Os ambientalistas referiram num parecer que a visão contida na ENDS, uma estratégia que se pretende enquadradora de todas as outras até 2015, «defende o primado da Economia sobre os pilares Social e, principalmente, Ambiental, fazendo retroceder algumas décadas o conceito de desenvolvimento sustentável».
«O facto de nenhuma das três metas transversais incluir sequer uma referência ao pilar ambiental, ilustra bem a visão contida nestes documentos», argumentou a Quercus.
As metas globais transversais prevêem colocar Portugal em 2015: num patamar de desenvolvimento económico mais próximo da média europeia; entre os primeiros quinze países do Índice de Desenvolvimento Humano do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento); entre os primeiros vinte e cinco países mais competitivos do mundo.
O facto de não serem apontadas prioridades de actuação «num país onde os recursos são limitados» e a «confusão entre metas e indicadores» que dificulta a análise do grau de implementação da estratégia« são outros dos aspectos críticos.
Os signatários do documento salientam que, apesar da aprovação da ENDS ser urgente, já que Portugal está atrasado relativamente aos seus parceiros europeus, esperam que este parecer contribua para »introduzir algum equilíbrio entre os pilares ambiental, económico e social«.
O parecer é subscrito, além da Quercus pela Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente (APEA), Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), Liga para a Protecção da Natureza (LPN), Plataforma Transgénicos Fora do Prato e Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).
O processo de consulta pública da ENDS termina no domingo.
Diário Digital / Lusa
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