SER MULHER

Em Portugal, as estatísticas mostram que há mais mulheres do que homens, que elas estudam mais, trabalham mais. Os números também provam que são elas as maiores vítimas. Vítimas de abuso físico e psicológico, de assédio, vítimas em casa, na rua, no trabalho. Vítimas de uma violência que mancha a sociedade e que se quer, de uma vez por todas, terminada.

Foi em 1999 que a Organização das Nações Unidas designou oficialmente o 25 de Novembro como Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que convida governos e associações a organizarem actividades para dar voz ao problema. Isto porque, considera a ONU, “enquanto continuar a violência contra as mulheres não se pode falar em progresso na equidade, desenvolvimento e paz”.

Desde os anos 80 que a data é símbolo da luta pelos direitos femininos, assinalada sobretudo pelo movimento internacional de mulheres. Um dia que não foi escolhido ao acaso no calendário. Foi a 25 de Novembro de 1960 que três irmãs revolucionárias – Tereza, Patrícia e Minerva Mirabal – foram presas, vítimas de tortura e assassinadas na República Dominicana, a mando do ditador Rafael Trujillo.