ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO
No passado dia 6/2/2005, foi publicado no Jornal Primeiro de Janeiro, o artigo seguinte, da minha autoria:
ÁGUA VIVA
O SERMÃO DO MONTE
Na domingo passado os cristãos ouviram nas Igrejas a proclamação das Bem – Aventuranças, no chamado "Sermão do Monte", em que Jesus define as suas linhas programáticas, como se diria hoje. No meio da opressão política e religiosa do tempo, um homem pobre, chamado Jesus, ousou proclamar um Manifesto ao povo oprimido, que se deslumbrou com a marca dada de um outro Reino, que haveria de vir, e colocou-se indelevelmente dum dos lados da barricada. Não foi uma proclamação de meias – tintas, mas o sinal positivo, que haveria de pagar com a própria vida, de que é possível viver e ser "sal da terra" e "fermento na massa".
Cada uma das bem – aventuranças é constituída por duas partes : uma que enuncia uma opção, estado ou actividade, a outra a promessa da Nova Aliança, do Novo Mundo.
Jesus no seu discurso, perante a multidão de judeus e pagãos, rompendo com as fronteiras entre os povos, é conclusivo quando afirma que ditosos são aqueles que se elegem por pobres, sofrem, são submetidos, têm fome e sede de justiça, prestam ajuda, são limpos de coração, trabalham pela Paz e são perseguidos pela sua fidelidade, porque esses terão a Deus, receberão consolo, herdarão a terra, serão saciados, receberão ajuda, verão o invisível, serão filhos de Deus.
Pode parecer que todas estas palavras do homem de Nazaré, chamavam o povo à resignação, mas não ao contrapor o reino de Deus, ao reino do poder, colocava-se ao lado dos oprimidos pelos dois poderes e anunciava a libertação total da mulher e do homem, num outro mundo, uma nova organização social e política, onde se "herda a terra". Foi como se uma bomba explodisse e a partir daqui nada seria igual, a boa notícia estava dada.
Nunca com hoje estas palavras, que transitaram de geração em geração, colocadas na boca de Jesus, pelo escritor do livro de Mateus, foram tão actuais. Os cristãos, perante o poder económico, muitas vezes em conluio com o religioso, devem saber interpretar e concretizar as palavras de Jesus, e serem a "luz do mundo", e só o serão quando "metidos" no mundo, concretamente já dando testemunho nas eleições que se avizinham. Participar activamente e serem a denúncia profética.
Joaquim Armindo
Licenciado em Engenharia e Ciências Religiosas
jarmindo@clix.pt
www.bemcomum.blogspot.com
Escreve esta coluna no primeiro domingo de cada mês.
O SERMÃO DO MONTE
Na domingo passado os cristãos ouviram nas Igrejas a proclamação das Bem – Aventuranças, no chamado "Sermão do Monte", em que Jesus define as suas linhas programáticas, como se diria hoje. No meio da opressão política e religiosa do tempo, um homem pobre, chamado Jesus, ousou proclamar um Manifesto ao povo oprimido, que se deslumbrou com a marca dada de um outro Reino, que haveria de vir, e colocou-se indelevelmente dum dos lados da barricada. Não foi uma proclamação de meias – tintas, mas o sinal positivo, que haveria de pagar com a própria vida, de que é possível viver e ser "sal da terra" e "fermento na massa".
Cada uma das bem – aventuranças é constituída por duas partes : uma que enuncia uma opção, estado ou actividade, a outra a promessa da Nova Aliança, do Novo Mundo.
Jesus no seu discurso, perante a multidão de judeus e pagãos, rompendo com as fronteiras entre os povos, é conclusivo quando afirma que ditosos são aqueles que se elegem por pobres, sofrem, são submetidos, têm fome e sede de justiça, prestam ajuda, são limpos de coração, trabalham pela Paz e são perseguidos pela sua fidelidade, porque esses terão a Deus, receberão consolo, herdarão a terra, serão saciados, receberão ajuda, verão o invisível, serão filhos de Deus.
Pode parecer que todas estas palavras do homem de Nazaré, chamavam o povo à resignação, mas não ao contrapor o reino de Deus, ao reino do poder, colocava-se ao lado dos oprimidos pelos dois poderes e anunciava a libertação total da mulher e do homem, num outro mundo, uma nova organização social e política, onde se "herda a terra". Foi como se uma bomba explodisse e a partir daqui nada seria igual, a boa notícia estava dada.
Nunca com hoje estas palavras, que transitaram de geração em geração, colocadas na boca de Jesus, pelo escritor do livro de Mateus, foram tão actuais. Os cristãos, perante o poder económico, muitas vezes em conluio com o religioso, devem saber interpretar e concretizar as palavras de Jesus, e serem a "luz do mundo", e só o serão quando "metidos" no mundo, concretamente já dando testemunho nas eleições que se avizinham. Participar activamente e serem a denúncia profética.
Joaquim Armindo
Licenciado em Engenharia e Ciências Religiosas
jarmindo@clix.pt
www.bemcomum.blogspot.com
Escreve esta coluna no primeiro domingo de cada mês.
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