domingo, abril 2

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Artigo publicado no domingo passado, no O Primeiro de Janeiro, da autoria de Joaquim Armindo.
Estas crónicas passaram a quinzenais, e não só ao primeiro domingo de cada mês.

ÁGUA VIVA

BOLAS DE FUTEBOL JUSTAS

Reuniu em Porto Alegre (Brasil), a nona Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas, que agrupa no seu seio 347 Igrejas Cristãs, entre anglicanos, protestantes e ortodoxos; sendo que a Igreja Católica continua como observadora. O WCC, como é conhecido, é a maior organização ecuménica, tendo dado passos significativos na defesa da dignidade humana, dos povos do mundo inteiro e dedicado a posições justas, nas antípodas da globalização que nos querem impor. É conhecida a sua posição sobre a guerra que Portugal manteve nas colónias, e os seus apelos constantes à libertação daqueles povos.

A par da discussão sobre o ecumenismo e a ética, deu “toda a atenção à unidade, à espiritualidade e à missão, tanto no plano teológico, como no plano prático”; é curioso verificar algumas posições concretas, que levam à reconciliação da família humana, sociais e politicas, a que este conselho nunca foi alheio.

O CMI preocupado com a produção de bolas de futebol, para o Campeonato Mundial de Futebol, deste ano, lançou uma campanha para que estas fossem produzidas em condições condignas, e não de trabalho indigno e injusto, pagas a “cinquenta cêntimos de euro cada um”, condenou o militarismo usado contra o terrorismo, em favor dum diálogo consequente, firme e disposto à reconciliação, o direito à liberdade de expressão, com responsabilidade, e a anulação da dívida da América Latina.

Tanto o cardeal Walter Kasper, representante do Vaticano, como o CMI, concordaram em colocar o ecumenismo numa análise profunda teológica, mas ao mesmo tempo, prático, dando ênfase à impaciência com que verificam que os passos ecuménicos, têm sido tímidos. A este respeito é considerado fundamental o movimento das igrejas locais, na dinamização da unidade em acções concretas de defesa da humanidade, de cada pessoa, nomeadamente dos oprimidos, marginalizados e mais pobres.

Não se consegue perceber, como tão importante acontecimento, passou despercebido aos cristãos do Porto. Se isto for verdade, como parece, não devia!

Joaquim Armindo

Licenciado em Engenharia e Ciências Religiosas

jarmindo@clix.pt

http://www.bemcomum.blogspot.com

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