terça-feira, outubro 31

a Norte do Norte.




HOJE NO BLOGUE BEM COMUM

TRÊS RECORDES BATIDOS!

O DIA EM QUE MAIS PESSOAS VISITARAM O BLOGUE, DESDE O SEU INICIO

O MÊS EM QUE MAIS PESSOAS VISITARAM O BLOGUE

O MÊS QUE DEIXOU DE "RASTOS" O MÊS DE OUTUBRO DE 2005



OBRIGADO A TODAS AS LEITORAS E LEITORES PELA PREFERÊNCIA

Dia Mundial da Poupança

Hoje celebra-se o Dia Mundial da Poupança, mas é cada vez maior o número de portugueses que tem dificuldade em conseguir canalizar algum dinheiro para o aforro. Situações de desemprego, doença, divórcio e principalmente de endividamento, explicam esta dificuldade, que se reflecte de forma clara na crueza dos números - em 2005 a taxa de poupança reduziu-se para 9,2% e este ano deverá cair para 8,2%.

Numa conferência promovida hoje pelo Tribunal de Contas, o professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Manuel Porto, fará as suas sugestões para "Ajudar o Estado e a sociedade a gastar melhor", porque poupar não deve, no entanto, ser apenas entendido como uma forma de gastar menos dinheiro, mas também como um meio de gastar melhor.

Alterações climáticas custam tanto quanto as guerras mundiais

Os custos do aquecimento global podem superar os das guerras mundiais se não forem tomadas medidas na próxima década, adverte u m relatório britânico, que aponta Portugal como um dos países europeus mais afectados pelas alterações climáticas. O estudo, da autoria de Nicholas Stern, antigo economista do Banco Mundial, prevê que o número de refugiados vítimas de secas ou inundações se eleve a 200 milhões de pessoas.

Na apresentação do documento, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair , apelou à acção imediata mundial contra as alterações climáticas e alertou para as consequências "irreversíveis" para o Planeta se nada for feito. "Não há dúvida de que as consequências para o nosso planeta serão literalmente desastrosas num futuro próximo. Não há nada tão grave, nem tão urgente, nem que exija mais decisões", disse Blair, que as agências noticiosas dizem confiar que os EUA (responsáveis por um quarto das emissões de gases, mas recusam subscrever o Protocolo de Quioto), vão "convencer-se da racionalidade económica desta luta e colaborar com o resto do mundo".

O relatório, encomendado por Blair e cuja apresentação coincidiu com a divulgação do último relatório sobre alterações climáticas, salienta que os custos mundiais do aquecimento global poderão ser superiores a 5,5 mil milhões de euros, mais do que custaram as duas guerras mundiais, tornando grandes zonas inabitáveis. Mesmo que a poluição acabasse agora, os gases com efeito de estufa continuariam a aquecer o clima durante mais de 30 anos e o nível dos mares subiria durante mais um século. "O Mediterrâneo vai assistir a um aumento do stress hídrico, ondas de calor e fogos florestais. Portugal, Espanha e Itália serão os países mais afectados". Isto poderá levar a uma mudança para Norte no que respeita ao turismo de Verão, agricultura e ecossistemas.

O Norte da Europa poderá aumentar a produtividade agrícola (devido à subida das temperaturas) e diminuir o consumo de energia no Inverno. Mas os verões mais quentes vão aumentar a necessidade de ar condicionado. O derretimento das neves alpinas e precipitações extremas podem aumentar a frequências das cheias nas principais bacias hidrográficas como as do Danúbio, Reno e Ródano. O turismo de Inverno será gravemente afectado. Muitos países costeiros em toda a Europa serão vulneráveis à subida do nível do mar.

O estudo estima que as alterações climáticas poderão custar todos os anos cinco a 20% do Produto Interno Bruto mundial mas que medidas imediatas custariam apenas 1%. "Temos de começar a trabalhar a sério na avaliação dos custos. O relatório Cenários, Impactos e Medidas de Adaptação, relativo às alterações climáticas em Portugal, já indica o que se vai passar. Agora é preciso saber quanto é que isso vai custar", comentou Francisco Ferreira, dirigente da associação ambientalista portuguesa Quercus e docente universitário especialista em qualidade do ar.


Temperatura sobe no Porto

O especialista em alterações climáticas Filipe Duarte Santos culpa o dióxido de carbono pelos últimos dias de calor e de chuva intensa em Portugal. "Estamos a mudar a composição da atmosfera, ao emitir mais gases com efeitos de estufa, especialmente dióxido de carbono. Se esta tendência continuar, e tudo indica que sim, vão ser cada vez mais prováveis ondas de calor, com valores de temperatura acima do usual", disse à Lusa.

Nos últimos 30 anos a temperatura aumentou em Portugal entre 1,2 a 1,5 graus, o que dá um aumento de 0,4 ou 0,5 graus por década. Em termos de precipitação, é maior a frequência de fenómenos extremos - seca e inundações pelas fortes chuvas em curtos espaços de tempo. "São estas alterações que explicam fenómenos de chuva como os que se passaram há dias no país. As temperaturas mínimas e máximas registadas no Porto e em Lisboa desde o fim-de-semana têm sido muito superiores aos valores médios. No Porto, a temperatura máxima do mês foi registada sábado, com 2 9,8 graus, 9,4 graus acima da média.

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Crónica publicada no Jornal O Primeiro de Janeiro, de 23/10/2006, da autoria de Joaquim Armindo:


MOSCADEIRO

AS REFLEXÕES DO OUTONO


Confesso que o Outono é um mês atraente. Não só pelas cores das árvores, mas muito mais pelas “quentes e boas” e pelo cheiro do húmus da terra, às primeiras chuvadas. É uma época destinada principalmente à reflexão, não só porque aí está o advento cristão, mas também pelo começo do agasalho. Já me lembrei muitas vezes que é propícia a umas conferências do Outono, onde vários matizes poderiam pensar na vida e no mundo, no entanto nunca me predispus a promovê-las. Talvez por falta de imaginação. No entanto neste meu escritório, em casa, e enquanto escrevo não sei quantas coisas, penso na vida e na sociedade, e na própria incapacidade de proclamarmos uma outra maneira de ser e de estar, própria de seres civilizados. Neste Portugal e nesta Maia, onde vivo há quase três décadas, onde tento anular o solipsismo, e traduzir a solidariedade e a fraternidade, onde fico só, muitas vezes, lutando como D. Quixote contra moinhos de vento, existem tentações de perante os artifícios das tácticas e das estratégias, deixar as águas moverem-se, mas logo levantamos as nossas capacidades de não nos abatermos perante situações de interesses comezinhos, de mentiras que parecem verdades e do servir-se de tudo para trucidar todos, desde que as nossas principais preocupações sejam satisfeitas. Digamos que, em certa medida, somos possuídos por desilusões, de quem parece querer defender valores de dignidade da pessoa humana, mas logo se vendem por pratos de lentilhas oferecidos pelos detentores dos poderes, que são efémeros, e não emitem sinais de vida. Mas dão, que para uns tantos (sempre minorias!) suguem o trabalho (das maiorias) e se banqueteiem com ele. Por isso, cada vez mais, quem governa, os políticos, são tidos como corruptos e fazedores de hipocrisias, que sustentam a si próprios, mesmo por cima dos cadáveres que vão semeando. E cada vez que se ignora uma mulher ou homem que sofrem, por não terem dignidade, casa, alimento e outros bens fundamentais à vida, ignora-se a própria liberdade de qualquer ser humano, porque uma sociedade justa só poderá sê-lo na medida em que existir paz, e esta é apanágio da sinceridade e honestidade.

Trabalhar para que estas situações se modifiquem, quando as máquinas das propagandas, habilmente montadas, impedem, impiedosamente, em nome da sua “solidariedade”, que uma nova ordem mundial faça desta terra a alegria e o fermento de viver, é digno de loucos e utópicos, mas que nessa loucura e utopia conseguem forjar as armas, da paz e do pão, que levarão um dia todas e todos a viverem de acordo, de como diz o Êxodo, com uma “terra onde mana leite e mel”. Para isso é preciso a luta, às vezes no deserto, ou pregar aos peixinhos, como S. António de Lisboa, para que as pessoas se convençam que não existe outra solução que não seja, em liberdade e democracia, cimentarmos a fraternidade e a verdade. Esta é muitas vezes dura, porque enfrenta um campo armadilhado de mentiras, feitas à imagem de verdades, e que os demagogos adoram, porque isso lhes permite perpetuar os poderes, sejam eles políticos, económicos, religiosos, sociais ou culturais. Os poderes esmagam sempre os mais pobres, fabricados, também, pela indiferença, mal maior da nossa sociedade, sendo que, mesmo em Portugal, chegará o tempo, a que quem não tem dinheiro, embora possa ter uma vida de trabalho árduo, morrerá às portas de qualquer hospital. E tudo isso, muitas vezes, em nome de desenvolvimentos, traduzidos nos lucros, que habitam nas carteiras mais bem recheadas. Por isso, a luta contra os demónios existentes, é exigente, e faz de cada um, que não se verga aos poderes, um tu, muitas vezes só, e até sem a compreensão de tantos e tantos que continuam espezinhados.

Pode parecer que quem assim escreve já desistiu, mas não é verdade, tem é a coragem de aqui colocar tópicos, sentidos pela maioria dos desprotegidos, ou protegidos pela clemência de quem os faz, e lhes dá a côdea com que tranquiliza a sua consciência. Nada disto é o recurso de uma imaginação fértil, mas de quem recusa montar “tácticas e estratégias” no sentido de confundir os outros. Nem o que aqui se reflecte é um delírio não existente, mas a vida, vivida no mais profundo do nosso ser. Olhem para a Maia, verifiquem os poderes instituídos, quaisquer que eles sejam, e reparem na profunda realidade desta crónica. Não só para os executivos político - partidários, mas todos os outros, e vejam que a mentira parece vencer. É sempre assim, mas como o parecer não é ser, ainda há quem se levante, e podem ser poucos, às vezes sob o signo de ameaças veladas e outras concretizadas, e isolados, maltratados, ainda conseguem, quase destruídos, levantar a voz e proclamar essa outra terra, onde valha a pena viver. São sempre sal, pequena parte, como o sal está para a comida, mas suficiente para lhe dar o sabor.

Quem escreve não está desiludido, desiluda-se quem assim pretende, mas com a consciência de que caminhar por aqui é difícil, mas é possível. Assim, aqui vos deixa, as suas reflexões, neste Outono de 2006.

Joaquim Armindo

Membro da Comissão Política do PS da Maia

jarmindo@clix.pt

http://www.bemcomum.blogspot.com

Escreve esta coluna quinzenalmente.


segunda-feira, outubro 30

AS PALMEIRAS NA FOZ




NOVAS FRONTEIRAS -PAVILHÃO PORTUGAL (LISBOA)

1º Dia, Quinta-feira, 2 de Novembro de 2006
Sessão de Abertura
9:00 - Acolhimento e Credenciação
9:30 - Manuel Pinho, Ministro da Economia e da Inovação
9:40 - Modernizar a Economia Portuguesa – Apresentação de projectos
9:45 - Keynote Speaker: Göran Persson, Party Leader of the Swedish Socialdemocratic Party, Former Prime-Minister of Sweden, “Best Practices in the Global Economy”
10:15 - José Socrates, Primeiro Ministro
10: 30 - Sessão 1: Excelência, liderança e modernização
Artur Santos Silva, Presidente da COTEC
Moderador, Nicolau Santos
António Câmara (YDreams), Artur Duarte (Aerosoles), Carlos Martins (Martifer), Filipe Vilanova (Salsa), João Vital (Chipidea), Josep Canós (Abertis), Salvador Guedes (Sogrape)
11:30 Coffee break
12:00 - Sessão 2: Os novos clusters Petroquímicos em Portugal
Pedro Fernandez Frial, Downstream Executive Director, Repsol
Background paper, Roland Berger
Moderador, António Perez Metelo
Anton Valero (Dow Chemical), Bertrand Saraux (Air Liquide), Freire de Sousa (Advansa), Ferreira de Oliveira (GALP) João Fugas (CUF)
13:00 Almoço
14:30 - Conferência (Sala de Imprensa)
Moderador, António Costa
José Manuel Fernandes (Frezite), Luís Portela (Bial)
15:00 - Guest Speaker: Kjell Nordstrom, Inovação e Diferenciação”
15:30 - Sessão 3: + Energia, uma fonte de crescimento endógeno
Pedro Rodeia, Executive Director, MC Kinsey
Background paper, McKinsey
Moderador, Sérgio Figueiredo
António Castro Guerra (SE Adjunto, da Indústria e da Inovação), António Mexia (EDP), João Bártolo (Generg), João Pereira Coutinho (AR Telecom), José Penedos (REN), Pina Moura (Iberdrola), Ludgero Marques (Earthlife), Marques Gonçalves (GALP), Nuno Ribeiro da Silva (Endesa), Sá da Costa (APREN)
16:30 Coffee break
16:45 - Sessão 4: O papel estratégico do turismo
Roeland Vos, Starwood Europa, Africa e Médio Oriente
António Bernardo, Managing Partner, Roland Berger
Background paper, Roland Berger
Moderador, Sérgio Figueiredo
Bernardo Trindade (SE do Turismo), Diogo Vaz Guedes (Aquapura), Dionísio Pestana (Pestana), Jorge Armindo (Amorim Turismo), Jorge Rebelo de Almeida (Vila Galé), Manuel Espírito Santo (Espírito Santo Turismo), Roeland Vos, (Starwood Europa, Africa e Médio Oriente)
2º Dia, Sexta-feira, 3 de Novembro de 2006
9:30 - Acolhimento e credenciação
10:00 - Sessão 5. Best practices
António Vitorino, Partner, Gonçalves Pereira, Castelo Branco & Associados
Moderador, Nicolau Santos
Alexandre Relvas (Logoplaste), António Mota (Mota-Engil), Jaime Sá (Simoldes), Pedro Rocha e Melo (Brisa), José Pedro Barosa (Santos Barosa), Pedro Santana (Abertis)
11:00 Coffee break
11:15 - Sessão 6: Liderança na madeira-papel-móvel
Carlos Barradas, Vice-Presidente, BCG
Background paper, Boston Consulting Group
Moderador, António Perez Metelo
António Amorim (Amorim), Belmiro de Azevedo (Sonae), António Machado (Ikea), Paulo Fernandes (Altri), Paulo Pereira da Silva (Renova), Pedro Queirós Pereira (Portucel)
12:30 Almoço
14:00 - Sessão 7: O Plano Tecnológico
Carlos Zorrinho, Coordenador da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico
Background paper, Plano Tecnológico
Moderador, Martim Avilez Figueiredo
Empresa na Hora, João Silveira (SE Justiça)
Novas oportunidades, Fernando Medina (SE Emprego e Formação Profissional)
MIT, Carnegie Mellon, Texas-Austin, Manuel Heitor (SE Ciência, Tecnologia e Ensino Superior)
Inglês obrigatório, Valter Lemos (SE Educação)
Design de Software, Jaime Andrez (IAPMEI)
Laboratório de nanotecnologia, Luís Magalhães (UMIC)
Rede de gabinetes de inovação do Plano Tecnológico, Rui Guimarães (COTEC)
15:00 Coffee break
15:15 - Sessão 8: IDE estruturante e seus parceiros
Emílio Saenz, General Director, Volkswagen Autoeuropa
Background paper, António Nogueira Leite
Moderador, Martim Avilez Figueiredo
António Nogueira Leite (CUF), Armando Tavares (Qimonda), Basílio Horta (API), Volker Müller (Siemens), Emílio Saenz (Autoeuropa), José Gonzaga Rosa (Ernst & Young), Lopes Seabra (Continental), Paulino Alonso (PSA)
16: 15 - Guest speaker: Dani Rodrik, Harvard University, “Condenados a escolher: Política industrial para o Sec. XXI”
17: 00 - Encerramento: Manuel Pinho, Ministro da Economia e da Inovação
17:15 - Cocktail de Encerramento




UM ACTO DE BARBARIE - "ENCERRAMENTO DO MUSEU DE ARTE POPULAR"


Depois das escolas, serviços de urgência e maternidades seguem-se os
museus !

PROTESTE CONTRA O ENCERRAMENTO DO MUSEU DE ARTE POPULAR !

Assine a petição criada por Pedro Sena-Lino e Rui Santos:

http://www.PetitionOnline.com/MAP2006/

domingo, outubro 29

“Prevenção é a grande arma”





A dois dias do Dia Internacional da Prevenção do Cancro da Mama, as voluntárias do Movimento Vencer e Viver, que integra a Liga Portuguesa Contra o Cancro, promovem amanhã e na terça-feira, na Loja do Cidadão do Porto, uma acção que alerta para a importância da prevenção. O diagnóstico precoce permite a cura em 90 por cento dos casos.

Da iniciativa constará a exibição de um vídeo com alguns números relativos à taxa de incidência daquele cancro em Portugal, e o diálogo com as pessoas que forem passando, no sentido de “desmistificar” o impacto de uma palavra que ainda marca, e de avisar que “é essencial prevenir”.

As voluntárias que integram o movimento prepararam bonecas, com cabeça de bola de ping-pong e corpo de pano cor de rosa, com o laço que simboliza a luta contra o cancro, num “trabalho totalmente manual” cuja patente foi registada pelo presidente do Núcleo Regional do Norte da LPCC, e que será entregue às pessoas que fizerem donativos iguais ou superiores a cinco euros.

A todos os interessados:






Os vereadores do Partido Socialista na Câmara Municipal do Porto vão organizar na próxima terça-feira, pelas 21h30, um debate, aberto à participação de todos os interessados, sobre o futuro do Rivoli, sob o tema “Porto: que papel para um Teatro Municipal?”. O debate irá decorrer no Pequeno Auditório do Rivoli.

AS ELEIÇÕES NO PSD DA MAIA

1.- O blogue Bem Comum,como já disse, é cristão, socialista e de esquerda, daí não estar preocupado em dar resultados das eleições do PSD da Maia, e ser o primeiro a fazê-lo;


2.- A eleição de Paulo Ramalho para Presidente da Comissão Política do PSD da Maia, é exactamente a mesma coisa, se fosse o outro candidato;

3.- Para o povo da Maia, tanto adianta, um ou outro;


4.- Para o PS da Maia, dividido em várias tendências, também não interessa, esta eleição é por 2 anos e não terá quase nada a vêr com a sua política; tanto mais que Bragança Fermandes já anunciou a sua candidatura para a próxima eleição;

5.- O resto são diversões políticas!

AS ELEIÇÕES DE ONTEM NO PS

1.- Não votei, dado as eleições se terem realizado, na minha Secção, num consultório médico particular, do qual uma vez foi expulso, para não participar numa reunião do Grupo Parlamentar da Assembleia Municipal da Maia,com o argumento d que se tratava de um local privado;

2.- Não é bom para qualquer líder partidário ser eleito por mais de 97%, é uma fatia muito gorda do eleitorado;

3.- Não é bom, porque não é verdadeiro, que a Moção do Secretário Geral tenha quase 100% de delegados, é mesmo muito mau.

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Crónica publicada no Jornal O Primeiro de Janeiro, em 22/10/2006, da autoria de Joaquim Armindo:


ÁGUA VIVA


DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS ÍNDIOS1


É para os missionários, especialmente o Conselho Índio Missionário, que muito lutaram para que as Nações Unidas aprovassem a Declaração Universal sobre os Direitos dos Povos Índios, que vai ser presente à sua Assembleia-geral, que teve início em 19 de Setembro, a alegria do dever cumprido. A igreja que muitas vezes esquece as pessoas, desta vez, como de outras, pugnou para que uma população índia estimada em 500 milhões pudesse obter um instrumento de defesa dos direitos dos povos índios de todo o mundo, apesar do Canadá e da Rússia terem votado contra em sede do Conselho de Direitos Humanos.

A declaração garante o direito de participarem nas decisões dos estados sobre a educação, saúde e propriedade da terra, através de representantes escolhidos e de acordo com a sua cultura. Os governos têm negado aos índios os direitos humanos mais fundamentais, nomeadamente a própria sobrevivência, e muitas empresas, sem qualquer ética, espoliam-lhes as terras e os seus recursos naturais, tratando-os, sempre, como os “maus da fita”, por isso esta declaração constitui um avanço grande, apesar de não garantir que na prática assim se proceda, porque não tem carácter obrigatório. Preservar a sua identidade, como a cultura, instituições políticas, económicas e sociais, são direitos naturais dos cerca de 5000 povos índios e aborígenes, que nós enquanto cristãos não poderemos nunca esquecer e defender e que os nossos missionários tão bem têm sabido compreender e caminhar conjuntamente não impondo nada.

Neste ano em que finalmente são reconhecidos os seus direitos, não poderemos deixar de referir com o peso que as palavras possuem o poema de uma aborígene: “Se vens para me ajudar/ estás a perder o teu tempo, / mas se vens porque a tua libertação/ se faz juntamente com a minha/ então vamos trabalhar juntos”. Foi com esta atitude que os missionários estiveram com estes povos, é ela a que como cristãos não deixaremos de aderir.

1 ver http://indios.blogspot.com


Joaquim Armindo

Mestrando em Saúde Ambiental e Licenciado em Ciências Religiosas

jarmindo@clix.pt

http://www.bemcomum.blogspot.com

Escreve no JANEIRO quinzenalmente.


sábado, outubro 28

PARTILHAR A FOZ











É REALMENTE BELA A FOZ DO DOURO

Ciclo Novas Músicas na Casa da Música






É com o jazz trazido pelo quinteto de Dave Douglas que se inicia amanhã o Ciclo Novas Músicas, promovido pela Casa da Música. Até 25 de Novembro, o público pode viajar pelas mais diversas sonoridades, num cruzamento musical que não se centra num período ou género específico.

Entre amanhã e 25 de Novembro, vão ecoar nos vários espaços da Casa da Musica uma diversidade de estilos musicais.

E é com a exploração dos limites do jazz moderno trazido pelo quinteto do norte-americano Dave Douglas que arranca o festival. O compositor e trompetista, apresenta na Sala Suggia, pelas 22h00, «Meaning & Mistery». O programa continua, nos dias 4 e 5 de Novembro, com concerto encenado «Consequenza», onde os músicos do Remix Ensemble prestam homenagem a Luciano Berio, com a interpretação de 13 composições criadas para cada um dos instrumentos. Encenado é também o concerto do dia 19, «Solo For Voice 58», criado a partir de uma das obras menos conhecidas do Songbook de John Cage. Entretanto, no dia 12, a figura em destaque será Steve Reich que comemora este ano o seu 70º aniversário. A primeira parte inicia-se com «Music for 18 Musicians» e termina com a obra «Daniel Variations», em homenagem ao jornalista Daniel Pearl. A presença de Reich será ainda notada, a 22, como convidado dos Drumming Grupo de Percussão. Ainda antes, no dia 11, o Proyecto Guerrero Ensemble dedica o espectáculo ao compositor e organista Francisco Guerrero, enquanto, no dia 17, o Ensemble Modern faz a sua estreia na CdM. Um dia depois, é a vez dos Jeunes Solistes se apresentarem na Sala 2. Ainda antes do concerto de encerramento pelo Remix Ensemble, actuam, no dia 9, Pedro Carneiro que apresenta uma obra para percussão e Marc Ribot com o novo álbum «Spiritual Unity», às 19h30 e 22h, respectivamente. No dia seguinte, a sonoridade neo-electro e indie pop chega com as Client, à Sala 2, pelas 23h00.


Se aprecia JAZZ não perca.

A AVENIDA DOS ALIADOS (PORTO) ANTES DE RUI RIO


O BAILINHO DA MADEIRA


O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, está chateado.
Está mesmo muito chateado com a nova Lei das Finanças Regionais que significará um corte nas transferências da Administração Central para o orçamento da região na ordem dos 140 milhões de euros.
Como se não bastasse, o Ministério das Finanças anunciou que haverá «consequências jurídicas e financeiras» para a Região Autónoma da Madeira, devido ao aumento de 150 milhões de euros no endividamento líquido daquela região.
Ainda por cima este gigantesco défice estava habilmente omitido na execução orçamental da região, e só foi descoberto por acaso, depois de uma operação de cessão de créditos levada a cabo por alguns dos grandes credores do Governo Regional, cansados de esperar pelos seus pagamentos.
Não admira, pois, que o inefável Alberto João Jardim esteja mesmo chateado.
E, como toda a gente sabe, quando o Alberto João está chateado, pimba: ou faz um “despacho”, ou faz uma “resolução”.
Desta vez foi um despacho!
E que despachou desta vez este insular e indómito Bokassa?
Despachou nada mais nada menos do que a obrigatoriedade dos serviços do Estado pagarem um renda pela ocupação de edifícios regionais.

Ora bem:
Penso que nem vale a pena aqui falar do peculiar significado que Alberto João Jardim dá ao conceito de «Estado».
Nem vale a pena debruçarmo-nos sobre a racionalidade jurídica, ou até prática, desta iluminada decisão do nosso carnavalesco ilhéu.
Pensemos somente no Orçamento da Região Autónoma da Madeira.
Ora, como toda a gente sabe, a Madeira apresenta nos últimos 30 anos índices de desenvolvimento absolutamente notáveis.
Ele é túneis por todo o lado, auto-estradas sem custos para o utilizador, claro, um pista do aeroporto construída de forma inédita sobre o mar, eu sei lá.
Por isso, nem sequer ficaria bem falar nas transferências que ao longo destas três décadas a Administração Central fez para o orçamento da região.
Porque o dinheiro foi com toda a certeza bem gasto, e impecavelmente gerido pelo Governo Regional da Madeira, pelo seu indómito presidente e por toda aquela simpática gente do PSD que gravita ali à volta.
Sendo assim, e para demonstrar este genialidade gestionária e governativa, que tem o pesado fardo de gerir os destinos da Pérola do Atlântico desde o 25 de Abril, nada melhor do que irmos dar uma pequena olhadela ao «Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2006», aprovado pelo decreto legislativo regional nº 21-A/2005-M de 30 de Dezembro.

Para quem tiver pachorra….
Para quem não tiver, então deixo aqui respigadas, absolutamente ao acaso, claro está, algumas das verbas da despesa deste orçamento para o ano de 2006.
Então aqui vai:

- Festival de poesia do Porto Santo: € 301.338,00

- Restauração de órgãos de igrejas: € 1.534.694,00

- Campanha de imagem: € 9.838.173,00

- Material promocional: € 4.937.262,00

- Festa do fim do ano: € 64.720.184,00

- Promoção de provas automobilísticas: € 4.254.725,00

- Promoção do golfe: € 4.893,008,00

- Subsídios aos clubes de futebol «Marítimo» e «Nacional»: € 21.358.448,00

- Ajudas para as deslocações dos clubes de futebol «Marítimo» e «Nacional»: € 10.157.800,00

- Participação no capital das S.A.D.’s dos clubes de futebol «Marítimo» e «Nacional»: € 87.500,00


- Apoios a outros clubes de futebol: € 21.060.936,00


Total destas pequenas e singelas 11 rubricas: € 143.144.068,00.
Por coincidência, um valor próximo do tal aumento do endividamento líquido da Região Autónoma.

Mas é só coincidência, claro!


Não há dúvida: Alberto João Jardim tem muita razão para estar chateado!
Mandem mais dinheiro para a Madeira!

- JÁ!!!!


RECORDE DE VISITAS

O Bem Comum pode orgulhar-se, neste mês de Outubro foi batido o recorde de visitas.

Ainda não estamos no fim do mês e já foi ultrapassado o número de visitas de todos os mêses.


A todos os nossos leitores o muito obrigado, prometemos trazer mais novidades e mais análises.


OBRIGADO PELA PREFERÊNCIA.

HOJE AS ELEIÇÕES PARA DELEGADOS - SECÇÃO DO PA DE PEDRAS RUBRAS

Relativamente a esta matéria terei de denunciar:

1.- As eleições realizam-se num consultório médico, onde há alguns meses se verificaram fraudes;

2.- Não existiram até hoje condições de verificação dos cadernos eleitorais, listas e outros, dado o consultório médico estar encerrado;

3.- Não existiram assim quaisquer condições para apresentação de listas, e a que aparecer é sómente da responsabilidade dos proprietários do consultório médico;

4.- Esta situação já verificada em eleições anteriores, mantém-se, sendo assim ilegítimos os representantes que virão a ser eleitos para o Congresso.

Fiz eco desta situação junto do PS, na pessoa do Presidente da Comissão Organizadora do Congresso, sendo que até hoje não existiu alguma resposta.

sexta-feira, outubro 27

Serviço de aconselhamento






A partir da próxima segunda-feira vai passar a existir no Porto um serviço de aconselhamento e informação sobre profissões, aberto ao público todos os dias úteis.

A “Cidade das Profissões” vai funcionar num edifício da Rua das Flores e estará acessível também na Internet, em www.cdp.portodigital.pt , para ajudar sobretudo os mais jovens a encontrar a saída profissional que está mais adequada às suas habilitações e que mais poderá satisfazer os seus anseios profissionais.

Os frequentadores da “Cidade das Profissões” terão ao seu dispor informações muito variadas sobre os diferentes cursos, estágios, empregos, profissões e possibilidade de emprego próprio, além de aconselhamento sobre saídas profissionais, orientação vocacional e requalificação de recursos humanos na região da Área Metropolitana do Porto.

O distrito do Porto é aquele que regista a mais alta taxa de desemprego do país, com grande incidência em jovens recém-licenciados

O CONGRESSO DOPS - MOÇÃO SOLIDARIEDADE E CIDADANIA

Helena Roseta ao Público, 24.10.06

"O que eu sinto é que as questões que nós levantamos são partilhadas por outras pessoas e isso é muito gratificante", avalia, lançando uma pequena alfinetada à candidatura de José Sócrates, que só organiza "megajantares onde não há debate".

Sem ilusões a curto prazo, mas com "a consciência de que é isto que tem de ser feito", a ex-deputada, que se assume como "convictamente socialista", insiste na "importância de ouvir os militantes e de provocar, desde já, a reflexão que importa levar ao congresso" e evidencia que "as maiorias começaram sempre por ser minorias". (...)

O facto de estar mais uma vez ao lado das minorias traz-lhe à memória a posição solitária que assumiu no congresso do partido em 2001, onde apresentou uma moção sobre o aborto. "Nessa altura perdi e hoje, cinco anos depois, está o partido inteiro empenhado neste combate", frisa. "Mais tarde ou mais cedo hão-de dar-nos razão, àquilo que estamos a dizer, porque nós não estamos a dizer nada que não salte à vista de toda a gente."

Veja notícia na íntegra aqui.

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRA MÃO

Artigo publicado no Jornal Primeira Mão, em 20/10/2006, da autoria de Joaquim Armindo.


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


Terminou a discussão pública, no passado dia 15, de um documento importante, o Plano de Implementação da Estratégia Nacional do Desenvolvimento Sustentável, que se ficou por um quase nulo contributo de muitas organizações, e da participação activa dos cidadãos, o que pressupõe logo à partida o não cumprimento de um dos princípios do Desenvolvimento Sustentável, que refere o envolvimento da comunidade e a transparência, como condição essencial para a execução de uma política em que o processo de tomada de decisão deve ser claro, explicito e público. Infelizmente assim não aconteceu e não se verificou qualquer debate e análise pública, excepto várias organizações mais atentas se tivessem debruçado sobre o conteúdo do mesmo. Embora tenha tido a data de 15 de Setembro como limite para os contributos, foi alargada por um mês, e quem fosse minimamente sério teria que o fazer, fartos estamos todos de questões fundamentais para a nossa vida serem discutidas de Julho a Setembro, meses de férias, aliás sobre isto os maiatos têm a experiência da Lipor II e do Metro, cujas discussões foram empurradas para estes períodos. Documentos destes que servem de “guarda-chuva” para todos os outros planos, como o tecnológico, emprego, inclusão, económico ou outros, não podem ser gizados a partir deles, mas seus dependentes, contudo assim não foi pelo que manifesta desde logo uma contradição com outro dos princípios do Desenvolvimento Sustentável, o da Integração, que refere “devem criar-se os meios adequados para assegurar a integração das políticas de crescimento económico e de conservação da natureza, tendo como finalidade o desenvolvimento integrado, harmónico e sustentável”, o que não se verificou.

Apesar da aridez da consulta pública, e não quero acreditar que fosse propositada, um parecer importante foi produzido pela Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente, Associação Portuguesa de Educação Ambiental, GEOTA, Liga para a Protecção da Natureza, Plataforma Transgénicos fora do Prato, QUERCUS e Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, onde para além de propor várias alterações ao texto, se debruça sobre os princípios políticos subjacentes à Estratégia Nacional do Desenvolvimento Sustentável, e que valerá a sua leitura. Os alertas que lançam estão em consonância com o Relatório Brundtland (1987) onde se define desenvolvimento sustentável como “(…) desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade vindouras satisfazerem as suas próprias necessidades”, e não esquecendo a harmonia que deve existir entre a economia, o ambiente e a coesão social. Ora, de acordo com aquelas organizações, com que estou de acordo, se o desígnio político definido é “retomar uma trajectória de crescimento sustentado que torne Portugal, no horizonte de 2015, num dos países mais competitivos e atractivos da União Europeia, num quadro de elevado nível de desenvolvimento económico, social e ambiental e de responsabilidade social”, as três metas transversais propostas “desenvolvimento económico mais próximo da média europeia”, que figure “entre os primeiros quinze países do Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento” e “entre os primeiros vinte e cinco países mais competitivos do mundo”, configuram o primado da economia (os neoliberais exultarão!) sobre as questões ambientais e de coesão social. E de facto para quem lê o documento fica com a certeza que o “desígnio” é esquecido no texto, embora reconheça o esforço para produzir um texto como este. Centrando a preocupação maior pelo desenvolvimento económico, como se este fosse possível sem uma luta pela coesão social forte e um ambiente saudável, que as organizações reconhecem, coloca uma desarmonia entre a afirmação política do desígnio e as metas transversais, dado que, e bem, naquele se defende o desenvolvimento entre os três pilares e depois o epicentro nas metas transversais é a economia. Dizem os ambientalistas que o próprio desígnio confunde “sustentado” com “sustentável”, o que pressupõe logo uma atitude política e um posicionamento claro (a não ser que seja um erro de expressão). É o próprio Portal do Governo que informa daquela dicotomia ao dizer que desenvolvimento sustentável é o que se “sustenta por si”, enquanto o sustentado “seria o que se faz à custa de factores exógenos”, como o desígnio fala em sustentado, contraria o próprio desenvolvimento do crescimento económico, da protecção dos recursos humanos e a coesão social, fazendo-o depender de variáveis que não serão controladas pelo governo. Mas mesmo admitindo que se trata de um lapso, as três metas transversais dão conta de uma preocupação económica única, bem sei que o Índice de Desenvolvimento Humano, do PNUD, pretende ser um contraponto aos PIBs, mas mesmo sendo assim isso não é clarificado no decorrer do texto do documento. Assim as organizações já referidas que deram o seu parecer estão a colocar o dedo na ferida, daquilo que é ambiental ser redutível a muito pouco, mesmo comparando com outros países, não em 2015, mas agora, e a coesão social não possuir medidas verdadeiramente transparentes para se aquilatar do que se pretende.

Mesmo agora, valerá a pena ler os documentos referidos, até para que eles não fiquem na gaveta, como está documento algo semelhante da Câmara Municipal da Maia.

Joaquim Armindo

Membro da Comissão Política da Maia do PS

O muro de Berlim caiu - para o bem da humanidade!

George W. Bush (qual génio do mal) quer fazer o muro do México!

A maioria dos norte-americanos ouvidos numa sondagem divulgada pela CNN opõe-se à construção de uma barreira dupla ao longo da fronteira entre os Estados Unidos e o México.

O estudo foi divulgado na véspera do acto formal da assinatura, pelo presidente George W. Bush, da lei que autoriza aquele projecto.

De acordo com a sondagem, 53% dos inquiridos está contra a construção do muro, enquanto 45% apoia o projecto, aprovado por larga maioria no senado em Setembro último.

O reforço do número de agentes dos Serviços de Imigração, outra das medidas da lei ontem assinada por Bush, é defendido por 74% dos inquiridos.

O estudo mostra que 58% é a favor de pesadas multas para os empregadores de imigrantes sem documentação, mas apenas 34% apoia a expulsão de imigrantes em situação irregular.

quinta-feira, outubro 26

Novo livro de Lobo Antunes


O novo romance de António Lobo Antunes, "Ontem não te vi em Babilónia" - lançado hoje no Teatro Maria Matos, em Lisboa - decorre numa noite de insónia e dá conta da vigília que absorve e inquieta quatro pessoas, dois homens e duas mulheres.

São seres sózinhos que, à mesma hora, e em diferentes locais do país - Lisboa, Évora, Estremóz Portalegre, Pragal, Luxemburgo... - desfiam as memórias, as inquietações. Este é um livro habitado pela morte. Como confessou Lobo Antunes, numa entrevista ao "Jornal de letras", "eu digo a minha morte".

Podem ser vidas cruéis, de medo, de uma cicatriz interior, de algo que talvez fosse o Estado português de outros tempos. Podem ser vidas de amores passados, de lápides varridas, de um desejo de uma vida inteira, de se poder ser feliz sem pensar.

Nestas histórias, no silêncio das falas, nos risos e nas traições, vamos identificando a noite de um país, a noite cheia de vozes de todos nós, e a noite silenciosa que é o isolamento de cada um. Como diz o autor "Porque aquilo que escrevo pode ler-se no escuro".

O título do romance foi inspirado numa frase em escrita cuniforme, inscrita há mais de cinco mil anos numa placa de argila e que o autor descobriu quando lia um texto do poeta cubano Eliseu Diego.

Nascido em Lisboa em Setembro de 1942, António Lobo Antunes afirmou-se como um escritor de talento logo em 1979, quando publicou "Memória de elefante" e "Os cus de Judas".

É autor de uma vasta obra literária, internacionalmente reconhecida e traduzida, sendo o seu nome sucessivamente referido como um dos mais sérios candidatos ao Prémio Nobel da Literatura.

Em Outubro de 2003 publicou "Boa tarde às coisas aqui em baixo", que recebeu o Prémio Internacional União Latina. O ano de 2004 marcou a publicação do romance "Eu hei-de amar uma pedra". No ano passado publicou "D' este viver aqui neste papel descripto" e já este ano foi lançado "Terceiro livro de Crónicas"

quarta-feira, outubro 25

A capacidade regenerativa da Terra está ameaçada






Cada pessoa consome mais 25% de recursos naturais do que a capacidade regenerativa da Terra, segundo o último relatório da WWF sobre pegada ecológica, que prevê serem necessários dois planetas em 2050 para assegurar a sobrevivência.

Os dados da fundo mundial para a vida selvagem WWF - World Wildfile Fund referem-se a 2003, ano em que a biocapacidade (o que o planeta tem a oferecer a cada pessoa) disponível era de 1,8 hectares por pessoa, quase dois campos de futebol.

“A capacidade regenerativa da terra já não consegue acompanhar o consumo humano e a produção de resíduos. Excedemos essa capacidade em 25% em 2003”.

No penúltimo relatório mundial do referido organismo, apresentado há dois anos e baseado em dados de 2001, a pegada ecológica mundial excedia em 20% essa biocapacidade, o que significa que a situação piorou.

“Se continuarmos na nossa trajectória actual, até mesmo as previsões moderadas das Nações Unidas relativas à mudança, em termos de população, do consumo de alimentos e fibras e das emissões de dióxido de carbono, sugerem que em 2050 a humanidade estará a utilizar o equivalente a mais dois planetas”.

A pegada de cada país é determinada pela sua população, o consumo de um residente médio e a intensidade de recursos dos bens e dos serviços consumidos. Portugal aparece em 28º lugar no ranking mundial, com um consumo de recursos naturais correspondente a 4,2 hectares por pessoa, depois de no ano passado terem uma pegada de 5,2 hectares.

A WWF apela para a necessidade de estratégias de sustentabilidade como a que está a ser desenvolvida pelo fundo mundial na Mata de Sesimbra, em Portugal, um projecto que pretende mostrar aos decisores políticos que é viável uma vivência sustentável.

AS ELEIÇÕES NO PSD DA MAIA

As eleições no PSD da Maia, não passam de uma questão puramente partidária. Valem o que valem.


Não existe alarido nenhum, o que existe é os "políticos" a quererem guindar estas eleições parecendo que são fundamentais para os maiatos.


E não são se o PS da Maia quiser.


São eleições como outras quaisquer, e tanto fará ao povo maiato ganhe um ou outro...

O Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia tem o gosto de convidar V. Exª. e sua digníssima família, para assistir ao concerto pelo Coral da Cidade Inglesa de Bristol, que se realiza na Igreja Paroquial de S. Romão de Vermoim, na Cidade da Maia, na próxima sexta-feira, 27 de Outubro, às 21h30m, com entrada livre.

O programa integra obras do repertório internacional da Música Coral, destacando-se as obras dos compositores portugueses Duarte Lobo, D. João IV e D. Pedro de Cristo.

Considerando o alto nível estético das obras que integram o programa, bem como a elevada reputação artística internacional do Coral, constituido por 56 vozes mistas, permitimo-nos sugerir que reencaminhe este e-mail aos seus familiares e atodos os seus amigos, especialmente aos que não desperdiçam os bons momentos de pura fruição estética e cultivam o belo musical. Verá que vão ficar-lhe gratos.

terça-feira, outubro 24

Trabalho: Semana dedicada à segurança

As ocorrências mais frequentes continuam a verificar-se na construção civil
As ocorrências mais frequentes continuam a verificar-se na construção civil

Alertar as entidades patronais para os riscos presentes no local de trabalho e dar conselhos sobre a maneira de os reduzir é o objectivo da Semana Europeia para a Segurança no Trabalho.

23/10/2006


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(09:28) Apesar de haver cada vez mais consciência, o problema está longe de estar resolvido e as doenças profissionais continuam a incapacitar centenas de trabalhadores todos os anos.

Os acidentes mortais têm vindo a diminuir, mas só este ano já morrerem 121 pessoas.

As ocorrências mais frequentes continuam a verificar-se na construção civil, isto devido a quedas, soterramentos e esmagamentos. A seguir, nas estatísticas, surge a indústria transformadora. Só este ano morreram em acidentes de trabalho 55 operários da construção civil e 33 ligados à industria.

Mas, além dos acidentes, quando se fala em segurança no trabalho é preciso ter em conta as doenças profissionais e, nesta matéria, em Portugal as mais frequentes são as lesões músculo-esqueléticas, as novas doenças respiratórias e a surdez provocada pelo barulho.

Um dos locais onde os trabalhadores estão mais expostos ao ruído, além das fábricas, são as discotecas. Para proteger clientes e trabalhadores foram implementadas novas regras, como explica Francisco Tadeu, presidente da Associação Nacional de Discotecas: são obrigados a ter um projecto de ruído para as aparelhagens, ou seja, a possuírem uns filtros que evitam o zumbido no final da noite.

As estatísticas escondem muitas vezes o drama das doenças profissionais: as tendinites dominam, já que o tempo exagerado que os jovens estão ao computador está a criar uma nova geração de doentes.

Governo quer adequar formação a necessidades do País


O Governo quer adequar a oferta de formação às necessidades das empresas e dos indivíduos, o que passa por alterações ao nível do financiamento, segundo a proposta de reforma da formação profissional, hoje apresentada.

O documento, hoje entregue aos parceiros sociais, refere que as mudanças e aperfeiçoamentos em sede de financiamento devem considerar como prioritário a promoção «de uma maior adequação qualitativa da oferta de formação às necessidades expressas pelo tecido económico (organizações e indivíduos)».

Fomentar a procura e participação na formação e contribuir para a elevação dos níveis de qualidade dos resultados alcançados são as outras prioridades definidas na proposta do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.

Tendo em conta o novo ciclo de programação financeira da aplicação dos fundos estruturais, agora em preparação, o executivo entende que constitui uma excelente oportunidade para introduzir mudanças de fundo nas prioridades e critérios que orientarão os investimentos públicos em formação nos próximos anos.

Após a primeira reunião em sede de concertação social para negociar a reforma da formação profissional, o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, José Vieira da Silva, afirmou hoje que as verbas previstas no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2007-2013 para a Formação, Educação e Ciência situam-se nos 6 mil milhões de euros.

Além dos fundos comunitários, a formação conta com verbas do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), cujo orçamento actual ronda os 600 milhões de euros.

Neste sentido, o executivo considera que as opções de fundo relativamente ao financiamento da formação profissional passam por concentrar o financiamento nos dispositivos e modalidades que promovam a aquisição de competências escolares e profissionais certificadas.

Privilegiar os apoios à formação de adultos nas ofertas que se inscrevam em processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), adoptar mecanismos de financiamento directo à procura e aprofundar as modalidades de consultoria-formação são outras das opções a ter em conta.

O Governo aponta ainda como prioridades a introdução de critérios de avaliação de resultados da formação e a aplicação de práticas de maior selectividade na canalização do financiamento, concentrando os apoios nos actores que reúnem melhores condições para dar uma resposta positiva ao desafio que é colocada na agenda da reforma da formação profissional.

Além da definição das prioridades ao modelo de financiamento, a reforma da formação profissional aponta outras metas como estruturar uma oferta relevante e certificada, reformar as instituições e a regulação da formação, promover a qualidade da formação e facilitar o acesso e promover a procura de formação.

Cerca de 3,5 milhões dos actuais activos tem um nível de escolaridade inferior ao ensino secundário, dos quais 2,6 milhões inferior ao 9º ano.

Cerca de 485.000 jovens entre os 18 e os 24 anos estão hoje a trabalhar sem terem concluído 12 anos de escolaridade, 266.000 dos quais não chegaram a concluir o 9ºano.

Diário Digital / Lusa

23-10-2006 18:25:40

segunda-feira, outubro 23

ARTIGO A PUBLICAR NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Amanhã será publicado no Jornal O Primeiro de Janeiro, um artigo da autoria de Joaquim Armindo:




AS REFLEXÕES DE OUTONO






domingo, outubro 22

CONCERTO DE MÚSICA



ASSOCIAÇÃO BANDA DE MÚSICA DE MOREIRA DA MAIA


COMEMORAÇÃO DO 159.º ANIVERSÁRIO


CONCERTO

DIA 28 DE OUTUBRO, 21,30 HORAS

QUERMESSE PAROQUIAL DE MOREIRA

COM O APOIO DA JUNTA DE FREGUESIA DE MOREIRA

AMBIENTE E SAÚDE PÚBLICA

A Comissão de Ambiente e Saúde Pública do PE aprovou na passada semana várias propostas que a Deputada Edite Estrela apresentou a um Parecer sobre a nova "Estratégia Europeia para uma Energia Sustentável, Competitiva e Segura". Na base das alterações avançadas esteve o Livro Verde que a Comissão Europeia deu a conhecer recentemente sobre esta matéria, com Edite Estrela a procurar melhorar o respectivo conteúdo em áreas chave como as energias renováveis e a aposta na investigação.
Segundo a eurodeputada socialista, "a UE deveria envidar mais esforços no sentido de encorajar e desenvolver, de modo ainda mais eficaz, a utilização de fontes renováveis de energia". Tal poderia passar, por exemplo, pela "introdução de incentivos fiscais à utilização de combustíveis biológicos no sector dos transportes", medida que contribuiria certamente "para a criação de fontes alternativas de rendimento em algumas zonas rurais da União Europeia".
Edite Estrela apelou ainda a que o roteiro das energias renováveis previsto no Livro Verde da Comissão seja "ambicioso" e defina "objectivos quantitativos e vinculativos" para cada Estado-Membro. "É fundamental prever incentivos inspirados no mercado, apostar fortemente na investigação e incluir um mecanismo de avaliação anual dos objectivos alcançados", sublinhou a deputada nas suas propostas.
Para Edite Estrela, a Comissão Europeia deveria também avançar com a integração das políticas relativas às fontes renováveis de energia e à economia de energia em todas as acções financiadas pelos Fundos Estruturais. Neste âmbito, uma atenção particular deveria ser dada às acções financiadas através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no quadro do próximo período de programação 2007-2013. Trata-se de uma "medida que poderia beneficiar todas as regiões da União, sem excepção, tendo em conta as suas especificidades próprias", salientou a deputada.
As propostas de Edite Estrela irão agora ser transmitidas à Comissão de Indústria e Energia do PE, competente quanto à análise de fundo desta matéria

INTERVENÇÃO DOS LEITORES

Anonymous deixou um novo comentário sobre a sua postagem "10/21/2006 12:01:00 PM":

À consideração de V.Exa.:
"EGOCENTRISMO" - s.m.,
do Lat. ego, eu + cêntro
tendência pessoal exagerada em considerar tudo sob o próprio ponto de vista e em fazer de si próprio o centro do universo;
subjectivismo.

Comentário:

Burridade: o que vem de burro. Aquele que pode ser licenciado mas não vê que os outros também têm opinião. Aquele que não vê, ou não quer vêr, as suas limitações. Aquele que julga os outros anónimamente. Aquele que pensa ser o centro das reuniões, e quer falar donde lhe apetece.

sábado, outubro 21

INTERVENÇÃO DOS LEITORES

Anonymous deixou um novo comentário sobre a sua postagem "COMISSÃO POLÍTICA? SESSÃO DE INFORMAÇÃO?":

Meu Caro Eng.º

Então, tamanha falácia nem parece de si! pois como é que a CMMaia envia tão importante documento em Agosto se, nessa altura, ainda nem sequer estava aprovado pela AMunicipal?

VS

Comentário:

Que a Câmara Municipal da Maia enviou o documento não existem dúvidas, que o analisou na Câmara Municipal, tendo até a colaboração de uma vereadora do PS, na altura, não há dúvidas. O que a Câmara enviou em Agosto foi um DRAFT, após o que foi à Assembleia Municipal, e depois enviou o aprovado, e existen evidências.

VS, deve estar confundido, mas se me engano até deverá esclarecer, se foi assim ou não. Se é o VS que conheço sabe os meus contactos pelo que poderemos esclarecer melhor.

VS: eu não afirmei nada, limitei-me a transcrever um artigo do PJ, certamente não viu!

ARTIGO A PUBLICAR NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Amanhã no Jornal O Primeiro de Janeiro, será publicada uma crónica de Joaquim Armindo:




DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS ÍNDIOS




APELO AMNISTIA INTERNACIONAL




Octubre, 2006

Querido amigo,
Querida amiga,

Parisa, Iran, Khayrieh, Shamameh, Kobra, Soghra y Fatemeh son siete mujeres iraníes condenadas a morir lapidadas.
Quizá no tengamos mucho tiempo para actuar.

La República Islámica de Irán trata el adulterio como un delito castigado con la pena de muerte por lapidación, violando el Pacto Internacional de Derechos Civiles y Políticos, que garantiza el derecho a la vida y prohíbe la tortura.

Parisa, Iran, Khayrieh, Shamameh, Kobra, Soghra y Fatemeh han sido injustamente condenadas a la pena más cruel, inhumana y degradante, la de la pena de muerte.

Pero aún estamos a tiempo de parar su ejecución. Sabemos que podemos contar contigo. No te quedes en silencio.
Alza tu voz para intentar salvarlas.


Gracias por tu apoyo,

Esteban Beltrán
Director - Amnistía Internacional

COMISSÃO POLÍTICA? SESSÃO DE INFORMAÇÃO?

Câmara da Maia enviou documento em Agosto
DREN ainda não recebeu carta educativa


A directora regional de Educação, Margarida Moreira, afirmou numa comissão política concelhia do PS/Maia que a câmara municipal ainda não tinha entregue a Carta Educativa do concelho à DREN. A autarquia considera esta acusação “uma blasfémia”.
A questão da Carta Educativa da Maia foi lançada ontem na reunião pública do executivo maiato, pela vereadora socialista Sandra Lameiras. A autarca, no final da discussão dos pontos de agenda, interpelou a maioria do PSD sobre diversas questões relacionadas com o parque escolar maiato. Lameiras afirmou que a Carta Educativa do Concelho da Maia ainda nem sequer tinha sido enviada à DREN e explicou que foi isso mesmo o que Margarida Moreira dissera na reunião da Comissão Política Concelhia do PS/Maia, na passada segunda-feira. Nesse encontro, em que também participou Renato Sampaio, discutiu-se à porta fechada o futuro da educação.
Nogueira dos Santos, o vereador responsável pela Educação, Desporto e Saúde, considerou as palavras de Sandra Lameiras “uma blasfémia”, mas salientou que as relações entre a câmara e a DREN “são óptimas”. De tal forma, explicou, que a direcção regional está a fazer tudo para que a escola EB 1 da Pícua, em Águas Santas, abra no dia 28. Mais tarde, já no final da reunião de câmara, mostrou ao JANEIRO um documento que confirmava o envio à DREN de várias cópias da Carta Educativa, a 10 de Agosto.
Por outro lado, o vereador da Cultura, Mário Neves, considerou “pouco ética a participação da senhora directora regional de Educação numa reunião de carácter partidário e tratar de questões que devem ser tratadas em outra instância”. Afirmou que Margarida Moreira teve “comportamentos inadequados”.
Entretanto, o PS/Maia divulgou quarta-feira um comunicado onde dá conta da reunião da comissão política, a mesma em que participaram Renato Sampaio e Margarida Moreira, reiterando a ideia de a “Carta Educativa da Maia ainda nem sequer ter dado entrada na DREN”. Não foi possível falar com a directora da DREN por esta se encontrar em Lisboa.
Acordo tácito
Sandra Lameiras levantou a questão dos professores contratados para o programa de enriquecimento curricular, que serão os mais mal pagos da área metropolitana, com um vencimento de dez euros por hora. O vereador da Cultura referiu então que houve um “acordo tácito” entre os municípios da Junta Metropolitana do Porto para não excederem esse valor nas contratações, mas que apenas foi cumprido na Maia. Nogueira dos Santos confirmou o acordo, mas preferiu falar em “sentimento generalizado”, que foi quebrado devido aos apoios extraordinários concedidos ao município de Matosinhos, “que o Governo considera um concelho-piloto no enriquecimento curricular”.

Paulo Almeida
(Artigo publicado no Primeiro de Janeiro)
Comentário:

1.- O PS da Maia analisou esta questão em reunião extraordinária da sua Comissão Política. Foi a segunda, desde Abril, extraordinária, ordinária só existiu a que foi para "tomar posse", quando os estatutos referem que se realize de três em três meses.

2.- Uma questão destas não é para Comissão Política, com os intervenientes que tiveram, mas uma sessão informativa.

3.- A Comissão Política nunca reuniu para análise da situação política, nem do próximo congresso, é que não interessa.

4.- Deve existir o máximo cuidado em informações destas, que não são verdades. Não podemos confundir o Partido com os governantes. Assim não!





PS Montijo
Discutiu o Desenvolvimento Sustentável

A Comissão Política Concelhia do Montijo do Partido Socialista, promoveu, a primeira reunião denominada - “Reuniões da Comissão Política Concelhia – Abertas”, tendo como tema “O desenvolvimento sustentável”.

Refere a nota enviada para a nossa redacção que a sala da Assembleia Municipal do Montijo se encontrava “completamente cheia e com ocupação da galeria, com a presença de militantes, simpatizantes e pessoas que apoiam os projectos do PS no concelho de Montijo”.
José Bastos, Presidente da Comissão Política Concelhia do PS Montijo, informou os presentes que as próximas reuniões temáticas terão como temas : a educação, o desporto, o urbanismo e a revisão do Plano Director Municipal, temas que vão ser apresentados pelos vereadores Clara Silva e Renato Gonçalves e pela Presidente da Câmara do Montijo, Maria Amélia Antunes.

“Desenvolvimento Sustentável intervenção de Nuno Canta

“A Terra é um sistema termodinâmico que recebe energia do Sol (com alta qualidade) e perde energia na forma de calor (com baixa qualidade) para o espaço. Esta energia é utilizada por todos os sistemas existentes na terra formando um todo global. À semelhança, todas as actividades humanas encontram-se intimamente relacionadas com os outros sistemas terrestres, muito mais do que possamos pensar. Por exemplo, o aquecimento global do planeta afecta todos os países, quer tenham ou não emissão de gases com efeito de estufa.

A visão de que a sociedade é um subsistema da natureza, é muito recente, a humanidade sempre viu a natureza como fonte de recursos e como depósito dos nossos resíduos. Contudo, a visão unitária conduz a um modelo mais poderoso sobre a nossa relação com a natureza.
É com base nesta visão que surge o conceito de desenvolvimento sustentável, proposto, em 1987, pela comissão mundial sobre ambiente e desenvolvimento, presidida pela Sr.ª Brundtland.

O desenvolvimento sustentável como outras formas de funcionalidade é uma qualidade com vários níveis. Algumas dessas qualidades são mais fundamentais do que outras. Quando uma qualidade básica não é cumprida, não é conseguido o cumprimento das qualidades superiores. Outro problema do desenvolvimento sustentável é de que grande parte destas qualidades não são susceptíveis de definição, apenas podemos defini-las de forma negativa, pela sua ausência. Como muitas outras teorias científicas, o desenvolvimento sustentável é mais simples de testar com a ajuda da hipótese zero.

Uma das qualidades básicas do desenvolvimento sustentável é independência de reservas. Uma sociedade que é dependente de uma reserva básica à sua sobrevivência por definição não pode existir para além dessa reserva. Portanto, não é sustentável.

A nossa sociedade actual tornou-se nos últimos 200 anos totalmente dependente das reservas de combustíveis fósseis. O declínio dessa fonte coloca uma ameaça séria à sociedade tal como a conhecemos. Vamos ver em detalhe um problema básico de sustentabilidade; o abastecimento de comida. A agricultura industrializada é profundamente dependente do petróleo.

Há meio século atrás, ainda era comum nas explorações agrícolas do Montijo sistemas de produção de alimentos para os animais e a manutenção de uma grande variedade, como galinhas, carneiros, vacas de leite e porcos. Hoje, essas situações são raras. Os agricultores são forçados pelo aumento dos custos de produção e pela diminuição dos preços dos produtos agrícolas a seguirem o caminho da produção de grandes quantidades ao mais baixo custo por unidade. O baixo custo dos combustíveis fósseis, intensificou a especialização e a monocultura. Nesta situação a importância do sistema de distribuição aumenta, agravando o consumo de combustíveis fósseis, o que faz aumentar a vulnerabilidade do sistema de produção agrícola.

Nos países desenvolvidos, o petróleo consumido na agricultura iguala, ou ultrapassa, a energia recolhida nos alimentos produzidos. O melhoramento de plantas e animais com utilização agrícola tem sido no sentido de criar agentes eficientes na conversão de combustíveis fósseis em produtos edíveis. Por exemplo, o trigo selvagem estava dependente de uma larga fatia da energia captada para funções necessárias á sua sobrevivência: defesa de pragas; aquisição de nutrientes; competição com outras plantas; etc. Apenas a energia remanescente é utilizada para a produção de sementes.

A planta de trigo melhorada não necessita de desperdiçar energia nas funções de sobrevivência. As funções de suporte à vida são realizadas pelo agricultor utilizando a energia dos combustíveis fósseis (tractores, pesticidas, etc.). Portanto, a maioria da energia captada pela planta pode ser reconvertida em sementes, elevada produção agrícola.

Uma parte crescente da população vive em cidades, existem necessidades de abastecimento crescentes, o que tem conduzido a sistemas de transporte a cada vez maiores distancias. Os sistemas de transporte a longa distância aumentam a vulnerabilidade aos preços da energia. Em termos energéticos uma família média europeia (4 elementos) pode reduzir significativamente o consumo de energia anual, se consumir alimentos produzidos nas zonas adjacentes à sua cidade. Com a opção de uma produção de alimentos mais local reduzimos a vulnerabilidade do sistema e diminuímos a dependência dos combustíveis fósseis, mesmo mantendo uma agricultura industrializada, tornamos o sistema mais sustentável. Parece óbvio que uma das formas para manter a sociedade em funcionamento numa situação de esgotamento de combustíveis fósseis e de recursos será diminuir a dependência, isto é, a sua vulnerabilidade.

A escassez de energia devido ao pico de produção do petróleo e aos problemas de esgotamento de recursos exigidos pela industrialização da paisagem, não podem ser resolvidos pelos paradigmas vigentes. São necessárias adaptações sociais. Muitos dos problemas ambientais que hoje presenciamos podem ser minimizados com uma estratégia de desenvolvimento sustentável. Alguns exemplos são: encurtar as linhas de abastecimento de alimentos; aumentar a utilização da energia solar; introdução de infra-estruturas que suportem a reciclagem de nutrientes; integração da produção agrícola e do espaço urbano.”.

Debate participado

Após a intervenção de Nuno Canta, iniciou-se um período de discussão, sendo muitas as pessoas que se inscreveram, colocando problemas sobre a matéria apresentada que Nuno Canta.


Para finalizar esta iniciativa, usou da palavra a Presidente da Câmara e dirigente do PS, Maria Amélia Antunes, que informou os presentes da situação financeira da Câmara e dos investimentos feitos no concelho no primeiro ano deste mandato.

Rostos


Comentário:

Fez bem o PS do Montijo ao analisar esta matéria do Desenvolvimento Sustentável. Porque é que o PS da Maia não o faz? Só porque a minha dissertação na Univesidade Católica Portuguesa é sobre este tema?