O CONGRESSO DO PS - COM DELEGADOS DE PEDRAS RUBRAS ELEITOS NUMA CASA PARTICULAR
EIS UM INTERESSANTE ARTIGO
Em artigo hoje publicado no Diário de Notícias, intitulado "O Governo em Congresso", Medeiros Ferreira escreve, a certa altura:
"O Governo começou bem em quase tudo, embora com uma tendência para flexibilizar o Estado de direito, o que não foi um bom sinal. Criou um estilo de decisão e de informação e depois viciou-se nele. Quase todos os membros do Governo quiseram parecer-se com José Sócrates: determinados, rápidos e ríspidos. Para quem sabe que a natureza gosta de diversidade, este Governo de uniforme terá destino pendular. Enquanto o ataque às "corporações" escondesse o objectivo principal de compressão de despesas tudo iria funcionar bem. Depois, com centenas de milhares de pessoas atingidas por essas medidas, seria difícil manter a tese parapopulista do ataque às classes privilegiadas. A passagem das farmácias e dos juízes para os professores e para a função pública foi demasiado rápida.
Surgiram então os ideólogos da moderna direita a quererem forçar a mão do líder da esquerda moderna. Tendo ganho as presidenciais, estimularam o Governo assente na maioria do PS não só a encetar um conjunto de reformas que nem Cavaco Silva, nem Durão Barroso, nem Santana Lopes ousaram (como a da uniformização (por baixo dos sistemas da Segurança Social) mas também a entrar numa luta sem quartel com as organizações sindicais. Embevecidos pela imagem de um primeiro-ministro determinado e popular, alguns governantes aceitaram aparentemente essa tarefa. Ora muito mal iria um Governo da esquerda moderna que deixasse como obra o desmantelamento do movimento sindical, num país com poucos corpos intermédios e com uma opinião pública muito oscilante na base. Seria uma dádiva para todos os populismos que espreitam. "
Veja o artigo na íntegra em
http://dn.sapo.pt/2006/10/31/opiniao/o_governo_congresso.html
Em artigo hoje publicado no Diário de Notícias, intitulado "O Governo em Congresso", Medeiros Ferreira escreve, a certa altura:
"O Governo começou bem em quase tudo, embora com uma tendência para flexibilizar o Estado de direito, o que não foi um bom sinal. Criou um estilo de decisão e de informação e depois viciou-se nele. Quase todos os membros do Governo quiseram parecer-se com José Sócrates: determinados, rápidos e ríspidos. Para quem sabe que a natureza gosta de diversidade, este Governo de uniforme terá destino pendular. Enquanto o ataque às "corporações" escondesse o objectivo principal de compressão de despesas tudo iria funcionar bem. Depois, com centenas de milhares de pessoas atingidas por essas medidas, seria difícil manter a tese parapopulista do ataque às classes privilegiadas. A passagem das farmácias e dos juízes para os professores e para a função pública foi demasiado rápida.
Surgiram então os ideólogos da moderna direita a quererem forçar a mão do líder da esquerda moderna. Tendo ganho as presidenciais, estimularam o Governo assente na maioria do PS não só a encetar um conjunto de reformas que nem Cavaco Silva, nem Durão Barroso, nem Santana Lopes ousaram (como a da uniformização (por baixo dos sistemas da Segurança Social) mas também a entrar numa luta sem quartel com as organizações sindicais. Embevecidos pela imagem de um primeiro-ministro determinado e popular, alguns governantes aceitaram aparentemente essa tarefa. Ora muito mal iria um Governo da esquerda moderna que deixasse como obra o desmantelamento do movimento sindical, num país com poucos corpos intermédios e com uma opinião pública muito oscilante na base. Seria uma dádiva para todos os populismos que espreitam. "
Veja o artigo na íntegra em
http://dn.sapo.pt/2006/10/31/opiniao/o_governo_congresso.html
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