela falamos presumivelmente livres, mas amarfanhados por neo-liberalismos e populismos, de carácter não participativo, porque condicionados a poderes ocultos, mas muito fortes. E isso é que eu queria discutir convosco! Mais as outras matérias tabus para vós. Por mim têm tempo de antena, é só marcar o local e a hora. Vamos lá a isso!
Joaquim Armindo
Membro da Comissão Politica do PS da Maia
http://www.bemcomum.blogspot.com
Assina esta coluna quinzenalmente
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial