VIOLÊNCIA, FRACASSO DE TODOS
Na coluna "MOSCADEIRO", do Jornal "O Primeiro de Janeiro", de 28 de Setembro de 2004, deixo um artigo, da minha autoria, sob o título:
VIOLÊNCIA, FRACASSO DE TODOS
A Comunidade de Santo Egídio tem-se destacado ao longo dos últimos anos, pela sua prática a favor da Paz e do Diálogo, ao nível internacional. Quantos de nós ainda se lembram, que foi esta Comunidade que conseguiu, através do diálogo, pôr fim à guerra em Moçambique. Pela sua persistência, e enfrentando todas as formas de violência existentes e que geram a fratricida guerra, tem procurado reflectir e exercer a sua prática a favor de todos.
Entre 5 e 7 de Setembro, conjuntamente com a arquidiocese de Milão, celebrou um encontro, nesta cidade, reunindo milhares de pessoas e 350 conferencistas, de sessenta países, à procura de "um novo humanismo", que possa encarar a questão do terrorismo, vencendo-o através do diálogo.
O encontro "Homens e religiões", considerou que "o diálogo é uma força muito mais poderosa que a violência", sendo esta "um fracasso de todos", e que "a arte do diálogo esvazia, com o passar do tempo, inclusive as razões do terror e tira terreno à injustiça, que gera ressentimento e violência", concluíram os participantes, mulheres e homens de boa-vontade, alguns dos quais de muitos credos religiosos.
No momento em que no Iraque, em cada dia se faz sentir a força do terrorismo, com emboscadas, raptos (quinze por dia), morte de reféns sem dó nem piedade, a Comunidade de Santo Egídio, vem colocar na ordem do dia, o problema de como liquidar a guerra e o terrorismo, pois parte do princípio, que a vida humana "é sagrada", e que o mundo se esqueceu disso.
Portugal, anfitrião e participante activo na guerra do Iraque, tem uma especial responsabilidade, na condução desta guerra, e o Ministro dito da Defesa, mas que de facto é da Guerra, não parece compreender as suas responsabilidades, esquecendo o desencadeamento de acções que levem ao diálogo e à Paz, apesar de ser o líder de um Partido dito democrata–cristão.
Os conflitos mais recentes no Afeganistão, Iraque, e nas irresponsáveis acções de Nova Iorque, Madrid e outras cidades, onde morreram milhares de pessoas, não podem ter como resposta a geração de nova violência, como pretende o Sr. Bush, ele próprio gerador da mentira, das desigualdades, da pobreza, da violência no seu país, com milhões de pobres, tornando-se, assim, no campeão da desonestidade e do fomento da guerra. É a intolerância, a falta de ética, o fomento da injustiça, a liquidação de paradigmas culturais, bem determinantes na vivência de outros povos, que levam ao aparecimento de líderes carismáticos e de suicidas que encontram a sua plena realização holística, dando a vida, "o bem mais sagrado do homem", por causas, que nós os do Ocidente, não compreendemos.
Tanto mais, que o Governo dos EUA não tem capacidade para parar com as injustiças, e terrorismo de alguns estados seus aliados, como por exemplo na Arábia Saudita, sendo por isso potenciais focos de novas violências, a que os guardiões da guerra responderão em tempo, com a sua invasão, afim de esvaziar os stocks de material de guerra existentes no seu país, para que a sua economia continue a girar.
O actual primeiro ministro português, mo recente discurso nas Nações Unidas, vem reconhecer o erro da invasão do Iraque, mas esquece que não basta admitir este erro, a denúncia dele e o instaurar uma cultura do diálogo, passa por percorrer este planeta, uma pequena aldeia do cosmos, e focalizar a nossa atenção na erradicação das injustiças e respeito pelas culturas de cada povo e do seu direito de ser feliz. Não ouvi uma única palavra sobre o martirizado povo palestiniano, principal foco da instabilidade há longos anos. O Estado de Israel, mata indiscriminadamente pessoas todos os dias, sem que existam manifestações da vontade política de colocar termo a este vandalismo de guerra generalizada, e este Estado é realmente um dos mais poderosos aliados dos EUA. Será necessário compreender a política dos falcões americanos, tendo como plataforma principal da sua economia caseira, poderosos lobbies judaicos. Esqueceu-se disso o primeiro ministro português, ou virá um dia a ter de lamentar as acções que as mulheres e os homens desesperados uns, fanáticos outros, morrem voluntariamente para defender esta causa ?
Colocar a questão do diálogo para acabar com o terrorismo, como bem fez a Comunidade de Santo Egídio, é um dever do povo português, sem ingenuidades, bem sei, mas com a capacidade determinada de que a Paz só se consegue pelo derrubar dos "muros" da indiferença e da violência em cada parcela do planeta, a começar pela casa de cada um.
Um dos nossos mais prementes contributos, seria o regresso imediato da força da GNR instalada no Iraque, e que isto seja percebido, por José Sócrates, eleito, esmagadoramente, Secretário Geral do meu Partido, que se não o exigir tempestivamente, será entendido como conivente na prosseguimento duma política de guerra, e na dominação norte-americana.
Joaquim Armindo
Deputado Municipal do PS
jarmindo@clix.pt
http://bemcomum.blogspot.com
A Comunidade de Santo Egídio tem-se destacado ao longo dos últimos anos, pela sua prática a favor da Paz e do Diálogo, ao nível internacional. Quantos de nós ainda se lembram, que foi esta Comunidade que conseguiu, através do diálogo, pôr fim à guerra em Moçambique. Pela sua persistência, e enfrentando todas as formas de violência existentes e que geram a fratricida guerra, tem procurado reflectir e exercer a sua prática a favor de todos.
Entre 5 e 7 de Setembro, conjuntamente com a arquidiocese de Milão, celebrou um encontro, nesta cidade, reunindo milhares de pessoas e 350 conferencistas, de sessenta países, à procura de "um novo humanismo", que possa encarar a questão do terrorismo, vencendo-o através do diálogo.
O encontro "Homens e religiões", considerou que "o diálogo é uma força muito mais poderosa que a violência", sendo esta "um fracasso de todos", e que "a arte do diálogo esvazia, com o passar do tempo, inclusive as razões do terror e tira terreno à injustiça, que gera ressentimento e violência", concluíram os participantes, mulheres e homens de boa-vontade, alguns dos quais de muitos credos religiosos.
No momento em que no Iraque, em cada dia se faz sentir a força do terrorismo, com emboscadas, raptos (quinze por dia), morte de reféns sem dó nem piedade, a Comunidade de Santo Egídio, vem colocar na ordem do dia, o problema de como liquidar a guerra e o terrorismo, pois parte do princípio, que a vida humana "é sagrada", e que o mundo se esqueceu disso.
Portugal, anfitrião e participante activo na guerra do Iraque, tem uma especial responsabilidade, na condução desta guerra, e o Ministro dito da Defesa, mas que de facto é da Guerra, não parece compreender as suas responsabilidades, esquecendo o desencadeamento de acções que levem ao diálogo e à Paz, apesar de ser o líder de um Partido dito democrata–cristão.
Os conflitos mais recentes no Afeganistão, Iraque, e nas irresponsáveis acções de Nova Iorque, Madrid e outras cidades, onde morreram milhares de pessoas, não podem ter como resposta a geração de nova violência, como pretende o Sr. Bush, ele próprio gerador da mentira, das desigualdades, da pobreza, da violência no seu país, com milhões de pobres, tornando-se, assim, no campeão da desonestidade e do fomento da guerra. É a intolerância, a falta de ética, o fomento da injustiça, a liquidação de paradigmas culturais, bem determinantes na vivência de outros povos, que levam ao aparecimento de líderes carismáticos e de suicidas que encontram a sua plena realização holística, dando a vida, "o bem mais sagrado do homem", por causas, que nós os do Ocidente, não compreendemos.
Tanto mais, que o Governo dos EUA não tem capacidade para parar com as injustiças, e terrorismo de alguns estados seus aliados, como por exemplo na Arábia Saudita, sendo por isso potenciais focos de novas violências, a que os guardiões da guerra responderão em tempo, com a sua invasão, afim de esvaziar os stocks de material de guerra existentes no seu país, para que a sua economia continue a girar.
O actual primeiro ministro português, mo recente discurso nas Nações Unidas, vem reconhecer o erro da invasão do Iraque, mas esquece que não basta admitir este erro, a denúncia dele e o instaurar uma cultura do diálogo, passa por percorrer este planeta, uma pequena aldeia do cosmos, e focalizar a nossa atenção na erradicação das injustiças e respeito pelas culturas de cada povo e do seu direito de ser feliz. Não ouvi uma única palavra sobre o martirizado povo palestiniano, principal foco da instabilidade há longos anos. O Estado de Israel, mata indiscriminadamente pessoas todos os dias, sem que existam manifestações da vontade política de colocar termo a este vandalismo de guerra generalizada, e este Estado é realmente um dos mais poderosos aliados dos EUA. Será necessário compreender a política dos falcões americanos, tendo como plataforma principal da sua economia caseira, poderosos lobbies judaicos. Esqueceu-se disso o primeiro ministro português, ou virá um dia a ter de lamentar as acções que as mulheres e os homens desesperados uns, fanáticos outros, morrem voluntariamente para defender esta causa ?
Colocar a questão do diálogo para acabar com o terrorismo, como bem fez a Comunidade de Santo Egídio, é um dever do povo português, sem ingenuidades, bem sei, mas com a capacidade determinada de que a Paz só se consegue pelo derrubar dos "muros" da indiferença e da violência em cada parcela do planeta, a começar pela casa de cada um.
Um dos nossos mais prementes contributos, seria o regresso imediato da força da GNR instalada no Iraque, e que isto seja percebido, por José Sócrates, eleito, esmagadoramente, Secretário Geral do meu Partido, que se não o exigir tempestivamente, será entendido como conivente na prosseguimento duma política de guerra, e na dominação norte-americana.
Joaquim Armindo
Deputado Municipal do PS
jarmindo@clix.pt
http://bemcomum.blogspot.com
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