OS POEMAS DE MARIA ALZIRA SEIXO
ESPELHOS
O mar que em mim se espelha
e em mim se degrada
somente se assemelha
à boca derrotada
pelos custos inúteis
do amor e da fala
Ele reflecte fúteis
as imagens que exala
É o mar que me espelha
o líquido onde nada
à vida se assemelha
como uma fútil fala
gastão cruz
[Faro, 1941]
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