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Uma notícia do Público on-line:
UEPE exige clarificações de Barroso sobre participação na campanha portuguesa
Lusa
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, vai ser questionado amanhã, no Parlamento Europeu (PE), em Estrasburgo, sobre a sua participação na campanha eleitoral portuguesa, por um hemiciclo dividido que exige clarificações sobre o assunto.Para o Partido Socialista Europeu (PSE), a participação de José Manuel Durão Barroso no tempo de antena do PSD "requer clarificações", nomeadamente sobre a quem o presidente da Comissão solicitou permissão para intervir na campanha eleitoral portuguesa.Por seu lado, o líder do Partido Popular Europeu (PPE) lembrou que Barroso recebeu José Sócrates em Bruxelas também durante a campanha."Vamos pôr este assunto formal e informalmente na próxima sessão", afirmou o porta-voz do PSE, Tony Robinson, no "briefing" que antecede as sessões plenárias do PE.Em causa para os socialistas está o facto do Código de Conduta do executivo comunitário não prever a necessidade de permissão para o presidente participar em campanhas eleitorais, quando o exige para os comissários, pelo que exigem uma revisão do documento."Os membros da Comissão informam o presidente da sua intenção de participar numa campanha eleitoral e do papel que contam ter.O presidente, tomando em conta as circunstâncias particulares do pedido, decide se a participação pretendida na campanha eleitoral é compatível com o exercício das funções de membro da Comissão", diz o Código Conduta, omisso quanto ao presidente.O PPE mostrou-se "preparado" para discutir a situação, mas considera a participação de Barroso na campanha "extremamente modesta", manifestando estranheza por esta questão não ter sido levantada em Novembro, altura em que o código de conduta foi aprovado pelo executivo comunitário e apresentado ao PE."O senhor Barroso foi muito generoso para os socialistas (portugueses), ao receber o seu líder (José Sócrates) no seu gabinete", ironizou o porta-voz do maior grupo político do PPE, onde se integra o PSD, Robert Fitzhenry.Também os liberais e democratas (terceiro grupo político do PE, com 88 deputados), consideram desnecessário "fazer deste um grande assunto", alegando que seria preciso ser "ingénuo" para que se pensasse que o presidente da Comissão "não iria participar na vida política".Já para os Verdes (com 42 eurodeputados), é "necessário" discutir o papel do presidente da Comissão, bem como clarificar o código de conduta.Na sessão plenária, será ainda votado o programa de Barroso para 2005, que divide uma vez mais o plenário: se os socialistas se mostram desiludidos quanto às medidas propostas, os populares europeus elogiam o documento, embora peçam medidas mais ambiciosas em certas áreas.Quarta-feira, o plenário de Estrasburgo recebe a visita do presidente da Ucrânia, Victor Iouchtchenko, e discute as consequências da liberalização do mercado dos têxteis à China, que afecta países como Portugal.
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