POEMAS DA MINHA VIDA - MIGUEL DA VEIGA
Mais um livro da colecção do Público, desta vez Manuel da Veiga.
Escolho um poema de luís de camões:
[PEDE O DESEJO, DAMA,QUE VOS VEJA]
Pede o desejo, Dama, que vos veja,
Não entendo o que pede; está enganado.
É este amor tão fino e tão delgado,
Que quem o em não sabe o que deseja.
Não há cousa a qual natural seja
Que não queira perpétuo o seu estado;
Não quer logo o desejo o desejado,
Porque não falte nunca onde sobeja.
Mas este puro afecto em mim se dana;
Que, como a grave pedra tem por arte
O centro desejar da natureza,
Assim o pensamento (pela parte
Que vai tomar de mim, terrestre [e] humana)
Foi, Senhora, pedir esta baixeza.
1 Comentários:
Pede o desejo, Dama, que vos veja,
Não entendo o que pede; está enganado.
É este amor tão fino e tão delgado,
Que quem o em não sabe o que deseja.
Não há cousa a qual natural seja
Que não queira perpétuo o seu estado;
Não quer logo o desejo o desejado,
Porque não falte nunca onde sobeja.
Mas este puro afecto em mim se dana;
Que, como a grave pedra tem por arte
O centro desejar da natureza,
Assim o pensamento (pela parte
Que vai tomar de mim, terrestre [e] humana)
Foi, Senhora, pedir esta baixeza.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial