domingo, outubro 24

ALIMENTOS TRANSGÉNICOS - FIM DE LEITURA



Sobre a questão das patentes, Margarida Silva afirma (pág. 117):

"Se o conceito de patentear materiais vivos só por si já é eticamente duvidoso, e para alguns repugnante, alguns exemplos concretosde patentes da área alimentar, de entre dezenas de milhares já atribbuídas neste domínio, mostram que está em causa um grau de apropriação e controlo próximo do absoluto."
E como muito bem, coloca no seu livro, tudo isto também chega à guerra biológica (Pág.122):
" Esta atitude da administração americana nãoé de admirar no contexto de revelações posteriores no jornal New York Times,que trouxeram a lume a existência de programas militares de armas biológicas que incluem, por exemplo, a criação de uma estirpe de antrax transgénico com uma potência mortífera substancialmente aumentada em relacção às bactérias naturalmente existentes. (...) Estes seres, obviamente transgénicos, servem para matar pessoas mas não só : alguns têmpor alvo metais, betão e a "maquinaria bélica" adversária, outros preparam-se para destruir as culturas e gado comque exércitos e civis do lado inimigo se alimentam."
E a pág. 127:
" Só em 2001 as empresas de biotecnologia gastaram 5 milhões de euros numa campanha conjunta para convercer os mais reticentes (França, Dinamarca, Itália,Grécia,Áustria e Luxemburgo) de que os seus produtos eram seguros para consumo humano".
Quase para finalisar usando as palavras de Gandhi:
" A não-cooperação com a injustiça é um dever sagrado"
exorta os consumidores do milho e da soja, como de outros alimentos, porque (pág. 147):
" É um facto histórico que a indústria alimentar não gosta de consumidores com direitos -desde a identificação dos ingredientes até à marcação do prazo de validade em cada produto, as vitórias exigiram luta -, peloque não é de admirar que a indústria continue a resistir a quaisquer novas medidas que obriguem a alterar o status quo."
(...)
"Os consumidores e consumidoras mais cautelosos e motivados reconhecem ou intuem que a protecção individual através do boicote ao consumo dos OGM é apenas a primeira das dimensões de intervenção a que o cidadão tem acesso."
E um aviso, deixa (pág.155):
"A análise de risco começa por avaliar as alternativas: se existirem outros modos de atingir os mesmos fins ou de resolver os mesmos problemas com práticas já conhecidas, mais seguras e eficazes, não se justifica a exposição da sociedade a novos riscos que são, obviamente, inaceitáveis porque se tornam desnecessários."
Este livro da Doutora Margarida Silva,professora da Universidade Católica, não deve deixar de ser lido,por todos os que lutamos por uma outra sociedade.
Custo: 5,5 Euros
Páginas: 181
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