BEM COMUM APOIA PETIÇÃO CONTRA A DEMOLIÇÃO DO FOCO

Porto: Petição na Internet contra demolição do Cinema Foco

Mais de 70 pessoas já subscreveram uma petição na Internet contra a demolição do Cinema Foco, sala de espectáculos inaugurada em 1973 e desactivada há vários anos, anunciou esta quinta-feira um dos promotores.

De acordo com o arquitecto Agostinho Ricca, autor da petição e um dos projectistas da sala, entrou na Câmara do Porto um projecto de remodelação do Hotel Tivoli que, «com o pretexto de aumentar o número de quartos, destrói a Sala de Espectáculos Foco».

«É um erro destruir um património em bom estado, de grande qualidade espacial e com história nos eventos culturais contemporâneos», salienta o Agostinho Ricca.

Segundo o autor da petição, a enviar à Câmara do Porto e ao Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar), estudos arquitectónico-espaciais permitem garantir que «é possível duplicar o número de quartos do Hotel Tivoli sem violar as normas do PDM» (Plano Director Municipal).

A petição, que às 18:00 de hoje contava com 72 subscrições, surge na sequência de «uma tomada de posição por parte de alguns arquitectos de renome, como Álvaro Siza, Eduardo Souto Moura e a bastonária da Ordem dos Arquitectos, Helena Roseta».

«A destruição da Sala de Espectáculos Foco [com 428 lugares] é um erro que se paga caro, como foi o da demolição do Palácio de Cristal e com ele a jóia que era a Sala Gil Vicente», frisa Agostinho Ricca.

O autor da petição estranha que, a par do encerramento do cinema, tenha sido «sucessivamente desactivado» o contíguo Clube Residencial da Boavista, que inclui salas polivalentes, restaurante, snack-bar e duas piscinas.

Diário Digital / Lusa