quinta-feira, agosto 10

Evocações do viver romântico



Ó tranças de que Amor, prisões me tece,
Ó mãos de neve, que regeis meu Fado!
Ó tesouro! Ó mistério! Ó par sagrado,
Onde o menino alígero adormece!

Ó ledos olhos, cuja luz parece
Ténue raio do Sol! Ó gesto amado,
De rosas e açucenas semeado,
Por quem morrera esta alma, se pudesse!

Ó lábios, cujo riso a paz me tira,
E por cujos dulcíssimos favores
Talvez o próprio Júpiter suspira!

Ó perfeições! Ó dons encantadores!
De quem sois? Sois de Vénus? É mentira:
Sois de Marílía, sois dos meus Amores
.


Bocage

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