terça-feira, abril 4

DO PRIMEIRO DE JANEIRO

Lista B impugnou eleições da Concelhia PS
“Maia tem militantes de 1.ª e de 2.ª”

A Comissão Federativa de Jurisdição do PS reúne-se esta semana para analisar a impugnação pela lista B das eleições para a Comissão Política Concelhia da Maia, que decorreram no dia 25. Uma questão que promete fazer correr ainda muita tinta.
Paulo Sérgio Soares

A Comissão de Jurisdição do PS vai analisar esta semana a impugnação da lista B às eleições para a Comissão Política Concelhia da Maia, que tiveram lugar no último dia 25. Sem querer adiantar muitos pormenores, Abel Maia, presidente daquele órgão, revelou que a questão será analisada nos próximos dias.
Em documento enviado na quarta-feira à comissão, a lista que era liderada por José Manuel Correia aponta várias irregularidades, como o facto de a secção de Pedras Rubras ter aberto às 13h00, duas horas antes do previsto, a votação de muitos militantes sem as quotas sem dia e de um elevado número com quotas reduzidas, o que segundo o ex-candidato “constitui uma situação de excepção, prevista para quem tem dificuldades económicas”.
José Manuel Correia, que promete levar o caso ao Tribunal Constitucional, se a Comissão de Jurisdição do PS não agir em conformidade, lembra que na altura da chegada do delegado da lista a Pedras Rubras, à hora prevista para a abertura das urnas, já tinham votado 59 pessoas, considerando também “inaceitável” que na mesma secção tenham votado tantos militantes em quotas em dia, existindo 80 por cento com quotas reduzidas.

Desigualdades
“Isto prova que na Maia existem militantes de 1.ª e de 2.ª, pois grande parte dos que votaram são pessoas sem qualquer dificuldade económica”, considera José Manuel Correia. Afirmações justificadas no documento de que constam nomes como os de Ana Maria Esteves Rodrigues, professora reformada e deputada municipal, e Joaquim José Ferreira, que como se pode ler no texto, “sempre pagou a quota integral encontrando-se na lista dos militantes com quota reduzida”.
Entre as irregularidades estão o facto de, em Pedras Rubras, o local onde decorreram as eleições ser o consultório de Jorge Catarino, até agora líder do partido na Maia. “Não há qualquer indicação daquele espaço como secção do PS. Existe uma promiscuidade entre o exercício de clínica privada pelo Dr. Jorge Catarino e o exercício livre e democrático dos militantes do PS. Sempre foi recusado pelo Dr. Jorge Catarino que os actos partidários se realizassem fora do seu consultório. Convém dizer que o PS tem uma sede concelhia no centro da Maia aonde as secções que não têm espaço físico realizam os actos partidários”, pode também ler-se no documento, no qual são apontadas outras “ilegalidades”, como “a não afixação dos cadernos eleitorais e listas de candidatura na secção de Pedras Rubras”.

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Averiguações
“Situações estranhas”
Na carta de impugnação é solicitada a averiguação às votações ocorridas nas secções de Gemunde e Milheirós, sendo assinalados como factos “relevantes”, a votação nas secções de Águas Santas, Gueifães e Maia, que representam 64 por cento dos inscritos e 53 por cento dos votantes, recolhendo a lista A 35 por cento dos votos totais e a lista B 86 por cento, sendo referido que “nestas secções houve verificação da votação pela lista B.
“Nas secções de Gemunde, Milheirós e Pedras Rubras, que representam 36 por cento dos inscritos e 47 por cento dos votantes, a lista A recolhe 65 por cento dos votos totais e a lista B 35 por cento, não tendo havido nestas secções verificação pela lista B”.

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