Ainda sobre as alterações climáticas
Canadá insiste que não abandonou Protocolo de Quioto
O ministro da Indústria canadiano, Maxime Bernier, insistiu hoje que Otava não abandonou o Protocolo de Quioto sobre alterações climáticas mas reiterou a posição do Governo, segundo o qual o país não vai conseguir cumprir os seis por cento de redução de emissões impostos.
Hoje, as emissões do Canadá são 27 por cento mais elevadas do que em 1990, disse Bernier, em grande parte devido ao desenvolvimento da indústria do petróleo e do gás.
“Era inteiramente previsível que as emissões canadianas iriam subir”, comentou. “Vivemos num mundo que tem sede de petróleo. Simplesmente não podemos desligar a torneira”.
No mês passado, o Governo canadiano propôs uma legislação sobre a qualidade do ar que ignorou o protocolo de Quioto e impôs reduções às emissões só em 2020-2025.
Esta medida gerou críticas dos partidos da oposição e de organizações ambientalistas que acusaram Otava de abandonar Quioto em favor de metas de redução que não são práticas e que não resolvem o problema das alterações climáticas.
Hoje, Bernier adiantou que, no âmbito da nova legislação, serão apresentados até ao final do ano metas para as emissões da indústria, incluindo a petrolífera, automóvel, pasta de papel e química.
O Canadá recebeu ontem o Prémio “Fóssil do Dia”, um galardão atribuído diariamente pelas organizações não governamentais de ambiente aos países com pior comportamento nas negociações.
As declarações de Bernier surgem numa altura em que 189 países – incluindo o Canadá – estão reunidos em Nairobi, no Quénia, para a 12ª Conferência das Partes da Convenção Quadro da ONU sobre Alterações Climáticas.
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