sexta-feira, outubro 7

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Foi publicado na 3.ª Feira, no Primeiro de Janeiro, o seguinte artigo da minha autoria. Publico-o hoje no Blogue porque fala sobre as eleições autárquicas.

OS DADOS ESTÃO LANÇADOS

Quase a terminar esta campanha eleitoral para as autarquias, eis que todos os dados estão lançados. As candidaturas, bem ou mal, apresentaram as suas “promessas”,que a serem concretizadas levariam Portugal à falência, e a demagogia populista e demagógica voltaram a ser características medíocres de muitas candidaturas; sem ideias novas e nunca dizendo ao eleitorado onde se vai buscar o dinheiro para concretizar as “ofertas” ao povo. Todos podem dizer as asneiras que quiserem, apresentar listas renovadas, com nomes e ideias do passado, mas a substância delas poderão não passar de um calafrio para o eleitorado, que, em última instância, sabe sempre escolher. As características destas pré-campanha e campanha, não passaram de uma confrangedora ilicteracia confrangedora, na generalidade. E isso é que diminui a capacidade das listas politicas concorrentes conquistarem a credibilidade das populações, cada vez mais descrentes nestas coisas da política. Tudo isto mina a democracia, retirando-lhe o sumo de uma sociedade outra.

Também aqui na Maia é um pouco isso, e, para além, dos papeis que deixam na minha caixa do correio e dos numerosos cartazes afixados, por empresas da especialidade, retirando o convívio salutar que era a presença dos militantes nesses desafios, a campanha foi frouxa e não teve a vivacidade de outras eras.

A coligação do poder, o PSD/PP, quedou-se por prosseguir com inúmeras inaugurações, afinal como em outros municípios, mas não senti fulgor, para além do poderio económico, patente nos cartazes espalhados por todo o concelho. Neste momento, que escrevo, não consegui, ainda, verificar quais são as suas linhas fundamentais para os próximos quatro anos, e não vi qualquer novidade ou jovialidade, até porque ainda as suas propostas não me chegaram. Ao que sei e acompanho pela imprensa, o grande projecto é tentar oferecer uma continuidade de actuação, dizem, ao jeito do Dr. Vieira de Carvalho. Como se fosse possível pessoas diferentes, terem uma mesma conduta! O eng.º Bragança Fernandes ainda não apareceu em força na campanha, fixando-se, como disse em prosseguir uma campanha de inaugurações, sobre inaugurações.

O PS tem-se mostrado uma força mais aguerrida, fazendo, porventura, uma oposição que não se sentiu nos anos de governação. O PS tem, de facto, mostrado acutilância, umas vezes melhor, outras pior, e vem denunciando actos que eram do seu conhecimento há anos, o que é pena, porque um projecto de “nova esperança” deveria garantir isso mesmo, uma renovada esperança, talvez com alguns outros protagonistas, mas que fosse construído nos anos de uma oposição mais credível, que às vezes nem se dava por isso, e ficava envolta em gabinetes ou jornais que, infelizmente, a grande percentagem do nosso povo não lê. Como qualquer cidadão, não possuo as suas propostas e a sua substância. O que sei, linhas soltas, são linhas de governação que a serem aplicadas, mostrarão à Maia outra forma se fazer politica mais positiva que a actual. Só esperando que essa nova esperança ganhe e governe, se poderá fazer um sentido de mudança real ou não.

O BE pode ser o grande vencedor destas eleições, mas não tenho visto grande movimentação, e, para além das denúncias à CNE, qualquer novidade que nos tenha trazido por agora. Nesta parte do Concelho da Maia, Moreira e Vila Nova da Telha, nem se tem sentido a sua actuação. Bem sei que não possui as máquinas partidárias dos outros, nem talvez o seu orçamento, mas bem poderia com a sua militância oferecer um conhecimento do que pretendem para a Maia e quais são os seus candidatos. Para já nada, mas veremos até ao fim da campanha.

A CDU, tem sido igual a si mesma, sem grandes aparatos, também não tem conseguido passar a sua mensagem, apesar da surpresa com que o seu candidato fala, com oportunidade e discurso muito bem construído.

Perguntar-se-á quais os resultados finais previsíveis, no próximo dia 9 de Outubro. Haverão mudanças ou tudo continuará na mesma? Pelo sentimento que temos, e pela inevitabilidade de algumas sondagens, parece que o PS só conquistando os indecisos, cerca de vinte e três mil, nas palavras do seu candidato à Câmara, que tudo leva a crer são verdadeiras, poderá ter aspirações a governar o Município, enquanto que curiosamente Andrade Ferreira (PS) poderá ganhar a Assembleia Municipal obtendo assim muitos mais votos que Jorge Catarino. O BE poderá entrar para o executivo e, certamente, ganhar alguns lugares na Assembleia Municipal, enquanto a CDU manterá.

Ao nível das freguesias parece certo que o PS subirá (Folgosa e Pedrouços), mantendo as actuais três (Águas Santas, Barca e Gueifães), podendo ainda ganhar Vermoim. Tudo, porém, em aberto, no próximo domingo saberemos o que as maiatas e os maiatos querem para o seu Concelho.

Por mim, como militante do PS, jogo na “nova esperança” (PS), mantendo o meu apoio à lista independente a Vila Nova da Telha, que é esparavel ganhe nesta freguesia.

Joaquim Armindo

Deputado Municipal do PS

jarmindo@clix.pt

http://www.bemcomum.blogspot.com

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