Poder de compra em Lisboa três vezes superior à média nacional
O concelho de Lisboa tem cerca de três vezes mais poder de compra do que a média do país. O concelho do Porto é o segundo com maior poder de compra, com o dobro do nível nacional, de acordo com dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt
O concelho de Lisboa tem cerca de três vezes mais poder de compra do que a média do país. O concelho do Porto é o segundo com maior poder de compra, com o dobro do nível nacional, de acordo com dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
O valor médio de poder atribuído foi de 100, o que compara com 277,93 em Lisboa, 198,48 no concelho do Porto e 180,97 em Oeiras. O INE destaca o facto de, entre os 308 concelhos, 27 ultrapassarem a média, onde «a quase totalidade possui centros urbanos com mais de 10 mil habitantes, confirmando assim a relação entre o grau de urbanização e poder de compra».
Os concelhos de Lisboa e Porto concentram quase 20% do poder de compra nacional. Celorico de Basto e Sernancelhe são os concelhos cujo poder de compra é menor com 41,77 e 42,07, respectivamente.
Assimetrias Litoral-Interior e Urbano-Rural
A análise do indicador do poder de compra «per capita» confirma a ideia de que o país apresenta dois grandes níveis de assimetria. Primeiro, a mais tradicional oposição litoral-interior, com o litoral a apresentar níveis mais elevados de poder de compra.
Segundo, uma dualidade que se torna cada vez mais relevante na leitura territorial do país e que opõe, com maiores níveis de poder de compra, os concelhos mais urbanos - sobretudo os integrados em áreas metropolitanas e as cidades médias do interior (lideradas pelas capitais de distrito) - aos concelhos mais rurais e periféricos, segundo o INE.
Por regiões, Lisboa detém sozinha cerca de 39% do total nacional do poder de compra. O Norte aproxima-se dos 30% enquanto o Centro fica aquém dos 18%. Com contributos mais modestos, surgem o Alentejo com 5,7%, e o Algarve que se fica pelos 4,1%. As Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, por sua vez, não atingem os 2% cada uma delas, de acordo com a mesma fonte.
Metade do poder de compra nacional é abarcado por 17 concelhos, ou 6% do total, enquanto a restante metade está distribuído pelos restantes 291 concelhos.
Outro indicador estudado pelo INE é o Factor Dinamismo Relativo que mede a tendência que subsiste, em termos sobretudo de dinâmica comercial. Os valores mais elevados surgem nos concelhos com grande afluência turística, nomeadamente Albufeira, com um valor nove vezes superior ao desvio–padrão da distribuição.
Os valores mais baixos encontram-se nos grandes centros urbanos, destacando-se a área Metropolitana de Lisboa bem como Porto.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial