RECICLAGEM

Bancos de jardins, papeleiras e vedações tradicionalmente feitos em madeira podem a partir de agora ser feitos de plástico reciclado, serviço oferecido por empresas que assim evitam o envio para aterro de toneladas de resíduos.

Para promover a compra de bens reciclados a partir de plástico, a Quercus organizou ontem uma visita à Mata Real de Alenquer, um dos dois espaços públicos (o outro é a Mata do Castelo) onde a autarquia investiu 20 mil euros para instalar equipamentos feitos a partir de plástico reciclado.

A visita decorreu após um encontro com empresas de reciclagem e responsáveis públicos de empresas de gestão de aterros, onde os ambientalistas aproveitaram para promover a compra daqueles produtos. “Os materiais reciclados custam o mesmo preço que os feitos em madeira, mas são mais duradouros e não necessitam de manutenção”.

Segundo a Quercus, o aproveitamento dos resíduos do plástico permite aos cidadãos e às entidades públicas adquirir bens úteis e mais duradouros do que os usuais. Até agora, 15 por cento dos plásticos que os cidadãos colocavam no contentor das embalagens iam parar a aterros ou para incineração por falta de empresas de reciclagem.

“Os cidadãos devem saber que, graças a novas tecnologias, materiais como embalagens de iogurtes, filmes utilizados para embrulhar sandes ou pacotes de batatas fritas, que até aqui eram desperdiçados na triagem (por não haver empresas que os reciclassem), transformam-se em novos produtos”.

Há ainda outras aplicações dos plásticos, tais como bobines para cabos, caixas de esgotos, tubos para drenagem de águas residuais e de águas de rega, pilaretes de protecção em auto-estradas e apoios para sinais de trânsito.

De acordo com os ambientalistas, a reciclagem dos plásticos mistos poderá constituir um “grande contributo para Portugal recuperar o atraso que tem na reciclagem de plásticos, e cumprir as metas a que está obrigado pela legislação comunitária”.

Uma tonelada de plástico permite poupar 1,3 toneladas de gases de efeito de estufa.