quinta-feira, agosto 31


Alterações climáticas ameaçam um quarto dos programas de desenvolvimento


Aproximadamente um quarto dos programas de desenvolvimento do Banco Mundial está em risco devido ao fenómeno das alterações climáticas, alertou ontem a organização, na cerimónia de abertura da terceira edição do Fundo Mundial para o Ambiente (GEF, sigla em inglês), que termina hoje na Cidade do Cabo (África do Sul).

De acordo com um relatório lançado no evento sobre a gestão e integração dos riscos das alterações climatéricas nas operações do grupo do Banco Mundial, «os impactos em investimentos, através do aumento de custos ou de significantes redireccionamentos, estimam-se em um a dois por cento do portfólio de investimentos, ou seja entre cerca de 200 milhões de dólares (156,3 milhões de euros) e 400 milhões de dólares (312,5 milhões de euros) por ano no seio do grupo do Banco Mundial, e em pelo menos mil milhões de dólares (781,1 milhões de euros) para todas as operações de assistência ao desenvolvimento oficiais e empréstimos concedidos».

Em causa estão ameaças directas ao investimento, como sejam os efeitos em infra-estruturas em resultado de eventos climáticos extremos, más performances dos investimentos e má-adaptação – quando o desenvolvimento económico despoleta maior vulnerabilidade em zonas de alto risco.

«É preciso que a adaptação às alterações climáticas sejam tratadas como a maior ameaça económica e social para as economias nacionais, e não apenas como um problema a longo-termo», disse Warren Evans, director do Ambiente do Banco Mundial. Mais de um quarto dos programas podem estar em risco.

O Fundo Mundial para o Ambiente (GEF), o maior mecanismo de financiamento ambiental do mundo, foi criado em 1991 e ajuda os países em desenvolvimento a promover programas para conservar a biodiversidade, combater as alterações do clima e degradação dos solos.

Dos 32 governos membros do GEF - incluindo Portugal – aprovaram uma contribuição de 3,3 mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros) para os projectos do Fundo durante os próximos quatro anos. Portugal foi um dos 20 países que decidiram aumentar a sua contribuição.

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