sábado, dezembro 31

AOS LEITORES

A partir de amnhã passa este blogue com a colaboração permanente da


DR.ª MARIA DE LURDES GOMES ALVES

assim, agora, mais uma pessoa passa a fazer parte deste blogue, mantém-se o estatuto editorial e as prespectivas políticas e religiosas que venho defendendo.

Hoje foi publicado no Jornal O Primeiro de Janeiro, o artigo da minha autoria:


FAZEDORES DA PAZ

sobre o Dia Mundial da Paz

DO BLOGUE INDEPENDÊNCIAS

Estou Além

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P?ra não chegar tarde
Não sei do que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
A quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só
Quero quem quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem quem não conheci
Porque eu só quero quem quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem quem não conheci
Porque eu só quero quem quem eu nunca vi
Esta insatisfaçãoNão consigo compreender
Sempre esta sensaçãoQue estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
A vontade de partir
P?ra outro lugar
Vou continuar a procurar
O meu mundo o meu lugar
Porque até aqui eu só
Estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir aonde eu não vou
Porque eu só estou bem aonde eu não estou
Porque eu só quero ir aonde eu não vou
Porque eu só estou bem aonde eu não estou
António Variações

quinta-feira, dezembro 29

Manuel Alegre critica proposta de aumento da função pública
"Um Presidente não pode ser neutro"
[29.12.2005]
Manuel Alegre afirmou hoje que “contava com um bocadinho mais”, a propósito da proposta de aumento de 1,5% apresentada à função pública. O Candidato sublinhou que “um Presidente não pode ser neutro perante as desigualdades que há em Portugal”.
Embora reconhecendo as dificuldades do governo, que “fez o Programa de Estabilidade e Crescimento, aumentou o salário mínimo em 3% e ficou com pouca margem de manobra”, Manuel Alegre considerou que os trabalhadores da função pública “estão a ser severamente penalizados há meia dúzia de anos” e que há uma “degradação considerável” do nível de vida de muitas famílias que representam "uma parte muito importante da nossa população". O candidato entende que “não podem ser sempre os mesmos a ser sacrificados” e recordou que outros países seguiram um rumo diferente, “garantindo uma distribuição mais justa” do rendimento.

quarta-feira, dezembro 28

Alegre em dia de visita à sinagoga e à mesquita de Lisboa
“Poesia e profecia estão ligadas”
[29.12.2005]
“Poesia e profecia estão ligadas, todos os livros religiosos são no fundo textos poéticos e proféticos”, afirmou Manuel Alegre hoje no final das visitas que fez à sinagoga e à mesquita de Lisboa.

Manuel Alegre visitou hoje a sinagoga e a mesquita de Lisboa, num dia dedicado ao diálogo entre cultura e religiões. Na sinagoga de Lisboa, o Candidato recordou o papel que os judeus portugueses tiveram na formação da própria nacionalidade, tendo sido depois perseguidos pela Inquisição. “A partir daí, disse Manuel Alegre, passámos todos a ser judeus errantes.” Alegre condenou os actuais afloramentos de anti-semitismo, tendo sublinhado “o mais preocupante de todos, o do Presidente iraniano”, que ao ameaçar a existência do Estado de Israel ameaça toda a comunidade internacional. O representante da comunidade israelita mostrou ao Candidato os rolos onde se guardam as orações, recordando que todos os sábados há uma bênção que se pede para os governantes.

Na visita à mesquita de Lisboa, Manuel Alegre lembrou que muçulmanos e portugueses estão ligados por laços de sangue de cultura, havendo mais de 600 palavras portuguesas de origem árabe. O Candidato lembrou o diálogo de civilizações que defende no seu Contrato Presidencial, tendo sublinhado que aí se diz que “não se pode confundir a religião muçulmana com as derivas fundamentalistas”. Alegre congratulou-se com o facto de em Portugal existir liberdade religiosa e diálogo entre as três religiões do Livro. “O Estado é laico, mas isso não significa, disse Alegre, que os responsáveis políticos e o Presidente não se preocupem com as diferentes religiões e com o diálogo entre elas”. Manuel Alegre concluiu que, pela sua vida e percurso, se sentia em situação de poder promover esse diálogo, sobretudo na zona do Magreb. No final da vista à mesquita foi oferecido a Alegre um exemplar do Corão em árabe e português.

terça-feira, dezembro 27

EIS QUEM É CAVACO SILVA

Cavaco Silva quer ter «conversa longa com o primeiro-ministro»

Candidato à Presidência da República com o apoio de PSD e CDS-PP, Aníbal Cavaco Silva quer, caso consiga ser eleito, começar por ter uma longa conversa com o primeiro-ministro José Sócrates e, eventualmente, até propor alguma actuação legislativa, mas nunca sendo uma arma de arremesso entre a Oposição e a Maioria.


Em extensa entrevista publicada na edição desta terça-feira do Jornal de Notícias, mas concedida três dias antes do Natal, Cavaco Silva assume que «a primeira tarefa que gostaria de realizar (enquanto Presidente da República) era uma conversa longa com o primeiro-ministro», embora frise desde já que «não pretendo substituir-me ao Governo».

Mesmo assim, «é bom não esquecer que há o legitimidade que o presidente tem pelo facto de ser eleito directamente pelo povo», recorda o ex-primeiro ministro, prometendo, caso seja eleito para Belém, apostará na «cooperação» com o Governo, alargando «esses estímulos e contactos à sociedade», embora possua uma opinião diferente da do Governo em alguns sectores específicos, como é o caso dos «têxteis e calçado».

«Tenho dito e continuarei a dizer que é uma ilusão pensar em substituir, de um momento para o outro, os têxteis por indústria tecnologicamente avançadas», sublinha o candidato, para quem a questão da crescente deslocalização das empresas poderá ser combatida com a criação da figura de «um secretário de Estado» que «fizesse a lista de todas as empresas estrangeiras em Portugal e, de vez em quando, fosse falar com cada uma delas para tentar indagar sobre problemas com que se deparam e para antecipar algum desejo dessas empresas se irem embora, para assim o Governo tentar ajudá-las a inverter essas motivações».

Cavaco Silva afirma que tal já foi feito «na Áustria», «mas também noutros países, tenho a lista completa», ao mesmo tempo que defende que «o investimento estrangeiro em Portugal está muito bloqueado». «O presidente não pode fazer alguma coisa para ajudar a desbloquear? Se ajudar a aumentar o clima de confiança já faz alguma coisa», garante.

O candidato apoiado pelo PSD e CDS-PP afirma, de resto, que a imagem de Portugal no estrangeiro «não é muito boa», sendo que «essa é uma área em que deve existir uma grande concertação com o primeiro-ministro, porque Portugal tem de falar a uma só voz», embora Cavaco não se mostre, por exemplo, «muito favorável» a que o Presidente da República participe também nos conselhos de ministros, «excepto em momentos de crise em que o presidente queira manifestar solidariedade muito forte para vencer uma situação». Mesmo porque, sublinha, «o presidente não deve participar no processo político de decisão próprio do Governo».

Apesar desta posição, Cavaco Silva assume, na entrevista ao JN, que pretende «acompanhar os assuntos europeus», mantendo sempre uma posição concertada com o Governo, não descartando sequer a possibilidade de sugerir legislação ao primeiro-ministro, pois o «o presidente deve sugerir intervenção legislativa nalgumas áreas».

No entanto, garante o candidato, caso seja eleito Presidente da República, «não utilizarei os meus poderes como arma de arremesso».

27-12-2005 8:39:28

segunda-feira, dezembro 26

ARTIGO A PUBLICAR NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Amanhã no Jornal O Primeiro de Janeiro, será publicado um artigo da minha autoria:


VOTO POLÍTICO


NO QUAL ME REFIRO ÀS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS





GOTA DE ÁGUA

Gota para ti de água
eu em tua
boca

a matar-te a sede
da solidão incerta

Que mais serei eu
se apenas essa
chuva...

gota aprisionada
que logo se liberta?


Maria Teresa Horta

domingo, dezembro 25






Saltou meu coração agreste
sobre a tua foice e sobre o teu cipreste.
Saltou na garupa dos poemas
irreprimíveis e leves como penas.

No vértice da dor transfigurada
bebendo no meu sangue o teu segredo
flutuo. Prometida e embalada
pelas mãos azuis da madrugada
que resguardam os olhos do teu medo.


Natália Correia

sábado, dezembro 24

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRA MÃO

Artigo de apoio a Manuel Alegre publicado no Jornal Primeira Mão de ontem:

UMA VOZ CONTRA A FALTA DE MEMÓRIA

Mário Nuno Neves

Vereador do Pelouro da Cultura da

Câmara Municipal da Maia

O sucesso que a candidatura do Prof. Cavaco Silva está, indiscutivelmente, a ter junto da população portuguesa, traduz a proverbial falta de memória recente que nos caracteriza muitas vezes, demasiadas vezes.

As pessoas, parece que já se esqueceram de como foram os últimos anos do cavaquismo. Eu esforço-me por não me esquecer.

Foram anos insuportáveis, que corresponderam ao início da perda de confiança nas instituições.

Foram anos em que a importância do “aparelho partidário”, como máquina inquinadora e controladora dos processos e comportamentos atingiu níveis absolutamente sufocantes, em que os curriculum eram acompanhados da fotocópoia do cartão de filiado.

Foram anos em que a arrogância desmedida e a confiança cega na lógica de um mercado feroz distorceram os propósitos da democracia conquistada, fracturando a sociedade portuguesa de uma forma dramática.

Foram anos que permitiram a emergência dos populismos demagógicos de direita e de esquerda. Foi o Professor Cavaco Silva que, directa e indirectamente, fabricou quer a reconversão do CDS em “Partido Popular” quer as condições para a emergência do Prof. Francisco Louçã, que acalenta um subliminar sonho norte-coreano, que surgiram como uma reacção e uma esperança a um “centrão” neo-liberal, camuflado numa fina patine social-democrata, que esgotado o filão das obras públicas e passada a alienação bolsista, que o próprio cavaquismo fomentou, tornou-se incapaz de proporcionar qualquer resposta de qualidade, qualquer resposta sustentável, para o desenvolvimento do País.

Mesmo dentro da dita família social-democrata, a memória dos tabus constantes, a memória do processo de sucessão do Prof. Cavaco Silva, em que pessoas como o Dr. Fernando Nogueira, foram transformadas, num dia para o outro, em vítimas do pior dos algozes, que são sempre aqueles em quem mais confiamos, parece que se desvaneceu. Hoje a perspectiva histórica devia levar toda essa dita “família” a concluir que o “cavaquismo” foi, todo ele, uma clara negação da herança de Francisco Sá Carneiro.

Essa falta de memória colectiva é um dos mais gritantes sintomas da crise que a nossa democracia atravessa. Mais uma vez, perante as dificuldades, temos a tendência de nos agarrarmos a qualquer esperança, qualquer que ela seja, desde que traduza uma solução providencial de todos os males nacionais. Essa atitude, que é própria de um Povo com claro “deficit” de cidadania não é, infelizmente nunca solução para nada, é apenas uma fuga em frente que agrava todos os problemas.

O Prof. Cavaco Silva foi o “pai” do “cavaquismo”. Muito provavelmente foi um “pai” inconsciente, na medida em que, se calhar, nem ele próprio percebeu o que construiu, o que não deixa de acrescentar dramatismo a toda a questão, sobretudo quando ele é agora candidato a Presidente da República. Um Presidente da República tem, antes de tudo o mais, perceber a natureza do seu próprio Povo, e contribuir activamente para optimizar as suas qualidades intrínsecas e não ser um catalizador dos seus mais mesquinhos defeitos. E nós Portugueses temos muitos defeitos. Defeitos que, muitas vezes, afogam as nossas qualidades.

Nós, que somos um povo corajoso, um povo criativo e um povo generoso, andamo-nos a comportar como se fossemos covardes, brutos e mesquinhos, resignados a um “é a vida”, quando tudo isso não é mais do que, precisamente, falta de vida. De vida colectiva com propósitos claros de desenvolvimento integral.

O Dr. Mário Soares não tem quaisquer condições de ser o contraponto ao advento do “cavaquismo”, agora reposicionado em corte presidencial. O seu tempo já passou e não passou por causa da sua idade mas sim por causa da sua atitude, caracterizada por um paternalismo arrogante e birrento. O Dr. Mário Soares não resistiu à tentação de ser uma espécie de General De Gaulle mesclado com François Miterrand, um “Pai da Pátria” que no seu íntimo pensa que os seus filhos são uns incapazes que sem ele nada percebem e nada conseguem e que para além dele próprio “só o Dilúvio”.

Enganou-se profundamente e esse engano vai acarretar-lhe que amanhã, quando esta “História” for escrita, o único capítulo que a ele dirá respeito e que servirá de memória às gerações vindouras, será precisamente a referência a este seu engano monumental, o que não deixa de ser uma pena, uma enorme pena.

Manuel Alegre aparece neste combate não como um paladino de causas extraordinárias, mas sim como uma voz. Uma voz daqueles que não têm memória curta. Uma voz daqueles que sabem que o País está doente, que se importam, mas não acreditam em curas milagreiras. Uma voz daqueles que não estão condicionados por mais nada do que pela sua própria consciência e pela vontade de serem úteis.

A sua candidatura resulta de um acto de liberdade, num contexto processual muito difícil e surge como uma pedrada no charco de muitas inevitabilidades, secularmente instituídas.

É uma candidatura nacional, suprapartidária, que não é conveniente a nenhum dos muitos poderes ocultos vigentes.

Manuel Alegre é um Homem de Cultura e que acredita nos vínculos que a mesma cria para sedimentar uma comunidade que tem que ser integradora e aberta à manifestação e vivência de todas as diferenças.

Manuel Alegre é um dos construtores do regime, mas não é seu prisioneiro. Entende que o mesmo se encontra numa encruzilhada que ó a conjugação da vontades dos cidadãos poderá dar bom rumo.

Manuel Alegre é capaz de intervir na sociedade, transversalmente, introduzindo novas matrizes no imprescindível debate político que está por fazer, sem que para isso se transforme em contra-poder ou força de bloqueio. Sem que para isso seja sequer poder, mas sim alguém que exerce poderes constitucionalmente consagrados.

É alguém que fala sem qualquer rebuço da “Pátria”, não porque a queira para si mas sim porque sabe que é um dos seus filhos.

Manuel Alegre tem todas as condições para ser uma força centrípeta das boas vontades, muito especialmente dos mais jovens que estão fartos. Fartos de circunstancialismos que lhes castram o futuro e que lhes impõem um gigante “MAS” a tudo o quanto se dispõem a construir.





PARA TODAS AS LEITORAS E LEITORES DESTE BLOGUE DESEJO UM BOM NATAL, E QUE A JUSTIÇA E A PAZ SIRVAM O BEM COMUM DE CADA PESSOA

sexta-feira, dezembro 23

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRA MÃO

Artigo publicado no jornal Primeira Mão, de 16 de Dezembro de 2005


NOTAS SOBRE PRESIDENCIAIS

Já me chamaram a atenção de que não me pronunciava sobre as presidenciais. Agradeço a consideração, daqueles que me lêem, e tomam para si as minhas posições. Este é de facto um tema que, apesar de ser público, em quem voto, intriga muita gente, até pelo formato dos debates a que a TV nos está a habituar.

Aliás os media já elegeram quem são os candidatos, e até os finalistas, e disse que eram cinco (o que não é verdade!), silenciando que todos à partida são candidatos; é verdade que a grande maioria não passa sequer a candidato, por falta das assinaturas, mas todos podem querer vir a ser presidentes. Seleccionaram então cinco: Cavaco Silva (pelo PPD e CDS, embora se diga candidato apartidário...), Mário Soares (patrocinado pelo PS), Francisco Louçã (sustentado pelo Bloco de Esquerda), Jerónimo de Sousa (óbvio candidato do PCP e Verdes) e Manuel Alegre (baseado em militantes e dirigentes de muitos partidos), todos eles independentes, acima dos partidos, mas, excepto Manuel Alegre, contando com as sedes partidárias possíveis para os apoios necessários e suas máquinas sempre montadas, para o que der e vier. Agora já resumem os candidatos a dois, numa segunda volta, e colocam nomes (Cavaco Silva e Mário Soares), como um poder que se sobrepõe ao eleitoral, condiciona-o de forma, que não democrática, na tentativa de balizar as mentes das pessoas, no sentido de condicionar as suas livres opções. Sei que ninguém é uma ilha, nós todos vivemos numa aldeia global, e precisamos uns dos outros, mais devemos viver regulados, submetidos, por esta dependência, para que possamos ser felizes, mas o empacotamento das nossas mentes, dos nossos direitos de opção, que os poderes e interesses económicos possuem, e que dominam os meios principais de informação, proclamam, de forma claríssima, uma pseudo democracia baseada não na fraternidade e na discussão ética, mas nos valores dum liberalismo empolado e de populismo balofo.

Cavaco Silva, apoiado pela direita mais retrógrada, faz da economia a sua principal balança, preocupando-se com a macroeconomia, e não com os problemas reais das pessoas; aliás, o seu consulado de dez anos na chefia do governo é paradigmático do dramatismo de termos um professor ritmado ao lado desses interesses e resignado a um passadismo, que nada tem ver com uma cultura da economia. Existe, de facto, nas palavras do professor um tom de falar para colegiais (os votantes), de forma doutoral e de cima dos velhos estrados das escolas, dos cinquenta anos da ditadura. Talvez mesquinha vingança dos seus primórdios nos anos de aluno do ensino técnico-profissional (o Curso Geral de Comércio), que alguns media trocam por liceu... Não dormiria descansado com uma vitória do professor, nada confiando no seu tom hirto, e desapegado das pessoas e do seu ser. Qualquer mais atento, repara que o seu sorriso é fabricado, máscara imposta por assessores de imagem. As máquinas dos partidos apoiantes estão no terreno, mas os seus militantes e simpatizantes vão tendo medo deste doutor que contempla, sem o mínimo de sensibilidade social, os números numa crueza, que é realmente preocupante.

Mário Soares, tenho que dizer que nunca me entusiasmou, mas o percurso último dá-lhe características humanistas que embora sejam de considerar, não serão de todo sinceras. Não sou daqueles que vêm na idade o principal problema para, legitimamente, concorrer, mas creio que este “senador” teria melhor proveito como reserva moral e ética da sã social-democracia (o socialismo há anos que o meteu na gaveta...) e não enquanto novamente candidato. Apoiado pelo PS, enquanto partido, que colocou as suas sedes e máquina ao seu serviço, tem observado que nem sempre as cúpulas do Partido corresponde ao parecer e sentimento de muitos militantes, e ele sabe, não pode contar com todos. Tem, sobretudo, copiado campanhas eleitorais baseadas num populismo contagiante, e muitas poucas ideias, parecendo misturar o partido, com o governo e a presidência, somando uma certa arrogância (é-lhe inato!), até pela proposta de que o PS deveria requerer a “santa inquisição”, ao tentar forçar que Manuel Alegre se demita. E o partido, o PS, não é isto, como ele está farto de saber.

Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã, são, claramente, candidatos colocados pelos partidos a que pertencem, para fazer passar a sua voz e medir terreno. De qualquer forma é boa a sua existência, dado que poderão questionar muitas coisas que outros não podem ou incomoda fazer. As máquinas funcionam, em nome duma unicidade partidária, mas podem ter desilusões quantos aos resultados. São apoiados por muitos descontentes, que vêm nos partidos concorrentes e pessoas “mais do mesmo”, e com uma certa razão. Fazem bem em participar, proclamar os seus ideais, e fazer da campanha uma mais animada discussão.

Manuel Alegre, que congrega grandes franjas do PS, aparece defendendo um projecto interventivo e novo, capaz de galvanizar a esquerda para os grandes desígnios nacionais, e colocando pela primeira vez o primado das pessoas acima dos interesses, sejam eles quais forem. A colocação da palavra pátria com um sentido de unidade no essencial, e não no pejorativo esquema de Salazar, é já uma animação, para quem quer ter o sentido da solidariedade e fraternidade, na resolução dos problemas. Manuel Alegre poderá perder, nas urnas, mas com seu arrojo que só os pensadores, os poetas detêm, já lançou uma nova forma de discussão, porque honesta civicamente, e chamou tantos arredados a darem a cara, o que fez parar de espanto e quiçá susto, muito boa gente habituada a se sentir segura. Uma candidatura singular.

Por isso, e pelo mais, voto Manuel Alegre.

Joaquim Armindo

Membro da Comissão Politica do PS da Maia

quinta-feira, dezembro 22

ALTERAÇÕES NO BLOGUE

A partir de 1 de janeiro, este blogue terá mais uma colaboradora, que aceitou o meu convite.

A linha editorial permanecerá a mesma.

Teremos outras experiências e outros temas.

quarta-feira, dezembro 21





MULHER

terça-feira, dezembro 20

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

No O Primeiro de Janeiro, de 13 de Dezembro, fui pulicado a artigo da minha autoria:


MOSCADEIRO

NA MAIA, OPOSIÇÃO ACTIVA?

Parece que, finalmente, vamos ter oposição na Câmara da Maia. Libertos das peias de recebimentos pelos lugares que ocupavam, os vereadores do PS estão em condições para uma oposição, forte e credível. E diga-se, para bem da actual maioria e do povo maiato. Porque, de facto, é necessário uma oposição que vote de acordo com as suas convicções, e possa estabelecer programas alternativos à governação, não tendo medo de poder estabelecer pactos em matérias sensíveis, como o desenvolvimento económico, o ambiente, o desemprego ou outros. Mas de cabeça erguida e se sujeitando a negociatas, pelos corredores do poder, trocando cargos, pelas causas, como em mandatos anteriores podemos observar.

O toque, como aqui disse, foi dado na Assembleia Municipal, e, agora, na votação do Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2006, onde a votação contra foi assumida e proclamada por um comunicado dos vereadores do PS. É preciso, no entanto, que cada votação e questão seja analisada com ponderação, até porque o poder às vezes não se engana, e o estabelecimento de consensos sem ferir os princípios, deve ser basilar para o prosseguimento de uma oposição, que não seja autista, fazendo o jogo do poder totalitário e enganador. Os interesses das populações maiatas exigem que a oposição, até para ter credibilidade, proponha alternativas, e em cada caso saiba colocar interesses egoístas e mesquinhos, pessoais ou partidários, de lado e colabore em projectos estratégicos fundamentais. Este é o sentido único de uma oposição, que não se deve resignar a sê-lo, pelos anos vindouros, mas que construa um projecto inovador, baseado na boa-fé e na responsabilidade.

O comunicado emitido pelos vereadores do PS na Câmara da Maia, é contudo muito superficial. Diga-se que já é alguma coisa, contra o deserto existente nas políticas anteriores, mas não se pode resumir a isso. Quem lê as notícias da imprensa, ou mesmo o referido comunicado, fica defraudado porque parece que a oposição votou contra por motivos meramente financeiros, se foi assim está a reduzir documentos fundamentais a uma casualidade, que não pode ser o epicentro das discussões politicas e suas decisões. Se não se coloca em questão algumas questões enunciadas, o certo é que se fica com a noção que a principal preocupação é um saneamento financeiro, e não o bem estar das pessoas. É como se o deficit aterrasse na Maia, e isso não vale; o que realmente é importante são as pessoas, os seus problemas e as prioridades. Esta questão não é explicada pela oposição, que também não fornece alternativas para a visão do seu orçamento, se fosse poder, as suas prioridades, o seu governo. Ora isto é fundamental, para a compreensão daqueles que pagam os seus impostos: a filosofia que teriam, quais as grandes linhas mestras do governo autárquico.

Curioso é que este comunicado não refira todo o que se passou na reunião, mas só o voto contra; é que é necessário saber porque votou favoravelmente o Plano dos SMEAS e a transacção realizada com a EDP, e isso não é explicado. E é pena, porque todos ficaríamos a saber mais, os militantes do Partido e aqueles que não o sendo em todas as eleições dão-lhe a maioria, excepto nas autárquicas. É que não sendo possível, até por falta de tempo útil, reunir a Comissão Política, que o esclarecimento fosse cabal, e, tenho pena, não o é! Existem assuntos que podem bem ser assumidos pelos três vereadores, mas outros são de capital importância para se resumirem a isso.

Seria necessário que, ainda no referente à alienação dos bens, o PS fosse claro quanto, por exemplo, ao Aeródromo de Vilar da Luz, e isso não é referido. Esta questão é daquelas onde é possível um consenso alargado. Defendeu sempre o PS, pelo menos na Assembleia Municipal, que a gestão de algumas infra-estruturas não competia à Câmara Municipal, e uma delas era esta. E várias possibilidades existem, ou vender, como parece ser a proposta da maioria, ou uma gestão conjunta, em que a Câmara Municipal pode possuir ou não a maioria do capital. Não conhecendo em pormenor o documento referente a alienações, e só este caso, penso, contudo, que a oposição para ser responsável deve debater caso por caso, e definir a sua posição. Todos sabemos que a conjuntura não é favorável, sabíamos, e é verdade, que o endividamento camarário é muito preocupante, que o saneamento financeiro é inevitável, mas, como disse Jorge Sampaio, há vida para além destas questões.

Ora, é essa vida que gostaríamos de sentir, pelas alternativas que o PS da Maia pode dar, e são elas que não lemos no comunicado referido. Ao contrário do que possa parecer não “estou a dar tiros nos pés”, dos meus amigos e camaradas de Partido, mas a poder, agora, colocar estas questões. Em mandatos anteriores não era possível, mas hoje sim, a oposição na Maia tem todas as condições para ser activa e protagonizada pelo PS. Ao poder da maioria só restará ouvir activamente o que a oposição está a dizer, descobrindo nos seus sinais portas de comportamento não autista.

Joaquim Armindo

Membro da Comissão Política do PS/Maia

jarmindo@clix.pt

http://www.bemcomum.blogspot.com

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segunda-feira, dezembro 19

Mário Nuno Neves, Vereador da Câmara Municipal da Maia, do Pelouro da Cultura, tornou público o seu apoio a Manuel Alegre.




A constituição de uma Comissão de Inquérito no PE para investigar a alegada existência de centros de detenção da CIA em território da União Europeia, assim como a utilização do espaço aéreo europeu para o transporte de pessoas ilicitamente detidas e possivelmente sujeitas a tortura foi defendida esta semana pela Deputada Ana Gomes, em Estrasburgo, no âmbito de uma reunião conjunta das Comissões de Assuntos Externos e das Liberdades Cívicas do PE. No decurso da reunião, a eurodeputada chegou mesmo a questionar o Comissário responsável pela pasta da Justiça e Assuntos Internos, Franco Frattini, sobre as explicações prestadas aos interlocutores europeus pela Secretária de Estado dos EUA, Condoleeza Rice, sublinhando que, "em vez de sossegar, as mesmas perturbaram ao sugerir a eventual conivência europeia com práticas intoleráveis da actual administração norte-americana relativamente a suspeitos do terrorismo". Ana Gomes assinalou igualmente que "alguns dos actuais governantes europeus não podem dar garantias nesta matéria pela actuação dos seus antecessores", como no caso de Portugal, em relação a alegações que respeitariam ao período em que era Primeiro-Ministro o actual Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. "Seria por isso do interesse de toda a Europa que a investigação fosse o mais exaustiva possível, visto estar em causa a própria credibilidade da UE quanto à defesa dos Direitos Humanos e do Estado de Direito Democrático", declarou Ana Gomes. Segundo a eurodeputada socialista, o que a Europa não pode fazer é "condenar Guantanamo e depois fechar os olhos, facilitando o transporte de presos para lá através do seu território".

domingo, dezembro 18




I

Dançam na praia;
na orla onde se vai acumulando
uma primeira espuma;
de que surge a segunda;
que segrega, por sua vez,
o antídoto do mar:
usado sobre os rostos,
contra a acidez do sal, do iodo;
e esse trabalho atrasa mais
o movimento já dificil
de quem dança
desde o crespúsculo; talvez
possam chegar à madrugada;
mas não podem
refugiar-se noutra noite,
ao fim do turno diurno:

Carlos de Oliveira

sábado, dezembro 17






Manuel Alegre no Porto

"Apelar à desistência é abrir o caminho à candidatura de Cavaco Silva"

[17.12.2005]

Hoje à tarde, num almoço com mais de 400 apoiantes no Porto, Manuel Alegre criticou os apelos à desistência feitos por dirigentes do PS. "Sou um homem de resistir e persistir", disse o candidato que acrescentou:"Apelar à desistência é abrir o caminho à candidatura de Cavaco Silva"
À tarde, Manuel Alegre teve uma recepção muito calorosa na Rua de Santa Catarina. Eram muitos os que se lhe dirigiam a dizer que iam votar nele e a incentivá-lo para que não desistisse. À pergunta dos jornalistas sobre a sondagem hoje publicada no Expresso, Alegre respondeu bem disposto: "Isto é uma sondagem".





NO FIM DE SEMANA

Só vai pagar 5% do valor que declarar

Isaltino Morais aproveita amnistia do Fisco para regularizar situação

Isaltino Morais aproveitou uma oportuna boleia de José Sócrates para legalizar o dinheiro que tem depositado na Suíça e cuja titularidade assumiu em 2002.

Segundo «O Independente», o presidente da Câmara Municipal de Oeiras decidiu ontem aderir ao Regime Excepcional de Regularização Tributária (RERT), beneficiando dessa forma do mecanismo introduzido pelo Governo socialista no Orçamento Rectificativo para 2005.

O próprio autarca assumiu ao jornal ter dado instruções para que seja apresentada uma declaração de regularização em seu nome.

Isaltino Morais irá pagar somente 5% do valor que declarar, evitando a tributação do dinheiro que teve no exterior durante quase duas décadas. A conta foi aberta com 50 mil euros, mas ao fim de algum tempo os montantes já variavam entre os 400 mil e os 650 mil euros.

O RERT abrange todas as aplicações financeiras detidas no estrangeiro, incluindo depósitos bancários, certificados de depósito e valores mobiliários, como acções., títulos de participação e obrigações, entre outras.

sexta-feira, dezembro 16

Senhor

Se eu não puder ser o que eu desejo

que eu seja o que desejas de mim.

Se eu não puder ser a árvore que dá frutos,
que eu seja o arbusto que dá sombra.

Se eu não puder ser o rio que inunda a terra,
que eu seja a fonte que dá de beber.

Se eu não puder ser uma estrela no céu,
que eu seja uma luz que anima as esperanças.

Seu eu não puder ser o teto que abriga a todos,
que eu seja a porta que se abre a quem bate.

Seu eu não puder ser o mar que liga os continentes,
que eu seja o porte que recebe a nave.

Se eu não puder ser o bosque que floresce,
que eu seja o pássaro que nele canta.

Seu eu não puder ser a roseira carregada,
que eu seja o perfume de uma flor.

Se eu não puder ser a melodia que enleva,
que eu seja a inspiração de cada verso.

Seu eu não puder ser o vento que arrebata,
que eu seja a brisa que acaricia.

Se eu não puder ser o livro que ensina,
que eu seja a palavra que comove.

Se eu não puder ser a messe que promete,
que eu seja o trigo que vai ser o pão.

Se eu não puder ser o fogo que incendeia,
que eu seja o óleo que mantém a chama.

Se eu não puder ser o rico que tudo pode,
que eu seja o pobre que não nega nada.

Se eu não puder ser a chuva que irriga o solo,
que eu seja o orvalho que umedece a flor.

Se eu não puder ser o tapete no palácio dos reis,
que eu seja o agasalho na casa dos pobres.

Se eu não puder ser o sorriso que encanta,
que eu seja a impressão que ele deixa.

Se eu não puder ser a felicidade que todos buscam,
que eu seja feliz em tudo para todos.

Se eu não puder ser toda a bondade do mundo,
que eu seja bom como todo o mundo espera.

Se eu não puder ser a eternidade,
que eu seja o tempo em que nos fala.

Se eu não puder ser o amor que tudo começa,
que eu seja o amor que faz chegar ao fim!

quinta-feira, dezembro 15





O OUTONO! EM BREVE TEREMOS A PRIMAVERA!

PARA TI, QUE PENSAS QUE É OUTONO

quarta-feira, dezembro 14





ÉS TU!

ARTIGO A PUBLICAR NO PRIMEIRA MÃO

Na próxima sexta-feira será publicado no Jornal Primeira Mão, um artigo da minha autoria:


"NOTAS SOBRE PRESIDÊNCIAIS"

terça-feira, dezembro 13





O DIA

Passa o dia contigo
Não deixes que te desviem
Um poema emerge tão jovem tão amigo
Que nem sabes desde quando em ti vivi

Sophia de Mello Breyner

Infelizmente a humanidade dos governantes dos Estados Unidos não existe, foi morto um homem, do qual tomamos posição clara, contra a sua morte.

Lamentamos que o país civilizado e desenvolvido não ouça o mundo,

segunda-feira, dezembro 12

MUDANÇAS NO BLOGUE BEM COMUM

A partir do próximo dia 1 de Janeiro, este blogue, que manterá a mesma linha editorial, passará a contar com um colaborador permanente, deixando, por consequência, de ser unicamente da minha autoria.

Há bastante tempo que fiz este convite: agora foi aceite.

Fico contente, haverá possibilidade de partilhar experiências.

ARTIGO A PUBLICAR NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Amnhã será publicado um artigo da minha autoria, no jornal O Primeiro de Jaaneiro, sobe o título:



"MAIA: UMA OPOSIÇÃO ACTIVA?"

CONTRA A PENA CAPITAL NOS ESTADOS UNIDOS

Amanhã será morto Stantey, pela pena capital, a Amnistia Internacional, pede a todos os homens e as mulheres, que, em acção urgente, enviem a carta que segue abaixo. Ficam, também, algumas notas sobre aquele que vai ser executado.


Bem Comum, associa-se ao apelo e pede que todos enviem essa carta.


NOTAS BIOGRÁFICAS SOBRE STANLEY WILLIANS

Stanley Tookie Williams III, conhecido por Tookie, nasceu a 29 de Dezembro de 1953 em Nova Orleães. Sem a presença do pai, e distante da própria mãe, cresce no complicado bairro de South Central de Los Angeles.

Em 1979, com 17 anos, cria em conjunto com Raymond Lee Washington, o gang de rua “Crips”. Era generalizada a profusão de gangs em Los Angeles, praticando violência indiscriminadamente. Os “Crips” poderão ter surgido em resposta a este fenómeno, como forma de protecção da sua comunidade. No entanto, é o próprio Tookie que afirma que, apesar da existência desse sentimento, os “Crips” não podem ser vistos como os “bons da fita”, nem como algo positivo. Os “Crips” alastraram rapidamente. No ano em que foi criado, o gang já tinha membros por toda a Califórnia e as suas práticas já se tinham tornado tão violentas como as de qualquer outro gang da altura, verdadeiros arruaceiros que aterrorizavam bairros inteiros.

Também em 1979, Raymond é assassinado por um membro de outro gang, ao passo que Tookie é preso, acusado do homicídio de 4 pessoas num assalto. Em 1981, é declarado culpado e condenado à morte, apesar das suas permanentes alegações de inocência. Desde aí no corredor da morte na Prisão de San Quentin, é colocado em solitária em 1987. Ao fim de dois anos, inicia um processo de reflexão que o leva a constatar a gravidade do seu acto enquanto criador dos “Crips”. Este gang já encontra modelos copiados em 42 Estados, bem como na África do Sul e na SuÍça.

Perante tais factos, Tookie chega ao arrependimento total face à história violenta do gang. Inicia então um trabalho, que como o próprio explica, é dirigido aos mais jovens, pois são estes os que necessitam de algum modelo em que se possam inspirar e são aqueles que ainda podem fugir aos caminhos que ele próprio percorreu. Em 1996, lança a série de Livros Tookie Speaks Out Against Gang Violence dirigido aos jovens do ensino básico e, em 1998, o livro Life in Prison. Ambas as obras são dirigidas a jovens, procurando desencorajá-los da vida em gangs e nas ruas, mostrando as consequências da violência. O livro Life in Prison procura descrever a angústia de um condenado à morte, desmistificando a vida passada na prisão. Ambas as obras se sustentam na sua experiência, procurando chegar assim mais facilmente aos jovens que já se encontram em risco.

Simultaneamente, lança o Projecto de Internet para a Paz nas Ruas, em que liga jovens de bairros problemáticos da Califórnia e da Suíça, bem como de outros pontos do globo, incentivando-os à aprendizagem através do uso de computadores e à troca de experiências que os possa levar a evitar a vida de violência nas ruas.

Com o trabalho efectuado, Stanley Williams já foi nomeado 5 vezes para o Prémio Nobel da Paz e 4 para o Nobel da Literatura, pelo seu trabalho com estes jovens em situações de risco.

Stanley demonstra um profundo arrependimento sobre o seu envolvimento na violência de gangs, mas reitera a sua inocência nas mortes de que é acusado. No seu julgamento, constatou-se que a sua culpa foi formada sobre testemunhos de indivíduos, todos eles com algum tipo de acusação pendente, levando o próprio Tribunal de Recursos a declarar em 2002, que estes poderiam ser facilmente incentivados a mentir, em busca de um qualquer perdão ou atenuante para os seus casos.




Governor Arnold Schwarzenegger

State Capitol Building

Sacramento

CA 95814, USA

Fax: 00 1 916 445 4633

governor@governor.ca.gov

Lisbon, 30 November 2005

Dear Governor Schwarzenegger,

We are very concerned that Stanley Williams is scheduled to be executed on 13 December, for four murders occurred in 1979.

First of all, we would like to express our sympathy for the family and friends of Albert Owens, Yen-Yi Yang, Tsai-Shen Yang and Ye-Chen Lin It and to make clear that we are not seeking to condone the manner of their deaths neither minimize the suffering caused by those.

Despite of this, we urge Governor Schwarzenegger to recognize that this case is full of extraordinary facts. Starting by Stanley William’s absolute repudiation of his past acts in a gang. He also has been claiming his innocence for 25 years. It is a clear fact that, since his incarceration, he made successful efforts to change the violent conduct of others, making him an important figure and symbol of hope to many disadvantaged youth.

Adding to this facts it is the reference made by the US Circuit Court of Appeals for the Ninth Circuit that Stanley Williams’s “good works and accomplishments may make him a worthy candidate” for an act of executive clemency.

For all this facts, we would like to appeal Governor Schwarzenegger to grant clemency to Stanley Williams and to commute his death sentence.

Yours sincerely,

domingo, dezembro 11

CONDENÁVEL

São condenáveis estas atitudes


Um antigo combatente da guerra colonial insultou e agrediu neste domingo em Barcelos o candidato a Presidente da República Mário Soares, apelidando-o de "vigarista" devido ao seu papel na descolonização.

O homem, cuja identidade é ainda desconhecida, aproximou-se de Soares quando este passeava pelas ruas do centro da cidade, e proferiu vários insultos.

"Oh vigarista! Vai assaltar o Banco de Portugal para dar dinheiro aos turras para matarem portugueses", disse o homem, que trazia na mão uma edição do jornal "O Crime" que noticiava o assalto feito em 1967 pela Liga de Unidade e Acção Revolucionária (LUAR) à dependência da Figueira da Foz do Banco de Portugal, que terá rendido 38 mil contos.

Visivelmente nervoso, o ex-combatente aludiu de novo ao
dinheiro roubado do Banco de Portugal, dizendo: "Vai mas é tratar dos teus prédios".

O indivíduo esboçou um gesto de agressão a Mário Soares e acabou por atingi-lo com um murro no braço, tendo o candidato ensaiado uma resposta semelhante, que foi travada pela segurança.

Após o incidente, a comitiva de Soares abandonou o local, tendo o candidato dito aos jornalistas que não iria apresentar queixa-crime contra o agressor, por se tratar de alguém "que aparenta ser
atrasado mental".

De seguida, a comitiva teve de mudar de rumo para não se
encontrar, de novo, com o ex-combatente, que ainda estava no local e rodeado de amigos, aparentemente disposto a insistir nos insultos.
Poucos minutos depois, e como a acção de rua se azedara, a
comitiva de Soares abandonou o local.




Não quero entrar neste tipo de coisas, penso mesmo que há que ter bom senso, mas a verdade é a verdade.

Hoje li na imprensa palavras de Mário Soares, informando que todas as estruturas do PS apoiaram a sua candidatura. Ora bem, pertenço a três estruturas: a Comissão Política do PS/Maia, Secção de Pedras Rubras e Secção do Ambiente da Federação Distrital do Porto, e não existiu qualquer apoio, pelo simples facto que nem sequer reuniram para tal.

Fica aqui a correcção.

PARA TI E PARA MIM





Eu pedi Deus para tirar a minha dor.

Deus disse não.

Não cabe a mim tirá-la, mas cabe a você desistir dela.

Eu pedi a Deus para me dar felicidade.

Deus disse não.

Eu lhe dou bênçãos.

A felicidade depende de você.

Eu pedi a Deus para me proteger da dor.

Deus disse não.

O sofrimento o separa dos apelos do mundo

e o traz mais perto de mim.

Eu pedi a Deus para me fazer crescer.

Deus disse não.

Você tem que crescer sozinho, mas eu lhe podarei

para que você possa dar frutos.

Eu pedi a Deus todas as coisas para

que eu pudesse gostar da vida.

Deus disse não.

Eu lhe dou vida

para que você possa gostar de todas as coisas.

E por fim, quando pedi a Deus para

me ajudar a amar os outros,

tanto quanto Ele me ama,

Deus disse sim! Finalmente você entronizou a idéia!

Se, por ventura, você está sentindo-se triste

por não ter recebido a resposta que desejava

receber do Pai Criador, volte a sorrir.

O sol beija o botão de flor e ela sorri.

A chuva beija a terra e ela, reverdecida, sorri.

O fogo funde os metais e estes,

depurando-se, expressam formas para sorrir.

Vai a dor e volta a esperança.

Foge a tristeza, volta à alegria...

Certa vez um discípulo rogou, emocionado, a seu mestre:

Senhor, quando identificarei a plenitude da paz e da felicidade, vivendo neste mundo atribulado de enfermidades e violência?

O mestre, compassivo, respondeu:

Quando puderes ver com a suavidade do meu olhar as mais graves ocorrências,

sem julgamento precipitado;

quando lograres ouvir com a paciência da minha

compreensão generosa; quando puderes falar auxiliando, sem acusação nem desculpismo;

quando agires com misericórdia,

mesmo sob as mais árduas penas

e prosseguires sem cansaço no caminho do

bem entre espinhos pontiagudos,

confiando nos objetivos superiores,

te identificarás comigo e gozarás de

felicidade e paz.

O aprendiz ouviu, meditou, e,

levantando-se partiu pela estrada do serviço

ao próximo, disposto a conjugar o verbo amar,

sem cansaço, sem ansiedade e sem receio.

Se por ventura você está triste

por não haver recebido a resposta que

desejava do Pai Criador, volte, portanto,

a amar e a sorrir.

Só assim sai a dor e volta à esperança.

Foge a tristeza e volta à alegria.

( Autor Desconhecido, mas muito lindo e edificante )


sábado, dezembro 10





DULCINEIA

Quem tu és não importa, nem conheces
O sonho em que nasceu a tua face:
Cristal vazio e mudo.
Do sangue de Quixote te alimentas,
Da alma que nele morre é que recebes
A força de seres tudo.

José Saramago

Hoje ouvi aquilo que nunca pensei ouvir.

O candidato supra-partidário Dr. Mário Soares, fazer apelo para que volte a santa inquisição, desta vez no Partido Socialista.

Ouvi e não gostei! Mário Soares, supra-partidário, com o apoio do PS, bem reconhece que a máquina do Partido está perra para o apoiar, e não é por acaso.

Se fossemos excomungar o candidato Manuel Alegre, e todos que do PS o apoiam, poderiamos ter surpresas. Um homem com o seu percurso, que até eu admirei no próximo passado, não pode e não deve, cometer destes erros políticos.

sexta-feira, dezembro 9





PORQUE

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos
Porque os outros calculam mas tu não.


Sophia de Mello Breyner

COLABORAÇÃO DOS LEITORES

A amizade [em Portugal] é, de facto, uma coisa muito bonita ...

Uma Dívida de Gratidão



Naqueles longínquos anos 80 o Prof. Aníbal Cavaco Silva era docente na Universidade Nova de Lisboa.

Mas o prestígio académico e político que entretanto granjeara (recorde-se que havia já sido ministro das Finanças do 1º Governo da A.D.) cedo levaram a que fosse igualmente convidado para dar aulas na Universidade Católica.

Ora, embora esta acumulação de funções muito certamente nunca lhe tivesse suscitado dúvidas ou sequer provocado quaisquer enganos, o que é facto é que, pelos vistos, ela se revelou excessivamente onerosa para o Prof. Cavaco Silva.

Como é natural, as faltas às aulas – obviamente às aulas da Universidade Nova – começaram a suceder-se a um ritmo cada vez mais intolerável para os órgãos directivos da Universidade.
A tal ponto que não restou outra alternativa ao Reitor da Universidade Nova, na ocasião o Prof. Alfredo de Sousa, que não instaurar ao Prof. Aníbal Cavaco Silva um processo disciplinar conducente ao seu despedimento por acumulação de faltas injustificadas.

Instruído o processo disciplinar na Universidade Nova, foi o mesmo devidamente encaminhado para o Ministério da Educação a quem, como é bom de ver, competia uma decisão definitiva sobre o assunto.

Na ocasião era ministro da Educação o Prof. João de Deus Pinheiro.

Ora, o que é facto é que o processo disciplinar instaurado ao Prof. Aníbal Cavaco Silva, e que conduziria provavelmente ao seu despedimento do cargo de docente da Universidade Nova, foi andando aos tropeções, de serviço em serviço e de corredor em corredor, pelos confins do Ministério da Educação.

Até que, ninguém sabe bem como nem porquê... desapareceu sem deixar rasto...
E até ao dia de hoje nunca mais apareceu.

Dos intervenientes desta história, com um final comprovadamente tão feliz, sabe-se que entretanto o Prof. Cavaco Silva foi nomeado Primeiro-ministro.

E sabe-se também que o Prof. João de Deus Pinheiro veio mais tarde a ser nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros de um dos Governos do Prof. Cavaco Silva, sem que tivesse constituído impedimento a tal nomeação o seu anterior desempenho, tido geralmente como medíocre, à frente do Ministério da Educação.

Do mesmo modo, o seu desempenho como ministro dos Negócios Estrangeiros, pejado de erros e sucessivas “gaffes”, a tal ponto de ser ultrapassado em competência e protagonismo por um dos seus jovens secretários de Estado, de nome José Manuel Durão Barroso, não constituiu impedimento para que o Primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva viesse mais tarde a guindar João de Deus Pinheiro para o cargo de Comissário Europeu.

De qualquer modo, e como é bom de ver, também não foi o desempenho do Prof. João de Deus Pinheiro como Comissário Europeu, sempre pejado de incidentes e críticas, e de quem se dizia que andava por Bruxelas a jogar golfe e pouco mais, que impediu mais tarde o Primeiro-ministro Cavaco Silva de o reconduzir no cargo.

A amizade é, de facto, uma coisa muito bonita...

quinta-feira, dezembro 8

COLABORAÇÃO DOS LEITORES

CRISE em Portugal ?
- Resultados do 1º Semestre 2005 de Empresas em Portugal


Afinal sempre há quem lucre na crise. Faz lembrar o antigo slogan "Os ricos que paguem a crise"

RESULTADOS SEMESTRAIS DA BANCA E ALGUMAS DAS MAIORES EMPRESAS EM PORTUGAL:

CRISE ? ONDE ?

PARA OS PEQUENOS E PARA OS TRABALHADORES !

Lucros do BCP sobem para 302,9 milhões (act2)
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=folder&CpFolderId=59&CpContentId=262278
19/07/2005

Lucro do BPI cresce 22% para 107,3 milhões de euros (act.)
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=folder&CpFolderId=59&CpContentId=262433
21/07/2005

Lucros da Media Capital mais que duplicam no primeiro semestre (act)
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=folder&CpFolderId=59&CpContentId=262559
26/07/2005

Lucros da Impresa superam previsões no primeiro semestre
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=folder&CpFolderId=59&CpContentId=262497
25/07/2005



BES duplica lucros no primeiro semestre (act)
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=folder&CpFolderId=59&CpContentId=262681
28/07/2005

Lucros da Novabase sobem 6,8% no primeiro semestre (act.)
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=folder&CpFolderId=59&CpContentId=262661
27/07/2005

Lucros da Brisa sobem 10,2% enquanto tráfego desce 3,7%
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=folder&CpFolderId=59&CpContentId=262600
26/07/2005

Lucros da EDP sobem 11% no primeiro semestre
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=folder&CpFolderId=59&CpContentId=262729
28/07/2005

Lucros da Mota-Engil sobem 39% no primeiro semestre (corr.)
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=folder&CpFolderId=59&CpContentId=263983
31/08/2005

Lucros da Modelo Continente sobem para 43 milhões no primeiro semestre
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=folder&CpFolderId=59&CpContentId=264361
07/09/2005

Teixeira Duarte aumenta lucros em 54,2% com menos custos operacionais e financeiros
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=folder&CpFolderId=59&CpContentId=264825
16/09/2005

Lucros da Cofina sobem 10,3% para 6,9 milhões
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=folder&CpFolderId=59&CpContentId=264479
09/09/2005

Resultados da PT Multimedia sobem 18,1% no primeiro semestre
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=folder&CpFolderId=59&CpContentId=264717
15/09/2005