ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO
Artigo publicado no jornel Primeiro de Janeiro, domingo, dia 2 de Outubro:
UM DEUS BEM PRESENTE
A estória que Jesus, perante os dirigentes judaicos, nos conta no Evangelho de hoje (Mt 21, 33-43), é sintomática de que Deus está bem presente na “vinha”, na altura o povo referida ao povo judeu, mas que mais adiante identifica-a com o Reino onde todos os povos habitam.
Jesus conta que um proprietário arrendou a sua vinha a uns agricultores, e no tempo próprio quis saber dos resultados; acontece, porém, que depois de vários mensageiros enviados e mortos, também o seu próprio filho o foi. Concluiu que a pedra que os construtores rejeitaram, é a pedra angular de toda a construção. Isto significa que Deus está presente em cada passo do nosso viver, para vivermos em liberdade, e, que, apesar, de da rejeição do Amor, que Deus é, ele está no meio de toda a criação, e dos gestos e atitudes de cada um de nós está ou não a descoberta do Reino, onde não existe mais subjugação.
Esta presença de Deus no meio do mundo, é para nós cristãos o desafio da intervenção activa, no seu projecto, que passa em sermos mulheres e homens críticos e fazedores de uma outra sociedade, não nos confinando ao espaço dos templos mas bem no meio da “vinha”, para sermos portadores da esperança e do amor, o que significa uma doação aos outros e uma denúncia permanente das atrocidades cometidas, a qualquer nível.
Um Deus bem presente, aqui e agora, significa que não podemos ficar alheados dos problemas concretos da nossa cidade, mas sermos participantes activos no processo da sua construção, e hoje isso faz-se por um posicionamento cívico e participativo nas próximas eleições autárquicas. Esta “vinha”, a cidade, está entregue à nossa responsabilidade, e Deus nos pede contas todos os dias de que modo estamos a geri-la, ou esquecemos a nossa responsabilidade. Na liberdade e pluralidade das nossas opiniões, há que não atraiçoar as nossas consciências e lutarmos por uma “vinha”, onde o Reino de Deus esteja presente. Ou vamos ignorar o próprio Filho de Deus, que sempre interveio de forma categórica em todos os aspectos da sociedade em que viveu?
Joaquim Armindo
Licenciado
http://www.bemcomum.blogspot.com
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