sexta-feira, dezembro 31

E EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004, AINDA PAULA REGO, SERRALVES

quinta-feira, dezembro 30

OUTRA VEZ PAULA REGO


quarta-feira, dezembro 29

ARTIGO A PUBLICAR NO PRIMEIRO DE JANEIRO

No próximo domingo, na coluna ÁGUA VIVA, artigo da minha autoria

"A MINHA PAZ VOS DEIXO"

terça-feira, dezembro 28

MAIS PAULA REGO



AINDA PAULA REGO



ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL PRIMEIRO DE JANEIRO

Artigo da minha autoria publicado no Jornal Primeiro de Janeiro, de 21/12/2004, na coluna MOSCARDEIRO.
MOSCARDEIRO



ÁGUAS AGITADAS porque TURVAS



È verdade que estamos em plena época de Natal, mas mesmo assim, nesta terra da Maia, as águas estão cada vez mais turvas e agitadas. Aqueles que da política pretendem fazer segunda profissão, ou quase, ainda não repararam que a cidadania se aprende, e do seu inerente civismo dela se deve dar bom exemplo aos seus concidadãos, pela ética, quer pessoal, quer comum.

Um destes dias ninguém vai mesmo votar, a não ser aqueles que querem o exercício do poder, para dele mesmo beneficiar. Estamos em época de eleições para uma nova legislatura e a pensar, e a empreender acções preparatórias para as autárquicas. Umas são diferentes de outras, por isso nunca compreendi que António Guterres tirasse as ilações que o levaram a uma demissão. Mas as claques andam, sem dó, nem piedade, a inventar tudo, para chegarem ao poder de decisão do dinheiro, da ganância, nas antípodas dum Natal cristão que opta pela solidariedade e fraternidade. Aliás, não pretendo fazer do Natal, tal qual o vivemos hoje, uma coutada dos cristãos, ele é livre e fecundo para quem, mulheres e homens de boa vontade, pretende fazer dele o Maranatha das suas vidas, porque o Senhor, não tem rosto, nem tempo, nem espaço, mas é presente em cada vida que nasce ou renasce.

Pois é neste Natal de 2004, que aqui pela Maia algumas surpresas se avolumam e nos inquietam, e sem querer julgar, muito me entristecem, pela arrogância, falta de ética e de serviço aos outros, quase me atirando para os braços dos "vencidos da vida", que também começam a pensar que a defesa da coisa pública são balelas, para uns e para outros. Para quem lutou, em tempos muito difíceis, pelo direito ao voto universal e aos dezoito anos de idade, para a eleição dos mais capazes, sem nenhuma "central de interesses", mas que nunca perdeu a esperança de um outro mundo, a luta vai continuar, nem que seja pela denúncia, às vezes profética (vai sendo difícil, concordo, porque salvo várias excepções os meios de comunicação, vão fazendo a sua autodefesa económica, usando a censura).

Na caixa de correio chega-me um novo jornal local – VOZ DA MAIA – cujo proprietário, não é mais, nem menos, aquele que se apresenta como figura singular, com grande propaganda, fotografias de corpo inteiro, como o Político, Médico e Cidadão, nas páginas centrais; só que usa um subterfúgio, no nome do proprietário coloca o seu primeiro e terceiro nomes, e na sua divulgação pessoal, o primeiro e último nomes. Ora isto, não é transparência, mas uma autêntica face delirante de quem quer a todo o custo, ser Presidente da Câmara da Maia, e nem sequer tem o pudor e sensatez de poder estar a prejudicar o Partido, do qual se intitula representante enquanto oposição na Maia! Atacando correligionários seus, pela voz do seu filho, tem o desplante de surgir agora, quando sempre tem estado (... e continua) ao lado do actual poder na Maia.

Por outro lado, muitos militantes do seu Partido receberam, em sobrescritos dos SMAS (de cujo Conselho de Administração faz parte), um extenso volume, de fotocópias, reproduzindo as suas entrevistas e posições públicas. Uns pelo correio, "porte pago" (por quem?), outros em mão, mas tudo realizado por um "funcionário", que se presume seja dos mesmos SMAS. O Presidente da Câmara diz que mandou instaurar inquérito, aguardemos... Seria, neste caso, curial, aliás seguindo o exemplo de António Vitorino, que de imediato suspendesse, pelo menos, a sua participação no Conselho de Administração e como vereador da Câmara, enquanto não se apurassem responsabilidades. Até porque não será líquido, que o Ministério Público, não actue. Se verdade, existir abuso de poder, e de uso de coisa pública, compromete o Partido, que diz defender.

Mas após tais desregramentos, ainda manda afixar cartazes, junto de outros da Câmara Municipal, considerados como propaganda política desta, mas afirmando que aqueles, que davam as Boas Festas aos maiatos, não eram pagos pelos dinheiros públicos, como o que estava ao lado. O executivo camarário deu ordens para os retirar, dado não possuírem a respectiva licença, facto que não é singular, dado que numa campanha eleitoral foram retirados cartazes da JS – Maia, por pretensamente ofenderem pessoas.

E outra grande questão será saber onde está a moral de uns atacarem, e depois virem fazer aquilo que criticam !

Assim não, é a democracia que está em causa! Por isso mesmo esperamos, que nesta quadra festiva, impere o bom senso e que o vereador em causa seja capaz de suspender o mandato, enquanto decorre o inquérito, e o Ministério Público actue em conformidade.

Todos serão beneficiados: a democracia, a Maia e o PS. E se assim não acontecer, que o presidente da Federação Distrital do PS do Porto intervenha, com a firmeza que se lhe conheceu em Felgueiras.
Teríamos um PS vigoroso, transparente e sem rabos de palha, para as legislativas e as autárquicas.

Joaquim Armindo
Deputado Municipal do PS
jarmindo@clix.pt
http://www.bemcomum.blogspot.com/
Escreve esta coluna quinzenalmente

segunda-feira, dezembro 27

DE PAULA REGO


domingo, dezembro 26

INTERVENÇÃO DOS LEITORES

Quando voce se levantou pela manhã, Eu já havia preparado o sol para aquecer seu dia,e o alimento para sua nutrição.

Sim, Eu providenciei tudo isso enquanto vigiava seu sono, a sua família e a sua casa.Eu esperei pelo seu "bom dia", mas voce se esqueceu.

Bem, voce parecia ter tanta pressa que eu perdoei.O sol apareceu, as flores deram seu perfume, a brisa da manhã o acompanhou, e voce nem pensou que Eu é que havia preparado tudo.Seus familiares sorriam, seus colegas o saudaram, voce trabalhou, estudou, viajou, realizou negócios, alcançou vitórias, mas voce não percebeu que Eu estava cooperando com voce e mais teria ajudado, se voce me tivesse dado uma chance..., Eu sei, voce corre tanto... Eu perdoei.

Voce leu bastante, ouviu muita coisa, viu mais ainda, e não teve tempo de ler ou ouvir minha Palavra.

Eu quiz falar, mas voce não parou para me ouvir.

Eu até aconselhá-lo, mas voce não pensou nessa possibilidade.Seus olhos, seus pensamentos, seus lábios seriam melhores. O mal seria menor e o bem seria maior na sua vida.Voce trabalhou, ganhou muito dinheiro, e não fez mais porque voce não me deixou ajudar.

Mais uma vez voce se esqueceu de mim... Se esqueceu de Eu desejo sua participação no meu Reino, com sua vida e seu talento também.Findou o seu dia.

Voce voltou para casa.

Mandei a lua e as estrelas tornarem a noite mais bonita para lembrar-lhe o Meu amor por voce. Certamente agora voce vai dizer um obrigado e boa noite... Psiu... Está me ouvindo?

Já dormiu, que pena!

Boa noite, durma bem.

Eu fico velando por voce.

EU SOU JESUS CRISTO

sábado, dezembro 25

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL PRIMEIRA MÃO

No passado dia 17/12/2004, foi publicado um artigo da minha autoria, no Jornal Primeira Mão, que aqui deixo:
BRINCADEIRAS de CANELADA !


O Presidente da República dissolveu o parlamento. É óbvio que a situação era tão insustentável, que a decisão do Presidente era a única possível. Diria que o único senão, talvez, é que não teria sido preciso termos vivido estes quatro meses de puro disparate político, tão clara a incompetência do cidadão que tomou posse como Primeiro-Ministro, o que nunca deveria ter acontecido, pois qualquer informado, avisado e lúcido cidadão poderia em Julho ter a presciência do espectáculo de mau gosto circense que aí viria. Por isso, o Presidente tomou agora uma decisão atrasada, porque deveria ter sido tomada há quatro meses. Este período de tempo, de que pouco se aproveita dos actos de governo, vai custar muito caro ao país (a crise continua a aumentar e não se vislumbram sinais de qualquer retoma, apenas em miragens dos salões-oásis de S.Bento!). E o Presidente, apesar desta recente atitude, tão imperiosa, pode ser apontado como co-responsável pela situação.
Enfim, temos na história do pós-25 de Abril o primeiro governo que é demitido pelo tamanho da sua incompetência, descoordenação e subjectivismo delirante. Aliás, este governo é um governo que perde a sustentação (por via da dissolução parlamentar), porque tem um Primeiro-Ministro que prefere as festas sociais à coordenação, que prefere uma noite numa discoteca, ao trabalho no seu gabinete, ou mesmo (inexcedível!) a desprezar a representação protocolar da sua equipa em cerimónias de Estado. Este é o Primeiro-Ministro que vê um ministro e seu grande amigo demitir-se, acusando-o de mentiroso. Fica ainda na memória uma dificuldade de agenda de Pedro Santana Lopes que foi devida ao casamento da filha da sua chefe de gabinete. As prioridades em Santana Lopes são tão surrealistas que só nos fazem ficar estupefactos. Sim, ele foi nosso Primeiro-Ministro durante quatro meses! O pesadelo já passou, mas tão cedo não vamos esquecer-nos dele. O quadro estava traçado (e estará ?), o Pedro e o Paulo nas caneladas ao nosso Povo, beijinhos nas feiras, abrilhantadas pelo candidato a Presidente da Republica ao bombo da Madeira, já que estamos num Carnaval também antecipado.
Para o quadro político ficar ainda mais, digamos, embelezado, Pedro Santana Lopes resolveu demitir-se. Começa a estratégia onde Pedro se sente melhor: a vitimização. Salta à cara que esta atitude, conjugada numa táctica engendrada com o PP, é uma brincadeira de criançada. Senão, vejamos: num dia, vamos ter coligação pré-eleitoral. No outro dia, já é diferente, os partidos vão concorrer sozinhos. Aliás nada mais do que passou enquanto eram Governo, o que neste momento era real, na hora imediata era desmentido por actos ou palavras. Claro que amanhã já não sabemos o que vai acontecer com esta aliança táctica. Mas de uma coisa podemos ter a certeza: a birra destes dois (Pedro e Paulo) vai continuar. Os franco-atiradores estão preparados para apontar ao Presidente. A brincadeira de baloiço ainda não acabou (vão ser ainda mais três longos meses, três !!!!...).
Contudo, para mal de muitos esta paródia não se passa apenas no contexto nacional. Li, com atenção, um artigo de Mário Nuno, vereador da Cultura, na Câmara Municipal da Maia, no último Primeira Mão que me deixou verdadeiramente arrepiado. Diz ele que o PS Maia vai publicar um jornal – chamado "A Verdade" – para fazer a próxima campanha autárquica. E acrescenta que têm corrido boatos sobre algumas inclusões de independentes (de direita) no projecto do PS Maia. Leio, releio e pasmo de voltar a ler. Como é possível que o PS Maia esteja a pensar publicar um jornal – chamado "A Verdade" (?) – e eu, embora que mero militante socialista e pertencente à Comissão Política, sei disso pelos jornais!. Um jornal chamado "A Verdade"? Leio e volto a ler. A Verdade?

Ainda vamos ter muito que discutir sobre a evidência, desta certeza, até porque quando falam em "Projecto", não o descortino, porque ele é tão secreto, tão secreto, que certamente só existirá na cabeça de um qualquer que apenas andará para aí dizendo asneiras, e das grossas.
Não sei qual é a estratégia do PS para o município da Maia. Sou militante, deputado municipal, mas não sei qual é a estratégia, não conheço aquele jornal, nem aqueles pretensos apoios. Vejo a Federação do Porto distante, pouco preocupada. Sei que agora vamos ter outras lutas (também muito importantes: derrotar esta direita no poder nacional é obrigatório), mas vejo que a Câmara da Maia vai ficando para trás, sem uma estratégia clara.
Enfim, o PS Maia está mesmo preparado para entrar, de novo, numa aventura inesquecível, porque ela não vai poder ser esquecida: o PS vai perder na Maia, quando mais podia ganhar. E esta façanha, que parece mais de quem nunca fez política, vai sair cara. O PS perde uma oportunidade histórica e este ruído constante do putativo candidato à Câmara (eu já não tenho dúvidas...) só ensurdece, nos deixa estupefactos como estratégia suicidária. É pena, o PS podia ganhar a Câmara da Maia se isso interessasse à presidência concelhia do meu partido.
Ou o Dr. Mário Nuno anda mal informado, ou onde, pasme-se, chega o PS/Maia !

Sou levado a pensar, que ganharemos as legislativas, mas perdendo depois, autarquias. E isso é mau, muito mau, porque talvez queira dizer governo a prazo.

Joaquim Armindo
Deputado Municipal do PS
jarmindo@clix.pt
http://bemcomum.blogspot.com/

INTERVENÇÃO DOS LEITORES

in SIC Online

Última actualização: 2004-12-25 08:20

Apelo aos cristãos

Patriarca exorta ao cumprimento das responsabilidades democráticas

O Patriarca de Lisboa apelou aos cristãos, durante a homilia da noite de Natal, a procurarem caminhos para Portugal e exercerem as suas responsabilidades democráticas, numa aparente alusão às eleições legislativas antecipadas.

Falando perante uma assembleia de crentes na Sé Patriarcal de Lisboa, D. José Policarpo sublinhou que neste Natal o país vive um momento particularmente importante.
"Mais uma vez vamos discutir, confrontar, procurar caminhos para Portugal, soluções para problemas, objectivos a atingir, modelos de desenvolvimento e convivência", observou o cardeal-patriarca, defendendo: "Que os cristãos não se alheiem deste momento, no exercício pleno das suas responsabilidades democráticas".
D. José Policarpo pediu ainda que os crentes "lutem por objectivos e soluções que concretizem o ideal de sociedade" em que acreditam, e garantam os valores que defendem, "não apenas na defesa da fé, mas também da dignidade da pessoa humana".
"São os cristãos que guardam a força criativa de Deus no seu coração, como exigência generosa, luz de discernimento, para a edificação de um mundo novo, cada vez mais expressivo da dignidade do homem, e, por isso, mais perto do próprio desígnio de Deus", disse ainda o chefe máximo da Igreja Católica em Portugal.
Com lusa

sexta-feira, dezembro 24

Não vou para a neve fazer desporto, e depois pregar que estamos ao lado dos que nada têm, não faço discursos demagógicos de pretenços jantares de Natal, deixo-vos com:

FELIZ NATAL

Para ti amigo que estás só no mundo,
Para ti amigo que sentes o verbo amar,
para ti amigo que vives em lugar profundo
para ti amigo que moras em quaquer lugar

Para ti amigo que eu amo e venero
para ti amigo que ainda não conheço
para ti amigo que amizade eu quero
para ti amigo que tua confiança mereço

Para ti amigo que vives nesta terra
para ti amigo ente amado tão sofredor
para ti amigo que só conheces a guerra
para ti amigo a merecida paz e amor

Para ti amigo que vives do teu ideal
para ti amigo a tua amizade me apraz
para ti amigo do mundo ou de Portugal
para ti amigo e para ti FELIZ NATAL!

(Rosélia Martins)

quinta-feira, dezembro 23

Nãotendo sido possível nos últimos dias alimentar o blogue, por circunstâncias profissionais, quero no entanto retomar este contacto.
Desejo um Bom Natal e um Bom Ano Novo

sábado, dezembro 18

ARTIGO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Na próxima 3.ª Feira, sairá no Jornal Primeiro de Janeiro, na coluna Moscardeiro, um artigo da minha autoria:

"ÁGUAS AGITADAS porque TURVAS"

onde é feita análise à situação vivida na Maia de cartazes, envelopes dos SMAS e o Jornal VOZ DA MAIA.


sexta-feira, dezembro 17

INTERVENÇÃO DOS LEITORES

a piada de NATAL do G W Bush's States

in SIC Online

Última actualização: 2004-12-17 23:00


"Níveis insustentáveis"


EUA perdoam dívida ao Iraque

quinta-feira, dezembro 16

AMANHÃ NO PRIMEIRA MÃO

Aamanhã será publicado, no Jornal PRIMEIRA Mão , o artigo da minha autoria:


"BRINCADEIRAS DE CANELADA"

quarta-feira, dezembro 15

A VOZ DE JORGE CATARINO

Estupefacto fiquei...vou para a Assembleia Municipal onde Jorge Catarino nunca apareceu !
A VOZ DA MAIA, é a voz da falta de ética, de propaganda de Jorge Catarino.
Bem me parecia que ele era a favor do Centralismo Democrático e do Estalinismo puro.
Com este homem não vamos lá.
Jornal gratuito, mensal e para embriagar as maiatas e os maiatos.
Já não se fala dos Gabinetes Sombra, mas do Catarino, o da Bayer.

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL PRIMEIRO DE JANEIRO

Artigo da minha autoria publicado, no Jornal Primeiro de Janeiro, em 7 de Dezembro.
MOSCARDEIRO

CULTURA, GÉNESE DE UM POVO

O Governo caiu. O Presidente da República não teve outra alternativa face a uma multiplicação das tolices mais básicas. Mediaticamente, essas asneiras reportam-se a uma série de problemas base da sociedade portuguesa que a têm levado, nestes últimos tempos (os quatros meses do Governo Santana, mais parecem quatro anos), a uma continuada crise. Contudo, apesar das áreas que mais emergem (economia, saúde, educação, etc.), pouco se fala numa das áreas onde este Governo (prolongando aliás a apatia do Governo anterior) pior esteve: a cultura. Na cultura, as políticas foram erráticas, inconsequentes e tiveram apenas um condão: o de, ideologicamente, subverter as políticas do Governo socialista.

Há alguns pontos que devem ser referidos nas práticas desta política cultural governamental. O primeiro tem a ver com a nova Lei do Cinema. Sabendo que é uma lei crucial para o panorama audiovisual português, alguma coisa tinha de mudar. Todavia, com uma lei genérica e deixando tudo para decretos posteriores, o Governo preparava-se para alterar a concepção das lógicas dos subsídios. Isto é, preparava-se para confundir o cinema com o audiovisual, baralhando as regras do jogo. É verdade: basicamente era necessário mudar as políticas dos subsídios. Quero dizer, não é que o Governo pusesse em causa essa política. Simplesmente começava a haver uma mudança subtil, de forma a envolver uma dinâmica comercial (seja, fazendo-os depender dessa dinâmica) em detrimento da componente criação. O que estava e está em causa é a própria liberdade do criador (na verdade, o criador é um autor de património de hoje, para o futuro).

O que este Governo (como o anterior) fez, foi uma alteração da imagem da cultura. Se com o Governo Guterres esse foi o principal cavalo de batalha, todas as energias pareciam ter sido consumidas nesta nova fase cultural. Vejamos: com Guterres foi criado o Ministério da Cultura, face visível de uma necessária renovação mediática dos agentes culturais; com o Governo Santana (assim como com Durão) o Ministério da Cultura foi entregue a ministros apagados ou deslocados da verdadeira génese da criação contemporânea. Caminhava-se, neste último caso, para um crescente apagamento da função actuante de um ministério. Em última análise, isso poderia implicar a médio prazo, a um regresso orgânico de apenas uma Secretaria de Estado. É talvez uma das diferenças incontestáveis entre direita e esquerda; a segunda pensará sempre na Cultura como actividade transversal a toda a sociedade, a primeira como um acessório.

Na verdade, o que o orçamento de estado para 2005 traz para a cultura são dois factos indesmentíveis. O primeiro é o corte transversal que haverá (em termos reais) no Ministério e em todos os Institutos a ele associados (como um dossier do Público deu à estampa). Apesar de aparentemente haver um aumento, as cativações orçamentais revelavam esta redução generalizada. O segundo facto vem consubstanciar esta degradação da imagem cultural: o Governo preparava-se (e prepara-se?) para cortar nos benefícios fiscais dos autores. Isto é, como todas as actividades relacionadas com os direitos de autor eram taxadas em 50% (do IRS), o ministro Bagão Félix achou que eram benesses a mais e resolver cortar aos rendimentos mais elevados (esquecendo que a actividade autoral é sazonal e imprevisível). E quem tinha sido o Primeiro-Ministro a introduzir estes benefícios fiscais? Cavaco Silva, pois então.

Enfim, atitudes destas, em termos políticos, económicos e fiscais, apesar de não apagarem a cultura contemporânea (que já está demasiado desenvolvida e com um motor próprio de crescimento), revelam um profundo desconhecimento no mínimo, da realidade contemporânea. A cultura, mais do que nunca, será o elemento sinalético de individualidade de um país num mundo globalizado, e será o factor da diferença. Só saberemos quem somos, pelo rasto do que a nossa Cultura difundir de nós.

Há um pormenor, não negligenciável, neste contexto: o panorama cultural do distrito do Porto. Como se já não bastasse esta apatia governamental, o Porto apanhou como uma série de encadeamentos do poder autárquico que minaram todas as estruturas criadas com o evento estruturante que foi o Porto 2001. Mais uma vez, esta direita conservadora e ressabiada resolveu olhar para trás em vez de olhar para a frente. E esta tristeza desoladora é o nosso novo contexto: já pouco sobra para além de Serralves e uns quantos festivais (de culturas várias) que vão acontecendo nos concelhos periféricos. E muito tão-só graças a mecenatos vários.

Esperemos que o novo poder, que é neste momento absolutamente necessário (tanto na região do Porto, como no país) saiba recolocar a Cultura no mapa das prioridades. Fazê-lo é uma exigência deste nosso mundo contemporâneo, sob pena de perdermos aquilo que realmente interessa: um ser humano mais justo e holístico.

O que aqui se reflecte, agora e também, se traduz nas políticas culturais, do Concelho da Maia. E é preciso mudar de paradigmas que substantivem o crescimento das mulheres e homens que vivem nesta região nortenha. A Cultura é a arma fundamental.

Joaquim Armindo
Deputado Municipal do PS
jarmindo@clix.pt
http://bemcomum.blogspot.com/

terça-feira, dezembro 14

INTERVENÇÃO DOS LEITORES

Premonitório ou não?!

Um texto de Pacheco Pereira, publicado antes da queda do Governo , mas que se mantêm actualíssimo:

É bem feito.
Os sinais estavam lá.
As novelas. As intermináveis e desconchavadas novelas em que todas crianças frequentam colégios caros da Linha e são louras e precocemente parolas.
As Lux e as Flash. O telejornal da TVI.
O futebolês e a sua miríade de constelações e estrelas, as maiores, as menores e as anãs, os dirigentes, os agentes, os jogadores, as transferências e os treinadores de bancada e de café.
O 24 Horas e as suas manchetes sanguíneas e colunas rosa-choque.
Os três diários desportivos.
Os Big Brother's e as chusmas de indigentes que revelaram, geraram e adularam.
Os caciques locais.
Marco de Canaveses.
A justiça, apoucada e achincalhada.
A Alexandra Solnado e as conversas de Jesus com a cabritinha.
As abstenções, galopantes.
A política, trauliteira e lapuz.
Os impropérios lançados a esmo, pelos carroceiros e pelas azémolas que habitam o Parlamento e as autarquias deste país de norte a sul.
Os deputados que o são apenas porque dominam as concelhias e os aparelhos partidários .
O triunfo da demagogia, a vitória fácil do populismo.
A farsa da Madeira, esse espectáculo pornográfico instalado há anos na Casa Vigia, onde perora um senhor anti-democrata e fascista, adulado por um dos dois maiores partidos portugueses.
A lenta agonia da Cultura.
A asfixia da Ciência.
A sangria, continuada, mortal, dos nossos melhores homens e mulheres, em demanda de melhores países, de outras instituições que os animem, que os reconheçam.
A invasão especulativamente obscena do betão por todo o lado.
As oportunidades perdidas.
O Alqueva.
Os fundos de Coesão.
O Fundo Social Europeu.
Os subsídios à agricultura dados de mão beijada a pessoas que não sabem distinguir um cão de uma ovelha.
Os jipes.
Os condomínios privados.
Os montes no Alentejo.
As férias no Brasil e as festas no Algarve.
Os milhares que provam, provado, o adágio que diz que quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado lhe vem.
Os Ferraris do Vale do Ave, Covilhã, Leiria, Cascais e Figueira da Foz .
Os processos que prescreveram.
Os jornais, as rádios, as revistas, as televisões que estão na mão de apenas três grandes grupos económicos.
As campanhas eleitorais, pagas a peso de ouro, a troco não se sabe bem do quê. As negociatas. As promessas.
As mentiras.
Os impostos que iriam descer e afinal sobem.
O emprego que iria subir e afinal desce.
O IVA que já foi a 17% e agora é a 19%.
O Santana Lopes que passou do Sporting para a Figueira, da Figueira para Lisboa e de todas as vezes foi eleito. Democraticamente. E que foi alçado a número dois do PSD estando, por esse facto, na linha de sucessão para o cargo de primeiro-ministro. E, quando tudo isso aconteceu, onde estávamos nós? Na praia? No café?
A Ler Devagar, a folhear Heidegger? Em Londres, a admirar Buckingham Palace?
Não sei onde estávamos. Sei, apenas, que estávamos calados. E é por isso que é bem feito.
Demitimo-nos do dever de falar, de esclarecer, de protestar, de votar.
E, se alguns, poucos, falavam, muitos assobiavam para o ar, como se não fosse nada connosco. Era sempre com eles, com os políticos.
E estávamos errados: a política é nossa. A política somos nós que a devemos fazer, participando, votando, reclamando, exigindo.
Abstivemo-nos e as coisas aconteceram.
Os factos surgiram e ficaram impunes.
Os acontecimentos seguiram o seu curso, o barco singrou desgovernado, com os incapazes ao leme e os arrivistas a bater palmas.
Agora que o impensável se acastela no horizonte, assim ficamos, aflitos, o coração nas mãos, a perguntarmo-nos: como foi possível? Como será possível?
E mais aflitos ainda ficamos porque sabemos: é possível. Pode acontecer.
Pode acontecer que Paulo Portas e Santana Lopes, dois parasitas do poder, dois demagogos, dois populistas, se enquistem em São Bento.
Mesmo as eleições antecipadas, a ocorrer, poderão não o impedir.
Mais: as eleições poderão até ser o impulso que necessita essa associação simbiótica contra-natura para se declarar vitoriosa.
Bastam uma fotografias nas revistas do coração, uns beijinhos nalgumas feiras, uns ósculos nalgumas recepções, três ou quatro discursos ocos, cheios de sonoridade e de impacto televisivo, a aura de salvadores da pátria e dos bons costumes, e lá vai o povinho do futebol, dos morangos com açúcar e do 24 horas a correr às urnas, ungir o Sr. Feliz e o Sr. Contente com os louros do poder.
E, mesmo que não aconteçam eleições, a cartilha está igualmente traçada.
Os impostos a cair.
As festas para o povo pagas com o erário público, esse erário minguante que à custa de tanto e de tantos foi custosamente aforrado nos dois últimos anos. As promoções em catadupa, os Institutos Estatais criados por decreto, para promover os novos boys e criar novos empregos efémeros.
Os gastos à tripa forra para contentar taxistas, peixeiras, senhorios, comerciantes e banqueiros.
Os saneamentos políticos. A ostracização dos críticos, dos descontentes, dos que se manifestam.
Tudo isto pode acontecer.
Não só por dois anos, mas também por quatro. Ou mais.
Até que o dinheiro se acabe ou até que vague o cargo de Presidente de qualquer coisa.
Que até pode ser o do País, que a malta nem se importa muito.
" Afinal, os povos cobardes só têm aquilo que merecem !.... "



segunda-feira, dezembro 13

INTERVENÇÃO DOS LEITORES

CARTA DO CANADÁ
Fernanda Leitão

ARMAS DE ARREMESSO NA NACIONAL PEIXEIRADA

Finalmente, o Presidente da República fez o que a esmagadora maioria do país desejava há meses: dissolveu o parlamento e convocou eleições antecipadas. Fê-lo num discurso em que ficou claro, para os portugueses residentes no país e no estrangeiro, que o chefe do estado e o homem da rua concordam na incompetência, na irresponsabilidade, na leviandade e desrespeito pelas instituições do governo presidido por Santana Lopes. PR e Povo só não estiveram de acordo quanto ao timing porquanto todos teriamos desejado esta tomada de posição há quatro meses atrás.
O governo, posto em sentido e de trela curta, fez o que se esperava: demitiu-se com tiradas melodramáticas de honra por apurar, o que é uma forma solpada de fuga às responsabilidades. E, imediatamente, tirou da cartola as armas de arremesso costumeiras: o caso de Camarate e o desvio de avultadas quantias do Fundo Ultramarino. Esquecido que, quando mataram Sá Carneiro, Amaro da Costa e seus acompanhantes, o governo era da AD, isto é, do PSD e do CDS, como agora, e que uma alta figura do CDS, Freitas do Amaral, apareceu naquela mesma noite na TV declarando, peremptoriamente, que tinha sido um acidente. Ainda sob esse governo, e depois nos governos de Cavaco Silva, todos pudemos testemunhar o deixa andar posto nas investigações e no apuramento total do caso.
Quanto ao Fundo Ultramarino, também em banho Maria durante os governos AD e PSD, ficará para a história como o caso da Moderna. Tudo bem tapado. Porque, se tivessem sido apurados de alto a baixo, sem medo nem preconceito, era o próprio regime que caía como um castelo de cartas. E porque assim era, preferiram arranjar outros processos mais mediáticos, misturados com quintas de celebridades à moda da Reboleira, mais picantes, mais chungosos, de modo a distraír a populaça.
Nas próximas eleições não serão julgados pelo grande tribunal popular apenas Santana Lopes, Paulo Portas e outros ministros que saem desta prova esturricados. Durão Barroso, o fujão maoísta do quanto pior, melhor, e sequazes seus como Martins da Cruz e José Cesário, serão julgados com toda a severidade aquém e além fronteiras. Por isso, e porque estas figuras não primam pela lucidez, se compreende que puxem destas armas de arremesso, insultem tudo e todos. Esquecem-se que os partidos da esquerda, e desta vez aplaudidos pelo povo, podem tornar públicos muitos acontecimentos passados na Figueira da Foz, em Lisboa, na Universidade Moderna, em São Julião da Barra, na Arrábida, em certas empresas. Se os da coligação de direita puxarem muito pela corda da baixaria, até histórias do Parque Eduardo VII varrerão o país de lés a lés. Fosse nos Estados Unidos da América que já os jornalistas tinham contado isso tudo. Mas alguma vez há-de ser. E desta vez bem pode ser. Talvez dentro de pouco tempo Santana Lopes, Paulo Portas, Gomes da Silva, Morais Sarmento, Nobre Guedes e quejandos percebam, na própria pele, que má ideia tiveram ao bater de frente com a comunicação social e ao quererem abocanhar o serviço de informações. Ou eu me engano muito ou se está a preparar uma marrada que porá alguns a morrerem de fome no ar.
Em resumo: depois de um governo de mão na anca e pé na chinela, de canastra vazia sobre a cabeça tonta, segue-se a maior nacional peixeirada que o país já viu. Muitos não sobreviverão politicamente, e até mesmo socialmente, a essa prova. Mas da barrela hão-de sobrar alguns. Oxalá sejam aqueles com a humildade de chamar quem sabe administrar, quem sabe dirigir, quem sabe respeitar o povo que lhes paga e os sustenta.
Mas que há perigo de naufrágio, isso há. Já os ratos começaram a abandonar a barca. Até essa grande ratazana da emigração, Manuela Aguiar, saíu precipitadamente da vida política. Fora os que já estão a abordar outros partidos.
Ora o raio da Repulha que só nos dá vergonhas!

domingo, dezembro 12

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "O PRIMEIRO DE JANEIRO"

No passado domingo foi publicado no Jornal "Primeiro de Janeiro", um artigo da minha autoria, que aqui deixo.
ÁGUA VIVA


PEREGRINAÇÃO NA CIDADE



Lisboa vai neste fim de ano de 2004 ser objecto de uma peregrinação de confiança na Terra, e de profundo ecumenismo. Milhares de jovens de toda a Europa, convocados pela Comunidade Ecuménica de Taizé reúnem-se para procurar o que os une, e serem sinais de esperança contra o pessimismo e egoísmo que em toda a Terra se faz sentir.

Com um denominador comum, Jesus, o carpinteiro de Nazaré, tornado o Cristo, estes mais de cinquenta mil jovens cristãos vêm dizer à cidade de Lisboa, à Europa e ao Mundo estarem dispostos a lutarem pela Paz, Justiça e Dignidade de toda a pessoa humana, independentemente das suas variadas convicções.

Como Paulo, têm realizado Peregrinações todos os anos a uma cidade da Europa, vindo agora ao nosso País. Os jovens vêm afirmar a sua convicção num mundo outro, onde " o cordeiro convive com o lobo", porque ambos têm lugar na cidade, e para sempre serão solidários.

Este projecto dos frades de Taizé, que reúne protestantes e católicos, é uma demonstração clara que é possível a fraternidade entre os habitantes do planeta, e quiçá do cosmos. A reconciliação das pessoas consigo próprias, de cada uma com a outra e de todos com o mundo criado, é uma realidade nesta peregrinação, bem ao centro de uma cidade virada para os valores da indiferença perante os seus vizinhos.

Dir-se-á que esta realização é uma oração gigante, um grito marcante, a Deus, em Jesus Cristo, o que significa uma opção de vida pelos mais pobres e marginalizados. É que rezar tem uma conotação que aponta para a nossa actuação prática, não fechada à espera que aconteça, mas que faça acontecer. O Espírito do Senhor só actua através de cada um de nós, e irá estar presente, porque feito carne, em cada jovem que vem proclamar ser contra o suicídio da humanidade.

Estamos com esta peregrinação de esperança e fé, e que esta jornada seja marcante para a cidade de Lisboa, para cada participante, e uma proclamação da força que é Jesus de Nazaré, ao serviço de todos.

Joaquim Armindo
Licenciado em Engenharia e Ciências Religiosas
jarmindo@clix.pt
http://www.bemcomum.blogspot.com

Escreve esta coluna no primeiro domingo de cada mês





Com tanta trapalhada, incompetência do ex- Governo, as mentiras de Paulo Portas e a obediência ao chefe (PP) de Santana Lopes, francamente nem me tem apetecido escrever.

O que é, está à vista de todos !

quinta-feira, dezembro 9

PACHECO PEREIRA, NO SEU BLOGUE

CAMPANHA ELEITORAL

Mais uma série de vilas que passam a cidades.

Desde início, toda a história das viaturas blindadas na Bombardier, apresentado num anúncio propagandístico pelo Ministro Portas, me pareceu esquisita.

Qual era a solidez e o grau de concretização do acordo sobre a Bombardier? E quanto é que ele custava (porque desde que o estado esteja disposto a gastar dinheiro, todos os acordos são possíveis, até nacionalizar a empresa)?

Como é que podia ter havido um acordo sem a administração da Bombardier saber de nada?

Afinal parece que não sou só eu que acho tudo muito esquisito, também o Ministro Álvaro Barreto desmentiu que houvesse qualquer acordo. Numa última réstia de vaguíssima esperança, ainda se pensa que não é possível ir-se tão longe. Engano. É até onde for preciso.

quarta-feira, dezembro 8

OUTRO ARTIGO PUBLICADO NO "DESAFIO"

Artigo da minha autoria e de Lurdes Gomes Alves, publicado hoje no Jornal Desafio.

Neste Blogue pode aceder as Jornal, saído hoje.


ESTANTE


10 PALABRAS CLAVE EN TEOLOGIA FEMINISTA

Da Editorial Verbo Divino (Navarra), foi publicado no mês passado mais um livro da sua colecção "10 Palavras", agora sobre a Teologia Feminista, e da autoria de dez teólogas.

Percorrendo os temas de " Experiencia, Proceso, Compromiso, Fiesta, Tradición, Palabra, Identidad, Misterio, Propuesta e Método" este interessante livro aborda aquilo que as autoras entendem por proposta das mulheres e como contributo para a análise da situação da mulher na sociedade e muito particularmente na Igreja.

Todo o livro anda à volta do contributo mais decisivo das mulheres dentro da Igreja e das religiões, na busca por uma espiritualidade das mulheres, que pretendem a transformação correctiva e renovadora, das estruturas patriarcais que se opõem ao projecto de Jesus, como Reino de Deus.

Falando do papel das mulheres espanholas, no seu contexto social, cultural e religioso de crescente indiferença, querem a busca de sentido e de espiritualidade, dentro de um contexto de multiculturalismo e multireligiosidade. Para tal defenden o empenho dos cristãos na defesa de uma cidadania plena para todos os membros, lutando por superar a exclusão exploração daquilo que designam por "estructura piramidal patrikyriarcal".

Com 510 páginas, em formato de bolso, este livro poderá ser adquirido directamente para Editorial Verbo Divino, Avenida de Pamplona, 41 – 31200 Estella (Navarra) Espanha (www.verbodivino.es).





A VERDADEIRA HISTÓRIA DE JESUS

Um livro de extraordinário interesse onde se conta, segundo o autor , E.P. Sanders, a história de "um judeu do século I, que viveu numa parte bastante insignificante do Império Romano", e que da sua leitura se é capaz de perceber com rigor histórico a vida de Jesus, o Cristo, independentemente da Fé.

Com o título original "The Historical Figure of Jesus", que não está totalmente conseguido na tradução para o português, relata a investigação sobre o Jesus histórico, de quem pouco se sabe, de tal maneira que nos conduz ao Cristo da Fé.

A investigação realizada por Sanders é séria, e nos seus dezassete capítulos e dois apêndices desperta no leitor a curiosidade crescente de saber mais sobre este Cristo Ressurecto (e a ressurreição continua a ser mistério, mas firme naquilo em que acreditamos), que há mais de dois mil anos se apresentou como um libertador da mulher e do homem na sua totalidade pelo amor.

Este livro dirigido a crentes e a não crentes vem colocar a investigação bíblica, na senda de "A interpretação Bíblica na Igreja", da Comissão Pontifícia Bíblica, e é sem dúvida um excelente contributo para o conhecimento de Jesus e para que o enigma, como Anselmo Borges refere no livro, entre o Jesus da história e o Cristo da Fé, seja entendível como Jesus Cristo. Afinal, é saber com rigor histórico mais sobre a vida de Jesus Cristo.

O rigor e a honestidade do autor, já saudado por toda a crítica, é bem a sintonia, que este livro editado pela Editorial Notícias, saído em Setembro, já conheça a 3.ª Edição.

Com 364 páginas, de fácil leitura, pode ser adquirido em qualquer livraria.



Ludes Gomes Alves e Joaquim Armindo

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL "DESAFIO"

Artigo da minha autoria e de Lurdes Gomes Alves, publicado hoje no Jornal "Desafio", da Comunidade Paroquial de S. João da Foz


REVELAR A FOZ

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO



No ano de 1646, nas cortes de Lisboa, el-rei D. João IV tomou a Virgem Nossa Senhora da Conceição, por Padroeira de Portugal, "prometendo-lhe em seu nome, e dos seus sucessores, o tributo anual de 50 cruzados de ouro. Ordenou o mesmo soberano que os estudantes na Universidade de Coimbra, antes de tomarem algum grau, jurassem defender a Imaculada Conceição, Mãe de Deus."

"Não foi D. João IV o primeiro monarca português que colocou o reino sob a protecção da Virgem, apenas tornou permanente uma devoção, a que os nossos reis se acolheram algumas vezes em momentos críticos para a Pátria.

D. João I firmava nas portas da capital a inscrição louvando a Virgem, e erigia o convento da Batalha a Nossa Senhora, como o seu esforçado companheiro D. Nuno Alvares Pereira edificava a Santa Maria o Convento do Carmo.

Foi por provisão de 25 de Março do referido ano de 1646 que se mandou tomar por padroeira do reino, Nossa Senhora da Conceição. Comemorando este facto cunharam-se umas medalhas de ouro de 22 quilates, com o peso de 12 oitavas, e outras semelhantes mas de prata, com o peso de uma onça, as quais foram depois admitidas por lei como moedas correntes, as de ouro por 12$000 réis e as de prata por 600 réis. Segundo diz Lopes Fernandes, na sua Memoria das medalhas, consta do registo da Casa da Moeda de Lisboa, liv. 1, pág. 256, v. que António Routier foi mandado vir de França, trazendo um engenho para lavrar as ditas medalhas, as quais se tornaram excessivamente raras, e as que aquele autor numismata viu cunhadas foram as reproduzidas na mesma Casa da Moeda no tempo de D. Pedro II.

A descrição é a seguinte: JOANNES IIII, D. G. PORTUGALIAE ET ALGARBIAE REX – Cruz da ordem de Cristo, e no centro as armas portuguesas. Reverso: TUTELARIS RE­GNI – Imagem de Nossa Senhora da Conceição sobre o globo e a meia lua, com a data de 1648; e, nos lados o sol, o espelho, o horto, a casa de ouro, a fonte selada e arca do santuário."

" O dogma da Imaculada Conceição foi definido pelo papa Pio IX em 8 de Dezembro de 1854, pela bula Ineffabilis. A instituição da ordem militar de Nossa Senhora da Conceição por D. João VI sintetiza o culto que em Portugal sempre teve essa crença antes de ser dogma. Em 8 de Dezembro de 1904 lançou-se em Lisboa solenemente a primeira pedra para um monumento comemorativo do cinquentenário da definição do dogma. Ao acto, a que assistiram suas Majestades, Altezas reais e demais corte, o patriarca e autoridades civis, estiveram também representadas muitas irmandades de Nossa Senhora da Conceição, de Lisboa e do país, sendo a mais antiga a da actual freguesia dos Anjos, que foi instituída em 1589."

Na Paróquia de S. João Baptista da Foz do Douro, também se celebra Nossa Senhora da Conceição, com festividades de piedade popular, na qual se integra uma Missa Solene e Procissão, entre outras festividades mais profanas, na Capela de Nossa Senhora da Conceição, situada na parte alta da Rua Padre Luís Cabral. Esta Capela cujo ano de construção não se conseguiu evidenciar, tinha como padroeiro, isto é, santo a quem se dedica um templo ou uma capela, o Mártir S. Sebastião, também não se sabendo quando e porquê mudou de orago.

A Capela é constituída no seu interior por três altares, no maior e ao centro Nossa Senhora da Conceição, à direita Santa Ana e à esquerda S. Sebastião. Ainda no colateral da direita S. Francisco e no da esquerda a Rainha Santa Isabel. Em tempos idos quem celebrava os festejos era uma confraria.

Conta-se como sendo responsável, acerca do desconhecimento da história desta capela, o carpinteiro Manuel Joaquim Ferreira, que aquando do restauro da capela em 1941, reparou que a parte de trás da imagem de Nossa Senhora de Conceição se deslocava deixando à mostra "um orifício de razoável diâmetro", do qual retirou, juntamente com o senhor António Carvalho - na altura um dos elementos da confraria de Nossa Senhora da Conceição -, vários documentos manuscritos acerca da construção da templo, e que este último os teria guardado no seu cofre particular, acontecendo que depois da sua morte não foram encontrados.
Neste ano de 2004, quando se comemoram os 150 anos do Dogma da Imaculada Conceição, e nesta paróquia também se celebra a festa de 8 de Dezembro, será determinante para todos nós a reflexão sobre o culto prestado a Maria, sob o nome de Imaculada Conceição, e entendermos devidamente o que significam as palavras desta no seu cântico "Magnificat" e disponibilidade do "faça-se em mim segundo a tua vontade", que consubstancia a virgindade proclamada no referido Dogma.

Bibliografia:
S. Oliveira Maia, "Onde o rio acaba e a Foz do Douro começa", edições "O Progresso da Foz" e "Portugal - Dicionário Histórico", Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume V, pág. 122.


Lurdes Gomes Alves
e
Joaquim Armindo

Já é noite, vejamos:

1.- Há coligação PP/PSD ou não ? Não será uma questão de protagonismo ? De querer levar a bandeira ?

2.- É Santana Lopes ou Paulo Portas o Primeiro - Ministro ?

3.- O que terá o Povo Português a vêr com isto ? Confusão no Governo, confusão nos Partidos da maioria !

Boa noite !

terça-feira, dezembro 7

Do Público


segunda-feira, dezembro 6

PACHECO PEREIRA, NO SEU BLOGUE

COLIGAÇÃO E APARELHO DO PSD

As estruturas regionais e locais do PSD sabem muito bem que estão a permitir e caucionar um curso suicidário para o partido, mas, em vésperas de elaboração de listas, não se arriscam a pôr em causa os lugares dos seus dirigentes na Assembleia. Quando começarem a fazer as contas à acomodação, em lugares elegíveis, de catorze deputados do PP, eventualmente um ou dois do PPM, e os provindos dos vários "portugais", o Compromisso, a Missão, o Positivo, então começarão sérios problemas. Estéreis, aliás.

domingo, dezembro 5

ARTIGO A SER PUBLICADO 3.ªFEIRA, NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Na próxima 3.ª Feira irá ser publicado um artigo da minha autoria, no Jornal "O Primeiro de Janeiro", na coluna Moscardeiro, sob o título:




"CULTURA, GÉNESE DE UM POVO"

Bom dia !
1.- Luís Fílipe Menezes, como sempre, deu o dito, por não dito, afinal, pelo menos até esta hora, já é candidato à Câmara de Gaia. Com pessoas como esta até onde irá o PPD/PSD ?
2.- A lisura de Santana Lopes é esta : até revela, em comícios, conversas privadas com o Presidente da República. E é esta pessoa que é candidato a Primeiro - Ministro ?
3.- Lá vai o PSD, que não o PPD, rastejando e pedindo a ajuda dos 3% do Paulinho da Feiras, que nada chegou a cumprir, excepto os submarinos, para lutar contra barcaças que vêm armadas com preservativos. Com dirigentes como os que tem, que governo iriam formar ?

sábado, dezembro 4

O PPD/PSD, está nas mãos do CDS/PP, rasteja a pedir uma coligação. É mau para o País, para o PS, que precisava de uma oposião forte, e não a terá.

É medo das eleições ! Cuidado PS nada de triunfos à primeira, tudo pode acontecer.

Mas que é preciso mudança, lá isso é!

Boa Noite !

21H53

ARTIGOS A SEREM PUBLICADOS

Amanhã no Jornal "O Primeiro de Janeiro", coluna ÁGUA VIVA, será publicado artigo da minha autoria:

"PEREGRINAÇÃO NA CIDADE"

sobre o Encontro Europeu de Jovens, em Lisboa, organizado pela Comunidade Taizé

Na 4.ª. Feira, no DESAFIO, jornal da Comunidade Paroquial da Foz do Douro, e em parceria com Lurdes Gomes Alves, os artigos:

"IMACULADA CONCEIÇÃO"

e duas recensões sobre os livros:

"A verdadeira história de Jesus" e " 100 palavras de Teologia Feminista"

PARTICIPAÇÃO DOS LEITORES

"Há muitos anos a política em Portugal apresenta este singular estado: Doze ou quinze homens sempre os mesmos, alternadamente, possuem o poder, perdem o poder, reconquistam o poder, trocam o poder... O poder não sai duns certos , como uma péla que quatro crianças, aos quatro cantos de uma sala, atiram umas à outras, pelo ar, numa explosão de risadas.
Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no poder, esses homens são, segundo a opinião e os dizeres de todos os outros que lá estão, - os corruptos, os esbanjadores da fazenda, a ruína do país, e outras injúrias pequenas, mais particularmente dirigidas aos seus carácteres e às suas famílias.
Os outros, os que não estão no poder são, segundo a sua própria opinião e os seus jornais - os verdadeiros liberais, os salvadores da causa pública, os amigos do povo, os interesses do país e a pátria.Mas, cousa notável!
Os cinco que estão no poder, fazem tudo o que podem - intrigam, trabalham, para continuar a ser os esbanjadores da fazenda e a ruína do país, durante o maior tempo possível! E os que não estão no poder movem-se. Conspiram, cansam-se para deixar de ser - o mais depressa que puderem - os verdadeiros liberais e os interesses do país!Até que enfim caem os cinco do poder, e os outros - os verdadeiros liberais - entram triunfantemente na designação herdada de esbanjadores da fazenda e ruína do país, e os que caíram do poder, resignam-se cheios de fel e de amargura - a vir ser os verdadeiros liberais e os interesses do país.
Ora como todos os ministros são tirados deste grupo de doze ou quinze indivíduos, não há nenhum deles que não tenha sido por seu turno esbanjador da fazenda e ruína do país...Não há nenhum que não tenha sido demitido ou obrigado a pedir demissão pelas acusações mais graves e pelas votações mais hostis...Não há nenhum que não tenha sido julgado incapaz de dirigir as coisas públicas, - pela imprensa, pela palavra dos oradores, pela acusação da opinião, pela afirmativa constitucional do poder moderador...E todavia serão estes doze ou quinze indivíduos os que continuarão dirigindo o país neste caminho em que ele vai, feliz, coberto de luz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, num choito [trote miúdo e sacudido] triunfante!"

in "Farpas" de Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão -Junho de 1871 -
edição "Principia" de 2004, págs 68 e 69--------

Este texto foi escrito pouco depois da Comuna de Paris mas parece incrivelmente actual. Como é possível que estes escritos sejam quase um decalque da actual situação política nacional, onde PSD e PS alternam no poder?
É simples: a fórmula histórica repete-se para gáudio de uma elite que divide entre si o poder. E para poder manter o povo na ignorância, a disciplina de História é maltratada na escola, os clássicos da nossa literatura são vulgarizados nas aulas de Português sem esquecer a Matemática, que a muitos arrepia pois é uma disciplina que "obriga a pensar".
Pensem:P - O que mudou na política portuguesa em quatro meses?R - Assim, de repente, só me lembro da eleição do novo secretário-geral do PS, o tal que há muito estava apontado para ser o escolhido...P - As instituições democráticas estavam a funcionar?R - Sim.P - Houve algum escândalo político que obrigasse o Presidente da República a dissolver o Parlamento?R - Não.
Ninguém no Governo foi acusado de pedofilia nem sequer a Imprensa, por exemplo, descobriu que uma qualquer alta figura política tentou ocultar, manipular ou conspirar para que isso não viesse a público. Não houve qualquer escândalo económico ou um facto que pudesse ter sido imputado ao primeiro-ministro.
No fim, demitiu-se um ministro que era amigo pessoal... Portanto, foi uma questão pessoal... Perdeu-se um governo por causa de uma desavença pessoal?P - O primeiro-ministro era atacado na Imprensa mas isso provocou qualquer reacção pública, qualquer greve geral a pedir a sua demissão?R - "Sim" à primeira, um redondo "não" à segunda pergunta...P - O governo manipulou a comunicação social?R - Claro que sim, como qualquer governo. Só que, desta vez, os anteriores "esbanjadores da fazenda" tinham o título de "interesses do país" em mais jornais do que os actuais "esbanjadores da pátria"... Ou será que desde que Fernando Gomes, o antigo ministro socialista da Administração Interna foi demitido isso fez com que, automaticamente, tivessem terminado os assaltos a bombas de gasolina?! Terminaram sim, mas apenas dos alinhamentos dos telejornais... Da mesma forma que alguém ingenuamente poderá acreditar que vai ser a partir de agora que Marcelo vai poder falar livremente. Logo ele, que nunca deixou de dizer apenas o que queria dizer mas nunca disse o que se deveria dizer...P - É possível que Santana Lopes tenha "forçado" esta situação para sair como uma vítima e tentar a conquista do poder pelo poder?R - Não descarto essa hipótese.
O futuro nos dirá, mas tudo isto já estava escrito há muito tempo... desde 1871, por exemplo.
In "Para mim tanto faz"

sexta-feira, dezembro 3

REVISTA VANTAGEM +

Acaba de sair mais um número da Revista Vantagem+, de onde destaco um artigo sobre a Responsabilidade Social das Empresas - Norma SA 8000. Aconselhável ler.





quinta-feira, dezembro 2

Noticia piblica no "Noticias de Castelo de Vide" de Novembro de 2004.

JC

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MATARAM O "FEIRA FRANCA"?

«(...) e para mim domingo não era domingo
era a marcha Almadanim!»

In Fonseca, Manuel – Mataram a Tuna


Ao longo de uns curtos anos, cerca de quatrocentos programas, Rui Dias José, cavalgando as ondas da rádio, entrou-nos pela casa dentro. Trazia-nos a "Feira"! Mostrou costumes esquecidos, recuperou afectos transviados, revelou caminhos desconhecidos, construiu amizades... Aos domingos de manhã o Feira Franca enchia-nos a casa de sons autênticos. Mas eles não descansaram, e tal como à Tuna do Zé Jacinto, mataram-na!

Onde estão os domingos amarelos verdes azuis encarnados vibrantes tangidos bandolins fitas violas gritos da heróica[1] Feira Franca?!

Inebriado e inebriando-nos, incansável, Rui Dias José realizou ao longo destes anos "sem rede" (em directo) e ao vivo a partir de "uma qualquer terra de língua portuguesa" o "Feira Franca". Na "Feira" divulgou e promoveu usos e costumes, cultivou afeições e amizades, franqueou culturas. Incomodou! Incomodou fazendo na rádio pública, Serviço Publico.

Foi neste contexto de Serviço Público que a nossa Páscoa de 2003, e antes desse outros eventos, chegou aos quatro cantos do mundo através do "Feira Franca" e de Rui Dias José. Incansável, soube superar com sucesso as dificuldades decorrentes das condições climatéricas, e o programa fez-se e a Páscoa, cartaz turístico por excelência do nosso concelho, chegou mais além. Revelou-se!

Rui Dias José que à mais de vinte anos nos revela o país real, que criou a "festa da rádio", que passeia rostos, musicas e paisagens, que desencantou memórias, artesanato, gastronomia, que descobriu caminhos e desafiou limites, que fez partilhas e confidências, que fez Serviço Público na Radio Publica, corre agora o risco de ser despedido!

É isso mesmo, Rui Dias José enfrenta um processo disciplinar que pode culminar no despedimento.

No fundo querem calar o "Feira Franca". Primeiro empurraram o programa para horas impróprias [Tiveram que recuar - lê-se na página do Grupo de Amigos do Feira Franca - em virtude da mobilização e protesto dos ouvintes dos mais variados sectores da vida portuguesa, em defesa da festa e do direito a que nos contem este país e este povo.] depois transformaram a luta em defesa do "Feira Franca" e do Serviço Público de Rádio em deslealdade para com a RDP.

O Grupo de Amigos do Feira Franca ( http://www.grupos.com.br/grupos/feirafranca/ ) desde a primeira hora que se insurgiu contra o fim do programa e contra as sanções ao seu responsável máximo. Nesse sentido colocou uma petição on-line, pelo que os leitores interessados, os amigos que Rui Dias José fez em Castelo de Vide e todos os que de uma maneira geral entendem que o Serviço Público de Rádio é necessário, bem como todos os que entendem a cultura e a língua como algo a preservar, podem e devem assinar a petição. Para assinar a petição faça uma visita ao site do GAFF ou digite o seguinte endereço: http://www.petitiononline.com/FFranca2/petition.html.
Faça seu o protesto dos Amigos do Feira Franca, contribua para que a cultura não fique enclausurada e possa sair à rua.

Para quem gosta e aprecia este tipo de programas fica o alerta no que confere ao "Lugar ao Sul", fotografias de sons, de Rafael Correia. Outro programa de qualidade na rádio publica, especializado na divulgação dos usos e costumes das gentes do sul - gente da nossa gente enquanto região - por onde já passou o Ti Cartaxinho e a sua flauta, foi recambiado para os sábados de manhã entre as 7 e as 9 horas. A julgar pelo "Feira Franca"... Oxalá esteja enganado mas é um mau pronuncio.

José Carrilho

quarta-feira, dezembro 1

FALOU PAULO PORTAS

O líder do mais pequeno Partido da Assembleia da República, muito próximo do MRPP, e disse:

A partir de agora serei novamente o "Paulinho das Feiras"!

A SITUAÇÃO POLÍTICA, POR VITAL MOREIRA

Do blogue Causa Nossa, a análise de Vital Moreira:

E o orçamento ?

Dizem que a disposição de Belém para deixar aprovar o orçamento e anunciar a sua disposição de o promulgar, adiando por isso o momento da dissolução da AR, tem a ver com o aumento da remuneração dos funcionários públicos, que depende da aprovação do orçamento.
Considero o argumento improcedente. Primeiro, porque a actualização das remunerações sempre poderia ser feita posteriormente pelo novo Governo, com efeitos retroactivos a Janeiro. Segundo e sobretudo, porque nada justifica amarrar o Governo que há-de vir ao orçamento do Governo que se quer mandar embora, entre outras coisas por causa da sua errática e errada política orçamental.
É uma contradição nos termos.
O orçamento é a principal expressão das opções políticas de um Governo. Não é curial impor antecipadamente ao futuro Governo o orçamento do que o precedeu (mesmo que hipoteticamente fosse do mesmo partido, o que é improvável).
Um "orçamento rectificativo" não passa disso mesmo, um remendo em orçamento próprio ou alheio.
Sob pena de oportunismo, julgo que Belém não deve ir por aí.

Portugal acordou hoje ainda não refeito da decisão de irmos a eleições legislativas.

Depois de maratonas na televisão e rádio, chega a dos jornais. Analistas e políticos dizem das suas.

A Alta Autoridade para a Comunicação Social, anuncia que na Televisão do Estado, afinal existiram ingerências sobre a linha editorial, sobre José Rodrigues dos Santos.

Isto é, o que está a dissolver-se, dissolvido está. Vamos vêr as alternativas dos dois maiores Partidos. Vamos vêr o frente a frente no real, que já tinhamos visto na televisão.

E CDS - PP, tenham a coragem, nesta como nas próximas autárquicas, concorrerem sózinhos. Afinal não vem mal ao mundo por sermos minoritários. Olhem, eu sou !