sábado, setembro 11

"PICAR DE NOVO O PORCO QUE DORME" - LIVRO DE ALMEIDA SANTOS



"Eu sei que, para muitos espíritos tradicionalistas, ou apenas conservadores, é doloroso ter de admitir o fatalismo das mutações necessárias. Pois como ? Pôr de lado, como coisa imprestável, o sacrossanto ideal da Pátria ? Ou o significado da pertença a uma Nação, um Território, uma Língua, uma Identidade ? Deixar de cantar os hinos ? De venerar as bandeiras ?
A verdade é que não é em absoluto iminente, mesmo que aprazo seja inevitável, pôr em causa esses e outros atributo da alma de cada um de nós. É certo que a globalização tende à desvalorização das pátrias, das nações, dos territórios, dos símbolos, em última instância à comunhão das línguas e das identidades." (pág. 159)

Almeida Santos, no seu livro "Picar de novo o porco que dorme", faz no diagnóstico, que afinal é todo o seu livro da situação do mundo, defendendo a "globalização regulada", a todos os níveis, e partindo do princípio que o nosso mundo é mesmo uma aldeia, vai defendendo a Nação única e o Governo único; valorizando as regiões e o poder local, e a páginas 171, refere:

" À medida que os centros de decisão se afastam das periferias – nacionais, regionais e locais – faz-se mister prever novos órgãos de decisão ou aumentar os poderes dos actuais, habilitando-os a corrigir as consequências danosas da perificidade a todos os níveis."

Sobre o terrorismo, a páginas 210, analisa:

"Mas se o suicida feito bomba tende a epidemizar-se como instrumento de violência, mais receável e repugnante é decerto o agente do crime organizado a nível global. Organizado nos moldes de mega empresas sob a bênção do Sr. Adam Smith; (…)"
"Para isso, o 11 de Setembro pode ter sido mais do que um aviso. Pode ter sido, por mais contraditório que isso pareça, um fiel aliado dos que teimam em endireitar o Mundo!"

O livro, todo ele um diagnóstico, no fim apresenta algumas terapias, sendo que não explica cabalmente onde entra a cultura de cada País, de cada tribo, de cada porção de povo, será esta faceta que falta diagnosticar neste livro.

Editado pela Notícias Editorial, 303 páginas, deve ser lido e reflectido.

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