domingo, dezembro 17

Jovens portugueses






Os adolescentes portugueses adquiriram nos últimos anos hábitos mais saudáveis, sendo em menor número os que fumam e mais aqueles que usam preservativo, embora os hábitos alimentares tenham piorado, revela um estudo publicado hoje pelo Público.

O estudo da Faculdade de Motricidade Humana, que inquiriu cinco mil alunos com uma média de idades de 14 anos, revela que actualmente 5% dos adolescentes são fumadores diários, enquanto que há quatro anos, a percentagem era de 8,5%, apesar de, ao contrário de em 2002, o consumo pelas raparigas tenha aumentado.

Na faixa etária dos «16 anos ou mais» a taxa de fumadores diários sobe para 15%, mas é inferior à registada em 2002, que se situava nos 23%.

As conclusões divulgadas pelo Público constam do relatório preliminar do estudo «A Saúde dos adolescentes portugueses», uma pesquisa feita pela terceira vez em Portugal, e que integrará um estudo internacional da Organização Mundial de Saúde, realizado de quatro em quatro anos.

A coordenadora da investigação em Portugal, Margarida Gaspar de Matos, atribui o decréscimo de consumo de tabaco entre os adolescentes a um «desprestígio social» dos fumadores.

«Já não é tão trendy fumar», afirma ao Público a investigadora, acrescentando que os adolescentes têm sido sensíveis a malefícios do tabaco relacionados com a imagem, como por exemplo, provocar mau hálito ou a pele seca.

Os adolescentes que afirmam já ter tido relações sexuais é semelhante ao de 2002, actualmente são 22,7%, enquanto que em 2002 representavam 23,7%.

Contudo, diminuíram aqueles que reconheciam que na última relação sexual não tinham usado preservativo (29,9% em 2002 contra 18,9% actualmente).

O consumo de álcool mantém-se estável desde 2002, mas são mais aqueles que dizem já ter estado embriagados quatro vezes ou mais: 5,3% em 2002 e 6% em 2006.

O estudo indica que os adolescentes portugueses alimentam-se pior: só um quarto diz comer todos os dias vegetais e são menos os que referem tomar sempre o pequeno-almoço.

A insatisfação com a imagem também aumentou: questionados se mudariam alguma coisa no corpo, 46,4% responderam afirmativamente em 2002 e 55,1% disseram «sim» em 2006.

Aumentou o número de adolescentes que se sujeitam a uma dieta alimentar: 10,5% em 2006, quando em 2002 eram 7%.

As raparigas são as mais insatisfeitas com o corpo, com a percentagem das que fazem dietas a duplicar em relação aos rapazes, ainda segundo o estudo.

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