domingo, novembro 7

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À "reconquista" do Castelo de S. Jorge
Nuno da Câmara Pereira imita Martim Moniz

O fadista Nuno da Câmara Pereira vai "vestir-se" sábado de Martim Moniz e assaltar o Castelo de S. Jorge para o "restituir aos portugueses" e impedir a instauração da taxa de entrada definida pela Câmara de Lisboa.

O protesto, previsto pelo fadista para o início da tarde, é motivado pela decisão da autarquia de cobrar uma taxa de entrada de três euros para todos os cidadãos não residentes na capital.
"O Castelo de S. Jorge foi conquistado para os portugueses há 800 anos por Martim Moniz, que morreu mesmo entalado nas suas portas.
(Os portugueses) Não podem sentir-se agora entalados por alguém que pretende franquiar a sua entrada", disse hoje à agência Lusa o cantor.
Nuno da Câmara Pereira, que é também vice-presidente do Partido Popular Monárquico e comendador-mor da Ordem de S. Miguel da Ala, fundada por Afonso Henriques durante a conquista de Santarém aos mouros, considerou que um símbolo nacional como o Castelo de S. Jorge, propriedade do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), "tem de estar aberto a todos os portugueses, não apenas aos de Lisboa" .
"Sou alentejano e não me considero um mouro. Tenho direito, como qualquer português, ao acesso livre ao castelo. Não acho lógico, justo ou honesto que 800 anos depois de Martim Moniz ter morrido entalado, agora os portugueses sejam assim tratados", disse. As "novas hostes da reconquista de Lisboa" agrupam-se às 15:00 frente ao castelo, dispostas a invadi-lo e, se necessário, "novamente se entalarem nas suas portas" em defesa do que Nuno da Câmara Pereira considera o património e símbolo "de todos os portugueses, não apenas dos da capital".
"Estamos a falar da Lisboa verdadeiramente antiga e original. Aquilo a que hoje se dá muitas vezes esse nome, a baixa pombalina, eram as hortas da cidade daqueles tempos. Essa Lisboa que foi conquistada aos mouros é património nacional", frisou. Este acto de "reconquista", salientou Nuno da Câmara Pereira, nasceu de "um gesto espontâneo" seu e não tem quaisquer motivações políticas, mas apenas a "indignação" pelo caso.
"Apelo à consciência nacional para que o maior número possível de portugueses compareça no castelo e o invada", acrescentou.

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