ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO", DE 31/10/2004
Foi publicado na coluna "Água Viva", do Jornal "O Primeiro de Janeiro", de domingo passado, 31/10/2004, o artigo da minha autoria "FICA CONNOSCO, SENHOR":
ÁGUA VIVA
FICA CONNOSCO,SENHOR
"Fica connosco, Senhor, pois a noite está caindo" (Lucas 24,29), é a citação do Evangelho, com que João Paulo II inicia a Carta Apostólica "Mane Nobiscum Domine", proclamando o Ano Apostólico de 2004-2005, como o da Eucaristia.
Duas coisas são importantes neste pedido ao Senhor, é "que fique connosco" e "a noite está caindo". A Eucaristia, ou Fracção do Pão, como é conhecida nos textos bíblicos, tem sentido como o centro da vida de cada cristão, pela vivência do sacramento que se faz vida ressurrecta em cada mulher e homem, que vivem na humanidade e em especial no nosso local de vivência.
A Eucaristia, como acto da presença do Senhor vivo e actuante, deve ser entendida como a doação da nossa vida a favor dos demais, em particular dos que sofrem, dos marginalizados e dos mais pobres. O ritual da Missa em si torna-se ineficaz, se o Senhor na " noite que está caindo", não for exaltado fora das paredes dos templos, em todos os lugares, na solidariedade e na fraternidade, esta no sentido lacto de Amor e Urbanidade.
A Ceia do Senhor deve ser sentida, como a força que nos congrega a sermos testemunhas no mundo onde "a noite está caindo". Esta "noite" são os sinais concretos onde nos movemos, desde a guerra à injustiça, passando pelos excomungados da sociedade, onde nós não sabemos, humildemente celebrar o Senhor, porque é muito mais fácil cumprir um preceito dominical, do que ser o sal e o fermento.
Hoje a "noite" tem múltiplas formas de disfarce, onde os défices são palavra de ordem e o economicismo dos vendilhões do templo, passa adiante da Fracção do Pão, este Pão que por repartido se torna vida e basta para todos. É a Ressurreição que acontece em cada desempregado, excluído ou tornado inútil, pela sociedade onde nós os cristãos pontificamos.
O Ano da Eucaristia, ou é Esperança contagiante da nossa proclamação na "noite" da Vida, ou não passará de meras celebrações que nada nem ninguém transformam.
O Senhor está connosco, queiramos ser sentinelas atentas, urbi et orbi.
Joaquim Armindo
Licenciado em Engenharia e Ciências Religiosas
jarmindo@clix.pt
http://bemcomum.blogspot.com
Escreve no primeiro domingo do mês neste jornal
FICA CONNOSCO,SENHOR
"Fica connosco, Senhor, pois a noite está caindo" (Lucas 24,29), é a citação do Evangelho, com que João Paulo II inicia a Carta Apostólica "Mane Nobiscum Domine", proclamando o Ano Apostólico de 2004-2005, como o da Eucaristia.
Duas coisas são importantes neste pedido ao Senhor, é "que fique connosco" e "a noite está caindo". A Eucaristia, ou Fracção do Pão, como é conhecida nos textos bíblicos, tem sentido como o centro da vida de cada cristão, pela vivência do sacramento que se faz vida ressurrecta em cada mulher e homem, que vivem na humanidade e em especial no nosso local de vivência.
A Eucaristia, como acto da presença do Senhor vivo e actuante, deve ser entendida como a doação da nossa vida a favor dos demais, em particular dos que sofrem, dos marginalizados e dos mais pobres. O ritual da Missa em si torna-se ineficaz, se o Senhor na " noite que está caindo", não for exaltado fora das paredes dos templos, em todos os lugares, na solidariedade e na fraternidade, esta no sentido lacto de Amor e Urbanidade.
A Ceia do Senhor deve ser sentida, como a força que nos congrega a sermos testemunhas no mundo onde "a noite está caindo". Esta "noite" são os sinais concretos onde nos movemos, desde a guerra à injustiça, passando pelos excomungados da sociedade, onde nós não sabemos, humildemente celebrar o Senhor, porque é muito mais fácil cumprir um preceito dominical, do que ser o sal e o fermento.
Hoje a "noite" tem múltiplas formas de disfarce, onde os défices são palavra de ordem e o economicismo dos vendilhões do templo, passa adiante da Fracção do Pão, este Pão que por repartido se torna vida e basta para todos. É a Ressurreição que acontece em cada desempregado, excluído ou tornado inútil, pela sociedade onde nós os cristãos pontificamos.
O Ano da Eucaristia, ou é Esperança contagiante da nossa proclamação na "noite" da Vida, ou não passará de meras celebrações que nada nem ninguém transformam.
O Senhor está connosco, queiramos ser sentinelas atentas, urbi et orbi.
Joaquim Armindo
Licenciado em Engenharia e Ciências Religiosas
jarmindo@clix.pt
http://bemcomum.blogspot.com
Escreve no primeiro domingo do mês neste jornal
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial