O MUNDO CHOROU HOJE O 11 DE SETEMBRO

Cinco anos após o 11 de Setembro de 2001, a imprensa mundial, recorda hoje com emoção os atentados nos Estados Unidos.

Em Portugal, todos os diários puxam para a primeira página o aniversário dos ataques terroristas, com chamadas para as páginas interiores para artigos de análise sobre o significado do 11 de Setembro e o ponto a que chegou o mundo cinco anos depois.

Chorar o 11 de Setembro deverá ser, na minha humilde opinião, uma forma de o mundo tomar consciência de que a guerra não se resolve com outra ou outras guerras.

Alguns jornais europeus falam do papel que os Estados Unidos desempenharam na resolução deste problema mundial, dizendo que apesar de "não ter conseguido a segurança para os americanos” colocaram “o mundo inteiro no caos".

O Diário Francês sublinha que a administração Bush "conseguiu o feito de reduzir a nada a imensa vaga de compaixão e solidariedade que se manifestou após o 11 de Setembro em todo o mundo, considerando "desastrosa" a sua liderança.

Em Espanha, o diário El Pais, acusa Bush de ter "utilizado" os atentados para o seu "próprio programa 'neocon' (neoconservador)".

Em Itália, o La Stampa sublinha que "a guerra contra o terrorismo" durou já "mais tempo do que a primeira guerra mundial e um pouco menos do que a segunda", mas que "nenhuma vitória está à vista".

Existe , no entanto, uma coisa que não podemos esquecer: é que não houve só um “11 de Setembro”. O mundo vive todos os dias situações semelhantes ao terror que foi aquele 11 de Setembro. E infelizmente isto vai continuar, pelo menos enquanto o mundo quiser resolver uma guerra com novas guerras fazendo parecer uma bola de neve que aumenta de dia para dia e não tem fim à vista.