quarta-feira, dezembro 13

Douro Património da Humanidade com Lixeiras clandestinas






As lixeiras clandestinas continuam a ser um «cancro» em várias zonas da região do Douro que há cinco anos foi classificada como Património da Humanidade. Para inverter a situação, está em curso um projecto que visa a erradicação destes depósitos a céu aberto.

A região do Douro continua às voltas com dezenas de lixeiras clandestinas espalhadas pelas bermas das estradas, que se tornaram numa das maiores nódoas do território. Um passeio pelas estradas da área classificada e por toda a restante Região Demarcada do Douro mostra as encostas do rio Douro ou os socalcos das vinhas seculares daquele território manchados por dezenas de lixeiras clandestinas e sucatas.

A empresa de consultoria TECNOPOR identificou estes “pontos negros” do território e elaborou propostas de reabilitação paisagística para os 13 concelhos que integram o Douro Património Mundial.

O projecto “Erradicação das Dissonâncias Ambientais do Alto Douro Vinhateiro”, que é promovido pela Comissão de Coordenação Desenvolvimento do Norte (CCDR-N) e tem como entidade executora o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), deverá começar a ser aplicado no início de 2007. Ou seja, cinco anos depois do seu reconhecimento como Património Mundial, o Douro verá iniciada a primeira operação de remoção de lixeiras e resíduos.

Foram identificadas, numa primeira fase, mais de 30 lixeiras, pedreiras, sucatas e vazadouros de lixos clandestinos nas bermas das estradas, entre outras dissonâncias ambientais.

Por exemplo, quem segue na estrada que leva à localidade de Covelinhas, no concelho do Peso da Régua, vai encontrar do seu lado direito e a escassos metros do rio Douro um “supermercado de lixo”. Na berma da estrada facilmente se identifica um sofá, um colchão, panelas e tachos, inúmeros sacos plásticos e materiais de demolições e de construções, como telhas e tijolos.


A campanha “Douro Limpo” tem como objectivo a correcção “imediata” de atitudes e comportamentos dos utilizadores actuais da área do Alto Douro Vinhateiro e é dirigida aos autarcas, comunidade escolar e empresários. É que, segundo Margarida Correia Marques do Centro de Estudos Tecnológicos do Ambiente e da Vida da UTAD, no Douro não há actualmente soluções para o depósito dos resíduos de construções e demolições resultantes da demolição de edifícios degradados e requalificação de construções industriais impostas pela classificação do Douro Vinhateiro.

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