Evocações do viver romântico
Ó tranças de que Amor, prisões me tece,
Ó mãos de neve, que regeis meu Fado!
Ó tesouro! Ó mistério! Ó par sagrado,
Onde o menino alígero adormece!
Ó ledos olhos, cuja luz parece
Ténue raio do Sol! Ó gesto amado,
De rosas e açucenas semeado,
Por quem morrera esta alma, se pudesse!
Ó lábios, cujo riso a paz me tira,
E por cujos dulcíssimos favores
Talvez o próprio Júpiter suspira!
Ó perfeições! Ó dons encantadores!
De quem sois? Sois de Vénus? É mentira:
Sois de Marílía, sois dos meus Amores.
Bocage
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial