quinta-feira, junho 30

ARTIGO A PUBLICAR NO PRIMEIRA MÃO

Amanhã dia 1/7/2005, será publicado o artigo da minha autoria, no Jornal Primeira Mão:


"A IDEIA DA MAIA"


que pretende analisar o livro do Dr. Mário Nuno Neves, "Uma Ideia para A Maia"

quarta-feira, junho 29

ARTIGO NO JORNAL O DESAFIO

Artigo publicado no Jornal Desafio, em 24/&/2005, da minha autoria e de Lurdes Gomes.
REVELAR A FOZ


PENSAR GLOBALMENTE, AGIR LOCALMENTE

AGÊNCIA NA FOZ DO DOURO, DO BANCO DE TEMPO


A sociedade complexa em que vivemos caracteriza-se pela interacção cada vez mais acentuada de numerosos mercados: os mercados dos bens, serviços, trabalho, financeiro e, também, do tempo, que depende da gestão das várias variáveis relacionadas com o tempo.

Em sintonia com a prática correcta do “pensar globalmente, agir localmente” surgiu em Portugal o Banco de Tempo, uma “instituição de crédito”, particular, em que qualquer investidor que esteja disposto a dar uma hora do seu tempo para prestar um conjunto de serviços, recebe, em retribuição, uma hora para utilizar em benefício próprio.

Os Bancos de Tempo existem em vários países europeus, nos Estados Unidos, Canadá, Argentina, entre outros, e possui agências, horário, depósitos, cheques utilizando o tempo como moeda de troca; baseia-se na filosofia dos que apareceram em Itália, no inicio da década de 90, em que um grupo de mulheres, confrontadas com a falta de tempo, decidiram ser alternativa para a reestruturação da rede social e da solidariedade recíproca.

O Banco de Tempo apoia-se em duas estruturas a níveis de organização e funcionamento: o Banco Central e as Agências. O Banco Central situa-se na Sede do Movimento Internacional de Mulheres Graal, em Lisboa, e funciona como entidade integradora e impulsionadora. As Agências são o resultado de parcerias entre a Associação Graal e instituições da comunidade local. Sendo estas últimas estruturas próximas da comunidade, promovem as actividades necessárias ao bom funcionamento do Banco de Tempo a nível local e são fundamentais para quebrar barreiras estruturais ao seu lançamento, seja pela credibilidade que passam à agência, seja pelos recursos que disponibilizam. A primeira agência abriu em Janeiro de 2002 e o Banco de Tempo conta hoje mais de 14 agências em todo o país.

O objectivo é o de criar relações através da troca de tempo, onde todas as actividades valem o tempo que duram. Se uma hora de “passeios ao luar” vale o mesmo que uma explicação de Alemão, significa que não se está a valorizar profissões, nem objectos, mas pessoas. Ao valorizar-se o que cada pessoa gosta de dar está-se a valorizar aquilo que a pessoa gosta, logo, a própria pessoa.

Há um encorajamento à descoberta das sua próprias capacidades e da sua utilização para si e para os outros, independentemente das regras do mercado. Esta ideia vai contra a mentalidade produtivista que rege as sociedades actuais, onde as reais capacidades dos indivíduos são quase completamente esquecidas em favor de um reconhecimento social baseado no conhecimento e eficácia.

Para além disso procura-se alargar o leque das actividades que a pessoa pode desenvolver. Ao procurar uma resposta às necessidades que vão surgindo na comunidade revelam-se e estimulam-se novos talentos, tornando utilizáveis recursos até então passivos.


O banco de tempo promove uma maior flexibilidade na gestão da vida quotidiana, nomeadamente com os problemas relacionados com a conciliação entre a vida profissional e familiar que atingem, em muito maior escala, as mulheres; nos países do sul da Europa, e em particular nos centros urbanos, há uma tendência para o aumento da taxa feminina, isto apesar do facto de as mulheres estarem já sobrecarregadas na família e no trabalho.

Não se trata de voluntariado, mas de uma reciprocidade indirecta, de uma rede de entreajuda comunitária. A valorização igualitária das competências e do tempo de cada um, bem como a obrigatoriedade de trocar (dar e receber), leva a uma ausência de dependência entre quem dá e quem recebe.

Esta obrigatoriedade em dar e receber é muito interessante e tem sido, em muitos sítios, um dos factores que tem contribuído para que as trocas tenham dificuldade em iniciar-se. Esta dificuldade em pedir, em assumir o papel de quem precisa de alguma coisa, parece desempenhar uma função importante. A ausência de auto-suficiência aparece associada a um estatuto de perdedor, de vulnerável, de fraco.

Mas como neste jogo o saldo nunca pode ser superior a 20 horas, todos os jogadores têm mesmo que receber, dando aos outros a possibilidade de também eles acumularem horas de crédito. E assim, de troca em troca, ninguém fica a dever favores a ninguém, e talvez por isso as pessoas se estejam a habituar a jogar este jogo.

Cada agência é muito diferente das outras. Cada uma tem o seu ritmo próprio, a sua estratégia, e existe uma grande diversidade de modelos, quer devido às diferenças da população abrangida, quer às diferentes características, motivações, recursos disponibilizados e estrutura das entidades parceiras locais, ou ainda aos diferente recursos humanos afectos à agência.

A troca de tempo é uma oportunidade social que tem em vista a valorização das relações humanas e dos talentos individuais, a igualdade entre indivíduos e o desenvolvimento das relações interpessoais: todos temos algo a dar e a receber.

Num país, como o nosso, que se tornou passivo e que se lamenta e minimiza constantemente, esta experiência de inclusão mostra que é possível desenvolver uma nova cultura de participação, de afirmação de vontades e entusiasmos que buscam soluções para problemas do dia a dia. Claro que, como em todos os fenómenos de mudança, há coisas que bloqueiam e que dificultam.

O Banco de Tempo não é (nem pretende ser) a resposta para todas as questões sociais. Não substitui as Instituições de Solidariedade Social nem a responsabilidade do Estado. Tem que haver uma intervenção sistémica que tenha em vista uma mudança estrutural e de mentalidades, como sejam políticas sociais que promovam condições para a valorização dos indivíduos e suas capacidades, e para a conciliação entre os diversos tempos de vida. No entanto, a concretização do Banco de Tempo em Portugal, pode incluir-se numa nova forma de regulação social.

Todos queremos mudanças e muitas vezes pensamos que as pequenas iniciativas não são mais que pequenas gotas de água nesse oceano desconhecido da globalização. Mas as mudanças também se fazem com pequenos passos.

Na Foz do Douro, e por iniciativa da Junta de Freguesia, já se realizou uma sessão de esclarecimento em 21 de Junho passado, e no próximo mês de Setembro será lançada a Agência do Banco de Tempo, da freguesia. Não perca tempo, vá saber o que é, e contribua para dar e receber.

Lurdes Gomes e Joaquim Armindo, a partir de texto fornecido









terça-feira, junho 28

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Artigo publicado no Jornal O Primeiro de Janeiro, da minha autoria, em 21/6/2005.
MOSCADEIRO



SER POLITICO



De acordo com a Logos, enciclopédia Luso-Brasileira, SER, desde Parménides a Heidegger, que do ponto de vista ontológico, é a essência da pessoa, e logo aparece como o “verbo substantivado” com o mesmo vocábulo, ser, imbuída de uma visão holística, da pessoa em causa, na sua indivisibilidade e unidade, como única e irrepetível, sendo, portanto, a sua dignidade, enquanto humana, indesprezível e, consecutiva e indissoluvelmente, defendida como a própria vida, marcada pela ética e a moral das acções de cada pessoa.

“A politica é um fazer e é, sobretudo, um agir. Dispondo dos meios em relação aos fins e pensando nos fins em relação aos meios, a politica revela-se como a arte daquilo que, aqui e agora, é possível realizar.”, refere na mesma enciclopédia, M. Antunes.

Então significa que não é possível ser político, sem ética e moral, porque seria indigno, e agir tendo em consideração os fins, numa dialéctica em que os meios não são aqueles que nos “dão mais jeito”, mas os que são profundamente fundados no servir das populações.

Mas vejamos que a ética pessoal e a moral, entrando nesta questão como fundamentais pilares de acompanhamento dos actos políticos da governação, não é possível ser político, e apresentar-se ao eleitorado, este composto por também políticos, sem o acervo histórico que acompanha as pessoas. Aliás aquilo que cada uma é, fica marcado indelevelmente na consciência crítica das massas populares, que não perdoam e têm sabido ser possuidoras dum saber, que só dignifica a polis.

Sendo que a moral pessoal diz respeito às acções praticadas por hábito e aos costumes em geral, a ética trata do fundamento da moral, assim não é possível agir sem ser portador duma moral (não confundir com a moral religiosa), e ética, concernentes à actividade política. Os hábitos e os costumes das sociedades onde produzir aquilo que o povo, e, concretamente, os votantes, que em grande percentagem se demitem de ser políticos, pretendem ao eleger aqueles que os vão gerir.

Não é pois possível tapar o “sol com uma peneira”, nem parar “o vento com a palma da mão” (esta última no dizer de Samora Machel), daí que estes conceitos devem ser considerados em todos os assuntos que dizem respeito à política; tentar com golpes de rins ignorá-los é como o suicídio, às vezes somando vitórias, em determinados ambientes, para perder num âmbito mais lato, porque representativo das consciências que determinam o caminhar comum das mulheres e dos homens que são fazedores das sociedades, e logo da arte de as gerir.

Tudo isto a propósito das próximas eleições autárquicas, e quando começam a aparecer os candidatos aos mais diversos cargos. A primeira pergunta, que, mesmo inconscientemente os votantes fazem, é qual a moral e a ética que têm esses candidatos, qual o seu percurso e as garantias de que vencendo, não só cumprem, mas observam a ética e a moral no seu percurso de gestão do município ou da freguesia.

Não bastará quaisquer promessas, de facto o nosso povo está farto delas e dos políticos que, por meio de atoardas loucas ou megalómanas as enunciam, o que interessa verdadeiramente são as provas dadas, às vezes na própria administração da sua casa, pois aí como microcosmos da sociedade, se poderá ou não sentir a eficiência e a eficácia da coisa pública. Aquilo que dizemos que vamos executar, poderá não sê-lo, pelo que há que garantir a certeza duma verdade que queremos passar, e isso, caros leitores, faz-se com evidências; elas, porém terão de vir provadas pelo quotidiano das nossas vidas.

Todos sabemos que as promessas, outros dizem programas ou medidas mínimas, devem aparecer como ideias, que discutidas parecerão exequíveis, e não com pretensas marcas que dizem ser as “mais sábias”.

A politica é uma arte, e como tal existe uma relação íntima entre a forma e o conteúdo, isto é, não basta apresentar o conteúdo, para que este seja substantivo, mas é necessário saber quem o apresenta, para que a credibilidade exista. E isto às vezes é o maior problema dos projectos e das ideias passarem com objectividade, e vem à baila imediatamente a ética e a moral, dessa embalagem, passe o termo.

É de facto iminente que para qualquer projecto surja como credível, se apresentado por pessoas que tenham dado provas da sua capacidade de condução pelo bem da cidade, consubstancie um conteúdo, logo, apresentado por pessoas suficientemente acreditáveis, pois se o não forem, as ideias perdem-se e deixam de ser substantivas.

Aqui e agora, na Maia, teremos os candidatos com o seu histórico, a apresentar as ideias, mas quem não tiver da política um conceito de arte (forma e conteúdo), com ética e moral, será sempre visto como um ser não político, e é necessário ser-se político, para que os outros – cada cidadão comece a acreditar que ser político é obrigação de todos e de cada um de nós.


Joaquim Armindo
Deputado Municipal do PS
jarmindo@clix.pt
http://www.bemcomum.blogspot.com/

Assina esta coluna quinzenalmente.

segunda-feira, junho 27

Onde existe uma esperança que é nova ? Onde é que a esperança já foi velha ?

Vá à Maia, e descubra!

ARTIGO NO JORNAL O DESAFIO

Artigo publicado, no Jornal Desafio, no passado dia 24 de Junho, em parceria com Lurdes Gomes.

NO ANO DA EUCARISTIA


FICA CONNOSCO SENHOR!



Uma das comunicações mais felizes de João Paulo II, é a sua citação do Evangelho de Lucas “Fica connosco Senhor, pois a noite vai caindo” (Lc. 24,29), na introdução à sua Carta Apostólica sobre o ano da Eucaristia. Esta perícopa duma beleza notável inicia aquela carta e traduz com sapiência o Partir do Pão e o Projecto de Solidariedade de Jesus.

Lucas o escritor deste evangelho não foi apóstolo de Jesus, mas discípulo dos apóstolos, e o seu evangelho, datado do ano 70 da nossa era, traduz uma compilação de outros evangelhos, fontes orais e da Quella, é assim pertencente à segunda geração cristã. O evangelho de Lucas é conhecido como o Evangelho de Maria, e é característico que João Paulo II fosse iniciar a sua carta, precisamente com este livro. Daí que se compreende que o também Evangelho do Espírito Santo, escrito pelo companheiro de Paulo de Tarso, autor deste evangelho, seja escolhido por aquele Papa.

Quando foi escrita a frase do evangelho, estávamos na fase da Ressurreição, e por isso mesmo ela é bela e trespassa o nosso ser, deixa-nos como extasiados perante a acutilância do pedido “Fica connosco Senhor” e remata “pois a noite vai caindo”.

O epicentro da vida cristã passa pelo sacramento eucarístico, pelo partir do pão e dá-lo, numa gratuitidade plena, sendo que o dar significa o “projecto da solidariedade” em favor “da humanidade”, numa promoção da “comunhão, de paz, de solidariedade, em todas as circunstâncias da vida”.

Hoje o significado do “Fica connosco Senhor, pois a noite vai caindo”, é duma actualidade flagrante, e vivida na missa com as companheiras e companheiros, que querem seguir para que a ressurreição se torne visível na humanidade.

A palavra “missa”, que quer dizer despedida, (missa=missio=dimissio), não é a Eucaristia, e pode parecer estranho que se designe por despedida, um acto que o não é, porque a fraternidade não tem espaço, nem tempo. Mas por isso mesmo é que a Fracção do Pão ou Ceia do Senhor, como era conhecida antes do século IV da nossa era, toma o nome, no ocidente, de missa, para significar não um fim (“ite, missa est”), mas o caminho da missão, porque “a noite vai caindo”.

Na Eucaristia Jesus, o Senhor, entra em nós, abraça-nos e conduz-nos, fica connosco, mesmo na “noite mais fria, em tempos de solidão”, para parafrasear o poeta. E aqui está toda a frontalidade, qual espada aguçada, a chamar os cristãos, ao envio, a ir e a ser, como Jesus nos ensina, na oração mais rica da nossa vida de militantes cristãos o “Pai/ Mãe Nosso”, já agora para referir o eminente teólogo do Vaticano II, Kongar.

O fundamental neste Ano da Eucaristia seria ser e ir, ser porque Jesus fica connosco, e ir, porque na humanidade, no nosso País, na Foz do Douro, está de “noite”; ora esta noite precisa de testemunhos vivos, que comendo do pão e bebendo do vinho, recebem Jesus Ressuscitado (dantes dizia-se “eu quero tomar o Senhor”), o pão é partido, para que todos sejamos “um só coração e uma só alma” (Actos 4,32), e é partido para ser partilhado com todos, que se reconhecerão pelos “frutos”. Estes “frutos”, são colhidos na humanidade que espera que os cristãos não se resignem aos sofás de suas casas, num solipsismo atroz, de quem nada vai fazer à Eucaristia porque de facto Jesus não está com ele. Nas palavras de Paulo “comeu e bebeu (recebeu a Cristo) para sua condenação”, isto é, para não puder, aqui e agora viver o Reino dos Céus, e isso é uma auto condenação.

Quando Jesus fica connosco na noite, mesmo na mais dura, estamos no princípio do projecto da missão, para “partir imediatamente” (Lc 24,33), tal qual o povo judeu fez na “sua Páscoa”, quando, não fugiu, mas libertou-se do cativeiro do povo opressor.

O binómio pão e vinho, significam, o primeiro, o alimento necessário, e o segundo a alegria e a festa; são o leite e o mel utilizados na liturgia dos primeiros séculos, o leite como sendo o cuidado e a responsabilidade pela conservação da vida, e o mel os valores, o amor à vida, a alegria e a felicidade.

O mistério eucarístico é assim uma continuidade que se recebe e se leva, a concretização da missão, dos caminhantes sem morada certa, sem bolsa, nem alforge, mas com Jesus, o Senhor, nas mais variadas missões que cada um de nós tem; o espírito, esse que procede do Pai e do Filho, permanece em nós e caminha ao nosso lado.

O mistério eucarístico pode sofrer de um fenómeno de erosão, se não enfrentar as realidades do tempo presente, isto é, se for mecanicamente rotineiro e banalizado, e isto só se dará, se as cristãs e os cristãos não souberem pedir ao Senhor, “Fica connosco” e depois não tiverem uma práxis fazedora de uma outra terra, a Terra Prometida, que aí está, tão presente como para os judeus do êxodo, mas que teimamos em não querer construir, como co – responsáveis, por esta Criação que ainda não passou do primeiro dia.

Comer o pão e beber do vinho, significa estar em Jesus, e com Jesus, é um dar-se ao poder do Espírito Santo, daí que não é uma magia, mas uma actuação em cada um de nós.

Saberemos viver assim, e tomados pelo Senhor caminhar na “noite da vida”, tornando-a Luz? Eis o desafio deste Ano da Eucaristia, proclamado por João Paulo II.

Lurdes Gomes e Joaquim Armindo

domingo, junho 26

PENSAMENTO DO DIA

DITADO CHINÊS

Há um ditado chinês que diz:
Se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando um pão, e, ao se encontrarem, eles trocam os pães, cada homem vai embora com um. Porém, se dois homens vêm andando por uma estrada cada um carregando uma idéia, e, ao se encontrarem, eles trocam as idéias, cada homem vai embora com duas.
Sempre que possível troque idéias, elas esclarecem, acrescentam, ajudam, evoluem... ainda que você não precise, servirão para o outro.

AUTOR DESCONHECIDO

BLOCO DE ESQUERDA, ENSINA O QUÊ ?

«Jovem, vem aprender técnicas de desobediência civil»

2005/06/26 09:07 Sara Marques

PDiário: Workshop do Bloco de Esquerda explica como fazer «boicotes», «ocupar espaços públicos», «resistir a uma agressão policial» e como agir numa manifestação


PARA QUE SERVIRÁ ISTO?

OS POEMAS DE ANTÓNIO LOBO XAVIER


PORQUE

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar os que não têm perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são túmulos caiados
Onde germina calada a podridão
Porque os outros se calam mas tu não.


Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

sophia de mello breyner andresen
[Porto, 1919 - 2004]

A POLÍTICA EM VILA NOVA DA TELHA - MAIA

Nesta freguesia da Maia, onde resido, para já 3 candidaturas:
- A do PS, uma senhora advogada, que diga-se,ainda não foi aprovada pelos militantes da Secção de Pedras Rubras;
- A do PSD;
- A do até há pouco tempo militante do PS, Pinho Gonçalves, que viu goradas todas as possibilidades de concorrer pelo PS, por birra do actual Presidente Comcelhio.
De todas, e de acordo com sondagem recente, Pinho Gonçalves ganha por maioria, seguido pelo PSD e só depois o PS, este com cerca de 15%. Indecisos cerca de 16%.

Por iniciativa do Deputado Joel Hasse Ferreira, terá lugar em Lisboa, no próximo dia 1 de Julho, a Audição Pública "Estratégia da União Europeia em favor do Desenvolvimento Sustentável: Primeiro balanço e orientações para o futuro ", matéria sobre a qual o eurodeputado é relator, em nome do Grupo do PSE, na Comissão de Emprego e Assuntos Sociais do Parlamento Europeu.
Na base do debate irá estar a recente proposta da Comissão Europeia para a renovação da Estratégia de Desenvolvimento Sustentável na UE, os seus objectivos chave e os princípios que guiarão a respectiva implementação. Desde a adopção inicial da "Estratégia", em 2001, muitas mudanças ocorreram. Daí a importância da discussão que se está a desenvolver no Parlamento Europeu e que dará origem a uma votação decisiva, no próximo mês de Julho. A Audição Pública, a ter lugar nas instalações do Centro Europeu Jean Monnet (Largo Jean Monnet, nº 1, 6º), a partir das 15h00, contará com intervenções do Prof. Doutor João Ferreira do Amaral e do Prof. Doutor Vítor Martins. Haverá uma curta sessão de abertura e, em seguida, um período de debate para que os comentadores convidados possam intervir.
O encerramento do evento caberá a João Cravinho, Presidente da Comissão de Assuntos Económicos da Assembleia da República.

sábado, junho 25

E EU RESPONDO...

Que o Dr. Catarino queira ter um jornal é lá com ele; agora que o Jornal "Voz da Maia" seja do PS, essa não!
O PS, e o PS/Maia, ainda têm princípios porque se regem as relacções entre pessoas.
Este não é um Jornal do PS, pois se o fosse teria sido aprovado em Comissão Política, e, certamente, diria isso bem claro na capa.
Se o Dr. Catarino é vereador da Câmara, membro da Comissão Administrativa do SMAS, presidente da Comissão Política da Maia do PS e candidato do PS à Câmara da Maia, e lá no meio é dono de um jornal, torno a dizer é lá com ele.
Mas se fosse eu, tinha vergonha, lá isso tinha.

DO JORNAL MAIAHOJE

A "Voz da Maia" ou a "Vergonha da Maia"?

Uma ofensa aos jornalistas!Os maiatos já devem ter reparado que desde Dezembro, nas suas caixas de correio, mensalmente e nas primeiras edições curiosamente ao dia 13, tem aparecido uma publicação que se intitula como um «novo jornal», gratuito e que vai já no quinto mês de edição.Publicação registada no Instituto da Comunicação Social (ICS), o seu proprietário é o candidato do PS à Câmara da Maia, mas por algum motivo que não vislumbro, já que julgo não ser possível tratar-se de alguma manobra para enganar a população, assina "incógnito" como Jorge Costa (Jorge Luís da Costa Catarino).Essa publicação que inicialmente pensávamos ser uma forma de critica e de oposição política legitima à maioria da Câmara da Maia, mostrou e provou ser um atentado à nossa dignidade jornalística.É antes de mais uma clara falta de respeito pela nossa profissão e uma "grande lata" de quem, depois de colocar cá fora a publicação, nos tem procurado para através do nosso trabalho dar a conhecer as suas actividades.Ao receber em minha casa o último número, resolvi dizer chega e desmascarar esta "farsa". Face ao silêncio de outros colegas, tenho a coragem para dizer chega! pois não alimento qualquer esperança, nem quero, ser contemplado com algum "tacho" numa eventual futura Câmara PS ou de outra cor. Mas voltando à publicação, titula esta que «o candidato do PS à Câmara Municipal da Maia, Jorge Catarino propõe medidas concretas para ajudar a resolver o problema (do aumento preocupante da Criminalidade na Maia)». Logo ao lado, o mesmo candidato do PS à Câmara da Maia assina o Editorial com algumas das palavras chave do seu discurso pré-eleitoral (vide «o sufoco é total»; «fechou-se um ciclo»; «a alternância é o sal da democracia» e até um reconhecimento à obra feita que é preciso «não deixar esmorecer». Já agora o que quer dizer com «exige-se... um novo intérprete»? Alguém que nunca esteve na Câmara? É que tanto quanto sei, ambos os candidatos do PS e do PSD já foram presidentes de Câmara da Maia.Mas continua a "farsa" na página dois, com, em primeiro lugar, uma ficha técnica da qual não faz parte nenhum jornalista, uma Sede no Concelho do Porto (nada mau saber que "A voz da Maia" afinal é... no Porto) e por outro lado uma coluna intitulada "Correio dos Leitores", onde o "elogio do umbigo" é tema inicial, passa por um ligeiro "insulto à inteligência" dos votantes e termina com mais um elogio, ao jeito de quem nunca leu as noticias inseridas nos números anteriores, noutras publicações, inclusive a nossa, comparando, em termos de governação, a ilha da Madeira com o concelho da Maia.Na página três, um artigo que é quase uma cópia (eles próprios o afirmam), da declaração de voto efectuada pelos deputados do PS à Assembleia de V.N.Telha, à falta de melhor (ou pior), chega ao ponto de criticar o facto de não se ter realizado um tostão com a venda de sepulturas.Nas páginas seguintes, novamente o número um e dois do PS Maia, escrevem e muito bem (se este fosse um jornal de campanha), sobre mais assuntos de política ao jeito de "se eu for..."; uma entrevista ao outro Vereador do PS e mais um par de artigos, não assinados, onde o principal "trabalho", foi... tirar proveito político (gratuito) do trabalho de verdadeiros jornalistas sérios, fazem o resto do jornal.A pergunta coloca-se: ainda tem a coragem de chamar a "isto" um jornal isento, como se leu no primeiro número? Lembro que no "Estatuto Editorial" desse "brilhante" exemplar afirmam que e cito «o jornal Voz da Maia orientar-se-á por critérios de independência ideológica, seja ela de ordem política ou religiosa. Procurará atingir os seus objectivos no estrito respeito pelos princípios deontológicos que definem a actividade profissional dos jornalistas».Face ao exposto, que percebem estes senhores de deontologia jornalística e da sua actividade profissional? Será que o Dr. Catarino gostava que eu, simples jornalista, com carteira profissional, lá por saber onde ficam os "ossos", fosse dar umas consultas médicas ao seu consultório? Os jornalistas são trabalhadores, dignos, como outros quaisquer, com família e que se recusam a ser "enxovalhados" na sua dignidade, desta ou doutra forma.Perante estas situações, sabendo que estão a "fazer pouco" da nossa profissão, poderá, ao leitor, parecer difícil o nosso trabalho de ser isento nesta "corrida" eleitoral que se avizinha, mas são situações como esta que, apesar deste desabafo, nos levam a ser mais profissionais e a assumir publicamente esta repugna, garantindo, apesar de tudo, o rigor e isenção a que vos habituamos.E eu que estava sossegado no meu "cantinho" a fazer o meu trabalho de jornalista.... afinal custa tão pouco dizer que a publicação não pretende ter critérios jornalísticos..., que não é isenta, ou mesmo que é da responsabilidade de um partido político!


INTERVENÇÃO DOS LEITORES

AMIGOS...

Vinicius de Moraes

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências... A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação dos meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que «os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto de vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ... Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos! A gente não faz amigos, reconhece-os!!!

sexta-feira, junho 24



Sócrates em queda

Barómetro DN/TSF/Marktest Popularidade do primeiro-ministro fortemente afectada pelo anúncio das medidas de combate ao défice. PS consegue segurar maioria absoluta.
PSD desce. Comunistas são os que mais sobem.
PS - 47%; PSD - 28%; PCP - 11%; BE - 7%; PP - 4%.
Diário de Notícias

A ESPERANÇA É UMA CARACTERISTICA DOS QUE TÊM FÉ NUM OUTRO MUNDO,

NUNCA O SERÁ DE UM QUALQUER AO SERVIÇO DO SEU PRÓPRIO BOLSO

quinta-feira, junho 23

A Sr.ª Ministra da Educação, não é política, errou, e muito.

Fica-lhe bem reconhecer o erro; mas este não é admíssivel, ficará gravado com ele.

Deve-se ter muito cuidado com o que se diz e afirma, uma Ministra não é qualquer pessoa.

quarta-feira, junho 22

Não se pode ignorar quando um povo se levanta, contra os seus governantes.
Dantes estava tudo mal, com Durão Barroso e Santana Lopes. E agora, o que está bem?
Votei no PS, sou do PS, mas ouço os 50 000 manifestantes, e hoje os 5 000 polícias. Não sou autista!
Desconhecer esta situação, é de nada querer saber! Pelo menos camarada José Sócrates, explique às portugesas e aos portugueses, que votaram em si. Explique o que se passa. Ou serão todos ignorantes?

terça-feira, junho 21

DOIS ARTIGOS NO JORNAL DESAFIO

No próximo dia de S. João, no Jornal Desafio, escrevo em parceria com Lurdes Gomes, dois artigos:

"NO ANO DA EUCARISTIA
FICA CONNOSCO SENHOR!"

E em Revelar a Foz:

"PENSAR GLOBALMENTE, AGIR LOCALMENTE

AGÊNCIA NA FOZ DO DOURO, DO BANCO DE TEMPO"

O Jornal Desafio, pertençe à Comunidade Paroquial de S. João da Foz, de que é o seu orgão informativo.

A REVISTA ALÉM MAR DE JUNHO


Aí está a Revista Além Mar de Junho, dos Missionários Cambonianos, este número sobre a Amazónia. Aqui deixo o Editorial.
Santuário da humanidade
O nosso futuro depende da gestão sustentada que se fizer do pulmão verde do planeta.
JOSÉ VIEIRA

A floresta da Amazónia – uma extensa mancha verde de quase sete milhões de quilómetros quadrados – está a sucumbir à pressão da indústria mineira, da agricultura intensiva e da acção dos madeireiros. Até 1970, a floresta gozou de boa saúde. A partir daí intensificou-se a sua exploração e, segundo alguns analistas, perdeu cerca de um quarto da sua extensão.
O Governo brasileiro – que controla cinco milhões de quilómetros quadrados – diz que só desapareceu um oitavo da sua área.As provas, contudo, estão aí. Imagens de satélite revelam que, só entre Agosto de 2003 e Agosto de 2004, a Amazónia ficou sem mais de 26 mil quilómetros quadrados.
Um ritmo que se tem mantido desde a segunda metade da década de 90. Por este andar – e segundo um modelo de análise publicado na revista ScienceHá, contudo, algumas boas notícias. Em 2004 foram abatidas menos 700 mil árvores. Por outro lado, a área dedicada ao desenvolvimento sustentado na bacia do Amazonas está a crescer. Em 1987, tinha à volta de 80 mil hectares. No ano passado, já chegou aos 1,8 milhões. Depois do recente assassínio de Dorothy Stang, uma missionária americana que dedicou 37 anos à Amazónia e aos seus trabalhadores rurais, o Governo de Lula da Silva introduziu um pacote legislativo mais restritivo.
O registo de propriedade, por outro lado, veio repor alguma ordem numa situação caótica. A importância da mancha verde da Amazónia no equilíbrio do ambiente global é inegociável. A floresta gera 20 por cento do oxigénio da Terra e a bacia do Amazonas, habitada por 20 milhões de habitantes – entre os quais milhares de povos indígenas –, alberga 30 por cento de todas as espécies de animais e plantas conhecidas.
Um quinto do caudal mundial de água doce corre no leito do Amazonas. Trata-se, portanto, de uma reserva de biodiversidade sem paralelo.O Brasil precisa constantemente de dinheiro fresco para cumprir as obrigações económicas decorrentes das dívidas astronómicas contraídas por governos sucessivos desde a ditadura militar junto do sistema financeiro internacional. E a floresta amazónica, esse «tesouro escondido», está a ser sacrificada para ajudar o país a pagar os juros e a crescer.
Porque a Amazónia é demasiado importante para o mundo e para o equilíbrio ecológico do planeta, é indispensável que se torne um santuário natural da humanidade. Mas, para isso, é preciso que o mundo a assuma como sua e aceite ajudar a pagar, em troca dos inúmeros benefícios que lhe concede e que lhe reserva, uma boa parte dos custos que a sua defesa comporta.
O nosso futuro depende em grande parte da gestão sustentada que se fizer daquele pulmão verde. Se ele desaparecer, lá chegará o tempo em que todos descobriremos que não se respira dinheiro, não se come dinheiro, não se bebe dinheiro.

segunda-feira, junho 20

NÚMERO DE JUNHO DA AUDÁCIA



Saiu o número de Junho da Audácia, dedicado as crianças, um número como todos os outros cheio de bons artigos, a não perder.


O melhor do mundo
«Grande é a poesia, a bondade e as danças… Mas o melhor do mundo são as crianças.»
Fernando Pessoa escreveu estes versos tão inspirados no poema «Liberdade».
JOSÉ VIEIRA
As crianças, cerca de dois mil milhões, são, de facto, o melhor do mundo, o futuro. Mas mais de mil milhões passam mal.
O relatório de 2005 sobre o estado da infância mundial, elaborado pela UNICEF, traz um título perturbador: «A infância é uma experiência brutal para metade das crianças.»Há três grandes papões que roubam às crianças do mundo inteiro o direito a uma infância feliz.
Chamam-se pobreza, guerra e sida.
Pobreza: Mais de uma em cada três crianças vive em casas sem condições; uma em cada cinco não dispõe de água boa para beber; uma em cada sete não consulta um médico quando está doente.
Dois milhões de crianças são obrigadas a prostituir-se; 1,2 milhões são traficadas; 300 milhões não têm acesso à televisão, rádio ou jornais; 140 milhões – na maioria meninas – nunca foram à escola; 90 milhões passam fome.Guerra: Entre 1990 e 2003, seis dezenas de guerras fizeram 3,6 milhões de vítimas.
Quase metade eram crianças.Sida: Em 2003, o vírus matou 2,9 milhões e infectou 4,8 milhões, deixando órfãs 15 milhões de crianças. Há algumas luzes de esperança neste céu escuro, como as quebras substanciais na mortalidade infantil e na malnutrição; a água potável chega a mais gente. Estes avanços salvaram um milhão de crianças da morte.
E a batalha contra o pólio está praticamente vencida.
As Nações Unidas aprovaram em 1989 a Convenção dos Direitos da Criança. Já é tempo de os governos a passarem do papel para a realidade, dando às suas crianças condições de vida que possibilitem o desenvolvimento a que todos os seres humanos têm direito.
Por mais que não seja, porque delas depende um futuro melhor.

AMANHÃ, NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Amanhã no Jornal O Primeiro de Janeiro, será publicado o artigo da minha autoria:


"SER POLÍTICO"


Uma reflexão política sobre o processo das eleições autárquicas.

domingo, junho 19

OS POEMAS DE MARIA ALZIRA SEIXO



ESPELHOS

O mar que em mim se espelha
e em mim se degrada
somente se assemelha
à boca derrotada

pelos custos inúteis
do amor e da fala
Ele reflecte fúteis
as imagens que exala

É o mar que me espelha
o líquido onde nada
à vida se assemelha
como uma fútil fala

gastão cruz
[Faro, 1941]

MAIS UMA SONDAGEM PARA A MAIA


Esta sondagem publicada hoje no Comércio do Porto, vem na sequência de outras sondagens partidárias aqui referidas, que só vem lhes vem dar razão.
Não estou contente por isto, mas chamo à razão do que está a acontecer.
É necessário e urgente reflectir, e, concretamente, pensar na melhor forma de constituir as listas.


Clique aqui para ver informação detalhada

sábado, junho 18

A MANIFESTAÇÃO DE HOJE

Àqueles que não são democratas, é anti democrático, impor a democracia; por isso mesmo a manisfestação de hoje, não devia ter sido autorizada.
Manifestações deste tipo são absurdas, os democratas não podem colocar a democracia em perigo, tanto mais que é claramente contra a dignidade humana.
Como D. Januário refere, as "botas cardadas" não podem voltar.
Fez mal a delegada do Governo Civil de Lisboa, autorizar a manisfestação. É indigno de uma democracia.

sexta-feira, junho 17


Foi aprovado, na última reunião da Comissão de Desenvolvimento do PE, o Parecer da Deputada Ana Gomes sobre o regime de sanções a aplicar aos responsáveis pelas violações do Direito Internacional Humanitário e dos Direitos Humanos no Darfur (em aplicação da resolução 1591 do Conselho de Segurança das Nações Unidas). Na apresentação que fez do documento, Ana Gomes criticou o facto de o Comité de Sanções das Nações Unidas não ter ainda aprovado a lista de indivíduos que poderão ser alvo de sanções, não obstante continuarem a existir graves violações dos Direitos Humanos na referida região do Sudão. A eurodeputada, que em finais de 2004 visitou o Darfur, citou um conjunto de incidentes recentes envolvendo actos de violência contra mulheres e crianças e ataques de forças governamentais a campos de deslocados. Já no âmbito da participação num debate sobre "A Europa depois dos nãos da França e da Holanda à Constituição Europeia", realizado no passado dia 3 de Junho em Barcelona, Ana Gomes defendeu que, "mais do que nunca, é preciso que no Conselho Europeu de 16 e 17 de Junho os dirigentes europeus dêem provas claras de liderança". A eurodeputada apelou, neste contexto, a um acordo sobre as Perspectivas Financeiras 2007-2013 e à revisão de matérias como o financiamento da PAC e o "cheque britânico", por forma a que "destas áreas possam ser desviados os fundos necessários para financiar adequadamente o que deve ser a prioridade": a Estratégia de Lisboa, a Coesão, os Alargamentos, a Política Externa (incluindo a Ajuda ao Desenvolvimento) e uma Política de Defesa e Segurança Comum. Ana Gomes considerou ainda que o processo de ratificação do Tratado Constitucional deveria prosseguir, com a realização de referendos nos países que tenham previsto a sua realização, como Portugal, "onde a campanha ofereceria uma grande oportunidade para o esclarecimento dos cidadãos".

terça-feira, junho 14

Amanhã o blogueiro não escreve, vai ter outras coisas para fazer, e, certamente, 5.ª feira também não.
Até 6.ª feira!



Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certezade que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Eugénio de Andrade



ATÉ SEMPRE, ÁLVARO CUNHAL!

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Artigo da minha autoria, publicado no Jornal O Primeiro de Janeiro, de 7 de Junho de 2005:
MOSCARDEIRO

AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS


Há dias recebi na minha caixa do correio uma revista intitulada “maisMaia”, da Câmara Municipal da Maia, edição de 50 000 exemplares, datada de Maio de 2005. Esta revista trimestral podendo ser um órgão de informação ao serviço das pessoas que residem na Maia, e baluarte de uma cultura de democracia, ficaria bem a todos, especialmente ao Presidente da Câmara. Mas, não é!

A começar pelo título “maisMaia”, precisamente o slogan da campanha eleitoral que nos governa. Compreendo e aceito que o Presidente da Câmara tenha necessidade da sua promoção, e que neste tempo de eleições precise de aparecer com obra feita; já não compreendo, porém, a falta de verdade de que a revista enferma, e a tal para já, convenhamos, chama-se falta de pudor. Não creio que o sr. Presidente não saiba, e que tenha sido enganado, dado que se o foi é ingénuo, coisa em que não acredito, e se sabe é uma coisa complicada.

Nas páginas centrais, aparecem os “Principais empreendimentos concluídos entre Setembro de 2002 e Abril de 2005”, e estaria tudo bem se fosse uma realidade, o que não é!, e isso não se faz, é feio, e nem parece vindo da pessoa que na capa [ o presidente da Câmara ], refere: “Para mim, o mais importante são as pessoas”.

Vejamos quatro exemplos: o de Moreira, chamado Centro Cívico de Moreira (a nova Junta de Freguesia), está pronta há um ano e embora inaugurada, não está a funcionar, e foi construída pela Lipor; rotunda na intersecção da EN 13 com a EN 107, começaram há um mês as obras, e não está concluída; em Vila Nova da Telha, o Parque de Quires, não está pronto, e ainda nesta freguesia a substituição de redes e reformulação urbana da Urbanização do Lidador, é falsa, não está pronta, e muito longe disso.

Estas levianas afirmações só desacreditam quem as escreve, ou pensam que o povo, o votante, não lê, e se não sente enganado? E mais, colocam os políticos como mentirosos, e são todos medidos pela mesma peneira.

Estamos a aproximarmo-nos das eleições autárquicas e parece que tudo serve, uns procedem desta forma, outros, que andavam de braço dados com eles, votando a favor de tudo, agora querem aparecer como paladinos da oposição. Valha-nos Deus, quem passa a não perceber nada são as populações, que em Outubro votam, e que agora nem sabem a quem devem dar crédito.

A politica e os políticos deviam exercer nobreza nos seus actos, procedendo com ética, e sobretudo servindo a coisa pública; não conhecem, porém, sequer esta palavra, e depois pensam que enganam, quando os defraudados são eles próprios.

Com estes cenários, e com o fecho dos partidos à sociedade (embora jurem total abertura), é de toda a pertinência que apareça a tal candidatura independente; que ao que parece não é uma estória de fadas. Ela será bem vinda, nem que apenas sirva para uma discussão politica séria, e conseguir meter um pouco de ordem de natureza moral e ética nestas coisas da política.

Quem pensava que iríamos assistir a uma luta, entre os dois protagonistas dos maiores partidos, parece que estará enganado, um terceiro, e ao que se sabe independente, e centrando apoios à direita e esquerda pode ser um adversário de peso, desequilibrando os brandos costumes em que este poder e oposição nos habituou. Não creio, porém, que o poder possa estar em causa, mas será certo que irá tremer. Não podemos esquecer que quem ganhava as eleições era o Dr. Vieira de Carvalho, ora, segundo consta, são independentes seus amigos que estarão a lançar essa candidatura.

Não tenho mandato de tal candidatura, até porque todos sabem que o meu Partido é o Socialista, mas que gostaria, até para bem do PS/Maia, que independentes, pessoas que não se reconhecem na prática dos partidos na Maia, apareçam e coloquem certa ordem nestas coisas, seria muito bom. Poderia ser que até os procedimentos e atitudes de alguns fossem mais caracterizadores da verdade, e nem falsas oposições aparecessem, a quererem lugares simplesmente, nem a história da maisMaia se repetisse.

Os independentes são mulheres e homens, enjoados por gestões enganadoras e à procura de remédios para oposições balofas, que as façam ser oposição; normalmente são pessoas que gostam de servir, mas obedecem às suas consciências, mais que a explicar, aquilo que é inexplicável, não encontrando saídas nos actuais partidos, por enganosos.

Se uma tal terceira candidatura aparecer, que seja de combate e alternativa, não consubstanciada em hábitos doentios, de quem se quer perpetuar no poder ou no poder da oposição; terá dado um bom contributo para o arejamento de que a política maiata necessita, e, afinal, as atitudes cidadãs não se esgotam nos partidos; os movimentos cívicos trazem à mistura frescura e podem contribuir para que a vida política, agora na Maia, se regenere e todos aprendam a assumir actos corajosos de governar e ou a ser oposição, o que será salutar para todos.

Venha lá a candidatura independente, que eu não deixarei de ser socialista, e de aprender com eles.

Joaquim Armindo
Deputado Municipal do PS
jarmindo@clix.pt
http://bemcomum.blogspot.pt

Assina esta coluna quinzenalmente.





segunda-feira, junho 13

Aos 82 anosMorreu Eugénio de Andrade 13.06.2005 - 08h29

O poeta Eugénio de Andrade morreu hoje, no Porto, aos 82 anos, vítima de doença prolongada, disse à Lusa fonte da Fundação Eugénio de Andrade.
O poeta morreu às 03h30, em sua casa, no Porto. Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, nasceu a 19 de Janeiro de 1923 na Póvoa de Atalaia, Fundão, região da Beira Baixa, fixando-se em Lisboa em 1932 com a mãe.Viveu no Porto desde 1950, onde criou a fundação com o seu nome.A sua obra poética e em prosa foi já inúmeras vezes premiada e está traduzida para alemão, asturiano, castelhano, catalão, chinês, francês, italiano, inglês, jugoslavo e russo.

Aos 91 anosMorreu Álvaro Cunhal 13.06.2005 - 07h16 Lusa

Álvaro Cunhal, o líder histórico do PCP, faleceu hoje de madrugada, aos 91 anos, anunciou o Partido Comunista Português.
Em comunicado, o Secretariado do Comité Central do PCP informa "com profunda mágoa e emoção" a morte do antigo líder dos comunistas, que deixou o cargo de secretário-geral em 1992.Álvaro Cunhal, que foi secretário-geral dos comunistas entre 1961 e 1992, altura em que foi substituído por Carlos Carvalhas, estava doente há alguns anos.O Secretariado do Comité Central do PCP sublinha que com a morte de Álvaro Cunhal "os trabalhadores e o povo português perdem um dos seus mais consequentes e abnegados lutadores".A melhor homenagem que pode ser prestada ao ex-líder comunista, acrescenta o Secretariado do Comité Central do PCP, é "prosseguir a luta que travou até aos últimos dias de vida, sempre com confiança no futuro, pelos interesses e direitos dos trabalhadores, por uma sociedade de liberdade e democracia".O PCP destaca ainda o "papel ímpar" que Álvaro Cunhal desempenhou na história de Portugal no século XX, "na resistência antifascista, pela liberdade e a democracia", nas transformações revolucionárias de Abril e em sua defesa, por uma sociedade livre da exploração e da opressão, a sociedade socialista".

domingo, junho 12

"TESTAMENTO DE VASCO GONÇALVES"

Um testamento político de Vasco Gonçalves pode ser lido aqui.

A VASCO GONÇALVES

Estava eu nessa altura no MES (Movimento de Esquerda Socialista), com o Alberto Matins, Ferro Rodrigues, Jorge Sampaio e outros, lembro-me que Vasco Gonçalves ficou sózinho no V Governo Provisório, com o apoio da Esquerda, mas sem PS e PCP.
Homem verdeiro, íntegro e honesto, até ao fim da vida. Nasceu no mesmo dia que eu, só que muitoa anos mais cedo.
Homem do 13.º mês! Homem do Subsídio de Férias! Homem dos 30 dias de férias !
Homem de um só rosto, de uma só fé, de um só sofrimento!
Daqui, a minha humilde homenagem.

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Artigo da minha autoria, publicado no Jornal O Primeiro de Janeiro, de 5/6/2005:


ÁGUA VIVA


SEGUE-ME !



O livro do Evangelho deste domingo, tem o nome de Mateus, o que não significa que tenha sido este, o publicano, a escrevê-lo; certamente poderia ser um anónimo o seu autor, servindo-se de várias fontes entre as quais as orais, os outros três evangelhos e a fonte chamada Quella. Não existem porém dúvidas que este escrito, date dos anos 70 a 80 da nossa era, da mão de um hebreu e para uma comunidade onde estes pontificavam.

É pois um Evangelho escrito e reescrito, muito bem elaborado, e, sobretudo, catequético, o que retira a possibilidade de ser escrito pelo apóstolo Mateus. No entanto, isto tem interesse para nos conduzir à compreensão das reais circunstâncias das palavras e símbolos expressos, dado tratar-se de um texto redigido a judeus convertidos, e num momento em que o legalismo religioso está a voltar ao de cima, com uma clara instalação comodista e religiosa.

E é neste cenário que aparece Jesus contado, como ferindo essa legalidade e moralidade, não só comendo com pecadores e publicanos, mas fazendo o convite a um deles para o seguir. Estou a ver aquela comunidade bem comportada, querendo seguir o Senhor, mas amarrados a uma tradição moisaica, (séc. XIII a. C.), ouvir esta estória. Talvez fosse um escândalo e muitos, certamente, terão abandonado aquela comunidade.

Os publicanos eram homens desprezados, cobravam os impostos para uma potência que subjugava o povo e os pecadores eram os excluídos de então, aqueles que deveriam ser apedrejados segundo a lei. Nada disto faz Jesus, antes globaliza o amor, e faz o convite “Segue-me”, e eles o seguiram.

Bonita lição para os dias de hoje, onde todos nós desprezamos aqueles que pensamos não estarem a ser moralmente seguidores dos nossos preconceitos, e então nem nos sentamos à mesa com eles, em nome de comportamentos dominantes, e de práticas que erradamente dizemos ser de Jesus.

O Evangelho de hoje impele-nos a uma outra atitude, a de não julgar, convidando todos para a nossa mesa, numa globalização outra, desta feita a do Amor do Senhor.

Seremos, cristãos, capazes disso?

Joaquim Armindo
Licenciado em Engenharia e Ciências Religiosas
jarmindo@clix.pt
http://bemcomum.blogspot.pt

Assina esta coluna, ao primeiro domingo de cada mês.

OS POEMAS DE MARCELO REBELO DE SOUSA



Diz que este não é um volume com todos os poemas da sua vida, porque para quem “dobrou já o meio século não existem só quarenta, cinquenta ou sessenta poemas”. Na verdade, para o jurista, comentador e professor universitário Marcelo Rebelo de Sousa, “há muitos, muitos mais”. Optou, por isso, por escolher apenas “poetas e poemas portugueses contemporâneos”. Ao todo, são mais de cinquenta. Uma escolha que considera entre “o presente e o futuro”: “É o meu modo de ser. Por que haveria de ser, agora, diferente, ao desvendar-vos alguns dos muitos poemas que fazem parte da minha vida?”
ESTOU SÓ
Estou só
mas viajo no pensamento.
E à minha cabeceira
a voz que escuto
é Fernando Pessoa que responde.
josé craveirinha
[Lourenço Marques, 1922 -2004]

EM HOMENAGEM A VASCO GONÇALVES

Disse Vasco Gonçalves:


"Isto é uma sociedade de barbárie. Existe uma alternativa para o Homem, mas a maioria das pessoas não compreendeu ainda que a alternativa é entre a barbárie e o socialismo"

VASCO GONÇALVES - INTERVENÇÃO DOS LEITORES

mouro comico diz:

Embora discorde da maioria das suas atitudes e acções políticas, não posso deixar
de registar que a par de Maria de Lurdes Pintasilgo, foram dos primeiro-ministros
que mais fizeram evoluir positivamente as normas do Direito do Trabalho, cuja
Lei geral básica existente e obviamente retrógrada, havia sido promulgada pelo então
Presidente Alm.Américo Tomaz.
Que descanse em paz, com minhas condolências à família.

sábado, junho 11


Aos 83 anosMorreu Vasco Gonçalves 11.06.2005 - 16h42 Lusa

O antigo primeiro-ministro Vasco Gonçalves morreu hoje aos 83 anos de idade, segundo confirmou o coronel Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril. Desconhece-se ainda quando se realizará o funeral.
Vasco Gonçalves, que integrou a comissão coordenadora do Movimento das Forças Armadas (MFA), chefiou os II, III, IV e V Governos Provisórios, em 1974 e 1975.O general Vasco dos Santos Gonçalves encontrava-se na reserva desde que, em 15 de Dezembro de 1975, o Conselho da Revolução o demitiu por razões políticas.Vasco Gonçalves, acusado pelos seus opositores de ser próximo do Partido Comunista Português (PCP), acabaria por ser afastado sob a acusação genérica de incumprimento do ideário do MFA.

O tratamento dado pela Presidência luxemburguesa - na sua proposta relativa às Perspectivas Financeiras 2007-2013 - às regiões de "efeito estatístico" portuguesas, espanholas e italianas foi o tema de uma reunião realizada esta semana, em Estrasburgo, com a presença da Deputada Jamila Madeira, de outros membros do PE e ainda de representantes diplomáticos dos três países envolvidos na questão. Juntamente com os demais signatários de uma carta recentemente dirigida ao Presidente em exercício da UE, sobre o problema em causa, a eurodeputada voltou a insistir nas consequências negativas da discriminação das seis regiões afectadas (entre as quais o Algarve), apelando a que sejam evitadas "injustiças", bem como a "marginalização" em relação a outras regiões europeias que se encontram em igualdade de circunstâncias. Jamila Madeira relembrou que a solução encontrada pela Presidência luxemburguesa para as regiões de efeito estatístico "poderá levá-las a um inevitável e considerável afastamento no plano da convergência real com outras regiões da União".
O tratamento dado pela Presidência luxemburguesa - na sua proposta relativa às Perspectivas Financeiras 2007-2013 - às regiões de "efeito estatístico" portuguesas, espanholas e italianas foi o tema de uma reunião realizada esta semana, em Estrasburgo, com a presença da Deputada Jamila Madeira, de outros membros do PE e ainda de representantes diplomáticos dos três países envolvidos na questão. Juntamente com os demais signatários de uma carta recentemente dirigida ao Presidente em exercício da UE, sobre o problema em causa, a eurodeputada voltou a insistir nas consequências negativas da discriminação das seis regiões afectadas (entre as quais o Algarve), apelando a que sejam evitadas "injustiças", bem como a "marginalização" em relação a outras regiões europeias que se encontram em igualdade de circunstâncias. Jamila Madeira relembrou que a solução encontrada pela Presidência luxemburguesa para as regiões de efeito estatístico "poderá levá-las a um inevitável e considerável afastamento no plano da convergência real com outras regiões da União".

sexta-feira, junho 10

PINTURA DE RENOIR

quinta-feira, junho 9

DIFUSORA BÍBLICA - MAIS UM CADERNO

Acaba de sair mais um caderno, da Difusora Bíblica, o 88, com um interessante assunto, sobre as Origens de Israel
Preço: 3,50 €, 70 páginas www.difusorabiblica.com
NOËL, Damien, As origens de Israel, 68 págs. Cód. 6088

De há um século para cá, o conhecimento da história bíblica de Israel tem tido um enorme progresso, devido às escavações arqueológicas, à descoberta de textos do Antigo Oriente e, principalmente, a leituras mais cuidadas dos textos bíblicos. À medida que recuamos para períodos anteriores à realeza de David, os conhecimentos rareiam, ficando limitados pelo debate actual sobre as tradições antigas do Pentateuco: até onde remontam as narrações fundadoras de Israel relativas aos Patriarcas e ao Êxodo? Manifestamente, o povo de Israel, a partir da monarquia, dotou-se sucessivamente de várias representações das suas origens para afirmar a sua identidade política e religiosa. Damien Noël, sacerdote do Val d’Oise, que lecciona a cadeira de história de Israel no Instituto Católico de Paris, faz o ponto da situação relativamente a estes períodos anteriores à realeza e à escrita. Numa primeira parte traça o quadro histórico do Antigo Oriente, e de modo particular de Canaã, entre 1600 e 1200 (período dos Patriarcas e do Êxodo) e depois entre 1200 e 1000 (período da conquista e dos Juízes). Só na segunda parte passa a utilizar os textos bíblicos e recua no tempo, em cada período, para descobrir as representações que Israel reteve das suas origens. O autor parte do livro dos Juízes e dos dados sobre as doze tribos, para regressar, depois, à conquista – instalação em Canaã, seguidamente ao Êxodo, e por fim aos Patriarcas. Se a maior parte das questões tem de ficar em aberto, numerosas representações das Histórias sagradas devem ser corrigidas e transformadas – e até desaparecer do domínio da história, como, por exemplo, a conquista de Canaã por Josué. Todas estas tradições, construídas posteriormente, e às vezes tardiamente, permanecem como testemunhos essenciais da convicção de Israel em viver ao longo dos séculos uma relação ímpar com o seu Deus. O trabalho dos historiadores não permite conhecer melhor os primórdios desse pequeno povo nem esclarecer a fé que o animou e lhe possibilitou atravessar os séculos até aos nossos dias.

quarta-feira, junho 8

INTERVENÇÃO DOS LEITORES

Peçam sempre recibos de TUDO o que CONSOMEM Fugas aos impostos :

- as operadoras de telemoveis - cada vez que carregamos o telemovel no
multibanco e pedimos recibo, sem numero de contribuinte, as operadoras
de telemóveis não pagam impostos.

Nós pagamos as chamadas aos preços mais caros da Europa.

Guardem uma cópia do cartão de contribuinte no bolso ou decorem o
numero - são só nove digitos

- Quando pagarem o telemóvel por Multibanco... peçam sempre recibo com
o vosso nº de contribuinte ( menos uma fuga aos impostos)

Porquê pedir sempre um recibo?

Porque não podemos continuar a poupar dinheiro a quem vive dos impostos
que nós pagamos, sem pagar os seus!

Quando não exige um recibo - que por lei lhe deve ser sempre entregue,
ao invés daquela habitual pergunta viperina " Quer recibo?" - está, de
facto, a poupar ao infractor 19 % de IVA , mais a parcela dos 20 a 40%>de IRC que deveria pagar mas não o fará porque , obviamente, se
"esquivou" aos respectivos documentos.

Em números médios ele tem uma vantagem - na fuga aos impostos - de 25 a30% do total pago além de, neste preço, já ter incluído a respectiva
margem.

E nós, que não podemos fugir aos impostos, pagamos os nossos e como ao
Estado esse dinheiro já não chega, vamos, também, sofrer a sós o
agravamento dos impostos porque, as pessoas que diariamente nos
vendem:

- refeições,
- Mecânico, óleo para o carro, pneus, limpa vidros,
- gasolina,>- estacionamento,
- Cabeleireiro, barbeiro, esteticista,
- Produtos de dietas, de engordas,
- livros, CD`s, aparelhagens,
- perfumes, cremes, vernizes, pinças, maquilhagens,
- fatos, sapatos, malas, carteiras, relógios,
- portas, janelas, canalizações, obras,>- ...,

nunca passam recibos!

Alguns são "simpáticos" e passam-nos o talão que "até"
serve para troca e serve como garantia caso o produto se estrague, não
sirva, já tenha (e faz-se a troca mediante a apresentação do talão),
mas recibos - aqueles que ajudam a combater o deficit ... como manda

a lei... - nem vê-los ...

Ou seja, pagamos os nossos impostos e temos de pagar também o que
outros - vivendo das nossas compras - não pagam, por se esquivarem aos
devidos recibos.

Vamos, a partir de hoje exigir sempre recibos de tudo o que se consome.

Mesmo que não dê para nós descontamos nos nossos impostos, dá de
certeza para baixar o deficit!

Por isso quando ouvirem: "Posso passar-lhe o recibo mas olhe que não
vai dar para descontar em nada..."
pode responder e com razão: "Não faz mal, assim pagamos todos, o que
por lei temos de pagar, e evita-se a fuga aos impostos..."

Peça sempre o recibo, porque ao pedi-lo está a ser solidário consigo,
quando não o pe de está a ajudar uma pessoa a fugir aos seus deveres e
ainda se está a prejudicar a si mesmo... Pense duas vezes antes de
dizer:

"Deixe estar, de-me só o talão... ou deixe estar não faz falta..."

Vamos ver se o deficit reduz ou não...

Comissão para a Equidade Fiscal.

terça-feira, junho 7

NOVO DESPERTAR - JORNAL DE MARÇO



Saiu o número de Março do Jornal "O novo despertar", trimestral, da Igreja Lusitana (Comunhão Anglicana).

Neste número para além do tema central, o 25.º aniversário da Sagração do Bispo D. Fernando Soares, pode lêr-se um interessante artigo deste Bispo, intitulado "Ser Igreja - questão a ponderar".

Custo de 1,25 €, 20 páginas.

www.igreja-lusitana.org

INTERVENÇÃO DOS LEITORES

UM AMIGO...

Ajuda-te
Valoriza-te
Respeita-te
Acredita em ti
Nunca te goza
Compreende-te
Nunca se ri de ti
Aceita-te como és
Eleva o teu espírito
Caminha a teu lado
Perdoa os teus erros
Admira-te no teu todo
Acalma os teus medos
Oferece-te o seu apoio
Ajuda-te a levantares-te
Diz coisas lindas sobre ti
Ama-te por aquilo que és
Explica-te o que não entendes
Diz-te tudo sobre o teu coração
Entrega-se te incondicionalmente
Diz-te a verdade, quando precisas ouvi-la
Grita-te, se necessário quando não queres "ver" a realidade

segunda-feira, junho 6

AMANHÃ, NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Amanhã no Jornal O Primeiro de Janeiro, será publicado um artigo da minha autoria:


"AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS"


onde se fa referência à Revista maisMaia, e ao aparecimento duma candidatura independente à Câmara Municipal da Maia.

EL GRECO, PINTURA






Laocoonte, cerca de 1610-1614


de El Greco

IMPEDIDOS OS COMENTÁRIOS NESTE BLOGUE

O energúmeno que hoje encheu este blogue de comentários depauperados, conseguiu irritar-me.
Mais de 40 comentários invadiram o blogue, alguns iguais uns aos outros. Uso de uma linguagem corrupta, e de uma incapacidade de quem realmente anda irritado com o que aqui se diz.
A partir de agora, é com pena que o digo, qualquer comentário deverá ser-me enviado para o meu e - mail, pois está interdito fazer comentários.
A minha palavra que publicarei quaisquer comentários, desde que não sejam ofensivos a quem quer que seja.
Quem quer dar cabo do blogue está enganado! Até campanha contra ele fizeram através de telemóvel.
As minhas ahabilitações são claras e provo-as:
a) Licenciatura em Engenharia Mecânica, pelo ISEP;
b) Licenciatura em Ciências Religiosas, faltando entregar a tese final, na Universidade Católica Portuguesa;
c) Pós - Graduado em Gestão Ambiental, pela Universidade Católica Portuguesa, Escola Superior de Biotecnologia;
d) Pós _ Graduado em Segurança e Higiene, pela Ecosaúde, e, portanto, Técnico Superior de Segurança e Higiene, pelo IDICT;
e) Mestrando em Saúde Ambiental, na Escola Superior de Biotecnologia, a acabar o 1.º Semestre.

domingo, junho 5

DOS POEMAS ESCOLHIDOS POR URBANO TAVARES RODRIGUES

[SENHORA, PARTEM TAM TRISTES]

Senhora, partem tam tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.

Tam tristes, tam saudosos,
tam doentes da partida,
tam cansados, tam chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tam tristes os tristes,
tam fora d'esperar bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.

sábado, junho 4

ARTIGO A PUBLICAR AMANHÃ NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Amanhã será publicado no Jornal O Primeiro de Janeiro, o artigo da minha autoria:



"SEGUE - ME !"

NA COLUNA ÁGUA VIVA, INSERTA NA ÚLTIMA PÁGINA

OS POEMAS DE URBANO TAVARES RODRIGUES

Ao apresentar a sua antologia, Urbano Tavares Rodrigues esclarece que este livro “é, de certo modo, um espelho da cultura e do vivido de quem o organizou”. “Estes não são, no entanto, todos os poemas da minha vida”, acrescenta o escritor e crítico literário, “mas sobretudo os que, em vários períodos da existência, me marcaram por diversas razões, de ordem afectiva, cultural ou mesmo política”. Natural de Lisboa, onde nasceu em 1923, Urbano Tavares Rodrigues incluiu em Os Poemas da Minha Vida os poetas portugueses da sua preferência (Camões, Antero de Quental, Cesário Verde, António Nobre) e os seus “ídolos universais” (Baudelaire, Rimbaud, Lorca, Octávio Paz, Neruda).

E É VERDADE! LÁ ISO É !

"Alega Campos e Cunha que a sua pensão do Banco de Portugal «é um direito adquirido, legal e legítimo». Também as reformas aos 60 anos eram. Ou as promoções automáticas. Ou os sistemas especiais de saúde e de pensões de várias profissões. E o ministro não se coibiu de os abolir ou reduzir drasticamente".

José António Lima
Expresso

sexta-feira, junho 3

Colabora e difunde apelo
Ouviu-se na rádio e TV o drama das 800 pessoas do Minho prestes a perder osseus empregos, porque a Benetton está a deslocalizar a sua produção parafora de Portugal.Mais um golpe para o nosso país sem que nada possa ser feito, pensei eu. Mas de repente o repórter terminou a peça com uma frase que mudou tudo..."
A Benetton manterá em Portugal as cerca de 100 lojas que tem espalhadaspelo país..."É perfeitamente legítimo que a Benetton procure maximizar a suarentabilidade (e reduzir o seu passivo) procurando comprar onde os preçossão mais baixos. Mas também é perfeitamente legítimo não voltar a entrarem nenhuma das 100 lojas da Benetton em Portugal para comprar roupinhas"Made in Asia" por mais baratas e "fashion" que elas sejam.
Pelo menos eue a minha familia não voltaremos a fazê-lo.E a razão porque envio este mail para a marca italiana é para ficarem asaber que uma eventual quebra nas vendas (que podia realmente acontecer semais portugueses fizessem o mesmo) se fica a dever à sua opção dedeslocalizar a produção para fora de Portugal e não apenas à crise, para aqual estão a contribuir com essa mesma decisão.
Estou seguro que a Benetton perde mais com uma quebra nas vendas emPortugal do que aquilo que ganha em fazer as roupas que vende, unscêntimos mais baratas, em qualquer mercado asiático que baseia a suacompetitividade em condições de trabalho local muito poucodignificantes...
Ignorar esta marca e ter o mesmo procedimento para com as marcas que fecham suas
fábricas no nosso País, é o mínimo que poderemos fazer com essas empresas.

Produzimos a 100% nacional produtos com tanta qualidade como as de renome internacional.


quinta-feira, junho 2

INTERVENÇÃO DOS LEITORES

Assunto: Carta ao PM - Vale a pena ler


Caro Sr. Primeiro-ministro.

Venho por meio desta comunicação manifestar meu total apoio ao seu esforço de modernização do nosso país. Como cidadão comum, não tenho muito mais a oferecer além do meu trabalho, mas já que o tema da moda é Reforma Tributária, percebi que posso definitivamente contribuir mais.
Vou explicar: Na actual legislação, pago na fonte 31% do meu salário (20 para o IRS e 11 para a Segurança Social). Como pode ver, sou um cidadão afortunado. Cada vez que eu, no supermercado, gasto o que o meu patrão me pagou, o Estado, e muito bem, fica com 19% para si (31+19P) Sou obrigado a concordar que é pouco dinheiro para o governo fazer tudo aquilo que promete ao cidadão em tempo de campanha eleitoral. Mas o meu patrão é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75% daquilo que me paga para a Segurança Social. E ainda 33% para o Estado (50+23.75+33+6.75).
Além disso quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.
Minha sugestão, é invertermos os percentuais. A partir do próximo mês autorizo o Governo a ficar com 100% do meu salário.
Funcionaria assim: Eu fico com 6.75% limpinhos, sem qualquer ónus mas o Governo fica com as contas de:
-Escola,
-Seguro de Saúde,
-Despesas com dentista,
-Remédios,
-Materiais escolares,
-Condomínio,
-Água,
-Luz,
-Telefone,
-Energia,
-Supermercado,
-Gasolina,
-Vestuário,
-Lazer,
-Portagens,
-Cultura,
-Contribuição Autárquica,
-IVA,
-IRS,
-IRC,
-IVVA
-Imposto de Circulação
-Segurança Social,
-Seguro do carro,
-Inspecção Periódica,
-Taxas do Lixo, reciclagem, esgotos e saneamento -E todas as outras taxas que nos impinge todos os dias.
-Previdência privada e qualquer taxa extra que por ventura seja repentinamente criada por qualquer dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Um abraço ao Sr. PM e ao Senhor PR e muito boa sorte, do fundo do meu coração!

PS: Podemos até negociar o percentual!!!








ATENÇÃO, A TODOS OS LEITORES

Estão a ser colocados comentários neste blogue, que sucessivamente são removidos.

Pelo seu teor de malcriadez, e de ofensa não poderão continuar. Assim serão sempre apagados.

A não ser que o covarde que os escreve, tenha a honradez de dizer quem é.


É inacreditável o desespero de tal personalidade.

quarta-feira, junho 1

Dias 1 e 2, dado não estar no Porto, não haverá blogue.