Vai-te, Poesia!
Deixa-me ver a vida
exacta e intolerável
neste planeta feito de carne humana a chorar
onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos
com bandeiras de lume nos olhos,
para fabricar sonhos
carregados de dinamite de lágrimas.
Vai-te, Poesia!
Não quero cantar.
Quero gritar!
Deixa-me ver a vida
exacta e intolerável
neste planeta feito de carne humana a chorar
onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos
com bandeiras de lume nos olhos,
para fabricar sonhos
carregados de dinamite de lágrimas.
Vai-te, Poesia!
Não quero cantar.
Quero gritar!
José Gomes Ferreira
1 Comentários:
Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras,
tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana bem
triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de vista cm que se colocam os que o
emitem e que lhes dá uma falsa idéia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a
Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da Humanidade. Com efeito, a espécie
humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo.
Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos
que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação material e moral
da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se
leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.
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