quarta-feira, agosto 31

1 ANO DO BLOGUE BEM COMUM





PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DO BLOGUE
MAIS DE 5 000 VISITANTES, 11 000 PÁGINAS VISITADAS
MAIS DE CEM PAÍSES - TODOS OS CONTINENTES
10% BRASILEIROS - 3% EUA -
MUITO OBRIGADO A TODOS OS LEITORES


O DISCURSO DE MÁRIO SOARES

É impossivel falar do discurso de Mário Soares, sem relembrar Manuel Alegre; dois discursos diferentes: um de Manuel Alegre, onde se notou uma sinceridade inigualável, forte e conciso, sabendo bem que as suas palavras falam para as mulheres e os homens de amanhã, para quem acredita nun mundo outro.

O de Mário Soares calculista, repizando em tanta coisa já dita, sem ideia para o futuro. A Mário Soares só o "fixe" de muitas tomadas de posição últimamente é capaz de o colocar na esquerda portuguesa.

A nós esquerda portuguesa, sem outra saída, só nos restará apoiar Mário Soares, e lembrar Lurdes Pintasilgo que apoiamos quando adversária de Mário Soares há 20 anos. Que ele se deixe influenciar por ela é o meu desejo.

terça-feira, agosto 30




ENCRUZILHADAS

O DISCURSO DE MANUEL ALEGRE

Acabei de ouvir Manuel Alegre, e como adivinhava Manuel Alegre apareceu como um venceder, vencedor porque não se vende a aparelhos, a promiscuidades, nem a candidatos feitos pela Comunicação Social.

Manuel Alegre foi ele próprio, sincero e leal, sem nada temer. Apareceu ao lado do seu povo português, sem temer os lobbis da política, e com força e vigor. Sem se vender às direcções partidárias.

É republicano! É português!

domingo, agosto 28




CARRO PARA VISITAR AS FREGUESIAS, NESTE DOMINGO

sábado, agosto 27

FELGUEIRAS VS MAIA

Os p roblemas que estão a decorrer em Felgueiras, por motivo da impugnação das listas do PS, não me parecem ter paralelo com o que se passou na Maia.

1.- Em Felgueiras a Direcção Nacional do Partido Socialista avocou todo o processo, pelo que não existe qualquer problema na formação de listas (estejamos ou não de acordo, com o modo).

2.- Na Maia, não!, as listas às Assembleias de Freguesia de Moreira e de Vila Nova da Telha, deveriam ser aprovadas pela Secção de Pedras Rubras ( e creio que o seriam), mas não foram, porque não foi convocada a respectiva Assembleia de Militantes, pelo seu Presidente, logo, e face aos estatutos, estão feridas de legalidade.

3.- Descansem porém, que não serei eu que colocarei ( e para isso já o devia ter feito), a questão em tribunal, porque considero de menor importância; a maior importância serão os resultados de 9 de Outubro, e pelo que vejo existem candidatas que só agora viram os problemas, há tanto tempo no terreno!




FRUTA
PARA COMEÇAR BEM O FIM DE SEMANA

sexta-feira, agosto 26

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRA MÃO

Foi publicado no Jornal Primeira Mão em 19/8/2005, o seguinte artigo de opinião, da minha autoria


UM CANDIDATO COM DIGNIDADE

O exercício da cidadania é um direito e um dever de qualquer pessoa, na sua qualidade de única e irrepetível, que não deve ser alienado em nome de nenhum espartilho, mesmo que a militância político-partidária o imponha, por vezes em nome de uma disciplina castradora. E porque o é, não fundamenta o dever patriótico da intervenção dos cidadãos nas coisas que lhes dizem directamente respeito; será como um silêncio respeitador da monotonia e do afastamento dos cidadãos da discussão pública, para entrar no inferno dantesco da imobilidade, porque uns quantos entendem que a verdade é deles, sem contudo possuírem a evidência da sua certeza.

Porque assim penso, não posso demitir-me da minha função interventiva na Maia e no País, só porque o presidente da Comissão Política do PS/Maia, e candidato à Câmara Municipal da Maia, decidiu em atitude de evidente arrogância e prepotência, e por vingança pessoal (e como será óbvio, o tempo certo para a divulgar não será este), vetar o meu nome para todas as listas às eleições autárquicas; o que não admirará qualquer um, que nos últimos anos tenha seguido a nossa rota de colisão, até pelas votações na Assembleia Municipal, onde o meu voto nem sempre coincidia com a disciplina partidária, quando esta determinava votar ao lado da maioria. Ou a oposição (o PS) tinha alternativa e posicionamentos, principalmente nos documentos de maior importância ou não tinha. E parece mesmo que não tinha.

Mas não vou agora repetir histórias do passado, nem imiscuir em políticas que não são as minhas, ficará certamente para um qualquer dia onde o futuro, penso, me dará razão. A minha atitude é de profunda serenidade, e também de espera, nunca esquecendo que a chamada “travessia do deserto”, sempre foi, como nos conta o Livro do Êxodo, de perfeita intervenção em todos os domínios. Baixar os braços, não é travessia do deserto, mas de deixar de ser homem, e não possuir a clarividência de que os problemas são resolvidos não com demissões, mas com a actuação daqueles que fora ou dentro dos partidos, lutam por causas, e, sobretudo, com a dignidade de serem sujeitos unicamente da sua própria consciência. Como alguém disse, não sou soldado de um qualquer general, possuidor de facções, mas só das minhas convicções. E por isso mesmo orgulho-me de ter sido um, dos dois vetados, nas negociações para a unidade do PS/Maia para as autárquicas, pelo candidato em causa. Daí que continue a intervir.

O candidato, e meu pessoal amigo, Andrade Ferreira, à presidência da Assembleia Municipal da Maia, em declarações ao PRIMEIRA MÃO, refere que é candidato àquele cargo e não a líder de bancada do Grupo Parlamentar. O que significa uma enorme coragem, que outros não têm, nem terão, de perfeitamente despojado do poder, só assumir o cargo se ganhar as eleições. Esta atitude assumida possui uma dignidade difícil de encontrar nas candidaturas às autarquias. Se por um lado configura uma determinação ganhadora, por outro declina estar em qualquer projecto que lhe confira outro lugar para o qual não é candidato. Andrade Ferreira, que já foi presidente da Assembleia de Freguesia de Vila Nova da Telha, quando Pinho Gonçalves era presidente da Junta, pelo PS, confere à sua candidatura uma força invulgar e um desprendimento inigualável. Tomara que outros em situações idênticas assumissem as responsabilidades das vitórias e das derrotas, a menos que à partida se candidatem a outras conveniências que não a viabilização de projectos sérios e dignos do partido a que pertencem.

As organizações politicas deveriam partilhar como exemplares, as atitudes que os seus membros assumem enquanto portadores de um projecto e de uma prática onde a ética perdurasse, onde a palavra fosse disciplinadora (essa sim) de uma verdade em que os eleitores são participantes activos e não se considerem enganados. A palavra, a mensagem, nestas eleições autárquicas devem ser portadoras de um estilo de exigência, onde as atitudes fiquem como marcas indeléveis de comportamentos indispensáveis ao protagonismo dos cidadãos, enquanto actores fulcrais e principais dos processos políticos. De facto, estamos numa era onde a esperança de encontrar autarcas dotados de sensibilidade para o desenvolvimento das populações, em detrimento do seu próprio, é escassa, porque há que agradar aos estados maiores dos partidos, para que tenham assento nas decisões de uns quantos, em nome de todos.

Um dos slogans do Partido Socialista, nas últimas eleições legislativas, era “Voltar a Acreditar”, e isto significa capacidade de envolver as mulheres e os homens (neste caso, da sociedade maiata), num projecto globalizante das vontades, o que é difícil encontrar. Agora ficam as palavras esclarecidas de Andrade Ferreira, que de alguma maneira já ganhou, como sendo portador de uma esperança, da existência de dignidade na sua candidatura e de verdade, que não se vergará a interesses menos claros.

Joaquim Armindo

Deputado Municipal do PS

Exmo. Senhor Ministro dos Assuntos Parlamentares

Dr. Augusto Santos Silva,



Em declarações feitas na televisão e na imprensa, o Senhor Ministro tem defendido que o serviço público de rádio e de televisão deve contar com a intervenção crítica dos cidadãos. Ora é justamente isso que eu e outros ouvintes da rádio pública temos feito mas, infelizmente, tanto a direcção de programas da Antena 1 como a administração da RDP parecem não estar de acordo com o Senhor Ministro, já que as sugestões e propostas construtivas que vimos apresentando não têm obtido a menor receptividade. Nesta conformidade, não me resta outra alternativa que vir mais uma vez interceder junto de V. Exa., aproveitando o ensejo para lhe fornecer elementos que complementem a carta que lhe enviei em 03 de Junho de 2005.

Dos escassos programas da Antena 1 que se podem considerar serviço público, o “Lugar ao Sul” é indubitavelmente um deles. Mas apesar desta evidência a que acresce o facto do programa ter uma audiência vasta e heterogénea em todo o país e em diversos estratos sócio-culturais, o programa foi inexplicavelmente relegado para um horário esconso que torna impraticável a sua audição por muitos ouvintes interessados. De acordo com o que consta no site da Rádio e Televisão de Portugal, e depois de um interregno para férias, o programa voltará à antena no dia 03 de Setembro, a partir das 07 horas da manhã. Com efeito, trata-se de um horário inconcebível para um programa de autor com a qualidade que lhe é reconhecida.

Quando tal alteração foi arbitrariamente praticada, foram muitas as reclamações e protestos, quer por telefone quer por escrito, que chegaram à Antena 1, mas a verdade é que a direcção da Antena 1 bem como a administração da RDP primaram (e continuam a primar) por uma prepotência e autismo de todo inadmissíveis numa rádio pública. Friso bem a expressão ‘rádio pública’ porque se trata de uma estação que é financiada por todos os portugueses através da taxa de radiodifusão (agora denominada contribuição do audiovisual) cobrada mensalmente na factura da electricidade e também através dos impostos pois a Rádio e Televisão de Portugal recebe anualmente uma dotação do Orçamento de Estado ao abrigo do contrato de concessão de serviço público.

Sendo ouvinte assíduo do programa, escusado será dizer que fiquei imensamente revoltado e indignado com a descabida e desajustada decisão da direcção da RDP-Antena 1, e que revela não só uma grande má-fé para com o grande profissional que é Rafael Correia mas também – e ainda pior - um inadmissível falta de respeito e de consideração pelos ouvintes que são afinal quem lhes paga o salário que recebem no final de cada mês.

Entre os ouvintes do programa que têm escrito textos eloquentes sobre o mesmo contam-se o jornalista Adelino Gomes (nas páginas do “Público”) e o professor Manuel Pinto, docente do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho. Este último, não deixou de condenar a infeliz e absurda decisão da direcção da Antena 1, no seu blogue “Jornalismo e Comunicação” (http://www.webjornal.blogspot.com/): «Acabou há pouco mais uma edição do programa da Antena 1 Lugar ao Sul. Começa depois das notícias das 7 e vai até cerca das 9, em cada sábado. É um clássico da RDP que tem muitos ouvintes em segmentos diversificados da audiência. Colocar um programa destes ao sábado e a uma hora destas é, de algum modo, liquidá-lo para muitos interessados em o ouvir» (05-03-2005).

Também o blogger Rogério Santos (http://industrias-culturais.blogspot.com/) saiu em apoio do Prof. Manuel Pinto acrescentando: «No programa, desenrolam-se conversas amenas, diria de recolha antropológica, com pessoas velhas (ou menos velhas), que falam das suas memórias e das músicas que ouve(ia)m, canta(va)m e toca(va)m. O Lugar ao sul é uma marca fundamental do registo da cultura nomeadamente alentejana, de uma fantástica riqueza em termos de repertório musical. A par de selecção invejável de música portuguesa de todo o país (e não a dos tops ou da linha pimba). A cultura e o património de um país também precisam de gritos de alerta, como o que aqui fizemos o ano passado acerca do Museu da Rádio, exactamente pertencente à mesma entidade pública.»

Do mesmo modo, João Paulo Meneses (http://ouve-se.blogspot.com/) não deixou de manifestar a sua opinião: «Ouço o Lugar ao Sul quase todos os sábados ... e não tenho dúvidas - até já o escrevi aqui, há uns meses - que é uma espécie de programa-modelo daquilo que é a minha concepção de rádio pública* (mas desejável, também, numa rádio com o perfil da TSF).
Por isso subscrevo aquilo que Manuel Pinto e Rogério Santos escreveram - sete da manhã de sábado é um castigo absolutamente incompreensível - para Rafael Correia? Não, para os seus ouvintes!



* A RDP deveria incentivar o aparecimento de outros programas deste género, que potenciam a cultura de Portugal, noutras regiões do país».



Por último, Jorge Guimarães Silva (http://telefonia.weblogger.terra.com.br/) veio subscrever as opiniões anteriores rematando: «A rádio pública é paga por todos e se um programa é reconhecido por ser um verdadeiro serviço público então estas vozes, às quais junto a minha, deviam de ser escutadas pela direcção de programas».
Num comentário a este ‘post’, o radialista António Cardoso Pinto escreveria em 08-04-2005: «O Manuel Pinto, o Rogério Santos, o João Paulo Meneses e o Álvaro José Ferreira têm toda a razão nas opiniões que expressaram. É, de facto, lamentável o que estão a fazer ao programa do Rafael Correia. O "Lugar ao Sul" é o programa mais antigo da Antena 1 e com bom nível de audiência. Programa único no seu estilo.
É, pelas opiniões já manifestadas neste blog, totalmente errado alterar o seu horário.
Porque o conheço e o respeito e sempre admirei o seu trabalho, quero enviar um forte abraço ao Rafael Correia.
Força, Companheiro!»



A marginalização a que o programa “Lugar ao Sul” foi votado insere-se na estratégia que vem sendo implementada na Antena 1, alegadamente para rejuvenescer o auditório e conquistar públicos mais urbanos, isto de acordo com uma entrevista dada ao “Público”, em 09-02-2004, pelo então director-geral da Antena 1 (actual director de informação da RTP), António Luís Marinho. Aproveito para recomendar a leitura de um comentário pertinente e certeiro a essa entrevista que Jorge Guimarães Silva escreveu no seu blogue (http://telefonia.weblogger.terra.com.br/) e que junto em anexo. O sucessor de António Luís Marinho na direcção de programas, o jornalista Tiago Alves, que aquele fora buscar à TSF para o coadjuvar, em meados de 2003, vem dando continuidade a essa filosofia totalmente errada e criminosa numa rádio que deve, por obrigação contratual, prestar serviço público a toda a população portuguesa. Com o anunciado propósito de captar audiências jovens nas zonas urbanas (eu diria antes suburbanas), os conteúdos musicais da Antena 1 foram completamente alterados passando a ser privilegiadas as músicas que são supostamente do agrado desses jovens e as que alegadamente eles não apreciam – o fado e a música de raiz ou inspiração tradicional – foram completamente banidas. Assim, os alinhamentos passaram a ser preenchidos exclusivamente por música pop internacional entremeada por meia-dúzia de canções (sempre as mesmas) da pop portuguesa que são repetidas até à exaustão. Obrigar os habitantes de um país com 92 000 Km2 (que, apesar de tudo, ainda preserva uma razoável diversidade cultural) a ouvir as músicas do agrado dos jovens da cintura suburbana de Lisboa é um completo disparate. O que não falta são rádios dedicadas aos jovens urbanos e suburbanos. A própria RDP, em 1994, criou um canal a eles dedicado – a Antena 3. Escusado será dizer que os segmentos da população portuguesa que tinham na Antena 1 uma alternativa à mediocridade que reina na generalidade das privadas deixaram de poder ouvir rádio, a não ser que gostem de música clássica e não se importem de prescindir da música de qualidade de outros géneros. No meu caso particular, não tive outro remédio que passar a refugiar-me na Antena 2, e se quiser ouvir música não clássica sou mesmo obrigado a recorrer à minha discoteca pessoal. Não é razoável que, com o argumento de um alegado rejuvenescimento do auditório da Antena 1, se esteja pura e simplesmente a desrespeitar os outros segmentos do auditório que são, afinal de contas, quem paga para um serviço que lhes está a ser negado. Como nasci em 1974, ainda me considero jovem (além de urbano) e, a apesar de também gostar de música anglo-americana, não consigo tragar a que passou a predominar na Antena 1, porque a acho de terceira categoria. A melhor música anglo-americana está completamente arredada, presumo que por ser menos comercial e não fazer parte dos tops de vendas. Mas isto é completamente absurdo, porque a Antena 1, enquanto concessionária de serviço público de rádio, não deve servir para satisfazer os interesses comerciais das editoras discográficas, designadamente as ‘majors’ norte-americanas. Para isso existem as privadas que vivem da publicidade e têm forçosamente de lutar pelo bolo publicitário. No entanto, a rádio pública está a comportar-se como se fizesse parte dessa guerra, atirando às urtigas o serviço público, mas vangloriando-se por ter conquistado umas míseras décimas percentuais nas audiências. A que preço?! Cabe-me perguntar: vale a pena os contribuintes estarem a suportar uma rádio igual às outras? A resposta é obvia. A rádio pública só faz sentido se, para além de uma informação isenta e plural, oferecer uma programação musical diversificada e de qualidade que eleve o nível de exigência dos ouvintes e, por arrastamento, contribua para a subida do patamar de qualidade do panorama radiofónico em Portugal.

Tal como está a acontecer na Antena 1, também o canal 1 da RTP teve durante alguns anos uma idêntica estratégia de mimetização das estações privadas, mas desde que Emídio Rangel foi dispensado da televisão pública tem-se registado uma notória e crescente melhoria na programação. E comparando as audiências de então com as de agora, teremos de concluir, em abono da verdade, que o aumento de qualidade não acarretou uma diminuição das audiências. É urgente que seja feito o mesmo na RDP-Antena 1!

Senhor Ministro, de que é que está à espera?

Com os mais respeitosos cumprimentos,



Álvaro José Ferreira

quinta-feira, agosto 25

O QUE É GANHAR AS ELEIÇÕES NA MAIA

Para o PSD/CDS: conservar os 6 vereadores, a Assembleia Municipal e 15 Juntas

Para o PS: eleger 4 vereadores, mais 5 deputados e ganhar 5 Juntas

Para a CDU: eleger 1 vereador e 2 deputados

Para o BE: eleger 1 vereador e 2 deputados municipais.


HÁ QUEM QUEIRA PALPITAR DO QUE É GANHAR AS AUTÁRQUICAS NA MAIA?




ESTA LAMPARINA VAI ALUMIAR AS MENTES
DOS CANDIDATOS ÀS AUTÁRQUICAS DA MAIA
NÃO SE ESQUEÇAM DO AZEITE...


quarta-feira, agosto 24




"Só muito tarde - pois não vivera 44 anos num regime político não democrático? - entendeu que o que vivera era o sonho das gerações que a haviam precedido. E esse sonho tinha um nome - era a democracia participativa. Bastava só pensá-la com mais rigor e praticá-la com mais determinação.Bastava só, com muitos outros, "sobrevoar a imaginação"

Maria de Lurdes Pintasilgo "As palavras Dadas"




POR MEIO DE ÓCULOS DE SOL
PODEMOS VER AS DIFERENÇAS DOS CANDIDATOS
ÀS AUTÁRQUICAS DA MAIA

terça-feira, agosto 23

segunda-feira, agosto 22

SONDAGEM PARA A MAIA

A sondagem do meu conhecimento há alguns dias, que um Partido Político mandou fazer, e que agora é pública, por informação num blogue, deve chamar ao trabalho de todos os socialistas.

O PSD/CDS perde um vereador, assim como o PS (estando no entanto este à porta de não perder).

O BE ganha um vereador, e a CDU pode ou não ganhar um vereador.

Ao nível das freguesias é preciso não perder Águas Santas, já que Gueifães estará certa.

UMA CERTEZA, AINDA HÁ TEMPO DE INVERSÃO DE RESULTADOS.

NARCISO DENÚNCIA LISTAS DA MAIA


No Jornal de Notícias de ontem Narciso Miranda, que deverá ser o candidato mais bem colocado à Distrital do Porto do PS, nas próximas eleições distritais ,embora apelando à unidade do PS nas autárquicas, reconhece que as listas do Porto, Maia, Gondomar, Valongo e Gaia, não estão bem elaboradas.


Afinal o que temos vindo a afirmar desde há muito tempo.

A Maia lá está, e Narciso foi muito mal substituido por Assis. Veremos!




COMBATE PARA A FORMAÇÃO DE BORBULHAS
QUE EXISTAM NOS CANDIDATOS À MAIA

domingo, agosto 21

COLABORAÇÃO DOS LEITORES

Sem comentários deixo o texto que um dos leitores enviou.


VERGONHOSO

Luís Campos e Cunha foi a primeira vítima a tombar em virtude desses crimes em preparação que se chamam aeroporto da Ota e TGV.

Não se pode pedira alguém que vem do mundo civil, sem nenhum passado político e com um currículo profissional e académico prestigiado que arrisque o seu nome e a sua credibilidade em defesa das políticas financeiras impopulares do Governo e que, depois, fique calado a ver os outros a anunciarem a festa e a deitarem os foguetes.

Não se pode esperar que um ministro das Finanças dê a cara pela subida do IVA e do IRS, pelo aumento contínuo dos combustíveis e pelo congelamento de salários e reformas, que defenda em Bruxelas a seriedade da política de combate ao défice do Estado, e que, a seguir, assista em silêncio ao anúncio de uma desbragada política de despesas públicas à medida dos interesses dos caciques eleitorais do PS, da sua clientela e dos seus financiadores.

O afastamento do ministro das Finanças e a sua substituição por um homem do aparelho socialista é mais do que um momento de descredibilização deste Governo, de qualquer Governo. É pior e mais fundo: é um momento de descrença, quase definitiva, na simples viabilidade deste país.

É o momento em que nos foi dito, para quem ainda alimentasse ilusões, que não há políticas nacionais nem patrióticas, não há respeito do Estado pelos contribuintes e pelos portugueses que querem trabalhar, criar riqueza e
viver fora da mama dos dinheiros públicos; há, simplesmente, um conúbio
indecoroso entre os dependentes do partido e os dependentes do Estado.

Quando oiço o actual ministro das Obras Públicas - um dos vencedores deste sujo episódio - abrir a boca e anunciar em tom displicente os milhões que se prepara para gastar, como se o dinheiro fosse dele, dá-me vontade de me transformar em "off-shore", de desaparecer no cadastro fiscal que eles querem agora tornar devassado, de mudar de país, de regras e de gente.

Há anos que vimos assistindo, num crescendo de expectativas e de perplexidade, ao anunciar desses projectos megalómanos que são o TGV e o aeroporto da Ota. O mesmo país que, paulatinamente e desprezando os avisos avulsos de quem se informou, foi desmantelando as linhas férreas e o futuro
do transporte ferroviário, os mesmos socialistas que, anos atrás, gastaram 120 milhões de contos no projecto falhado dos comboios pendulares, dão-nos agora como solução mágica um mapa de Portugal rasgado de TGV de norte a sul.

Mas a prova de que ninguém estudou seriamente o assunto, de que ninguém sabe ao certo que necessidades serão respondidas pelo TGV, é o facto de que, a cada Governo, a cada ministro que muda, muda igualmente o mapa, o número de linhas e as explicações fornecidas.

E, enquanto o único percurso que é economicamente incontestável - Lisboa-Porto - continua pendente de uma solução global, propõe-nos que concordemos com a urgência de
ligar Aveiro a Salamanca ou Faro a Huelva por TGV (quantos passageiros
diários haverá em média para irem de Faro a Huelva - três, cinco, sete mais o maquinista?).

Quanto ao aeroporto da Ota, eufemisticamente baptizado de Novo Aeroporto Internacional de Lisboa, trata-se de um autêntico crime de delapidação de património público, um assalto e um insulto aos pagadores de impostos.
Conforme já foi suficientemente explicado e suficientemente entendido por quem esteja de boa-fé, a Ota é inútil, desnecessário e prejudicial aos utentes do aeroporto de Lisboa.
E, como o embuste já estava a ficar demasiadamente exposto e desmascarado, o Governo Sócrates tratou de o anunciar rapidamente e em definitivo, da forma lapidar explicada pelo ministro das Obras Públicas: está tomada a decisão política, agora vamos realizar os estudos.

Mas tudo aquilo que importa saber já se sabe e resulta de simples senso
comum:
- basta olhar para o céu e comparar com outros aeroportos para perceber que a Portela não está saturada, nem se vê quando o venha a estar, tanto mais que o futuro passa não por mais aviões, mas por maiores aviões;
- em complemento à Portela, existe o Montijo e, ao lado dela, existe uma outra pista, já construída, perfeitamente operacional e que é uma extensão natural das pistas da Portela, que é o aeroporto militar de Alverca
- para onde podem ser desviadas todas as "low cost", que não querem pagar as taxas da Portela e menos ainda quererão pagar as da Ota;
- porque a Portela não está saturada, aí têm sido gastos rios de dinheiro nos últimos anos e, mesmo agora, anuncia-se, com o maior dos desplantes, que serão investidos mais meio bilião de euros, a título de "assistência a um doente terminal", enquanto a Ota não é feita;
- os "prejuízos ambientais", decorrentes do ruído que, segundo o ministro Mário Lino, afectam a Portela são uma completa demagogia, já que pressupõem não prejuízos actuais, mas sim futuros e resultantes de se permitir a urbanização na zona de protecção do aeroporto;
- a deslocação do aeroporto de Lisboa para cerca de 40 quilómetros de distância retirará à cidade uma vantagem comercial decisiva e acrescentará despesas, consumo de combustíveis, problemas de trânsito na A1 e perda de
tempo à esmagadora maioria dos utentes do aeroporto, com o correspondente
enriquecimento dos especuladores de terrenos na zona da Ota, empreiteiros
de obras públicas e a muito especial confraria dos taxistas do
aeroporto.

O negócio do aeroporto é tão obviamente escandaloso que não se percebe que os candidatos à Câmara de Lisboa não façam disso a sua bandeira de combate eleitoral e que, à excepção de Carmona Rodrigues, ainda nem sequer se tenham manifestado contra.
Carrilho já se sabe que não pode, sob pena de enfrentar o aparelho socialista e os interesses a ele associados, mas os outros têm obrigação de se manifestarem forte e feio contra esta coisa impensável de uma capital se ver roubada do seu aeroporto para facilitar negócios particulares outorgados pelo Estado.

A Ota e o TGV, que fizeram cair o ministro Campos e Cunha, são um exemplo eloquente daquilo que ele denunciou como os investimentos públicos sem os quais o país fica melhor.
Como o Alqueva, à beira de se transformar, como eu sempre previ, num lago para regadio de campos de golfe e urbanizações turísticas, ou os pendulares
do ex-ministro João Cravinho, ou os estádios do Euro, esse "desígnio
nacional", como lhe chamou Jorge Sampaio, e tão entusiasticamente defendido pelo então ministro José Sócrates.

Os piedosos ou os muito bem intencionados dirão que é lamentável que não se aprenda com os erros do passado. Eu, por mim, confesso que já não consigo acreditar nas boas intenções e nos erros de boa-fé.

Foi dito, escrito e gritado, que, dos dez estádios do Euro, não mais de três ou quatro teriam ocupação ou justificação futura. Não quiseram ouvir, chamaram-nos "velhos do Restelo" em luta contra o "progresso".
Agora, os mesmos que levaram avante tal "desígnio nacional", olham para os estádios de Braga, Bessa, Aveiro, Coimbra, Leiria e Faro, transformados em desertos de betão e num encargo camarário insustentável, e propõem-nos um TGV de Faro para Huelva e um inútil aeroporto para servir pior os seus utilizadores, e querem que acreditemos que é tudo a bem da nação?

Não, já não dá para acreditar. O pior que vocês imaginam é mesmo aquilo que vêem. Este país não tem saída.
Tudo se faz e se repete impunemente, com cada um a tratar de si e dos seus interesses, a defender o seu lobby ou a sua corporação, o seu direito a 60
dias de férias, a reformar-se aos 50 anos ou a sacar do Estado
consultorias de milhares de contos ou empreitadas de milhões.

E os idiotas que paguem cada vez mais impostos para sustentar tudo isto.
Chega, é demais!


MIGUEL SOUSA TAVARES - Jornalista e comentador

ABERTURA AOS COMENTÁRIOS

Esperando que os comentários possam ser efectuados com nível, este blogue abre novamente a sua oportunidade.

As minhas desculpas, mas teve de ser, deste tempo em que mantivemos o Blogue fechado a comentários.




A REDE COM ALMOFADA
ONDE SE VAI DEITAR O CANDIDATO À CÂMARA DA MAIA
QUE VAI PERDER
ALGUÉM TEM DÚVIDAS DE QUEM É?

sábado, agosto 20




NAS LISTAS PARA AS AUTÁRQUICAS DA MAIA
VIRA O DISCO, E TOCA O MESMO

O APÓS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS NA MAIA

Entregues as listas, algumas dum partido perfeitamente ilegais segundo os seus estatutos, resta-nos saber como vai ser a campanha eleitoral, os resultados e o após eleições.

A lista avançada pela coligação PSD/CDS demonstra acordos de vastidores, em que as facções são mais que as previstas, não nos podendo esqueçer que lá também estão os que queriam avançar com candidaturas independentes. A lista não tem renovações de monta e todas elas têm uma grande continuidade, para além dos acordos referidos. De realçar M. Nuno Neves que passa a 3.º, e seria sempre com CDS ou não e a posição de Paulo Ramalho, agora já presente. Elísio Oliveira aparece em 10.º lugar para a Assembleia Municipal, em posição de avançar mais nas próximas autárquicas. António Fernando não fica na Câmara e continua com os seus discursos de embalar na Assembleia Municipal. Ausência total de mulheres. O CDS/PP tem mesmo medo de ir a votos, quanto valeria?

A lista do PS: para a Câmara nos 4 primeiros, 3 já lá estavam, e só a quota feminina e o acordo permitiu a Sandra Lameiras aparecer em 3.º. Para a Assembleia Municipal, nos 10 primeiros, o segundo é o único independente e não conhecido em andanças políticas. para além do candidato dois nomes a reter Marco e Victor dois nomes prometedores. O Candidato n.1 já fez saber que se não ganhar sairá pelo que o Vice-Presidente (nome estranho!) assumirá a bancada, de resto nada de novo. Nas freguesias teremos a vitória em Gueifães e, certamente, em Águas Santas. Poderá ser também Vermoim, onde apareceu uma lista independente do centro direita, que retirará votos ao PSD. Em Moreira e Vila Nova da Telha não são conhecidas as candidatas,apesar do excelente slogan de Vila Nova da Telha.

O Bloco de Esquerda aparece como a 3.ª força capaz de 1 vereador e dois ou três deputados, tendo em consideração a sua subida na Maia à custa do PS.

A CDU, ficará pelo representante à Assembleia Municipal; apesar do excelente discurso do candidato à Câmara Municipal.

O PH não tem quaisquer hipóteses.

Dos independentes talvez Pinho Gonçalves consiga manter-se em Vila Nova da Telha, com um acordo pós eleitoral com o PS. Em folgosa o aparecimento de uma cisão no PS, levará a que não tenha hipótese da Junta, o que se previa conquistar.

O após eleições vai certamente não deixar tudo na mesma no PS, contando com as eleições para a dsitrital e concelhia.

Sou do PS, quero que ganhe, embora, por vingança do candidato à Câmara, e perseguição política e pessoal, não faço parte de quaisquer listas, nem a minha secção tenha sido chamada a pronunciar-se sobre as listas de Moreira e Vila Nova da Telha conforme dizem os Estatutos do Partido.

sexta-feira, agosto 19

DOIS BLOGUES MA MAIA

Depois do Bem Comum, à quase um ano, apareceram mais dois novos blogues:

- Pela Maia, há uns meses, do militante socialista João Santos, tanto na "berra" na última semana;

- Eiramaiata, com discurso interessante.


O Bem Comum saúda estes dos novos blogues, e deseja-lhes longa vida, nestas terras maiatas.

quinta-feira, agosto 18

OS POEMAS DA VIDA DE MARIA BARROSO


LIBERDADE

Ser livre é querer e ter um rumo
e ir sem medo,
mesmo que sejam vãos os passos.
É pensar e logo
transformar o fumo
do penssamento em braços.
É não ter pão nem vinho,
só ver portas fechadas e pessoas hostis
e arrancar teimosamente do caminho
sonhos de sol
com fúrias de raiz.
É estar atado, amordaçado, em sangue, exausto
e, mesmo assim, só de pensar ir
ir e chegar ao fim.

armindo rodrigues
[Lisboa, 1904-1993]




UM CHEIRO DE ROSAS
PELA MANHÃ

quarta-feira, agosto 17



Saiu o número de Junho da Revista CONCILIUM, sob o tema

IGLESIA Y ECUMENE

CRISTIANISMO EN CRISIS?

Um número bem conseguido que acaba com um excelente artigo do Bispo Pedro Casaldáliga "Del desencato inmediatista a la utopía esperanzada"

Vale a pena ler.

155 páginas, Editorial Verbo Divino (Espanha)

terça-feira, agosto 16

MORTO IRMÃO ROGER

POR CADA HOMEM BOM QUE CAI
MILHÕES HÃO-DE FLORIR

Aprendi com o Irmão Roger desde a minha juventude a virtude da fraternidade, do ecumenismo e da luta por um outro mundo.

AGORA TENHO MAIS UM AMIGO NO REINO DE DEUS
FICARÁ COMO EXEMPLO ACABADO DA LUTA POR UMA HUMANIDADE DE PAZ E JUSTIÇA




" Foi na oração da tarde que o Irmão Roger, de 90 anos, foi atacado e não resistiu aos ferimentos.

A morte do Irmão foi confirmada à RR pela polícia de Saone et Loire que se encontra no local.

Entre os jovens de todo o mundo que estavam no local estava também António José Monteiro, um dos 150 portugueses que se encontravam na igreja na altura do incidente."

ARTIGO A PUBLICAR NO PRIMEIRA MÃO

Na próxima 6.ª Feira, dia 19, será publicado no Jornal Primeira Mão, um artigo de opinião da minha autoria:



UM CANDIDATO COM DIGNIDADE


onde se trata de assuntos respeitantes às autárquicas da Maia, às quais por circunstâncias não sou candidato, em qualquer lista do PS.





É PRECISO QUE NA POLITICA DA MAIA
UMA NOVA FLOR NASÇA


segunda-feira, agosto 15




NO MEIO DE TANTOS AUTOMÓVEIS
UMA ÁRVORE A CAIR, SERÁ UM CANDIDATO DA MAIA?

domingo, agosto 14




AS ONDAS AINDA NÃO TERMINARAM

NAS AUTÁRQUICAS DA MAIA


ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Artigo publicado no O Primeiro de Janeiro, de 7 de Agosto, da minha autoria


ÁGUA VIVA

A EUCARISTIA DE FÉRIAS

Nesta altura em que os templos se despovoam, porque os cristãos partem para férias, (aqueles, como é óbvio, que as têm e podem), é de toda a pertinência perguntar se a Eucaristia, também, vai a férias. O sacramento central da vida do cristão, deixa de o ser durante um determinado período de tempo, porque, talvez, para nada sirva.

Neste ano proclamado como Ano Internacional da Eucaristia, faz jus a reflexão sobre este procedimento de um número muito significativo de cristãos; alguns abandonam a Igreja (o conjunto dos crentes), em todas as actividades para passarem uns meses de férias da Eucaristia.

Penso ser importante que o alimento eucarístico, este abraço com Jesus, seja efectuado sempre e todos os dias da vida, porque se trata de um alimento, que nem as férias devem deixar escapar. A questão está mais em saber se a Eucaristia é a vida, ou não, entendendo-a como epicentro da vida cristã, e qual a sua real dimensão. Jesus, dá o exemplo, em numerosas acções, descritas nos livros que contam a sua vida, da sua retirada, para o cimo de montes, afim de reflectir.

A Eucaristia, como disse, é um alimento, e como tal que deve ser tomado no quotidiano; acontece que nós nos alimentamos até nas férias, às vezes com mais lautos almoços e jantares, sem os quais não passaríamos, porque morreríamos. Assim, também, se passa com a Eucaristia, sinal visível, duma graça invisível, mas o que temos de entender é o próprio acto eucarístico, enquanto sacramento de vida. E se o é, então significa que a nossa preocupação nas férias, estará sempre centrada neste ser dos outros, nesta reflexão mais aprofundada do nosso relacionamento com Deus, e, logo, com o mundo, nomeadamente o mais necessitado da nossa actuação. É que se assim fizermos, independentemente do irmos ou não ao templo, estamos no tempo eucarístico, e este não irá de férias. Se não o entendermos assim, então, talvez, durante todo os restantes dias do ano, onde cumprimos a “lei” e comemos a hóstia, não passaremos disso mesmo, uns papa-hóstias!

Joaquim Armindo

Licenciado em Ciências Religiosas

jarmindo@clix.pt

www.bemcomum.blogspot.com


sábado, agosto 13

É URGENTE LER


O livro "PALAVRAS DADAS" de Maria de Lurdes Pintasilgo, publicado em Julho do corrente ano, já depois da sua morte, e composto por notas da autora, é um grito de esperança para todos nós.

O livro é uma resposta a cada um dos autores de um outro que lhe foi oferecido "Mulher das Cidades Futuras" aquando do seu 70.º aniversário.

Deixo um poema de Carlos Oliveira, que Maria de Lurdes Pintasilgo refere neste livro:

Cantar
é empurrar o tempo ao encontro das cidades futuras
fique embora mais curta a nossa vida.

É importante a leitura deste livro e urgente




NAS AUTÁRQUICAS DA MAIA

UMA SOMBRA QUE PERSEGUE UM CANDIDATO

sexta-feira, agosto 12

AMORAS DE VERÃO



ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRA MÃO

Artigo publicado no Jornal Primeira Mão, de 23 de Julho, da minha autoria:

AINDA AS BASES DE DADOS

Os partidos políticos, no que se convencionou de chamar períodos pré-eleitorais, promovem campanhas dando a conhecer os rostos dos seus candidatos, e estes, uns mais outros menos, quais as suas ideias ao nível do que pretendem executar depois de eleitos, sendo que para tal usam, e às vezes abusam, de todos os meios, para conseguirem fins quiçá inconfessáveis. Quando estes períodos deveriam servir para elucidar as populações, mesmo, como tenho vindo a comentar, que as suas ideias, consubstanciadas em programas, sejam “esquecidas” depois de eleitos, até porque algumas serão inexecutáveis técnica e financeiramente. Era louvável que as pessoas que protagonizam as listas eleitorais, digam quem são, e ao que vêm, afim de que os votantes soubessem em quem livremente querem votar; seria uma saudável forma de comportamento. Normalmente aparece o primeiro rosto em grandes cartazes, estudados cientificamente, no sentido de ser transmitida uma mensagem de apetite; ora este jogo não é o mais ilustrativo duma democracia que ser quereria participativa, e se é verdade que em eleições locais normalmente se conhece o primeiro, o é também que não se sabe quase nada dos outros, nem da sua participação nos destinos colectivos. E era necessário e conveniente saber!

Mas para lá deste absurdo, aqui na Maia discutiu-se há semanas o problema dos partidos políticos usarem bases de dados da Câmara Municipal, para o anúncio das suas actividades eleitorais, se isso era legal e/ou ético.

Assistiu-se, então, a acusações do uso abusivo dos serviços públicos, a quem teria sido subtraído um manancial de informação, como sejam dados de pessoas individuais ou públicas. Francamente quando isto li, e não me esquecendo da acusação, do natal passado, sobre os famigerados “envelopes”, dei comigo a pensar sobre a inutilidade de tal discussão. De facto, que mais-valia tem um qualquer partido político acusar outro, que solicitou uma moradas de associações para anunciar a sua candidatura? Nenhuma! Esta ordem de matérias, são somente picardias que servem para alimentar o ego de uns tantos, em lutas quase fratricidas, redondas, como o próprio umbigo o é. Não me parece que se ganhe um voto sequer, por esta ordem de razões. E mais, só fica mal a quem levanta tais questões, porque ao nível político a nada conduzem, nem serve ao cidadão comum, que para estas questões “se está nas tintas”. Na luta política que interesse tem que se saibam moradas aqui ou ali, mesmo que seja ao nível da Câmara Municipal? Não é fundamental, nem tem nada de substantivo; perde-se, assim, tempo e recursos com tiques de fundamentalismo balofo, quando, e isso sim, a luta política se deve desenvolver pela aquisição de percursos valorativos, que destravem a letargia da coisa publica, e coloquem os cidadãos como actores participativos. Participação quer dizer intervenção activa; cada vez menos gosto de falar em independentes que participam, independentes de quê, da participação cívica, do gosto pela política (?), tenham juízo, tudo é dependente, mesmo que não sejam filiados em organizações partidárias. Esta participação nas discussões, nos frente a frente entre candidatos, é que contribuem para o esclarecimento, e isso é que se deve valorizar numa campanha eleitoral séria, o resto é profundamente secundário, que só leva as pessoas a desinteressarem-se pelos actos políticos, que devem exercer enquanto cidadãos, tanto mais que estamos num País maioritariamente cristão, e este é por essência um ser político e interventivo, como modelo a seguir, e não o seu contrário, como muitas vezes se afirma por aí.

Mas o problema é o uso das bases de dados, sob o ponto de vista ético, porque moral, e legal. Li que a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), considerou a não existência de quaisquer problemas no uso das listagens saídas de uma base de dados de terceiros (neste caso da Câmara Municipal da Maia). Aquela Comissão emitiu tão só um parecer, que vale o que vale, porque um parecer não vincula qualquer decisão do tipo judicial, nem contribui para a jurisprudência que se efectua sobre estas matérias. A Directiva 95/64/CE, assim como a Resolução da Assembleia da República n.º 53/94, de 19 de Agosto, realmente escreve sobre protecção de dados pessoais, mas entendo, lendo todos os pareceres da CNPD e legislação sobre a matéria, que se deverá entender “pessoa” com uma largueza que incluiu as pessoas, enquanto ser, e as pessoas colectivas, e se estas têm os seus dados publicados, por exemplo nas listas telefónicas, então consultem-nas, mas não abusem de dados recolhidos para serem usados para outros fins.

Quanto à questão ética, é de bom tom que não se use, para fins pessoais (pessoais, de colectivo), de um trabalho executado, e pago pelo erário público. E aqui, realmente, a moral é pudica, não deixando sem sentença todos aqueles que usando do seu estatuto, subtraem informações de forma menos ortodoxa. É condenável.

Penso que ficam aqui alguns traços dum problema, que parece que deixou de o ser, mas que deriva e frustra as atenções daquilo que é o fundamento do nosso viver comum: o termos várias ideias, que devem ser debatidas, sem existência de sufoco com questões sem qualquer importância, a não ser para gozo de uns poucos.

Joaquim Armindo

Deputado Municipal do PS

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Artigo publicado no Jornal O Primeiro de Janeiro, em 28 de Julho, da minha autoria:

MOSCADEIRO

OS TERRORISMOS

A humanidade acordou, há dias, com o terror de mais um acto de terrorismo; Londres a cidade bem guardada, tal como o ‘praça forte’ do Pentágono, ou Madrid, via os seus filhos morrerem por causas que às vezes não se sabe bem porquê, e até injustificadas pelo Corão e outros livros de culto.

Ao sentir este abalo, como qualquer homem de boa-vontade, vi, porém, a fragilidade deste Ocidente para combater não só o terrorismo, mas as causas que originam o terrorismo, é que elas mordem por dentro o próprio sistema que impera nos seus países. À minha cabeça vieram todas as mal feitorias de que podemos ser acusados. Os EUA e a Europa, no seu conjunto, semeiam injustiças, que fomentam acções de fanatismo (desespero?), levando a todo o mundo a morte e a guerra. Bem sei, até porque a história nos conta, dos cruzados cristãos ou da ignomínia de Galileu Galilei, e depois do consequente pedido de perdão à humanidade, por estes actos; quando nisto penso, longe de canonizar, aqueles que se prestam a actos de barbárie contra pessoas sem qualquer culpa, da necessidade de encontrar caminhos que não sejam os mesmos que eles usam. Isto nem sequer significa compreender tais actos, mas de desvendar o nosso pecado originante, que nos leve a viver numa terra livre e pacífica.

E quanto mais medito, razão acrescida dou a Paulo VI, quando sai da sua boca a célebre frase: “ o novo nome da Paz, é a Justiça”, e é que de facto não pode nunca existir Paz sem Justiça aplicável a todos os povos e nações; justiça não significa esmolas como as que os oito mais ricos do mundo parece quererem doar a outros povos, para lhes pagarem as dívidas, originadas pelos bens que antes lhes haviam gratuitamente sugado, e fomentando novas dívidas em nome de um bem comum pouco sintomático, e que não rima com justiça. Estes actos de bondade, concedidos com a mão direita, para serem bem observados, ou que o parecem, não são mais que a tentativa de subjugar os menos desenvolvidos a quedarem-se por um ajoelhar e mão estendida, diante dos senhores de feudais de todas as guerras. O referido papa tinha toda a razão, quando pretendia, em dia mundial da paz, inaugurar uma nova forma de encarar a liberdade e a libertação de todos, ao clamar a justiça, para cada um dos seres humanos. No entanto, esta voz profética, aliás como todas que o são, não foi atendida na sua essência, (ouvidos moucos sabem ignorar o que lhes convém), e por isso mesmo essa ignorância gera violência, sobre violência. E esta não se combate com as mesmas armas, possam ser mais ou menos sofisticadas, e até possam embora parecer “armas de paz”, porque não o são, antes contribuem para que o mundo não se reconcilie consigo mesmo.

Sem pretender deixar de chamar a actos desumanos aquilo que eles são, sempre me lembro que terroristas, foram chamados Amílcar Cabral, Agostinho Neto e outros, que até, alguns, neste momento, assumem posições de paz, como Nelson Mandela. Por isso, quando chamamos terroristas deveremos em acto de contrição olhar para nós mesmos, enquanto nações ditas livres, e perguntar se não os esteamos, com o nosso carácter de gerirmos um mundo de acordo com as nossas crenças e os nossos benditos interesses. E a estes não ousamos chamar de terroristas, enquanto activistas de causas e valores há muito contribuintes para o desagregar das convicções mais profundas dos povos, no respeito pela sua identidade e amantes da paz.

Willy Brandt, dizia em 1992, no âmbito do ano internacional da tolerância, que “qualquer sofrimento de um ser humano, seja onde for, afecta-nos a todos. Não se esqueçam de que quem tolera uma injustiça durante muito tempo, fomenta a injustiça”, e esta, certamente, gera atitudes como as que acabamos todos de sofrer. Os terrorismos passeiam-se ao nosso lado quando a fome, miséria, os sem abrigo, os proscritos pela sociedade, são deixados aos cuidados duma sociedade abundante para alguns, e que fere até as mais legítimas aspirações e valores culturais de outros, só porque não entendem como nós. Dir-me-ão alguns que tudo isto não justifica a carnificínia, e que a esta terá de ser dada uma resposta com mão de ferro, e com as mesmas armas. Não me parece, porém, que essa seja a melhor mensagem para o que fizemos deste nosso planeta, e nem que seja a melhor maneira de acabar com os apelidados terrorismos. A dependência dos povos, de milhões de pessoas, de uma minoria que quer ofuscar as suas atitudes culturais, eliminar as suas espécies, e, sobretudo, redigo, que trabalhem a favor só, e só, dos seus interesses, vivendo numa sociedade amarfanhada, porque ninguém é verdadeiramente livre enquanto todos o não forem, é a melhor forma de dar conteúdo à sanha do terrorismo armado, fanatizado, como o nós somos também, embora a favor de outras causas.

Combater o terrorismo deve ser um acto de inteligência, como dizia há dias um político português, não um desespero de quem julga que se vê livre daqueles geradores de mártires, mas que sabem bem o terreno que pisam e a ignorância de muitas populações. A existência da ignorância também é um acto consentido de terrorismo, porque quem culto é, mais livre se torna.

Sobretudo que nestas linhas fique um apelo à consciência de quem tem poder, e do nosso povo, para o entendimento de como o combate ao terror se faz, com ousadia, mas, principalmente, sendo fazedores da paz e da justiça, aceitando e instruindo-se nas e pelas culturas milenares de todos os povos.

Joaquim Armindo

Deputado Municipal do PS

jarmindo@clix.pt

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PROBLEMAS TÉCNICOS E FÉRIAS

Alguns problemas técnicos presistem, agora que cheguei de férias. Certamente só a partir de 20 de Agosto serão debelados.

Agora que escrevo noutro computador posso ir já pegar no blogue.

Os meus agradecimentos a todos os leitores.