"FILOSOFIA DA INFORMAÇÃO" - FINAL DE LEITURA
PARA UMA FENOMENOLOGIA DA INFORMAÇÃO
"Apesar de nunca ter existido nenhuma definição de informação que implícita ou explicitamente tivesse sido universalmente aceite, a nossa época assume para si mesmo o nome de informação: a era, a época, a sociedade da informação."
E o autor deste último capítulo, do livro continua:
"Nessa relação a informação é a noção central. Dados, isto é, dados em bruto, um conjunto de dados por exemplo, uma folha de Excel preenchida com siglas, números e cálculos vários, só deveria ser considerada informação quando adquirisse significado. Os dados, de acordo com este entendimento, não têm significado. Quando esses dados ganham significado eles passam a informação."
(…)
"Esta distinção entre dados e informação, obtida mediante a adição da noção de significado, pressuposta como evidente e inquestionável (dados+significado=informação), é posteriormente desenvolvida pela adição da noção de experiência, também esta tal como a de significado tida por óbvia, ao conceito de informação, obtendo-se assim o conceito de conhecimento (informação+experiência=conhecimento)."
(…)
"Mesmo os dados mais óbvios, geralmente inquestionáveis, como por exemplo a captação de cores, possuem a marca da nossa própria estrutura.(…) O homem não é apenas um observador do seu mundo mas também um autor desse mesmo mundo, conforme aquilo que ele, homem, na sua essência é."
Depois de analisar os dados e a informação, e a sua correlação, termina, por afirmar:
"Na língua portuguesa entre os significados mais comuns da palavra dados contam-se os seguintes: cada um dos elementos conhecidos de um problema, a base para a formação de um juízo ou cálculo, um indício, uma informação, informações ou representações que podem ser aceites, armazenadas, tratadas ou fornecidas por computador. Enquanto adjectivo a palavra dado significa algo permitido, gratuito, afável, propenso a, ou imediatamente presente à consciência antes de qualquer tratamento."
"Ao contrário dos dados, a informação constitui o tipo de diferença cujo significado fundamental assenta na sua natureza formativa."
E, portanto:
" Informação é um tipo de acção, uma acção que é o surgir do fazer a diferença da diferença, porque a acção, ela mesma, é o que já-é, o que conta enquanto base daquilo que pode informar e, por isso, a informação, a acção que informa, é destinada desde o início e fundamentalmente, isto é, na sua essência indivisível, à sua própria acção."
Um livro interessante este de Fernando Ilharco. Custo 5,5 Euros. 207 páginas.
Contacto: www.ucp.pt/uceeditora/
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