segunda-feira, janeiro 31

Sr. Dr. Santana Lopes, não entre em desespero e tenha calma.

Um conselho: o povo não gosta dos ataques que o Sr. tem desferido contra outros, nomeadamente os sem escrúpulos dirigidos a Sócrates.

Tenha decência !

Hoje nada mais escrevo: faço 29 anos de casado.

domingo, janeiro 30

TERÇA FEIRA NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Na próxima 3.ª Feira será publicado um artigo da minha autoria, na coluna Moscardeiro, do Primeiro de Janeiro:

"O VOTO inÚTIL"

Não tenho intervido muito na campanha eleitoral, mas não posso deixar de considerar:

1.- O Dr. Santana Lopes, quer introduzir a questão da interrupção voluntária da gravidez;

2.- Quer introduzir a questão do casamento dos homosexuais;

3.- Quer introduzir a questão do pagamento ao fisco;

4.- Diz que é por questões éticas e valores morais.

Ó Sr. Dr. estas são as questões que o preocupam ? Não existe mais nada em Portugal ?

Vamos falar também em questões morais. Mas cuidado com os telhados de vidro !

O Dr. Santana Lopes perdeu as estribeiras ! Tenha muito cuidado naquilo e daquilo que quer falar.

Por mim digo-lhe que amanhã faço 29 anos de casado, com a mesma mulher.

E ponto final. Porque vou dormir !

1º Ministro:Espelho meu, espelho meu,há alguém incapaz como eu?
Espelho:Sei que vou deixá-lo triste,mas a verdade é que existe.

1º Ministro:Diz-me, já, espelho horroroso,onde está esse invejoso?
Espelho:Custa-me, até, dizer-lhe isto,mas está em Primeiro-Ministro.

1º Ministro:Grande coisa! Também estou,sem saber como... Calhou!...
Espelho:Mas, segundo toda a gente,ele é muito incompetente.

1º Ministro:Será que têm razão?...Será que achas que não?...
Espelho:Pelo que ouço dizer,já me deixei convencer...

1º Ministro:E o que é que ouves dizer?...Será que posso saber?...
Espelho:Dizem, não sei se é verdade,que nega a realidade...

1º Ministro:Intrigas da oposição,que lhe inveja essa aptidão.
Espelho:Mas se até o Presidenteo achou incompetente...

1º Ministro:Esse é um tri-negador.Adiante, por favor.
Espelho:Mas ele ficou danado e diz que foi maltratado...

1º Ministro:Nem me custa a acreditar. Sei p'lo que estou a passar.
Espelho:Acho que, logo à nascença,sofreu muita malquerença...

1º Ministro:Outra alma sofredorado mal da incubadora...
Espelho:Mas como é que adivinhou?!...Foi mesmo o que se passou!

1º Ministro:Estou a ver... Não tarda nada,vem a primeira facada.
Espelho:E não é que veio, mesmo?Levou facadas a esmo.

1º Ministro:Para ter o enredo inteiro,já só falta o embusteiro.
Espelho:É verdade, veja bem,sofreu um embuste, também.

1º Ministro:Só falta dizeres-me, agora,que não se quer ir embora...
Espelho:Não quer, não, e já labutap'la maioria absoluta.

1º Ministro:Diz-me lá, achas que o povo vai elegê-lo, de novo?
Espelho:Eu bem desejo que não,mas temo a reeleição.

1º Ministro:Ah!... Acaso, já viste bemsobre quem me falas? Heim?!...
Espelho:P'la semelhança de génio,será de um seu irmão gémeo?!...

1º Ministro:E eu lá tenho alguém igual?!...Sou único, em Portugal!
Espelho:Então, se bem entendi,estamos a falar de si.

1º Ministro:Então, se bem entendeste,por certo, te arrependeste.
Espelho:Reflicto o que ouço dizer,sobre o que anda a fazer.

1º Ministro:E não podias mentir?...Só serves para reflectir?...
Espelho:Para, depois, me acusarde que o estava a esfaquear?...

1º Ministro:Bem falas, mas não me iludes.Já te conheço as virtudes.
Espelho:Virtudes?!... Não é comigo.É com o outro seu amigo.

1º Ministro:Quem?... O outro salafrário,que se diz utilitário?...
Espelho:Sim! O Postigos... Janelas...Sei lá!... Portas?... Bambinelas?...

1º Ministro:Só por isso te desculpo- p'las três sugestões de apupo...
Espelho:Então, já não está zangado...Posso ficar descansado?

1º Ministro:Por dois minutos ou três,até que eu mude, outra vez.
Espelho:Então, fiquemos assim.Acho que é melhor p'ra mim.

1º Ministro:Também acho. Então, adeus.Tenho reunião com os meus.
Espelho:Estou dispensado, por agora?...Então, adeus, vou-me embora.

1º Ministro: Vai, sim, antes que algum venhae frente a ti se detenha.
Espelho: E venha determinadoa ser um seu duplicado?...

1º Ministro:Meu duplicado?... Impossível!Sou único! Irrepetível!
Espelho:Que assim seja, hoje e sempre!(baixinho)Para bem de toda a gente!

1º Ministro (pousando o espelho):Obrigado, espelho meu,por veres tão bem, como eu.
Espelho (murmurando entre caixilhos):Reflicto-o, simplesmente.Haja, aqui, alguém coerente!

(do blog da despenteadamental:
http://ideiasemdesalinho.blogs.sapo.pt/

sexta-feira, janeiro 28

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL PRIMEIRA MÃO, EM 21/1/2005

É NECESSÁRIA A MAIORIA


Confesso que ao pensar esta intervenção (medito, sempre antes de iniciar a escrita), dei por mim quase impossibilitado de traçar uma análise que corresponda ao que penso, sobre as próximas eleições legislativas e os comportamentos para a elaboração das listas e dos programas. E de boina na cabeça, por causa do frio deste inverno, pensava nas palavras e no eterno politicamente correcto ou incorrecto. Não que me incomode o segundo, dado que os leitores e, nomeadamente, os meus camaradas de Partido, bem sabem que isso não me faz qualquer mossa: penso, pratico, e acima de tudo amo o bem comum e a verdade, sendo intransigente quando estão em causa os valores e os princípios, que sempre têm regido a minha vida.

E aqui, também confesso, devo esta maneira de ser ao meu pai (felizmente vivo), que sempre os defendeu e ama a liberdade e a democracia, sendo por sua mão que me levava - andava na escola primária - a colar os cartazes do Arlindo Vicente e depois de Humberto Delgado. E quem assim nasce nunca deixa de ser uma pessoa política e civicamente activa.

Por tudo isto, e dada a necessidade de suspender, por alguns meses, a minha actividade de parlamentar na Maia, por circunstâncias pessoais e profissionais, me encontro a um tempo, particularmente constrangido, e noutro sentido por saber da exigência de me manter o mesmo interveniente incómodo.

Não vou falar, porque já o disse, na lógica partidária dos candidatos a deputados e sua enumeração (diga-se, que me sinto honrado pela Paula Cristina, ser da Maia, em lugar ilegível), nem nas mentes iluminadas que aparecem quando cheira a poder e aí fazem as suas análises, às vezes sem perscrutar o sentir do nosso povo; afinal todas estas coisas se disseram já, com pompa e circunstância, nos jornais e mais meios de comunicação, e ficamos entendidos. Mas na necessidade de o próximo governo (creio que chefiado por José Sócrates, embora as surpresas apareçam), embora devendo possuir uma maioria para governar, não a tenha com os ouvidos de mercador que outros o fizeram, e o farão se obtiverem o poder.

A oposição deve ser sempre ouvida, lá também há boa gente, e em matérias essenciais deve existir um consenso alargado, para que a seguir a um governo, não volte tudo ao princípio. Temos e devemos de ser humildes no exercício do poder, porque este corrói e mata, se não tivermos a capacidade e reconhecimento de ouvir activamente; e esta noção quer dizer "ser com", "estar com", governar sem a tentação de ser o Senhor de Tudo, quando ninguém o é.

Portugal atravessa um período difícil, dificílimo para os mais pobres, aqueles que não têm voz, nem vez, por isso há que actuar com serenidade e trabalhar principalmente para estes; é assim que entendo a social-democracia e o socialismo, por isso o sou. E o governo, se for essa a vontade do nosso povo, que seja socialista, não pode deixar de ter tal pensamento como pilar fundamental da sua actuação. O diálogo com as forças da esquerda, o Partido Comunista, o Bloco de Esquerda e outras forças destas áreas deverá ser privilegiado, sem esquecer que milhares dos votantes PSD, são mesmo sociais- democratas, independentemente da sua direcção não o ser.

Não tem o Partido Socialista o condão de possuir toda a verdade, e até ser consequente com a solidariedade e fraternidade que tanto proclama, por isso deverá ser um ouvinte atento de todas as forças, principalmente daqueles que não têm força, para ter forças, e com a humildade, que caracteriza as mulheres e homens de bem, e firmeza ser o Governo dos Portugueses.

Convenhamos que José Sócrates não tem passado incólume nesta pré-campanha, e algumas das posições têm aparecido contraditórias ao cidadão comum; é por isso preciso definir e explicar o que se pretende fazer, qual o projecto, e depois cumpri-lo, para bem da política e da honradez da palavra dada.

Os nossos adversários são-no na medida que vão apresentar ao País, uma outra maneira de quererem sair da situação, agravada por um governo, que nem sequer o foi, de Santana Lopes em conluio com Paulo Portas, e, curiosamente, agora se vê que estas duas forças não estavam assim tão unidas, e que a maioria que proclamavam era mais um pretexto de exercer o poder, para o ter, não para o servir Portugal no seu todo.

Uma maioria é necessária, desde que atenta, que não despreze o outro só porque não ganhou desta vez; por isso ao apelar no voto dos eleitores da Maia no Partido Socialista, como seu militante, me comprometo a ser consciência crítica do governo do meu Partido, se ganhar, esteja em maioria ou minoria.

É o que penso fazer, e disto queria dar testemunho.


Joaquim Armindo
Membro da Comissão Política do PS da Maia
jarmindo@clix.pt
http://bemcomum.blogspot.com

quarta-feira, janeiro 26

DO BLOGUE CAUSA NOSSA

Isto não está a acontecer, pois não?

1 O patrão da CIP (só não lhe podemos chamar o "patrão dos patrões", à francesa, pelas razões portuguesas que se conhecem), Francisco Van Zeller, faz uma declaração surpreendente para os ouvidos ultra-liberais: a taxa do IRC em Portugal não constitui problema de maior para os empresários (é inferior à média europeia) nem constrange o investimento.
2 O presidente da Câmara de Celorico de Basto quer processar o INE pelo facto de o seu concelho aparecer como o mais pobre (em poder de compra) do país.3 Os principais noticiários do nosso rectângulo abrem sucessivas edições com uma história à Orson Welles: a de que o país está a atravessar um vaga anormal, quiçá mortífera, de frio polar.
Inserido por LN 26.1.05

terça-feira, janeiro 25

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL PRIMEIRO DE JANEIRO, EM 18/1/2005

MOSCARDEIRO



MAIA: E O CINEMA ?

Os tempos têm sido difíceis para a cultura nestes três anos de consulado liberal e popular. Vilipendiando todo o trabalho dos governos de António Guterres, a actual maioria desbaratou todo o esforço na construção de um Portugal diferente, mais cosmopolita. Tudo isso se foi perdendo e só as grandes instituições (como Serralves ou o CCB) se mantiveram (apesar das dificuldades) com programações regulares e com alguma vitalidade cultural. Isso ainda foi mais sentido na região do Porto, com uma política diletante, assente na célebre expressão "Quando ouço falar de cultura, puxo da calculadora". Era uma nova forma de fazer política, e de mandar às malvas a cultura.

Contudo, apesar do poder central ter abandonado ou atrasado muita da produção portuguesa, nos últimos tempos, algumas câmaras municipais têm sabido ultrapassar esses problemas e apostado elas próprias em acontecimentos culturais diversos e interessantes. Muita da boa produção portuguesa tem passado, por isso, em muitos locais de Portugal. Este desenvolvimento trouxe, sobretudo, uma nova dinâmica cultural, agora assente em produções locais e equipas novas. Esse movimento foi também ponderoso.

O campo cultural tem sido um objectivo específico da Câmara Municipal da Maia. Principalmente devido ao facto de se pensar a cultura como um eixo fundamental do crescimento das pessoas, embora na actual gestão autárquica se tivesse invertido essa tendência, e colocado os défices no epicentro da sua actividade. E esta práxis não é correcta. De facto, sem uma construção cultural homogénea, nunca teremos concelhos desenvolvidos e conscientes para uma participação cívica activa. A cultura faz parte dessa consciência. Na oferta cultural maiata há um pormenor que tem sido ostracizado frequentemente: o cinema. Apesar das sucessivas intenções não tem havido nenhuma actividade de especial relevo. Alguns pormenores são necessários detalhar.

Vivemos em Portugal um movimento contraditório: há cada vez mais salas de exibição cinematográfica, mas com cada vez menos filmes. Na Maia, por exemplo, há oito dessas salas, mas apenas podemos ver as obras que nos são oferecidas por uma distribuidora. O que falta em termos de diferentes propostas é a diversificação de distribuidoras, logo das cinematografias variadas, quer nas suas origens, quer no seu aspecto temático. Para os habitantes da parte ocidental da Maia, que pretendam obras de outros contextos, é mais simples irem até outros concelhos ver cinema do que na Maia (aonde é longe e complicado ir).

Sim, há falta de diversidade no cinema da Maia, assim como há falta de o trazer para o centro (não deixa de ser irónico que não haja, agora, nenhuma sala de cinema nas imediações da praça central da Maia). Vamos desembocar, finalmente, à questão do cinema Venepor. Foram pensados alguns projectos, mas a sala continua fechada e à espera de espectadores. Era aí que se poderia criar um pólo novo, com um risco novo, para poder mostrar aquilo que não pode ser visto na Maia. Esse tipo de cinema, que se iria suportar nos filmes que podemos ver em Portugal (mas que não chegam à Maia), poderia dar um salto qualitativo e um novo alento à leveza dos filmes que nos são impostos.

Há vários pólos que a Maia foi construindo. Um deles é o Fórum da Maia, onde a maior parte das grandes exposições acontecem, e onde são feitos diversos colóquios, apresentações e seminários. A revitalização do cinema Venepor poderia ser mais um passo para a transformação do centro da Maia no pólo vital de desenvolvimento cultural. Assim, a cidade poderia reclamar uma palavra na exibição cinematográfica (que, apesar dos recentes sinais de revitalização, continua a ser uma panorama pobre na região do Porto) e trazer os circuitos independentes aos olhos dos maiatos.

Os responsáveis autárquicos que continuam preocupados com outras coisas e enredados com o défice camarário, bem poderiam começar a pensar seriamente que a cultura é a centralidade e motor da capacidade realizadora das pessoas. E isso também passa pelo cinema, não é correcto ignorar esta forma poderosa de formar ou deformar as pessoas.

Uma política cultural assente em pilares prospectivos, não pode, nem deve, porque é crime, deixar um cinema – o Venepor – propriedade da Câmara, com uma única função: a de estar fechado, quando a oferta na Maia é pobre. Haveria que ser ousado para vencer inércias e apostar com garra, também neste domínio, no sentido de dar ocupação àquilo que se adquiriu. Ou vamos continuar a ignorar o que temos, e a que não damos ocupação, porque a nossa preocupação não almeja para lá do défice dos euros, e as pessoas só existem quando lhes pedimos o voto?

Quando abres Venepor ?

Joaquim Armindo
Membro da Comissão Política do PS da Maia
jarmindo@clix.pt
http://bemcomum.blogspot.com/

Escreve esta coluna quinzenalmente

segunda-feira, janeiro 24


Poder de compra em Lisboa três vezes superior à média nacional

O concelho de Lisboa tem cerca de três vezes mais poder de compra do que a média do país. O concelho do Porto é o segundo com maior poder de compra, com o dobro do nível nacional, de acordo com dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt


O concelho de Lisboa tem cerca de três vezes mais poder de compra do que a média do país. O concelho do Porto é o segundo com maior poder de compra, com o dobro do nível nacional, de acordo com dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
O valor médio de poder atribuído foi de 100, o que compara com 277,93 em Lisboa, 198,48 no concelho do Porto e 180,97 em Oeiras. O INE destaca o facto de, entre os 308 concelhos, 27 ultrapassarem a média, onde «a quase totalidade possui centros urbanos com mais de 10 mil habitantes, confirmando assim a relação entre o grau de urbanização e poder de compra».
Os concelhos de Lisboa e Porto concentram quase 20% do poder de compra nacional. Celorico de Basto e Sernancelhe são os concelhos cujo poder de compra é menor com 41,77 e 42,07, respectivamente.
Assimetrias Litoral-Interior e Urbano-Rural
A análise do indicador do poder de compra «per capita» confirma a ideia de que o país apresenta dois grandes níveis de assimetria. Primeiro, a mais tradicional oposição litoral-interior, com o litoral a apresentar níveis mais elevados de poder de compra.
Segundo, uma dualidade que se torna cada vez mais relevante na leitura territorial do país e que opõe, com maiores níveis de poder de compra, os concelhos mais urbanos - sobretudo os integrados em áreas metropolitanas e as cidades médias do interior (lideradas pelas capitais de distrito) - aos concelhos mais rurais e periféricos, segundo o INE.
Por regiões, Lisboa detém sozinha cerca de 39% do total nacional do poder de compra. O Norte aproxima-se dos 30% enquanto o Centro fica aquém dos 18%. Com contributos mais modestos, surgem o Alentejo com 5,7%, e o Algarve que se fica pelos 4,1%. As Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, por sua vez, não atingem os 2% cada uma delas, de acordo com a mesma fonte.
Metade do poder de compra nacional é abarcado por 17 concelhos, ou 6% do total, enquanto a restante metade está distribuído pelos restantes 291 concelhos.
Outro indicador estudado pelo INE é o Factor Dinamismo Relativo que mede a tendência que subsiste, em termos sobretudo de dinâmica comercial. Os valores mais elevados surgem nos concelhos com grande afluência turística, nomeadamente Albufeira, com um valor nove vezes superior ao desvio–padrão da distribuição.
Os valores mais baixos encontram-se nos grandes centros urbanos, destacando-se a área Metropolitana de Lisboa bem como Porto.

BASES PROGRAMÁTICAS DO PS

Aqui deixo a síntese das Bases Programáticas do Partido Socialista, para as elições legislativas.


http://www.ps.pt/bp/main.php

domingo, janeiro 23

NO ÚLTIMO DIA DE PAULA REGO, EM SERRALVES





MAIS DE 150 000 VIRAM PAULA REGO, EM SERRALVES




sábado, janeiro 22

DIGO EU

Ouvi hoje a entrevista que o Primeiro - Ministro que se demitiu, concedeu:

Conclusão: é uma vítima.

Não sabe de nada, foi apunhalado, nunca teve apoios, é um herói !

Os maus são os outros, todos os outros. Ele, coitado, viu-se sempre a concorrer sem apoios e sózinho. Ganhou pelo seu mérito, e quase sempre a meio desistiu.

Tenho uma peninha dele, que até chorei, e fiquei a pensar:

Durante estes meses últimos Santana Lopes não foi o Primeiro - Ministro Português ? Ou foi outro ?

E OUTRO LEITOR RESPONDE

De facto um 'tiro no pé' deve ser doloroso em termos físicos. Esses tiros quando de intervenção cívica e/ou políticos, apenas provocam dores de mágoa, de angústia, mas são tranquilizantes de um Cidadão de corpo inteiro e mente sã, como me parece ser o caso do Sr Joaquim Armindo! Piores, são os tiros que sob a capa do anonimato, quiçá por vingança e cobardia são disparados não só contra o indivíduo, mas contra seus bens e indirectamente seus familiares.

DISSE UM LEITOR

Sempre agradeço que os leitores se pronunciem sobre o blogue, aquilo que aqui vou escrevendo, e sinto-me bem quando isso acontece, mesmo contra as minhas opiniões. Aqui vai um dos comentários:
Com todo o respeito que o Sr.Joaquim Armindo me possa merecer, ocorre-me informá-lo de que V/Exa dispara em tantas direcções (?!) que qualquer dia ainda acerta um tiro no próprio pé!
O leitor que me deve conhecer, e que está identificado sob um pseudónimo, (nada tenho contra isso) acerta em cheio. Eu já acertei em mim, não no pé, mas bem em cheio no peito.
Veja as cartas anónimas, o meu carro carbonizado ( o Tribunal da Maia, embora reconhecendo indícios, arquivou o caso dado terem passado 6 meses).
Disparo em todas as direcções, mas não em todos os sentidos, o que é diferente. No sentido das minhas convicções, princípios e valores, não disparo; tento humildemente segui-los.
Por isso já perdi muito, mas sinto-me bem assim. Durmo bem, com a consciência perfeitamente tranquila e sem esquemas.
Obrigado amigo, pela sua intervenção!

sexta-feira, janeiro 21

CONTINUO COM PAULA REGO


DOS LEITORES

tão certo de não vencer as eleições dia 20 Fevereiro que até (citando):



Apresentação do programa do PSD para a próxima legislatura

Santana Lopes promete não aumentar impostos nos próximos quatro anos (21/01 17:33)

O PSD promete não agravar a carga fiscal directa e indirecta sobre os portugueses nos quatro anos da próxima legislatura, assegurou hoje o presidente do partido, Pedro Santana Lopes, na apresentação do programa do partido.


quinta-feira, janeiro 20

Estou a seguir o caminho de propaganda das Eleições Legislativas, e :

1.- Por mais esforço que faça não consigo compreender o Governo de Gestão e que se demitiu; raia o ridiculo. Ainda não se aperceberam ?

2.- Também não consigo compreender algumas das posições do meu camarada José Sócrates!

3.- Ainda menos consigo compreender o acordo PS/PSD da Maia, para que as fotocópias, envio de envelopes do SMAS, de promoção pessoal de Jorge Catarino, feito por este, delapidando os fundos do SMAS/Maia , fique impune!



4.- E muito menos compreendo que o Ministério Público da Maia, não esteja atento e não dê andamento ao assunto.

TEREI FALTA DE INTELIGÊNCIA ? SEREI BURRO?


quarta-feira, janeiro 19

DE UM LEITOR ANÓNIMO

Caro Bloger

Não digas que foi EÇA que escreveu. Isto é real.

Faz um mail, daqueles que os CTT mandam para os Empreiteiros pagar, e manda 200000 de impressos para os Portugueses votantes.

A 20 de Fevereiro apostamos no resultado?

Gostei do que li.

SEXTA - FEIRA NO PRIMEIRA MÃO

Na próxima sexta-feira, no Jornal Primeira Mão, da Maia, será publicado um artigo da minha autoria:


"É NECESSÁRIA A MAIORIA"

onde se reflete sobre a necessidade de uma maioria do PS, nas próximas eleições, e a necessidade deste Partido ser tolerante, humilde e firme.

terça-feira, janeiro 18

ÚLTIMA SEMANA DE PAULA REGO, EM SERRALVES


Parece escrito em 2005

"O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos,
as consciências em debandada,
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão
e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"

Eça de Queirós, 1871

segunda-feira, janeiro 17

AMANHÃ NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Amanhã no Jornal O Primeiro de Janeiro, na coluna MOSCARDEIRO, será publicado um artigo da minha autoria:


"MAIA: E O CINEMA ?"


onde é analisado o problema cultural do país, e o estado do cinema na Maia.


Primeiro era a dissolução da Assembleia de República, depois o Governo demitiu-se, passou a ser gestão,

AGORA

É UM GOVERNO A TEMPO INTEIRO, QUE MISTURA GOVERNO COM PARTIDOS, AINDA POR CIMA ATACANDO-SE.

ONDE ESTÁ A DECÊNCIA ?

NISTO DEVIAM TER APRENDIDO COM ANTÓNIO GUTERRES.

domingo, janeiro 16

Sejamos concretos:

Por tudo que hoje ouvimos e lêmos, pode o Dr. Santana Lopes e o Dr. Paulo Portas, fazerem parte dum mesmo governo ?

Poderemos ter a desgraça de sermos governados por uma personagem, como o Dr. Santana Lopes ?

Está tudo dito, nestes últimos dias.

Contra o vento e a maré das mulheres e os homens de Portugal, Santana Lopes não pode governar, e é pena, porque nem ele se apercebe disso.

Do outro, pode continuar a dizer EU FICO !, deputado será certamente, e também para onde haveria de ir ?


sábado, janeiro 15

COLABORAÇÃO DOS LEITORES

Novo vocábulo no léxico português


Santanice - acto ou acção de alguém que acaba sempre por prejudicar outro alguém e ser
também ele prejudicado com esse acto ou acção, sem ter consciência disso. Forma de agir
inopinada e irresponsável que prejudica toda a gente envolvida directa ou indirectamente
na acção, sem que o autor tenha uma consciência absoluta dos consequências dessa acção

- fez-lhe uma santanice
- acabou por se santanizar
- se disse isso vai ser santanizado

< > estupidez, parvoíce, inexperiência, irresponsabilidade de grande dimensão

e/ou

< > efeito negativo de algo dito ou feito por um inconsciente com poder para o fazer

sexta-feira, janeiro 14


Grupo de Amigos do Programa FEIRA FRANCA

Feira Franca:mesmo depois de morto...

Luís Marinho, director de informação da RTP, disse, ontem, durante a apresentação aos jornalistas de Passeio Público, que este constitui «um marco, na nova linha de programação da Antena 1» - Diário de Notícias (7/1/2005)
O responsável, (...) garantiu que Passeio Público contará com emissões «viradas para a frente, viradas para o futuro» - Diário de Notícias (7/1/2005)
Confrontado com eventuais semelhanças entre o novo programa e o Feira Franca, suspenso em Julho do ano passado, Luís Marinho disse que (...) as "comparações com outros programas" são sempre "inevitáveis" - Público de 7/1/2005
Passeio Público’ vem assim substituir ‘Feira Franca’, entretanto extinto, dando continuidade a um estilo de programa que se pretende mais moderno e virado para um público urbano - Correio da Manhã (7/1/2005)
Este programa semanal (...) é dedicado às tradições regionais e aos valores dos concelhos de Portugal - Diário Digital (07/01/2005)O Passeio Público (...) ocupa o lugar deixado vago pelo fim do Feira Franca - Público de 9/1/2005

Depois de tudo isto, a única referência ao tal "novo" programa está em http://ovar.info/:

Usaram Ovar!

Segunda, 10 de Janeiro de 2005

Com grandes parangonas de informação nacional a Antena 1 anunciou para Ovar o arranque do programa “Passeio Público”, que vem substituir o saudoso Feira Franca, mandado suspender em Julho.
Não houve “passeio”, nem “público”. Ovar não teve culpa, mas serviu de cobertura para mais uma operação de emprego de uma amiga do Santana.
À pressa, porque as eleições vêm aí, o PSD está preocupado e até ao lavar dos cestos é vindima.Sou um dos (mais de mil) que assinaram abaixo assinado contra o fim de um programa da Antena 1 que sabia fazer a festa e conhecia as cores da nossa terra. Aí se protestava também contra a intenção de despedir o responsável pelo programa (Rui Dias José) que vi numa transmissão aqui ao pé (em Estarreja no palco grande das Festas daquele concelho).E fui um dos poucos que passaram ontem de manhã pelo Largo do Tribunal. Não tem nada a ver, falta a alegria de amar as nossas coisas, falta força, falta verdade.É tudo “faz de conta”! Mas a senhora já tem emprego e do Rui Dias José não se sabe(...)Triste é usarem gente de Ovar, grupos de Ovar e terra de Ovar para uma vergonha destas.RaimundoAPinto

De todas as bandas, de todos os lugares, vozes em defesa do Feira Franca. Esta veio do Barroso:

Cada Domingo, vá a missa, mas não perca aFeira Franca...António Lourenço FontesPadre, estudioso da cultura do Barroso, animador cultural, criador dos Congressos de Medicina Popular

FEIRAFRANCA400 ProgramasQuase 10 anosde estrada..
.
O Feira Franca é um dos melhores programas da rádio nacional. Quem goste de Portugal, das aldeias, dos seus costumes, tradições, encontra em Rui Dias José um guia de qualidade. Participei já em 4 deles e foram eles que deram grande impulso às terras e valores que difundimos: o fumeiro e vitela de Barroso e o congresso de Vilar de Perdizes. E porque são programas de muito esforço, saber e dom de reunir e dar voz ao povo, são raros e caros. A riqueza de uma grelha radiofónica não se mede pelos anúncios, programas feitos de futebol, ou noticiários repetidos, copiados de papel, mas sim pela descoberta do país real, do mais recôndito, ignoto, variado. É preciso correr montes e vales, feiras e festas, na procura da pessoa certa, sábia, de memória viva e gosto arreigado à fala, à crença. à arte, à vida rural. Quanta alegria e saudade ao ouvir vozes e anseios dos povos! E o emigrante, que apenas tem na rádio a companhia do trabalho para reviver a sua terra!Calar estas vozes é a ditadura da mentira, do mais forte.

Cada Domingo, vá a missa, mas não perca a Feira Franca de Rui Dias José, esteja em Vilar de Perdizes, Serpa,ou na aldeia mais perdida e pequenina do país.

quinta-feira, janeiro 13

COLABORAÇÃO DOS LEITORES

O Dr. Bagão quer pôr as pessoas a reformarem-se com 65 anos mas, pelo sim pelo não, passou à situação de REFORMA em 01-07-2004 com apenas 56 (cinquenta e seis) aninhos.


É um escândalo.

quarta-feira, janeiro 12

INTERVENÇÃO DOS LEITORES -

Nau Catrineta

Lá vem a Nau Catrineta
Que tem muito que contar
São Paulo Portas à Proa
Santanás a comandar
Ouvi agora senhores
uma história de pasmar
D. Bagão conta o pilim
D. Morais trata das velas
D. Guedes limpa com VIM
tachos pratos e panelas
D. Pereira na enfermaria
conta pensos e emplastros
E o D. António Mexia põe
vaselina nos mastros
Andava a nau bolinando
Tejo abaixo sem destino
D. Santanás besuntando
seu ralo cabelo fino
D. Portas mudo e calado
olhos fixos no além
espera nervoso e sentado
por notícias de Belém

E eis que então de repente
sol a pino, era meio-dia,
D. Santanás pára o pente
e berra para o vigia
Sobe à gávea meu marujo
sei que a borrasca me aguarda
e como à sina não fujo
então que venha a bernarda
Vê se topas de luneta
quem me quer fazer a cama
além desse El-Rei da treta
os autores de toda a trama
embora p'ra ser sincero
eu já os conheça bem
desde o Mendes ao Marcelo
e ao candidato a Belém
E ainda a Manuela
e o filho de uma rameira
que deitava p'la janela
o DVD do Vieira
foram muitos os traidores
devia ter estado a pau
malditos conspiradores
contra o comando da Nau
Da parte que toca a nós
sempre vos fomos leais
nunca criámos torós
borrascas ou temporais
Digo eu, D. Paulo Portas
e é a verdade acabada
se as coisas sairam tortas
foi a laranja a culpada
Cale-se lá um bocado
que isso é conversa fiada
Marujo: estás tão calado
ainda não viste nada?
Meu Capitão, vejo sim
vejo El-Rei muito animado
com os homens do pilim
e D. Soares a seu lado
e também o D. Aníbal
e ainda o Cardeal
perguntando se é possível
fazerem-lhe o funeral
A si e a D. Paulinho
e à tralha que vos seguiu
vão mandar-vos de fininho
p'rá p... piiiiiiiiiiiiiiiiiiuuuuuuuu!!!
dizem que estão liquidados
e que a partir desta altura
estão mortos e enterrados
bem fundo na sepultura
Ah,ah,ah! deixa-me rir
bem enterrado uma ova
pois saibam que hão-de assistir
ao morto a sair da cova
Digo-vos eu Santanás
as vezes que for preciso
que ainda hei-de voltar
p'ra vos chagar o juízo

(e das profundezas do rio, ouve-se, em epílogo:
VADE RETRO SANTANÁS !!!...)

terça-feira, janeiro 11

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO, EM 4/1/2004

MOSCARDEIRO


UM FUTURO DE PAZ


A Paz não é só a ausência da guerra, diz-se, e com razão. Porque a Paz substantiva-se na Justiça e, mais que na solidariedade, na fraternidade entre os homens e as mulheres que constituem este Planeta Azul. É o encontro de todos os homens de boa vontade, na prossecução do Bem – Comum.

Um dos mais importantes acontecimentos na (re)construção da Paz aconteceu em Lisboa, por iniciativa da dinâmica Comunidade Taizé (França), que reúne monges de várias latitudes e designações cristãs, e onde mais de quarenta mil jovens se comprometeram na luta pela Paz. Na proclamação final deste encontro, os participantes consideraram que "inúmeros são aqueles que aspiram hoje a um futuro de paz, a uma humanidade livre das sombras da violência. Se há quem, tomado pela inquietação face a um tempo incerto, se quede ainda imobilizado, há também, por todo o mundo, jovens cheios de vigor e de criatividade".

E continuando, afirmam os jovens participantes, que tomaram por sua a Carta Taizé deste ano, "não se deixam arrastar por uma espiral de melancolia" e "estão conscientes disto: o que pode paralisar o ser humano é o cepticismo ou o desânimo. Assim, procuram com toda a sua alma, preparar um futuro de paz e não de infelicidade. Mais até do que supõem, eles conseguem já fazer de suas vidas uma luz que ilumina tudo à sua volta".

Este encontro, que infelizmente não teve a cobertura merecida por parte da comunicação social portuguesa, foi um sinal de que "a paz e a confiança" são levadas "aonde existem perturbações e antagonismos e perseveram quando as contrariedades e as provocações pesam sobre os seus ombros (dos participantes)". Significa que "simplificar a vida permite partilhar com os mais carenciados, de forma a aliviar a dor, onde quer que exista doença, pobreza, fome…", e reconhecendo ser verdade que "ao longo da história, os cristãos conheceram múltiplos abalos: surgiram separações entre os que, afinal, se referiam ao mesmo Deus de amor", completam afirmando que "restabelecer a comunhão é hoje urgente, não se pode adiar permanentemente até ao fim dos tempos".

Ao mesmo tempo que estas lúcidas palavras eram proferidas, contavam-se as centenas de milhares de mortos, feridos e desalojados no Sudoeste Asiático. Toda a Comunidade Internacional se mobiliza (os Estados Unidos empurrados, numa primeira ajuda "ofereciam" um décimo do que gastam por dia na Guerra do Iraque!) para acorrer à catástrofe "natural".

Curiosos estes dois acontecimentos, que me levaram a reflectir sobre a Paz que as mulheres e os homens têm neste Planeta, chamado Terra. Quantas bombas atómicas são ensaiadas nos desertos e oceanos, quando os mesmos que as lançam são os que colocam as bandeiras a meia haste ? Quantas feridas causamos ao Planeta e depois choramos as consequências dos nossos actos? Quantas florestas dizimadas? Quanta morte infligimos, com a resistência ao cumprimento do Protocolo de Quioto? E poderíamos continuar, porque afinal as catástrofes "naturais" são da nossa responsabilidade, porque não estamos em Paz com a Natureza.

A ganância de uns poucos, que dominam o mundo, contrapõe-se à luta que aqueles milhares de jovens em Lisboa, e muitos milhões no mundo, encetam. Fazedores da Paz, na reconciliação ecuménica, que também é urgente com a Criação. E nós somos, também, concriadores, temos imensas responsabilidades !

E agora, aterremos na Maia e pensemos no desordenamento territorial, nas machadadas que infligimos à Paz com a Criação, nos nossos rios e ribeiras, nos lençóis freáticos contaminados, nas construções desenfreadas, nas manchas verdes substituídas por zonas industriais descontroladas, no arranque das árvores, nos resíduos e seu tratamento, nos planeamentos estratégicos sem rumo, no ateísmo e indiferença das populações, que não ousam o protesto legítimo e desobediência cívica contra a morte que os vários poderes, também os políticos, levam a estas Terras do Lidador.

Encontro de Lisboa e a Morte no Sudoeste Asiático, mais que uma reflexão impelem-nos à acção, neste microcosmos que é a Maia, inserida na Área Metropolitana do Porto e como cidadãos e cidadãs de corpo inteiro, não vamos deixar que os responsáveis político-económicos que ‘tratam’ das nossas vidas coloquem as "centrais de interesses" à frente da vida humana. Participar activamente é a palavra de ordem, para que se não chore depois, com lágrimas de crocodilo.

Joaquim Armindo
Deputado Municipal do PS
jarmindo@clix.pt
www.bemcomum.blogspot.com

Escreve quinzenalmente esta coluna

AS ELEIÇÕES ANTECIPADAS

1.- Diz o cartaz que Santana Lopes colocou com a sua foto de "play", que contra ventos e marés, estará contra tudo. Pois bem é que os ventos e marés, são precisamente o Povo Português, e ele tem razão está contra esse povo.
2.- Ainda falando no Terceiro Lidador da Maia, Sua Excelência o Excelentíssimo Senhor Dr. Jorge Catarino. O acordo que fez com o PPD/PSD, foi ficar calado quando a Câmara mandou retirar os cartazes do Partido, e ele na infantilidade que lhe é conhecida, usou dos envelopes dos Serviços Municipalizados, tirou centenas de fotocópias para uso de promoção pessoal, à custa dos contribuintes. Meta-me em tribunal homem, se isto não é verdade.
Estou farto disto, da falta de ética, de verdade, de não existirem políticos, que façam política !
Sr. Presidente da Câmara, tem que levar o inquérito até ao fim. Exigem-nos as maiatas e os maiatos. Posso ser ameaçado, podem carbonizar-me o automóvel, como já o fizeram; pela Verdade não me calam.

segunda-feira, janeiro 10

UM











DO BLOGUE ABRUPTO - PACHECO PEREIRA

Pacheco Pereira, no seu blogue colocou um interessante seemão do Padre António Vieira, sobre a Nossa Senhora do Ó, que aqui deixo.
GRANDES NOMES: NOSSA SENHORA DO Ó / APRENDENDO COM O PADRE ANTÓNIO VIEIRA SOBRE O CÍRCULO DO ÚTERO VIRGINAL
Nossa Senhora representada na "expectação", grávida. Nalgumas imagens populares portuguesas, Nossa Senhora é apresentada grávida e com o Menino ao colo. O Padre António Viera proferiu em 1640 o Sermão de Nossa Senhora do Ó:
"Já o dito até aqui bastava para que eu desse por desempenhada a promessa de que o círculo do útero virginal foi um O que compreendeu dentro em si o imenso.
Mas será bem que o mesmo imenso o diga, resumindo também a um O a sua imensidade. Apareceu Cristo, Senhor nosso, ao evangelista S. João na primeira visão do seu Apocalipse, e disse-lhe: Ego sum alpha et omega, principium et finis (Apc. 1,8): Eu sou o Alfa e o Ômega, porque sou o princípio e o fim de tudo: o princípio, enquanto Criador do mundo, e o fim, enquanto reparador dele.
Alfa e Ômega são a primeira e última letra do alfabeto grego, o qual começa em A e acaba em O. E esta foi a razão e o mistério porque, sendo Cristo hebreu e S. João também hebreu, não lhe falou o Senhor em hebraico, senão em grego, porque o alfabeto grego acaba em O, e o hebraico não. O alfabeto hebraico também começa em A, que é o seu aleph; e para significar, na primeira letra, as obras da criação, enquanto Cristo é princípio, tanto servia o alfabeto hebraico como o grego. Porém o Senhor usou do grego, sendo estranho, e deixou o hebraico, sendo natural e da própria língua, porque, para significar na última letra o mistério da reparação, enquanto o mesmo Cristo é fim, só o O tinha propriedade e semelhança. E esta semelhança, em que consiste?
Consiste em que a figura do O é circular, e assim como o O é um círculo, assim o mistério da Encarnação foi outro círculo: Deus humanatus dicitur esse circulus, ut circumferentia dicatur humanitas, centrum autem divinitas. O mistério da Encarnação do Verbo — diz S. Boa-ventura — foi um círculo porque, vestindo-se Deus de nossa carne, a humanidade de Cristo cercou e encerrou em si a divindade. E por este modo inefável ficou sendo a mesma divindade o centro, e a humanidade a circunferência.
Sendo, pois, o mistério da Encarnação, que foi o fim e última perfeição de todas as obras de Deus, este perfeitíssimo círculo, por isso Cristo disse a S. João que, assim como ele, enquanto primeiro princípio, é a primeira letra, A, assim, enquanto último fim, é a última letra, O: Ego sum Alpha et Omega."

domingo, janeiro 9

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL O PRIMEIRO DE JANEIRO

Artigo da minha autoria, publicado no Primeiro de Janeiro de 2 de Janeiro de 2004.

ÁGUA VIVA




A MINHA PAZ VOS DEIXO




Jesus, que muitos anos mais tarde seria conhecido pelo Cristo, ao bando dos seus seguidores, quis deixar a Paz, no momento em que perseguido pelos guardiões a soldo dos centuriões, com a bênção da igreja de então, afirma: "A minha Paz vos deixo, a minha Paz vos dou, não como o mundo a dá". Este "mundo" era a ferocidade com que eram tratados os mais pobres, cativos e prisioneiros, muitos só porque lutavam pela sua liberdade.

Jesus também era foragido, seus pais, da casta mais pobre existente à época, e Maria no seu cântico de disponibilidade para ser a serva do Senhor, traduziu a oração daqueles que nada tinham, o que constituía uma ofensa grave ao poder instituído, na revolta mais dinâmica e no chamamento à construção da Paz; isto era um grave desafio a todos os políticos e religiosos, que esmagavam o povo.

Hoje, como naquele tempo, a Paz de Jesus é um desafio permanente a quem conserva o poder manipulador material das consciências; e mais, as quer bem afastadas de serem fazedoras da fraternidade entre os povos e as nações. Os políticos de hoje não querem quem intervenha, mas sim quem seja indiferente, é o "deixa andar"; o que se vem manifestando agora em Portugal, muito em particular.

Num tempo de desnorte político completo, em que a primazia vai para o "sucesso" e o economicismo, falar na Paz de Jesus é certamente ser subversivo, desinstalado, incompreendido e pertencer a bandos do "politicamente incorrecto"; por isso, será obra de tolos, mas intervenientes nos processos que hão-de conduzir a uma Nova Ordem Mundial, como sempre referiu a sempre presente Pintasilgo.

O papel do cristão, neste momento em Portugal, é intervir, onde estiver, nas eleições que se vão realizar, e fazê-lo por si e em nome da Paz de Jesus, denunciar o que for necessário, sendo actor decisivo para o Bem Comum.

Não se admitem deserções, nem inactividade; se o fizermos não estaremos a ser dignos do nome de cristãos.

Joaquim Armindo
Licenciado em Engenharia e em Ciências Religiosas
jarmindo@clix.pt
www.bemcomum.blogsport.com
Escreve esta coluna ao primeiro domingo do mês

sábado, janeiro 8

AS LISTAS A DEPUTADOS, OS MÉTODOS E A MAIA

1.- LISTA DO BE
Segredo, não se sabe como são elaboradas. Da Maia não existem representantes.
2.- LISTA DA CDU/PCP
Segredo. Da Maia, ao que se saiba ninguém.
3.- LISTA DO CDS/PP
Segredo e caluda. Da Maia, o Paulinho das Feiras e Mentiroso relativo aos Combatentes, trata de tudo.
4.- LISTA DO PPD/PSD
Baralhada, mentira e a vítima tentará salvar a face. Da Maia, um que já era deputado, foi colocado em lugar não elegível, e abandonou; outro, da JSD, em lugar não elegível, aceitou, pode ser que daqui a 4 anos esteja em lugar que lhe permita a reforma.
5.- LISTA DO PS
Francisco Assis não cumpriu, as primárias para as calendas, e eu que pensava candidatar-me às primárias...
Os cérebros escolheram, eu não cérebro; não há cartazes para colar, senão tinha lugar nas coladelas.
Paula Cristina Duarte (da minha Secção) e de quem sou amigo (ainda me lembra que da primeira lista que fez parte, coloquei o seu nome na Secção, tendo sido aprovado), está em lugar elegível (15.º). A Dr.ª Paula Cristina foi apoiante de Narciso Miranda e José Sócrates.
Miguel Ângelo Rodrigues, em lugar não elegível (37.º), apoiante de Francisco Assis e José Sócrates.
Paula Cristina, deixou o cargo de líder do Grupo Parlamentar do PS, na AM da Maia, na anterior legislatura, dado que Sua Excelência, Ex.mo Senhor Dr. Jorge Catarino (o cérebro mais brilhante da Maia, talvez o terceiro Lidador!) queria mandar em tudo, foi descortez (o normal) e violento no prosseguimento da destruição do PS/Maia.
Miguel Ângelo Rodrigues, actual Vereador na CMMaia, apoiou, Sua Excelência, Ex.mo Senhor Dr. Jorge Catarino (a vítima, por ser o cérebro mais brilhante da Maia, e logo o terceiro Lidador).
Ficam de fora a jovem Sandra Lameiras (apoiante de Narciso e José Sócrates), que foi vetada por Sua Excelência, para a Comissão Nacional do Partido (mas não é vítima), Marco Martins, apoiante de Narciso e Sócrates, Presidente da JS/Maia e único candidato à JS/Porto, que tem feito um trabalho notável na Maia.
Daqueles que apoiaram Manuel Alegre nem se falou, mesmo que tivessem apoiado Narciso Miranda.
As bases, emesmo os dirigentes da Maia, nicles, bastou Sua Excelência.
Tenho agora de ir trabalhar.

sexta-feira, janeiro 7

COLABORAÇÃO DOS LEITORES

Acho que esta é mesmo verdade!!!



Pensamento do dia:



Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso verificamos a quantidade.. e na desgraça a qualidade."

quinta-feira, janeiro 6

DO CAUSA NOSSA - VITAL MOREIRA

Uma Universidade em cada vale


O ainda primeiro-ministro anunciou "in loco", como convinha à finalidade eleitoralista do evento, a criação da Universidade do Vale do Sousa (por transformação de um instituto de ciências da saúde privado).
O facto de tal decisão não caber na competência de um "governo de gestão" é obviamente uma objecção que só pode ser levantada por mesquinhos espíritos legalistas, que não querem ver o alto desígnio do governo da Nação.É aliás uma decisão justíssima. Parece que este Governo ainda não tinha criado nenhuma universidade. Era uma lacuna imperdoável.
Em Portugal nenhum Governo digno desse nome poderá ficar na história sem ter criado pelo menos uma nova universidade (e uma nova ordem profissional, pois claro). Se Durão Barroso criou a Universidade de Viseu, Santana cria a do Vale do Sousa, que não tem direito a menos. Ainda por cima, trata-se de uma Universidade privada, que nem sequer custa milhões ao orçamento público, como a de Durão.Doravante aliás fica aberto o caminho para mais "universidades fluviais". Assim, os próximos anos deverão assistir à criação das universidades do vale do Minho (com sede em Monção), do vale do Lima (Ponde de Lima), do vale do Homem (Terras de Bouro) e assim por diante, até à Universidade do vale do Guadiana (Alcoutim).
Desse modo, Portugal ficará à frente num critério decisivo para a classificação do "desenvolvimento humano" dos países, a saber, o número de universidades per capita. A velha aspiração da democratização da universidade ficará definitivamente realizada entre nós. Honra ao Governo que assim eleva bem alto a bandeira da disseminação universal da formação superior em Portugal!

AS CONSTITUIÇÕES DAS LISTAS A DEPUTADOS

Hoje fiquei a saber quais os candidatos a Deputados, do meu Partido, pela Comunicação Social, e os arranjos feitos.

As bases, os militantes como eu, esses não foram ouvidos, mesmo que pertençam a Comissões Políticas.

E é assim. Para a campanha certamente que terei que trabalhar, pelos superiores interesses do Meu Partido e do Meu País.

Não vamos a lado nenhum, meus amigos, com estes procedimentos.

Vou dormir, até amanhã !

quarta-feira, janeiro 5

AS VÍTIMAS E A NOMEAÇÃO

1.- Santana Lopes é uma vítima. Não o nosso povo, mas o primeiro-ministro. Vejam só os ataques que ele próprio, fez a ele próprio.
2.- Santana Lopes é uma vítima : acaba de nomear o Presidente da ex-Estradas de Portugal, está em gestão, mas nomeia como se fosse um primeiro-ministro, que não se demitiu !
3.- Mas na Maia temos outra vítima: Sua Excelência Dr. Jorge Catarino. Ainda não o vi em lugar elegível como deputado...será que está à espera de ser Ministro da Saúde ? Pelo menos deixava a Maia em paz !!

DO BLOGUE CAUSA NOSSA - VITAL MOREIRA

Rosa azul


O "Fórum Novas Fronteiras", que visa organizar a participação de cidadãos independentes na elaboração do programa eleitoral do PS, tem finalmente um website, com o elenco do conselho coordenador, o calendário das próximas iniciativas e diversos contributos individuais sobre diferentes temas. De assinalar: abertura de um fórum de discussão para todos os interessados.

terça-feira, janeiro 4

CONTINUAR PAULA REGO


A PARÓDIA

1.- O caso de Pôncio, convidado, desconvidado, tornado a convidar, para candidato a Deputado do PPD/PSD. Cavaco Silva não quer a sua foto ao lado de Santana Lopes.
2.- Bem disse o Presidente da Federação do Porto do PS. Os candidatos serão eleitos em primárias. Sofre da amnésia. Nem a Comissão Política da Maia, de que sou membro foi ouvida !
Isto indepemdentemente de pensar que está muito bem escolhido o primeiro candidato, pelo Porto.

Mas, Srs. Políticos Profissionais, tenhamos memória, não mintamos ao povo, nem aos militantes.

QUEREM QUE O POVO VOTANTE CONFIE E VÁ VOTAR. VÁ TENHAM ÉTICA !

segunda-feira, janeiro 3

DA "BÍBLICA" - REVISTA DOS CAPUCHINHOS

A revita Bíblica, dos Frades Capuchinhos, publica no número de Janeiro, uma transcrição do artigo "O Código", de Eurico de Barros, publicado no Diário de Notícias, que não resisto em transcrever:
Confesso que só comsegui ler aí umas 50 páginas de "O Código da Vinci", de Dan Brown, antes de o pôr de lado e passar a leituras mais interessantes. Nunca fui grande adepto desta modalidade de ficção conspirativo-esotérica e pseudo-histórica em banho de triller, que exige o talento, a erudição e o sentido de humor Umberto Eco, para conseguir a minha suspensão da descrença. Assim não pensam os milhões de ávidos compradores do livro em todo o mundo, muitos dos quais já se deram ao trabalho de ir visitar os locais referidos no enredo da obra (caso do Louvre, em Paris, e da Igreja de Santa Maria Delle Grazie, em Milão) em excursões organizadas para o efeito, e ainda esportularam uns cobres extras para comprar os livros, que por sua vez, se propõem, muito seriamente, "descodificar" a obra de Dan Brown.
O fenómeno do best-seller não me faz espécie, tudo pelo contrário. O que me mete impressão é que haja pessoas - e não são poucas - que encarem uma construção ficcional baseada em dados pretensamente históricos, fantasias estotéricas e interpretações descabeladas de obras de arte (a Última Ceia, de Leonardo da Vinci), como uma obra rigorosa de não ficção, que supostamente traz à luz "verdades" ocultas, secretas e "incómodas" para instituições poderosas como a Igreja Católica ( um alvo muito original, sem dúvida...).
Como também me impressiona que pessoas responsáveis se deêm ao trabalho de fazer palestras para rebater, enfática e laboriosamente, as "teses" de Dan Brown, como foi o caso, ontem, do Padre Carreira das Neves, em Lisboa. É dar ao livro uma importância que ele não tem nem nunca terá. Acreditar em "O Código Da Vinci" é um pouco como acreditar em os salteadores da Arca Perdida, mas a verdade é que a credulidade humana tem uma profundidade abissal. E quem a sabe explorar industrialmente é quem ri por último, enquanto deposita mais umas royalties no banco.

ARTIGO A PUBLICAR NO JORNAL PRIMEIRO DE JANEIRO

Amanhã na coluna MOSCARDEIRO, será publicado um artigo da minha autoria, no Jornal O PRIMEIRO DE JANEIRO



"UM FUTURO DE PAZ"

Sobre o Encontro de Lisboa (TAIZÉ) e a situação vivida na Ásia.

Reconciliação do Homem com a Natureza, passa também pela Maia e Portugal

domingo, janeiro 2

REVISTA A LER








Interessante revista, em língua francesa, com temas actuais, a ler.
www.golias.fr





DO BLOGUE CAUSA NOSSA

O improvável "entendimento"

Na sua mensagem de ano novo o Presidente da República fez um diagnóstico preocupado da situação financeira, económica e social e defendeu um "entendimento" entre os principais partidos (ou seja, o PSD e o PS), depois das próximas eleições parlamentares, sobre dois temas fulcrais para a recuperação do País, nomeadamente a consolidação das finanças públicas e a competitividade da economia nacional. Não é a primeira vez que faz propostas nesse sentido. Da última vez, na Primavera passada, ainda na vigência do Governo Durão Barroso, o PS recusou-se a considerar tal ideia (a meu ver mal, como então defendi).
A situação só se agravou desde então. Tudo indica que este ano vai ser ainda mais difícil sob o ponto de vista do défice público. O equilíbrio das finanças públicas vai demorar mais alguns anos.
E no que respeita ao crescimento económico, as perspectivas não são melhores. Provavelmente continuaremos a divergir da média europeia e a descer no "ranking" dos países da UE. Continuamos em plena crise. Por isso, o estabelecimento de uma plataforma mínima de consenso nestes dois temas seria de todo bem-vinda. Mas não é previsível a sua realização.
Se o PS ganhar as eleições, como se prevê, desta vez será o PSD a inviabilizar esse entendimento, mesmo que neste momento não o possa dizer.
VM

sábado, janeiro 1

A MENSAGEM DE LISBOA - TAIZÉ

Um Futuro de Paz

Esta carta, escrita pelo irmão Roger de Taizé, traduzida em 55 línguas (24 da Ásia), foi publicada aquando do Encontro Europeu de Jovens em Lisboa. Será retomada e meditada durante todo o ano de 2005 nos encontros de jovens que se realizarão em Taizé, semana após semana, ou noutros locais, na Europa ou noutros continentes.

«Deus tem para vós desígnios de paz e não de calamidade; Deus quer dar-vos um futuro e uma esperança.»1
Inúmeros são aqueles que aspiram hoje a um futuro de paz, a uma humanidade livre das sombras da violência.
Se há quem, tomado pela inquietação face a um tempo incerto, se quede ainda imobilizado, há também, por todo o mundo, jovens cheios de vigor e de criatividade.
Esses jovens não se deixam arrastar por uma espiral de melancolia. Sabem que Deus não nos criou para sermos passivos e que a vida não está submetida aos acasos da fatalidade. Estão conscientes disto: o que pode paralisar o ser humano é o cepticismo ou o desânimo.
Por isso, procuram, com toda a sua alma, preparar um futuro de paz e não de infelicidade. Mais até do que supõem, eles conseguem já fazer de suas vidas uma luz que ilumina tudo à sua volta.
Alguns deles levam a paz e a confiança aonde existem perturbações e antagonismos. Perseveram mesmo quando as contrariedades e as provações pesam sobre os seus ombros.2
Em Taizé, em certas noites de Verão, sob um céu repleto de estrelas, ouvimos os jovens das nossas janelas abertas. Surpreende-nos serem tão numerosos. Vêm para procurar e para rezar. E pensamos: as suas aspirações à paz e à confiança são como estas estrelas, pequenas luzes a iluminar a noite.
Vivemos num período em que muitos se interrogam: o que é a fé? A fé é uma confiança muito simples em Deus, um indispensável impulso de confiança, permanentemente retomado ao longo da vida.
Em cada um de nós, pode haver dúvidas. Elas não têm nada de inquietante. Queremos sobretudo ouvir Cristo murmurar nos nossos corações: «Tens hesitações? Não te inquietes, pois o Espírito Santo permanece em ti.» 3
Há quem tenha feito esta descoberta surpreendente: o amor de Deus pode também desabrochar num coração marcado pela dúvida.4
Uma das primeiras palavras de Cristo no Evangelho é: «Bem aventurados os pobres em espírito!» 5 Sim, feliz daquele que avança para a simplicidade, a do coração e a de uma vida. Um coração simples esforça-se por viver o momento presente, acolhendo cada dia como um hoje de Deus.
Não transparece o espírito de simplicidade na felicidade serena e também na alegria?
Um coração simples não tem a pretensão de compreender sozinho tudo o que diz respeito à fé. Mas pensa: aquilo que não entendo bem, outros o compreendem melhor e esses ajudam-me a prosseguir caminho.6
Simplificar a vida permite partilhar com os mais carenciados, de forma a aliviar a dor, onde quer que exista doença, pobreza, fome…7
A nossa oração pessoal procurará ser simples também. Julgamos que para rezar são necessárias muitas palavras?8 Não. Na verdade, bastam poucas palavras, por vezes desajeitadas, para entregar tudo a Deus, tanto os nossos medos como as nossas esperanças.
Abandonando-nos ao Espírito Santo, encontramos o caminho que da inquietação conduz à confiança.9 E dizemos-lhe: «Espírito Santo, ajuda-nos a voltarmo-nos para ti a todo o momento. Esquecemo-nos tantas vezes que tu habitas em nós, que rezas em nós, que amas em nós. A tua presença em nós é confiança e perdão sempre oferecido.»
Sim, o Espírito Santo acende em nós uma luz. Mesmo que pareça fraca, ela desperta nos nossos corações o desejo de Deus. E o simples desejo de Deus já é oração.
A oração não nos afasta das preocupações do mundo. Pelo contrário, não há nada de mais responsável que a oração: quanto mais vivermos de uma oração muito simples e humilde, mais somos levados a amar e a expressar o amor através da nossa vida.
Onde encontrar a simplicidade indispensável para viver o Evangelho? Uma palavra de Cristo esclarece-nos. Um dia, disse aos seus discípulos: «Deixai as crianças vir ter comigo, pois delas é o Reino do Céu.»10
Quem poderá traduzir adequadamente o que algumas crianças conseguem transmitir através da sua confiança?11
Gostaríamos então de pedir a Deus: «Deus que nos amas, faz-nos humildes, dá-nos uma grande simplicidade na nossa oração, nas relações humanas, no acolhimento do outro…»
Jesus Cristo veio à terra não para condenar, mas para abrir aos homens caminhos de comunhão.
Há dois mil anos Cristo permanece presente através do Espírito Santo,12 e a sua presença misteriosa torna-se concreta numa comunhão visível13: ela reúne mulheres, homens, jovens, chamados a avançar juntos sem se separarem uns dos outros.14
É verdade que ao longo da história, os cristãos conheceram múltiplos abalos: surgiram separações entre os que, afinal, se referiam ao mesmo Deus de amor.
Restabelecer a comunhão é hoje urgente, não se pode adiar permanentemente até ao fim dos tempos.15 Será que fazemos tudo para que os cristãos despertem para o espírito de comunhão?16
Há cristãos que, sem mais demoras, vivem já em comunhão uns com os outros onde quer que estejam, muito humildemente, de forma muito simples.17
Através da sua própria vida, desejam tornar Cristo presente a muitos outros. Sabem que a Igreja não existe para ela própria mas para o mundo, para depositar nele um fermento de paz.
«Comunhão» é um dos mais belos nomes que a Igreja tem: nela, não pode haver severidades recíprocas, mas só transparência, bondade do coração, compaixão… e assim se conseguem abrir as portas da santidade.
No Evangelho, podemos descobrir esta realidade surpreendente: Deus não provoca nem medo nem inquietação, Deus só pode amar-nos.
Pela presença do seu Espírito Santo, Deus vem transfigurar os nossos corações.
E através de uma oração muito simples, podemos pressentir que nunca estamos sós: o Espírito Santo é em nós o amparo de uma comunhão com Deus, não apenas por um instante, mas até à vida que não tem fim.
(1) Estas palavras foram escritas seiscentos anos antes de Cristo: ver Jeremias 29,11 e 31,17.
(2) Neste ano em que dez novos países se juntaram à União Europeia, muitos jovens europeus estão conscientes de que vivem num continente que, tendo sofrido por muito tempo divisões e conflitos, procura a sua unidade e avança no caminho da paz. Ainda há, certamente, tensões, injustiças, por vezes violências, que suscitam dúvidas. É preciso não parar no caminho: a procura da paz está na própria origem da construção da Europa. Mas esta não nos interessaria se tivesse como única finalidade criar um continente mais forte, mais rico, e se a Europa cedesse à tentação de se fechar dentro das suas fronteiras. A Europa torna-se plenamente ela própria quando se abre aos outros continentes, solidária com as nações pobres. A sua construção encontra sentido como patamar ao serviço da paz de toda a família humana. Eis a razão pela qual, se o nosso encontro de fim de ano se chama «Encontro Europeu», gostamos ainda mais de o considerar como uma «peregrinação de confiança através da terra».
(3) Ver João 14,16-18 e 27. Deus existe independentemente da nossa fé ou das nossas dúvidas. Deus não se afasta por causa das nossas dúvidas.
(4) Dostoïevski escreveu um dia nos seus Cadernos de Notas: «Sou um filho da dúvida e da descrença. Que terrível sofrimento me causou e ainda me causa esta sede de acreditar, que é tanto mais forte na minha alma quanto mais existem em mim argumentos contrários… Foi através da fornalha da dúvida que passou o meu ‘hossana’.» E, contudo, Dostoïevski podia continuar: «não há nada de mais belo, de mais profundo, de mais perfeito que Cristo; e não só não há nada como não pode haver.» Quando este homem de Deus deixa pressentir que o incrédulo coexiste nele com o crente, o seu amor apaixonado por Cristo não fica por isso diminuído.
(5) Mateus 5, 3.
(6) Mesmo se a nossa confiança continua frágil, não nos apoiamos apenas na nossa própria fé, mas na confiança de todos aqueles que nos precederam e dos que nos rodeiam.
(7) O Programa alimentar mundial da ONU publicou recentemente um mapa da fome no mundo. Apesar dos progressos conseguidos nestes últimos anos, 840 milhões de pessoas passam fome, das quais 180 milhões são crianças com menos de cinco anos.
(8) Ver Mateus 6,7-8.
(9) Este caminho de abandono a Deus pode ser apoiado por cânticos simples, retomados repetidamente, como este: «Só em Deus descansa em paz a minha alma.» Quando trabalhamos, quando descansamos, estes cânticos permanecem dentro do coração.
(10) Mateus 19,14.
(11) Um rapaz de nove anos, que durante uma semana vinha rezar perto de nós, disse-me um dia: «O meu pai deixou-nos. Nunca o vejo mas continuo a amá-lo e à noite rezo por ele.»
(12) Ver 1 Pedro 3,18; Romanos 1,4 e 1 Timóteo 3,16.
(13) Esta comunhão tem o nome de Igreja. No coração de Deus, a Igreja é una, não pode estar dividida.
(14) Quanto mais nos aproximamos do Evangelho, mais nos aproximamos uns dos outros. E caiem as separações que tanto magoaram.
(15) Cristo pede que nos reconciliemos sem tardar. Não podemos esquecer a sua palavra no Evangelho de S. Mateus: «Se fores apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, vai primeiro reconciliar-te» (5,23). «Vai primeiro» e não: «Deixa isso para mais tarde».
(16) Em Damasco, nesse Médio Oriente que tanto sofre, reside o Patriarca Ortodoxo grego de Antioquia, Inácio IV. Ele exprime-se com palavras impressionantes: «O movimento ecuménico está a regredir. O que resta do acontecimento profético do início e que personalidades como o Papa João XXIII e o Patriarca Atenágoras, entre outros, incarnaram? As nossas divisões tornam Cristo irreconhecível, são contrárias à sua vontade de que sejamos um, ‘a fim de que o mundo acredite’. Precisamos urgentemente de iniciativas proféticas para fazer sair o ecumenismo dos meandros nos quais receio que se esteja a atolar. Precisamos urgentemente de profetas e de santos, a fim de ajudar as nossas Igrejas a converter-se através do perdão recíproco.»
(17) Aquando da sua visita a Taizé a 5 de Outubro de 1986, o Papa João Paulo II sugeriu uma via de comunhão dizendo à nossa comunidade: «Ao quererem ser vós mesmos uma ‘parábola da comunidade’, ajudareis não só todos aqueles que encontrais a serem fieis à sua pertença eclesial, que é o fruto da sua educação e da sua escolha de consciência, mas também a penetrar cada vez mais profundamente no mistério de comunhão que é a Igreja nos desígnios de Deus.»

DIA DE ANO BOM

Havia um Bispo, que já faleceu há alguns anos, muito meu amigo, que sempre recordo com imensa saudade, o Bispo Luís Pereira, da Igreja Lusitana (Anglicana), que ao referir-se a um novo ano, chamava-lhe sempre o ANO BOM.
Pois que o ano de 2005, seja o
ANO BOM PARA TODOS OS PORTUGUESES E PARA O MUNDO
Boa tarde, neste primeiro dia de 2005 !