O CONGRESSO DO PS - COMUNICADO DA MOÇÃO SOLIDARIEDADE E CIDADANIA
Os resultados das eleições no Partido Socialista já divulgados pela comunicação social confirmam aquilo que prevíamos: uma reeleição do Secretário Geral por uma folgada margem, 97,2%, correspondendo a 24.713 votos, num universo total de cerca de 89.000 militantes socialistas. Os delegados eleitos nas listas que apoiaram a moção do Secretário Geral são, até agora, 1.384, cerca de 99 por cento do total.
A moção que subscrevemos obteve 0,6% dos votos e elegeu 9 delegados ao congresso.
Sempre dissemos que o que estava em causa neste congresso não era a liderança do PS mas sim as respostas que os socialistas devem dar às aspirações e às angústias dos cidadãos. Por isso não apresentamos nenhuma candidatura a Secretário Geral. Todos os delegados eleitos pela nossa moção foram-no em listas que surgiram espontaneamente em vários pontos do país.
Verificámos que não houve nenhum debate interno entre as moções na esmagadora maioria das secções do partido, com a honrosa excepção da Federação de Setúbal. As estruturas partidárias nada fizeram para o estimular. Todas as sessões em que participámos foram promovidas exclusivamente por apoiantes da nossa moção.
Saudamos José Sócrates pela vitória obtida e desejamos-lhe felicidades para o seu novo mandato. Mas o facto de nos encontrarmos em minoria absoluta dentro do partido socialista em nada diminui a nossa vontade de levar até ao Congresso uma moção que traduza as inquietações de muita gente que votou no PS.
Um partido não pode ser apenas uma máquina de ganhar eleições. Tem de ser também um espaço de debate, avaliação e mobilização. Tem de estar aberto à crítica e à apresentação de novas ideias. Confiamos que o Congresso o permita. Numa democracia, por maior que seja a maioria, não se pode descartar a minoria. Os silêncios de que se fazem os unanimismos não são bons conselheiros. Só para impedir essa tentação já valeu a pena termos apresentado a nossa moção e ir ao Congresso levantar a nossa voz em nome das causas que nos animam: solidariedade e cidadania.
Helena Roseta e José Leitão
A moção que subscrevemos obteve 0,6% dos votos e elegeu 9 delegados ao congresso.
Sempre dissemos que o que estava em causa neste congresso não era a liderança do PS mas sim as respostas que os socialistas devem dar às aspirações e às angústias dos cidadãos. Por isso não apresentamos nenhuma candidatura a Secretário Geral. Todos os delegados eleitos pela nossa moção foram-no em listas que surgiram espontaneamente em vários pontos do país.
Verificámos que não houve nenhum debate interno entre as moções na esmagadora maioria das secções do partido, com a honrosa excepção da Federação de Setúbal. As estruturas partidárias nada fizeram para o estimular. Todas as sessões em que participámos foram promovidas exclusivamente por apoiantes da nossa moção.
Saudamos José Sócrates pela vitória obtida e desejamos-lhe felicidades para o seu novo mandato. Mas o facto de nos encontrarmos em minoria absoluta dentro do partido socialista em nada diminui a nossa vontade de levar até ao Congresso uma moção que traduza as inquietações de muita gente que votou no PS.
Um partido não pode ser apenas uma máquina de ganhar eleições. Tem de ser também um espaço de debate, avaliação e mobilização. Tem de estar aberto à crítica e à apresentação de novas ideias. Confiamos que o Congresso o permita. Numa democracia, por maior que seja a maioria, não se pode descartar a minoria. Os silêncios de que se fazem os unanimismos não são bons conselheiros. Só para impedir essa tentação já valeu a pena termos apresentado a nossa moção e ir ao Congresso levantar a nossa voz em nome das causas que nos animam: solidariedade e cidadania.
Helena Roseta e José Leitão
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