domingo, novembro 5

INTERVENÇÃO DOS LEITORES

João Santos deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Alterações climáticas custam tanto quanto as guerras mundiais":

Este é um tema que me é particularmente caro, pois foi sobre ele e sobre o Protocolo de Kyoto que versou a minha tese de conclusão de licenciatura. Por isso, gostaria de acrescentar mais uns dados:
Há já países a serem afundados pela subida do nivel da agua dos mares (o caso mais paradigmático é o de Tuvalu).
O Protocolo de Kyoto é uma farsa, porque não pune os incumpridores (Só na UE é que isso será possível).
O Protocolo de Kyoto é uma farsa porque a meta de uma redução global de 5,2% das emissões de GEE é de tal forma insuficiente, que se torna insignificante.
O Protocolo de Kyoto é uma farsa porque, mesmo sendo pouco ambicioso, o maior poluidor mundial considera-o demasiado arrojado.
Ao mesmo tempo que Portugal é o país mais atingido pelas alterações climáticas, é também o país que mais contribui para as metas de Kyoto não serem alcançadas (a derrapagem andará à volta dos 20%, o que constitui uma anedota mundial).
O preço desta derrapagem vai superar o de meia Ota.
Não vão ser os ricos a pagar a factura.
Como o principal responsável pelas vergonhosas emissões do país são os automóveis particulares, o governo decidiu criar uma taxa sobre lampadas pouco eficientes, e deixar o combustivel na mesma.
O projecto da refinaria de Sines acabou por não avançar para evitar o aumento da factura.
Admiro os americanos pela sua frontalidade. Eles estão-se a marimbar para as alterações climáticas, e deixam isso claro. Nós, por outro lado, andamos a fingir que fazemos, quando apenas empatamos.
Espero que os contribuintes estrangeiros gastem melhor o nosso dinheiro do que nós (que o vamos entregar de mão beijada).
O custo das alterações climáticas pode ser o retorno de uma era glacial ao planeta. Não conheço nenhuma guerra que tenha custado 1/10 disso. A peste negra, à beira deste fenómeno, não passa de um aperitivo. O Katrina não passa de um grão de arroz numa farta refeição de arroz de marisco numa cantina escolar (onde há muito arroz, e quase nenhum marisco).

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