Encontro informal de líderes antes de cimeira na EscóciaRússia, França e Alemanha defendem ajudas do G8 a África
03.07.2005 - 16h49
A Rússia, a França e a Alemanha pronunciaram-se hoje a favor de que o grupo dos países mais industrializados do mundo, G8, aprove durante a cimeira na Escócia, entre 6 e 8 de Julho, um amplo programa de ajudas aos países africanos mais pobres.
Numa declaração conjunta após um encontro informal que teve lugar no enclave báltico russo de Kalininegrado, os presidentes russo e francês, Vladimir Putin e Jacques Chirac, e o chanceler alemão Gerhard Schroeder, apresentaram alguns dos pontos que pretendem levar a discussão na cimeira da próxima semana. "Defendemos há algum tempo a melhoria da situação em África e propomos um financiamento adicional, com elementos novos", afirmou Jacques Chirac, citado pela agência EFE, depois de assinalar que o problema da pobreza será um dos assuntos centrais na cimeira do G8, juntamente com o protocolo de Quioto.Os líderes dos países do G8 - que integra a França, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão mais a Rússia - vão estar reunidos entre quarta e sexta-feira, em Gleneagles, na Escócia.De acordo com Gerhard Schroeder, o G8 propõe-se a "continuar o trabalho para perdoar as dívidas" dos países africanos mais pobres. "Em particular, prevemos até 2010 destinar 0,5 por cento do Produto Interno Bruto para ajudas aos países mais necessitados de África, e para 2015 elevar essa quota para 0,7 por cento", explicou o chanceler alemão.Por sua vez, Vladminir Putin indicou que a Rússia "desde logo apoiará as iniciativas de ajuda aos países mais pobres", pois Moscovo já aceitou a proposta para perdoar as dívidas àqueles estados. O chefe de Estado russo considerou ainda que "a forma mais eficaz de ajuda não passa pela injecção de dinheiro, mas através das mudança da política económica". Neste contexto, instou os países do G8 a renunciar aos apoios à sua indústria e a "abrir os seus mercados", segundo noticiaram as agências russas, citadas pela EFE.Outro tema relevante que estará em cima da mesa na reunião do G8 será o protocolo de Quioto, nomeadamente a redução dos gases poluentes. Sobre este assunto, Jacques Chirac expressou a esperança de que haja acordo, apesar de ter admitido que pode não ser aprovada nenhum resolução devido à possível resistência dos Estados Unidos, único país do G8 que não assinou este acordo internacional.Vladimir Putin sustentou, por seu lado, que a entrada em vigor do protocolo, para a qual foi crucial a ratificação pela Rússia, é fruto do trabalho conjunto de três países e prometeu que Moscovo ponderará a possibilidade de não abandonar o tratado na sua próxima etapa, depois de 2012. Ainda segundo o Presidente russo, Moscovo, que assume a presidência rotativa do G8 em 2006 e que é um importante exportador de combustíveis, propõe dar prioridade ao problema da "segurança energética", crucial para as potências económicas mais importantes.
A Rússia, a França e a Alemanha pronunciaram-se hoje a favor de que o grupo dos países mais industrializados do mundo, G8, aprove durante a cimeira na Escócia, entre 6 e 8 de Julho, um amplo programa de ajudas aos países africanos mais pobres.
Numa declaração conjunta após um encontro informal que teve lugar no enclave báltico russo de Kalininegrado, os presidentes russo e francês, Vladimir Putin e Jacques Chirac, e o chanceler alemão Gerhard Schroeder, apresentaram alguns dos pontos que pretendem levar a discussão na cimeira da próxima semana. "Defendemos há algum tempo a melhoria da situação em África e propomos um financiamento adicional, com elementos novos", afirmou Jacques Chirac, citado pela agência EFE, depois de assinalar que o problema da pobreza será um dos assuntos centrais na cimeira do G8, juntamente com o protocolo de Quioto.Os líderes dos países do G8 - que integra a França, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão mais a Rússia - vão estar reunidos entre quarta e sexta-feira, em Gleneagles, na Escócia.De acordo com Gerhard Schroeder, o G8 propõe-se a "continuar o trabalho para perdoar as dívidas" dos países africanos mais pobres. "Em particular, prevemos até 2010 destinar 0,5 por cento do Produto Interno Bruto para ajudas aos países mais necessitados de África, e para 2015 elevar essa quota para 0,7 por cento", explicou o chanceler alemão.Por sua vez, Vladminir Putin indicou que a Rússia "desde logo apoiará as iniciativas de ajuda aos países mais pobres", pois Moscovo já aceitou a proposta para perdoar as dívidas àqueles estados. O chefe de Estado russo considerou ainda que "a forma mais eficaz de ajuda não passa pela injecção de dinheiro, mas através das mudança da política económica". Neste contexto, instou os países do G8 a renunciar aos apoios à sua indústria e a "abrir os seus mercados", segundo noticiaram as agências russas, citadas pela EFE.Outro tema relevante que estará em cima da mesa na reunião do G8 será o protocolo de Quioto, nomeadamente a redução dos gases poluentes. Sobre este assunto, Jacques Chirac expressou a esperança de que haja acordo, apesar de ter admitido que pode não ser aprovada nenhum resolução devido à possível resistência dos Estados Unidos, único país do G8 que não assinou este acordo internacional.Vladimir Putin sustentou, por seu lado, que a entrada em vigor do protocolo, para a qual foi crucial a ratificação pela Rússia, é fruto do trabalho conjunto de três países e prometeu que Moscovo ponderará a possibilidade de não abandonar o tratado na sua próxima etapa, depois de 2012. Ainda segundo o Presidente russo, Moscovo, que assume a presidência rotativa do G8 em 2006 e que é um importante exportador de combustíveis, propõe dar prioridade ao problema da "segurança energética", crucial para as potências económicas mais importantes.
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