Portugueses estão melhor informados sobre a sida
De acordo com um estudo divulgado hoje em Bruxelas, os cidadãos portugueses estão melhor informados sobre o vírus da VIH/sida.
Segundo o «Eurobarómetro sobre Prevenção da SIDA», persistem em Portugal diversas ideias erradas sobre as formas de transmissão da doença, mas o número de respostas correctas subiu significativamente em relação a 2002.
O mesmo estudo dá conta que o conhecimento sobre a sida é agora bastante elevado em Portugal e na Alemanha, tendo descido em Itália, Espanha e Reino Unido.
A nível europeu, a maioria dos cidadãos (95%) já sabe que o VIH pode ser transmitido através de um seringa infectada, quando uma pessoa recebe sangue infectado ou quando tem relações sexuais sem protecção.
Em relação aos dez novos países que aderiram à União Europeia (UE), em 2004, persistem diversos equívocos.
Segundo este estudo, apenas dois em cada cinco inquiridos nos 25 Estados-membros (40%) sabem que uma pessoa não pode ser infectada por beijar na boca alguém que tenha sida ou seja seropositivo.
Em Portugal, a percentagem de repostas correctas a esta questão é ainda mais reduzida, com 30% dos inquiridos a responderem que não é possível, 35% mostram ter dúvidas, respondendo possivelmente, enquanto que 25% responderam que sim e 8% não sabiam ou não responderam.
Por outro lado, muitos portugueses sabem agora que não há perigo de transmissão do vírus por se beber de um copo utilizado por uma pessoa com sida ou por tomar conta de alguém ou, ainda por comer uma refeição preparada por alguém com sida.
Os erros persistem nas questões sobre se é possível uma pessoa ser infectada numa sanita de uma casa de banho pública ou através de um aperto de mão, embora 74% dos inquiridos tenham respondido correctamente à última pergunta.
Num outro capítulo, sobre a mudança de comportamentos, 42% dos cidadãos portugueses inquiridos afirmaram que, pessoalmente, tomam mais precauções nas relações sexuais (sendo a média comunitária de 48%), e 32% admitiram que procuram maior estabilidade na escolha de parceiro(a) (contra 38% de média da UE).
Por fim, Portugal é dos países onde se regista menos apoio à ideia de investir na investigação, a nível nacional, com vista a descobrir uma vacina para a SIDA (apenas 45%, o sétimo valor mais baixo entre os «25»), mas uma maioria, de 58%, acredita na eficácia das campanhas de prevenção que têm sido levadas a cabo, ao contrário do que sucedia em 2002.
Ainda há muito caminho para percorrer...
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