quinta-feira, dezembro 28






O ano de 2006 foi de "desilusão" face às expectativas, com o Ministério do Ambiente a revelar fragilidade, a ceder aos interesses de outros sectores e a aprovar projectos lesivos para o equilíbrio ecológico, afirmou hoje a Quercus.

O ano de 2006 foi de "desilusão" face às expectativas, com o Ministério do Ambiente a revelar fragilidade, a ceder aos interesses de outros sectores e a aprovar projectos lesivos para o equilíbrio ecológico, considerou hoje a Quercus.

No seu balanço de 2006, a associação ambientalista viu confirmados "os piores receios" quanto à actuação do Ministério e elenca entre os piores acontec imentos deste ano a aprovação dos projectos Costa Terra e Pinheirinho em Rede Na tura 2000.

O Governo reconheceu interesse público a estes projectos de loteamento no sítio "Comporta/Galé", no litoral alentejano, sem considerar alternativas par a a sua localização, apesar dos prejuízos em termos de espécies e habitats prior itários, considera a associação.

As declarações de utilidade pública ou a classificação como PIN (Potenc ial Interesse Nacional) serviram também para viabilizar projectos em zonas class ificadas como Reserva Ecológica Nacional (REN), Reserva Agrícola Nacional (RAN), povoamento de sobreiros ou Rede Natura.

Foi o caso do IC9 (sublanço Carregueiros/Tomar), fábrica do IKEA em Paç os de Ferreira, plataformas logísticas e barragem do Sabor.

A Quercus aponta também como factos negativos o avanço da erosão costei ra e da desertificação, a co-incineração sem avaliação ambiental e antes da entr ada em funcionamento dos Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Elimin ação de Resíduos Industriais Perigosos (CIRVER) e a portaria que impede que seja m criadas zonas livres de transgénicos se um agricultor se opuser.

Pela positiva destacam-se, segundo a Quercus a aposta nas energias reno váveis (sobretudo eólica e biomassa) e a redução da área florestal ardida, que n ão ultrapassou os 80 mil hectares "em comparação com os últimos anos que nos hab ituaram sempre a valores acima dos 100 mil hectares".

Os ambientalistas elogiaram também a introdução de uma componente ambie ntal no cálculo do imposto automóvel, introduzida a 01 de Julho e a aprovação do sistema nacional de certificação energética dos edifícios.

Para 2007 a perspectiva é pessimista sobretudo devido aos cortes no orç amento do Instituto de Conservação da Natureza, que obrigaram já a rescindir os protocolos entre este organismo público e organizações não governamentais do amb iente para a gestão dos Centros de Recuperação de Animais Selvagens.

A Quercus espera que 2007 traga uma discussão alargada sobre o ordename nto do território, um plano de Rede Natura melhorado, revisão da reforma penal d o ambiente e mais agricultura biológica.

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