quinta-feira, agosto 3

LEIAM ESTE NACO DE PROSA, E VEJAM BEM QUEM NÓS ANDAMOS A SUSTENTAR

ALBERTO JOÃO JARDIM
Consigo, Senhor Presidente, Convosco, Senhores Deputados
O positivismo inflacionado que tomou conta do Direito português, a par da escandalosa solidariedade entre certas corporações que, não eleitas, querem ser Poder, salda-se por subtrair Direitos, Liberdades e Garantias aos Cidadãos, e por proteger exercícios sofisticados de delinquência.

A comunagem anda nervosa, principalmente depois da estratégia anti-Povo Madeirense, pela qual suicidariamente optou.
Embora pretenda fazer crer — «mentir, mentir sempre, até à vitória final», dizia Lenine — que a «quebra do verniz» seja nossa.
Então, é vê-los, desorientados, a proliferar insultos.
A folha do Grupo Blandys insere um artigo de um indivíduo que já foi candidato pelo partido comunista e a quem foi entregue a rádio do dito Grupo, onde há um vergonhoso insulto à Assembleia Legislativa da Madeira, símbolo das Liberdades e Direitos conquistados pelo Povo Madeirense, ao Presidente do Parlamento regional, seu rosto, e aos Deputados eleitos pelo Povo.
Perderam as estribeiras!…
Tentando um garrote de sufoco financeiro sobre o Povo Madeirense, procurando destruir o que de positivo se concretizou em território nacional, na lógica rafeira de nivelar pelo reles — eles são assim… — ainda por cima têm a suprema e repudiável «lata» de dizer que a «culpa» não é dos algozes da Madeira.
A culpa seria dos responsáveis pelo esforço de mudar a nossa terra e de afirmar os Direitos e Dignidade do povo Madeirense!…
Na altura própria, mais cedo ou mais tarde, pagarão por isso. A História tem os seus ritmos e etapas próprias…
Poder-se-ia interpretar o nojo escrito, como um estrebuchar corporativo por parte de alguns que, face à legislação deste pobre País que atenta contra os Direitos, Liberdades e Garantias individuais, julgavam ser os «donos» da Pátria, quando apenas são — esses alguns, e não todos, felizmente — corresponsáveis pelo estado a que Portugal chegou.
Poder-se-ia interpretar o nojo escrito, como um estrebuchar corporativo de alguns que se julgam no «direito» de não observar as regras determinadas por Quem para tal tem Direito em nome da soberania democrática do Povo. Por Quem, com toda a legitimidade democrática, defende, e bem, a dignidade da Instituição primeira da Autonomia Política conquistada e o respeito que é devido a todos os seus Deputados.
Que, por ser a Instituição que é, terá de ser sempre defendida, seja em que circunstâncias for.
É que a estratégia de apoucar o Parlamento da Madeira, só serve aos incomodados com os passos históricos que o Povo Madeirense vem dando ao longo dos últimos trinta anos.
Mas não se trata, só, do estrebuchar corporativo de alguns militantes político-partidários que se refugiam covardemente atrás de um estatuto profissional.
Nem se trata, só, de mágoas íntimas, com o psico-patológico de quem não honra os Valores que teve a sorte de receber desde o berço.
Como não é só o desespero próprio de quem se enfiou por estratégias erradas.
A questão em causa, é fundamentalmente de objectivos políticos.
As «sapatilhas», as «T-shirts», o abandalhamento que insulta a pobreza, porque de «pobres» não se trata e a pobreza nesta terra exprime-se com Dignidade, visam vulgarizar o símbolo principal que o Parlamento da Madeira assume nestes novos Tempos, e que desagrada ao saudosismo colonialista de Lisboa.
Não é por acaso que uma questão de terceiríssima ordem em qualquer parte do mundo civilizado, é trazida para primeiro plano, como se algo de Bem Comum se tratasse.
O que há, sim, é mais um pretexto para atacar as instituições da Autonomia Política conquistada pelo Povo Madeirense.
Ou o Povo Madeirense quer voltar ao «distrito» sob domínio colonial de Lisboa?!…
E, assim, perder tudo o que conquistou, a começar pela Dignidade da sua Identidade finalmente assumida e reconhecida?…
Com o que se está a passar, todos nós mais uma vez confirmamos que, ideologicamente e na prática, a descentralização política democrática, que é a Autonomia, vem sendo lógica e coerentemente incómoda para os comunistas.
Confirmamos que os Parlamentos livres e democráticos foram sempre detestados pela concepção fascista dos comunistas.
Tudo claro. Ao menos, estas idiotices tiveram o condão de nos relembrar questões essenciais, de fundo, às vezes ultrapassadas pelo economicismo e reivindicações pontuais com que se vai entretendo as massas.
Resta a falta de respeito por parte do escriba.
Respeito, é coisa que os comunistas não têm e que o marxismo triunfante em 74, dolosamente, procurou eliminar da vivência ética nacional.
Os tempos em que a Honra se resgatava pelo duelo, em que, por vezes até ridiculamente, uns arranhões saldavam as contas, felizmente já lá foram.
Até porque, face a certo tipo de gente, há que ter respeito em não sujar a lâmina do sabre.
Na I República, estas vilanias eram tratadas com umas bengaladas.
Mas o positivismo inflacionado que tomou conta do Direito português, a par da escandalosa solidariedade entre certas corporações que, não eleitas, querem ser Poder, salda-se por subtrair Direitos, Liberdades e Garantias aos Cidadãos, e por proteger exercícios sofisticados de delinquência.

Por: Alberto João Jardim

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial