segunda-feira, outubro 31

SAIU O JORNAL DESAFIO (PARÓQUIA DA FOZ)

No passado domingo saiu mais um número do Jornal Desafio, da Comunidade Paroquial da Foz do Douro.

Dedicada parte deste número ao falecimento do pároco Padre Joaquim (de quem falarei no próximo domingo no Jornal O Primeiro de Janeiro), publica um artigo da minha autoria, em parceria com Lurdes Gomes, que aqui deixo:


NO CAMINHO DA PALAVRA

Após a abertura aos exegetas e ao estudo bíblico, o Concílio Vaticano II, aprovou, por larga maioria, a constituição dogmática Dei Verbum, que no próximo dia 18 de Novembro comemora quarenta anos, que abre a possibilidade do estudo cientifico e pastoral da Bíblia, como um sacramento vivo e actuante para todos os que fazem deste livro, o de todos os dias.

Foi afirmado o primado da Palavra de Deus na Igreja, e que esta é a sua interprete, e, sobretudo sua serva. As afirmações do Concílio sobre a Bíblia constituíram um marco importante, porque de uma atitude de pouca confiança passou-se a considerá-la como um centro de vida espiritual de capital importância. Na vida da Igreja, a Dei Verbum, passou a considerar algumas coisas importantes, como os cristãos terem direito a possuir a Bíblia na sua língua, a consideração pelos exegetas, como meio de um trabalho pastoral mais aprofundado, a Palavra de Deus como um caminho substantivo para a afirmação da teologia e que a vida espiritual sofre necessariamente um novo impulso com a sua leitura e estudo.

Passados que estão quarenta anos da publicação de tão importante documento, o caminho a percorrer ainda é muito, porque não estão realizados os objectivos da leitura e estudo por todo o Povo de Deus da Palavra, enquanto fonte de Revelação, e torna-se necessária uma conversão da Igreja à Palavra de Deus, que os estudiosos (exegetas) não assumam uma ruptura com os fiéis e que as acções de Pastoral Bíblica sejam intensificadas em todas as comunidades da Igreja.

A conversão da Igreja à Palavra significa que tem de ser possuída por ela, evangelizada, no sentido de uma conversão plena a Cristo, Senhor Nosso. E isso terá que assentar numa substantividade da parte de cada um de nós, em deixarmo-nos ser possuídos pelo Espírito e duma forma quotidiana fazermos da leitura da Bíblia um sacramento vivo do nosso viver, é pelo nosso querer que podemos ser evangelizados por esta prática.

No entanto todo este movimento do estudo dos exegetas à proclamação pastoral da Bíblia, pode conduzir a possíveis rupturas dos estudiosos com o Povo, porque o estudo cientifico é demasiado teórico e desinserido das realidades de quem até agora desconhece um livro que estava fechado e, muitas vezes, ainda é ignorado como o verdadeiro catecismo. O exegeta deve aprender com o povo, fazer o seu estudo científico e dá-lo a conhecer através de formas pastorais, de que os agentes de pastoral são os melhores interpretes. Assim se conduzirá um movimento de estudo da Palavra credível e estruturado fazedor duma outra cultura bíblica, que se traduza no seu conhecimento, para um melhor entendimento e proclamação das verdades bíblicas.

Muitos e muitos cristãos católicos rendem-se a uma leitura literalista e superficial da Palavra, trazida por inúmeros grupos, e abandonaram o sentido crítico, porque lhes foi negada a possibilidade de se instruírem e terem contacto com a Bíblia. Os exegetas eram proibidos, e os fiéis não tinham a Bíblia nas suas próprias línguas. Várias correntes de livres-pensadores iletrados no estudo bíblico tomaram a seu cargo interpretações erróneas da mensagem de Deus aos homens que a Bíblia contem. De facto, certas leituras devem ser corrigidas pelos atropelos à história, dado que não são lidas de ponto de vista teológico e da fé. Uma leitura que é possível, é a que chamamos de moralista, uma leitura pré-concebida, e que proclama o medo e o castigo, quando tudo na Bíblia é liberdade e libertação; não se explica o sentido do texto de modo que se saibam muito claramente em que situações se deram os factos. Uma outra, redutora, reduz o texto a uma compreensão literal, que não respeita as diferentes formas de linguagem, nem as características dos tempos em que eles foram escritos. Esta forma é usada por muitas Igrejas que por aí proliferam, levando os católicos a descrer da sua Igreja, pelo que é necessário sempre formação e estudo. Ainda uma terceira, alienante, que reduz a leitura a uma forma individualista, fora do contacto com os outros, o que traduz vivências duma piedade desinserida do contexto da Igreja, e só em Igreja é que os crentes podem encontrar o caminho capacitador duma leitura devidamente enformada pelo Espírito; é evidente que não estamos a defender unicamente leituras colectivas da Bíblia, até porque somos favoráveis á leitura e oração diárias, porque também sabemos que o Espírito do Senhor, actua quando quer, e como quer, e que os tempos e modos de Deus não são os nossos.

A DV citando S. Jerónimo refere,”Desconhecer a Bíblia é desconhecer a Cristo”, e fá-lo muito bem. Ainda hoje são poucos os que se alfabetizam nestas coisas da Bíblia, e, portanto, a maioria distorce o discurso de Deus aos Homens. Estaremos neste lote, de homens de pouca fé e pouco confiantes no Espírito?

Lurdes Gomes e Joaquim Armindo

ROGÉRIO SANTOS, MAIS UM LIVRO

O meu amigo Rogério Santos, lança dia 2 mais um livro.




FICO FELIZ, ROGÉRIO, PELO TEU LIVRO




domingo, outubro 30

ARTIGO A PUBLICAR NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Na próxima 3.ª feira, será publicado no Jornal O Primeiro de Janeiro, um artigo da minha autoria:


SEJAMOS CLAROS


SOBRE AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

sábado, outubro 29

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

SOBRE AS ELEIÇÕES

Uma organização política que tudo apostou em ganhar as eleições autárquicas na Maia, deveria, tendo-as perdido e pesadamente, fazer a sua análise e com brevidade, dizer aos seus militantes e votantes do porquê dos resultados. Assim se veria a seriedade das pessoas que estão à frente dos destinos dessa organização. O que é certo, porém, já passaram demasiados dias e nada foi dito e analisado.

Um procedimento deste tipo denota um desnorte total e falta de objectividade e humildade democráticas; o rumo de que tanto se falava, como um projecto construído durante quatro anos, afinal esboroou-se nestas eleições, com resultados piores que em 2001. Onde estava a certeza de que uma “nova esperança” ia surgir e que as maiatas e os maiatos, votariam massivamente nesse projecto? Afinal onde esteve a unidade tão propagandeada e que só uns poucos energúmenos (entre os quais eu) não estariam de acordo? É a hora não de julgar, mas de decisivamente dar a volta e construir uma verdadeira unidade, em torno de um projecto comum. Um querer comum parte sempre do povo, que tem de ser entendido e delineado objectivamente como o grande protagonista da história. Esta não é de um homem teimoso, porque quando o é, dá o que deu.

E não venham tentar justificar com as medidas do Governo, que teria tudo deitado abaixo, certamente que numa mínima percentagem há que reconhecer um certo contributo, mas não foi determinante para a derrota humilhante na Maia, onde tudo teríamos a ganhar. E se não é assim, digam porque é que em Gondim e Milheirós tal não se fez sentir, aí já não existia Governo? E se assim fosse, como é o PS ganhou as Juntas de Freguesia, em Gueifães e Águas Santas, não se fizeram sentir os malefícios do Governo? Mas perdeu –se aí para a Câmara Municipal!

Creio bem, que não vão tentar dizer que fui eu que contribui para isso, seria uma total insanidade, primeiro porque não tenho assim tanto poder nos maiatos, segundo porque mantive descrição durante a campanha, não tendo actuado porque fui esquecido e nenhuma informação me deram (a não ser a candidatura a Vermoim), apoiei pelos meus meios a “nova esperança”, fazendo mesmo apelo ao voto. E creiam que nunca esperei grande coisa do protagonista, que em todo o Concelho aparecia completamente isolado nos cartazes. Foi uma forma de fazer política, denotando uma estratégia do passado, a que eu não dei o meu acordo, sendo, infelizmente, dos poucos que se levantaram denunciando que não iria a lado nenhum.

Combati a estratégia seguida, denunciei que era errado aceitar pelouros e outros lugares, e fi-lo publicamente, tendo-me esta atitude custado alguns agravos de boca; votei sempre na Assembleia Municipal contra o PSD/CDS, intervim consecutivamente, o que me custou uma carta do meu Partido dizendo que não se reviam nas minhas posições; lutei, e publicamente, por uma unidade de esquerda, com o PCP e BE, gracejaram com esta posição, tendo agora admitido que seria certa. Fui leal, mas lealdade significa dizer o que se pensa, e não dar palmadinhas nas costas e na primeira esquina passar a rasteira. Por isto tudo, em vingança pessoal e política o meu nome foi vetado para todas as listas, pelo candidato à Câmara. Era eu que estava enganado?

A oposição não é “comer à mesa do orçamento”, como bem disse Andrade Ferreira, não é seis meses antes denunciar aquilo que bem se sabia estava a passar, mas duma forma construtiva, consecutivamente erguer a voz e lutar por valores e princípios, do socialismo, porque senão quem acredita em nós? A resposta a esta pergunta encontra-se na posição do eleitorado nas últimas eleições. A estratégia seguida e o projecto, que nunca soube qual era (!), afinal que resultado deu?

Agora levantam-se muitas vozes, como sendo as primeiras, a defender alguns daqueles pontos, mas a quererem que o protagonista seja o mesmo e não pode ser. Não quero cortar a cabeça a ninguém, como a mim me cortaram, mas ser clarificador do debate que urge fazer no PS/Maia sobre os resultados e inverter de vez o caminho completamente errado que, por teimosia, uma pessoa quis seguir, tendo-se curvado até a um acordo que tinha tudo, menos unidade (aliás como denunciei aqui neste jornal). Poucos, até mesmo dos mais aliados ao candidato, pensaram qualquer dia em ganhar, sabiam que a derrota era certa, mas prosseguiram perante o delírio do candidato.

Perante estas e muitas mais (não é de esquecer que na Comissão Política, que aprovou as listas, três secretários – coordenadores de secção tiveram a coragem de denunciar o caminho seguido), o PS da Maia perdeu a ocasião histórica de governar o Concelho, foi a melhor oportunidade e a mais desbaratada que tivemos. Agora continuamos na cura da oposição (por quantos anos?), sendo necessário fazer das fraquezas uma oportunidade de mudança, profunda e com ideias frescas rumarmos a um novo contributo para a Maia. É que nem sempre as maiorias têm razão (desconfio sempre de unanimidades a quase 90%), e foi esse o caso nesta derrota do PS na Maia.

Joaquim Armindo

Membro da Comissão Política do PS/Maia

jarmindo@clix.pt

http://www.bemcomum.blogspot.pt

Carta a Manuel Alegre

[Pedro Barroso, músico autor e compositor, 23.10.05]


Sou anarquista.
Aluno de Vergilio Ferreira e criado para a intelectualidade na geração de sessentas, vivi um Maio de 68 libertador, acreditei em Abril e faço hoje catarse com a ironia possível face ao desgosto provocado por uma classe reimplantada de surdez e comodismo que entretanto invadiu nossos assentos.
Porque de cinzentos se fez de novo a cidade. Feio destino de quem tanto acreditou.
Por isso a cada dia sou mais anarquista.

O dignissimo país que calhou amar, as suas inefáveis ileteracias e incapacidades, a maravilhosa e bimba classe politica que o tem governado, a precaridade actual dos valores éticos e morais, a feira de vaidades e inutilidades que lhe está apensa, o alijar imenso da Cultura para o último lugar das prioridades, tudo contribuiu generosamente para esse radicar de antigas e libertárias preferências.
Mas encontro nesta luta que se avizinha o sabor antigo do fumeiro de azinho. De um arqui Portugal que gosto de proclamar e defender ao fim da tarde, entre dois copos de saudade e um alguidar de irreverências, salganhado de matizes difusos de tantas e tão variegadas cores. Os partidos são para mim, já sei, males seguramente necessários, deliciosamente suspeitos, tal como o chantilly de uma pastelaria pouco fiável onde só de quando em vez perpassa o perfume indelével da honrada confecção. Tem dias. Infelizmente bem mais da táctica e do arranjismo dominantes, que da crença que houvera de estimulá-los; mas adiante. “Troco-te o nº 4 de Beja pelo 7 de Viseu” nunca foi linguagem que eu compreendesse. Sou anarquista.
Como homem da Arte e da Cultura aprendi em fotocópias a ler um poeta clandestino que disse e cantei em privado e em publico, arriscando a minha propria liberdade para poder conquistá-la para todos.
(Hoje nada se lembra desse heroísmo de juventude e somos indexados por uma rádio e tv que deixaram de ser nossas e apenas apregoam o mais efémero confuso e chocante jogo de corrupções e interesses de capelas que nem sei.)
Junto música e palavras há quase quarenta anos. O melhor que posso e sei. Se calhar retive na resistência desse homem e poeta algum exemplo de que dizer o que se pensa valha sempre a pena.
Sou orgulhosamente anarquista.
Integrei as Comissões de Honra Nacionais das campanhas de Pintasilgo, Mario Soares e Jorge Sampaio. Ganhei e perdi. Corri mundo proclamando com a dignidade portuguesa um coração espalhado de dúvidas e incertezas, problemas de homem, momentos avulsos do viver e da ternura. Sobre tudo isso dei relato com a arte que pude em livro e disco.
Agora, farto de todo esse marasmo pardacento, estarei consigo nesta campanha .
Por uma questão de gozo. De tesão. De fadiga e cansaço crónicos. De textura residente de coragem, lá no último bolso, ao fundo da alma empacotada.
Conte comigo se quiser. Mas faça-me o favor de ser o Homem de referência, o calo que o peito honroso cria, o grito de dignidade de uma esquerda envergonhada e cinzenta, a imprecação da dignidade nunca arrependida. A consciência perdida contra os que só julgam o amor pelas heranças, os cargos pelas vantagens e lucros inerentes e a Poesia pelo orçamento. E passam de largo por tudo o que é fundamental, como quem ri de um pobre reformado doente, com fome e sem dinheiro para a farmácia.
Cada vez acredito menos em coisa alguma, excepto nos socalcos imprevisíveis do existir.
Sou anarquista, sim, mas, por isso mesmo, zarpo consigo para mais esta viagem.
Estou consigo pelo gosto de partir uma vez mais com coerência para a faldas da Serra do Futuro que há-de ser. O meu braço ao seu lado para o que entender.
Força companheira e coragem. Vamos a isto.

sexta-feira, outubro 28



A proposta do Parlamento Europeu para o Orçamento da UE de 2006 integra, na sua vertente social, uma série de soluções e de opções avançadas pela Deputada Jamila Madeira na qualidade de relatora da Comissão do Emprego e Assuntos Sociais do PE para esta matéria. Com a aprovação do projecto de Orçamento em primeira leitura, esta semana, em Estrasburgo, a eurodeputada socialista viu ser dado o sim ao aumento de determinadas rubricas ou mesmo à reposição de montantes que entretanto haviam sido retirados, no que diz respeito a instrumentos como o Fundo Social Europeu (de apoio à estratégia europeia para o emprego), ao Programa EQUAL (para a promoção da igualdade e da inclusão no mercado de trabalho), ao EURES (rede de informação relativa a oportunidades de emprego e de formação na Europa), ao Programa Leonardo (aprendizagem ao longo da vida) e ainda a acções concretas de prevenção e combate à exclusão social. "Congratulamo-nos com o reconhecimento e a aceitação da necessidade de mais verbas para estas rubricas e com a reposição dos montantes inicialmente previstos noutros casos", declarou Jamila Madeira em plenário. No entanto - assinalou - "houve algumas solicitações que ficaram pelo caminho e, entre elas, algumas que nos são muito caras", tais como o reforço das dotações para o Programa EUROPASS, "veículo promotor da transparência das qualificações, essencial à consecução dos objectivos da Estratégia de Lisboa". A eurodeputada sublinhou igualmente o empenho do relator do PE para o Orçamento de 2006 - um eurodeputado do Grupo do PSE - em relação ao "Ano Europeu para a Mobilidade dos Trabalhadores". Segundo Jamila Madeira, trata-se de uma iniciativa "da maior importância para os trabalhadores europeus", que, dotada agora de um mínimo suficiente para a sua concretização, "dará um sinal positivo e impulsionador à competitividade da economia europeia e à prossecução do grande objectivo que é a mobilidade real dos trabalhadores no espaço europeu".

quinta-feira, outubro 27

EM VILA NOVA DA TELHA (MAIA) UNIDADE DE ESQUERDA

Como aqui apelei celebrou-se um acordo, escrito, entre a candidatura independente à Freguesia de Vila Nova da Telha e o PS.

A candidatura independente governará, enquanto o PS ficará com a Presidência da Assembleia de Freguesia e o 1.º Secretário. Espero que tenha sido um bom acordo entre pessoas que se conhecem bem.

Este acordo constitui, porém, mais uma derrota do Dr. Jorge Catarino, que tudo fez contra Pinho Gonçalves. O Dr. Jorge Catarino deve pensar em se demitir de Presidente da Comissão Política, dado não ter quaisqquer condições para liderar o Partido na Maia.

quarta-feira, outubro 26

MANUEL ALEGRE CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA




terça-feira, outubro 25

Mais cidadania, melhor democracia

Como deputado constituinte, fui co-fundador do actual regime pluripartidário em Portugal. O facto de a minha candidatura ser a única que não depende de nenhum partido político não significa que seja contra os partidos. Como muitas vezes tenho dito, os partidos políticos, de acordo, aliás, com a Constituição, são essenciais à formação democrática da vontade colectiva. Mas não esgotam a democracia. O excessivo peso dos aparelhos partidários afunila, não só os partidos, como toda a vida cívica.
É por isso que é preciso alargar o espaço da cidadania. É esse um dos objectivos centrais da minha candidatura: mais cidadania, melhor democracia.
[Manuel Alegre, 24.10.05]

segunda-feira, outubro 24

Manuel Alegre designa Inês Pedrosa como porta-voz da candidatura
[24.10.05]


Inês Pedrosa, escritora, é a porta-voz designada por Manuel Alegre na sua candidatura à Presidência da República.



domingo, outubro 23

Uma perversão inadmissível

Depois do que se passou na Comissão Nacional do Partido Socialista, a mobilização deste fim de semana em vários plenários distritais torna evidente que o que está em causa para alguns dirigentes não é derrotar Cavaco Silva, mas sim combater Manuel Alegre. De facto, não se ouviu uma palavra do Secretário Geral do PS a criticar a apresentação da candidatura do ex-primeiro ministro e a sua total ausência de propostas para a saída da crise nacional. Pelo contrário, parece que o principal objectivo é condicionar os militantes socialistas que apoiam Manuel Alegre. O que é uma perversão inadmissível da natureza da eleição presidencial e uma forma de limitar a liberdade de escolha de cidadãos eleitores que, pelo facto de militarem num partido político, não podem ver-se privados dos seus direitos constitucionais.
[A candidatura de Manuel Alegre, 22.10.05]

sábado, outubro 22

COMUNICADO

A Candidatura de Manuel Alegre não pode deixar de lamentar a tentativa de aprisionamento do Partido Socialista face à Candidatura do Dr. Mário Soares.

Sabendo-se que a natureza cívica e apartidária destas Candidaturas corresponde à essência das funções constitucionais do Presidente da República, mal se compreende a tentativa de arregimentar o P.S. subvertendo a sua própria cultura de liberdade mas, agora, dando o mote para a subversão da formação da vontade dos Cidadãos.

A Candidatura de Manuel Alegre não abandona, apesar destas vicissitudes, a sua natureza cívica, directamente ligada aos Cidadãos, sem qualquer vocação para se submeter aos Partidos Políticos mas, obviamente, sem necessidade e vontade de os agredir.

Não esquece a Candidatura de Manuel Alegre que o Presidente da República é um órgão autónomo face ao Governo e independente dos Partidos.

Deseja-se que esta postura não acarrete uma indesejável submissão da Candidatura oficialmente apoiada pela Direcção do P.S., o que não seria conveniente para a transparência da próxima campanha eleitoral, nem da natureza da função do Presidente da República.
[Henrique de Melo, Director de Campanha, 19.10.05]




No O Primeiro de Janeiro de ontem foi publicada a seguinte notícia.



PS inclinado para não aceitar cargos no executivo maiato
Catarino deve abandonar câmara

Jorge Catarino está a ponderar afastar-se da vereação da Câmara da Maia. O líder socialista só deverá tomar uma decisão definitiva na reunião do secretariado da Comissão Política concelhia do PS/Maia, marcada para a próxima terça-feira.

Segundo fontes próximas de Jorge Catarino, o autarca está “inclinado” a abandonar por tempo indeterminado a vereação na Câmara Municipal da Maia, abrindo caminho ao número quatro da lista, Rogério Rocha.
Além de Catarino, o PS conseguiu eleger para a autarquia Miguel Ângelo Rodrigues e a estreante Sandra Lameiras, o único elemento feminino eleito para a câmara. No anterior executivo camarário, os dois primeiros detinham cargos nas empresas municipais. O líder socialista fazia parte do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, enquanto Miguel Ângelo Rodrigues era vogal do conselho de administração da empresa municipal Academia das Artes. O terceiro vereador socialista, Rogério Rocha, era o único a deter um pelouro no executivo, o dos Mercados e Publicidade Autárquica. Não conseguiu, no entanto, ser eleito já que era o quarto da lista. Se Jorge Catarino renunciar ao cargo de vereador, Rogério Rocha poderá então voltar ao executivo.
Miguel Ângelo Rodrigues disse entretanto a O PRIMEIRO DE JANEIRO que não deverá estar disponível para integrar qualquer cargo no executivo camarário, mas não pôs de lado a hipótese de voltar a integrar o conselho de administração das empresas municipais. “Esta é uma questão que não está devidamente regulamentada, como se sabe nós não somos remunerados, mas a bem da transparência e dos interesses do concelho, defendo que devíamos integrar as empresas, para não estarmos só a assinar os relatórios anuais de gestão”, defendeu. Por outro lado, Sandra Lameiras afirmou que não irá aceitar qualquer cargo no executivo ou nas empresas municipais, assumindo inteiramente o estatuto de oposição. Considerou também deselegante pronunciar-se sobre essa questão, uma vez que um convite dessa natureza partirá sempre do presidente da câmara e não o contrário. Sandra Lameiras, juntamente com outros militantes socialistas, foi autora de uma secção sobre o estatuto da oposição, na moção apresentada por Narciso Miranda, no congresso da Federação Distrital do PS, em 2003. Nesse encontro Francisco Assis foi eleito como líder da distrital, mas a moção aprovada pelos militantes foi a do antigo presidente da câmara de Matosinhos.
Paulo Almeida

sexta-feira, outubro 21

Foi recentemente apresentado em Comissão Parlamentar o Relatório da Deputada Edite Estrela sobre "A Igualdade entre mulheres e homens na União Europeia", documento de iniciativa do Parlamento Europeu destinado a fornecer à Comissão Europeia orientações prioritárias quanto à implementação, monitorização e realização das políticas de igualdade de género na UE. No Relatório proposto, Edite Estrela insiste na necessidade de "a perspectiva do género ser adequadamente considerada nos diversos domínios de acção da UE", e em particular "na realização dos objectivos da Estratégia de Lisboa", já que o Conselho Europeu da Primavera, de Março de 2000, "reconheceu as políticas de igualdade como importantes instrumentos de coesão social e de crescimento económico". Para a eurodeputada socialista, são precisas "acções mais dinâmicas e de maior vulto" da Comissão neste domínio, de modo a que, entre outros aspectos, "se possa estreitar o fosso salarial entre os géneros, facilitar a conciliação da vida profissional e familiar e criar legislação que abranja a protecção social, incluindo a assistência médica e a educação". Edite Estrela considera igualmente que o executivo comunitário deve utilizar os Fundos Estruturais na implementação da perspectiva do género, bem como garantir a inclusão desta nos programas operacionais de cada Estado-Membro. A eurodeputada refere mesmo que todos os países da UE "devem periodicamente dar a conhecer os progressos realizados nesta área", através, por exemplo, da divulgação de resultados estatísticos. No Relatório, que irá ser votado pela Comissão dos Direitos da Mulher em finais de Novembro, Edite Estrela manifesta ainda a sua "preocupação" com o tráfico de mulheres para fins de exploração sexual e com o aumento da violência doméstica, apelando à Comissão para que "tome medidas que ajudem a reduzir estes flagelos". De referir ainda que a eurodeputada fez incluir no Plano de Accção do Grupo do PSE para o próximo Conselho Europeu informal de Londres (apresentado esta semana) a sugestão da criação de um rendimento mínimo garantido na Europa, que assegure, de forma efectiva e pelo período de tempo necessário, níveis de vida aceitáveis aos cidadãos mais carenciados.

quinta-feira, outubro 20

JORGE CATARINO NÃO VAI ASSUMIR O LUGAR NA CÂMARA

Só lhe fica bem!

Parece que Jorga Catarino vai renunciar ao lugar de vereador na Câmara Municipal da Maia.

E eu continuo a dizer, que só lhe fica bem, agora falta convocar a Comissão Política da Maia.

O primeiro passo é correcto, esperamos outros a seguir.

quarta-feira, outubro 19

NAS AUTÁRQUICAS FOI O QUE FOI, VEJAMOS AS PRESIDENCIAIS

Os erros da direcção do PS forammuitos nas autárquicas, a começar pela escolha dos candidatos, veja-se a Maia.

Agora o PS apoia oficialmente Mário Soares.

Mas Manuel Alegre tem toda a legitimidade para Presidente da República, é o único que não depende de um Partido, e bem pode ser o único a chegar lá. Não se vota em Partidos, mas em Pessoas.

O povo saberá. Manuel Alegre é um bom candidato, esperamos por uma boa campanha, em que o poeta saberá cantar a liberdade e a democracia, enquanto outros, seus amigos, proibem.

Mas ninguém pode proibir a liberdade de ser.

CUIDADO PS, É JOGAR CONTRA TUDO, E ISSO É MAU

O PS advertiu terça-feira à noite os apoiantes da candidatura de Manuel Alegre que estão proibidos de usar meios do partido na campanha presidencial e que deverão abster-se de participar em reuniões internas de apoio a Mário Soares.

Os avisos aos "alegristas" foram feitos terça-feira à noite pelos dirigentes Capoulas Santos, José Lello, Pedro Silva Pereira e Alberto Costa na reunião da Comissão Política Nacional do PS, que teve entre os seus pontos da ordem de trabalhos a discussão da estratégia de apoio à candidatura presidencial de Mário Soares.

Manuel Alegre esteve ausente da Comissão Política do PS, mas na reunião participou a bastonária da Ordem dos Arquitectos, Helena Roseta - uma das principais apoiantes da candidatura presidencial do vice-presidente da Assembleia da República.

O primeiro a levantar a questão da presença de apoiantes de Manuel Alegre em reuniões do PS, quando dedicadas à discussão da estratégia presidencial do partido, foi o eurodeputado socialista Capoulas Santos.

Sem se referir directamente à presença de Helena Roseta na sala da reunião, Capoulas Santos considerou "inadmissível, do ponto de vista ético, que elementos que não apoiam a candidatura do partido assistam às suas reuniões para a definição da estratégia dessa candidatura", dizendo, depois, que essa situação já ocorreu em Évora.

Logo a seguir, o secretário nacional do PS para as Relações Internacionais, José Lello, lembrou "o exemplo de Salgado Zenha, que se candidatou contra o candidato oficial do partido (também nessa altura Mário Soares), mas optou por se desvincular do partido".

José Lello aludiu mesmo a situações em que apoiantes de Alegre poderão "parasitar as estruturas do partido, como as suas sedes", para desenvolverem actividades contra o candidato oficial dos socialistas, Mário Soares.

De acordo com fontes da Comissão Política do PS, Helena Roseta abandono u a reunião quando José Lello falava e, interrogada pela Agência Lusa, recusou-se a reagir às críticas feitas por dirigentes socialistas aos apoiantes de Manuel Alegre.

Segundo fontes da Comissão Política do PS, Helena Roseta frisou que "a candidatura presidencial de Manuel Alegre tinha plena legitimidade constitucional" e sugeriu que, se o entendimento de alguns dirigentes socialistas fosse outro s, poderiam recorrer "aos mecanismos estatutários do partido".

No final da reunião da Comissão Política do PS, o dirigente socialista Jorge Coelho frisou que "não foi tomada qualquer deliberação" sobre a forma de o partido actuar em relação a militantes que apoiem Manuel Alegre e participem em encontros de definição estratégica da candidatura de Mário Soares.

"Essas matérias não são alvo de decisões, mas é importante chamar a atenção para os valores éticos das pessoas", advertiu, no entanto, Jorge Coelho.

O dirigente socialista frisou depois que os "meios do PS, como as suas instalações, só devem ser utilizados para apoiar o candidato do partido: Mário Soares".

"Não quero acreditar que as instalações do partido possam servir para outros fins", acrescentou, dizendo que os militantes do partido "são adultos e pessoas com valores".

No entanto, o coordenador da Comissão Permanente do PS reiterou a recusa da direcção do partido em abrir procedimentos disciplinares contra militantes que apoiem outras candidaturas presidenciais que não a de Mário Soares.

"Ninguém vai ter processos nenhuns. Não vamos fazer esse favor a ninguém", disse Coelho, antes de sugerir que os militantes que "apoiam outros candidat os deverão reflectir sobre a melhor forma de não colocar em causa as decisões do partido".

Tal como fizera o secretário-geral do PS, José Sócrates, na intervenção de abertura da reunião da Comissão Política, também Jorge Coelho frisou que o candidato presidencial dos socialistas "é só um, Mário Soares".

terça-feira, outubro 18

Li hoje no Primeiro de Janeiro, declarações do derrotado candidato socialista à Câmara da Maia, em que diz que ainda está a digerir os resultados eleitorais, não põe de fora a possibilidade de aceitar cargos.

E eu que pensava que se ia demitir!

Santa ignorância a minha!

segunda-feira, outubro 17

AMANHÃ NO JORNAL PRIMEIRO DE JANEIRO

Amanhã no Jornal O Primeiro de Janeiro, será publicado um artigo da minha autoria:



SOBRE AS ELEIÇÕES

domingo, outubro 16

EM VILA NOVA DA TELHA (MAIA) A UNIDADE DEVE SER À ESQUERDA

Pinho Gonçalves ganhou a Junta, como independente, e eu apoiei-o.
Só que não teve a maioria absoluta, daí ter de fazer acordo,ou à direita, ou à esquerda.

O único caminho sábio é enterder-se com o PS, e governar; não pense que a Câmara da Maia lhe dará mais alguma coisa se se aliar à direita, como ficou bem patente nos últimos quatro anos, onde a freguesia foi esquecida.

À esquerda está o futuro, Vila Nova da Telha só proguedirá se não se prostar perante o Presidente da Câmara.

sábado, outubro 15

O Primeira Mão desta semana refere que a vereadora eleita pelo PS/Maia, fugiu à questão da acietação ou não de pelouros.

A minha pessoal amiga Sandra Lameiras, certamente que não fugiu a isso. Espero bem que não, e que continue a defender o principio do Estatuto da Oposição, e que ela e eu, e bem, colocamos na Moção vencedora do Congresso Distrital do Porto do PS: não aceitar pelouros ou cargos remunerados.

sexta-feira, outubro 14

A primeira conferência de imprensa dada pelo PS/Maia, após eleições, é relatada pelo Primeira Mão, curiosamente por alguns elementos que não têm legitimidade para isso. Dela:

1.- Diz Joaquim Jorge que os membros eleitos para a Câmara não devem aceitar pelouros. Mas então não foi esta questão levantada por mim, para cumprimento da Moção Distrital do Porto, e que motivou desde logo a oposição do Dr. Jorge Catarino. Não foi esta questão que eu levei à Comissão de Jurisdição ? Então quem tinha razão ?

2.- Diz Joaquim Jorge que o PS se deveria aliar à CDU e ao BE. Então há cerca de um ano, em artigo de opinião eu não defendi esta estratégia?

Bem me parecia que a partir de 9/10/2005, haveriam mais pessoas a pensar como eu!

quinta-feira, outubro 13

PINTURA DE EL GRECO




quarta-feira, outubro 12

INTERVENÇÃO NA COMISSÃO POLÍTICA DO PS, ANTES DAS ELEIÇÕES

Só hoje torna publica a minha intervenção, na Comissão Política do PS/Maia, realizada para aprovar as listas candidatas.


Camaradas,

Aqui estou, nesta Comissão Política Concelhia, onde se irão aprovar as listas candidatas ao Concelho da Maia.

E estou, de cabeça erguida sem o mínimo de ressentimento, mas com a dignidade de ser humano, e de pertençer ao PS, com todas as quotas em dia.

Não foi o convite que outro partido me endereçou para liderar a sua lista, e não aceitei, que me fez deixar de aqui estar, convicto que nem a vingança pessoal e política do Sr. Presidente desta Comissão ao vetar o meu nome para qualquer lista do meu Partido, me fará vergar.

Há muito que não recebo informações do Partido na Maia, a começar pelas legislativas e a acabar no último Fórum Temático, passando pela escolha dos candidatos da Secção de Pedras Rubras, cuja Assembleia não foi convocada, en desrespeito pelos Estatutos.

Tudo tenho aguentado, com a persistência dos loucos, que sabem que o futuro está para além do imediatismo, de uns quantos que querem o poder, e sabem que não o terão.

Para acabar:

1.- Se na noite das eleições autarquicas o Sr. Dr. Jorge Catarino ganhar, o que significa ter mais um voto que a outra lista, direi que estou enganado e corrigirei com humildade o meu posicionamento;

2.- Se perder, Juntas de Freguesia e mantiver pelos menos os actuais 3 vereadores, aqui estarei para pedir contas da estratégia e dos nomes primeiros que agora se candidatam, e que são os responsáveis pela derrota.

Por mim não terão guerra durante o período eleitoral, mas um sereno posicionamento, de quem não deve, nem teme, e todos os actos, de todos, ficam com quem os praticam.

Joaquim Armindo

terça-feira, outubro 11

AS ELEIÇÕES NA MAIA E O HOJE


E agora, Sr. Presidente da Comissão Política da Maia e Candidato à Câmara Municipal da Maia?

Vamos ficar a culpar o Governo? É a saída?

Ou vamos analisar todo o processo, e tirar todas as ilações políticas? Espero bem a convocação da Comissão Política da Maia, para muito breve.

segunda-feira, outubro 10

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Artigo publicado no jornel Primeiro de Janeiro, domingo, dia 2 de Outubro:

UM DEUS BEM PRESENTE

A estória que Jesus, perante os dirigentes judaicos, nos conta no Evangelho de hoje (Mt 21, 33-43), é sintomática de que Deus está bem presente na “vinha”, na altura o povo referida ao povo judeu, mas que mais adiante identifica-a com o Reino onde todos os povos habitam.

Jesus conta que um proprietário arrendou a sua vinha a uns agricultores, e no tempo próprio quis saber dos resultados; acontece, porém, que depois de vários mensageiros enviados e mortos, também o seu próprio filho o foi. Concluiu que a pedra que os construtores rejeitaram, é a pedra angular de toda a construção. Isto significa que Deus está presente em cada passo do nosso viver, para vivermos em liberdade, e, que, apesar, de da rejeição do Amor, que Deus é, ele está no meio de toda a criação, e dos gestos e atitudes de cada um de nós está ou não a descoberta do Reino, onde não existe mais subjugação.

Esta presença de Deus no meio do mundo, é para nós cristãos o desafio da intervenção activa, no seu projecto, que passa em sermos mulheres e homens críticos e fazedores de uma outra sociedade, não nos confinando ao espaço dos templos mas bem no meio da “vinha”, para sermos portadores da esperança e do amor, o que significa uma doação aos outros e uma denúncia permanente das atrocidades cometidas, a qualquer nível.

Um Deus bem presente, aqui e agora, significa que não podemos ficar alheados dos problemas concretos da nossa cidade, mas sermos participantes activos no processo da sua construção, e hoje isso faz-se por um posicionamento cívico e participativo nas próximas eleições autárquicas. Esta “vinha”, a cidade, está entregue à nossa responsabilidade, e Deus nos pede contas todos os dias de que modo estamos a geri-la, ou esquecemos a nossa responsabilidade. Na liberdade e pluralidade das nossas opiniões, há que não atraiçoar as nossas consciências e lutarmos por uma “vinha”, onde o Reino de Deus esteja presente. Ou vamos ignorar o próprio Filho de Deus, que sempre interveio de forma categórica em todos os aspectos da sociedade em que viveu?

Joaquim Armindo

Licenciado em Ciências Religiosas

jarmindo@clix.pt

http://www.bemcomum.blogspot.com

A pesada derrota na Maia, é uma consequência da desastrosa estratégia seguida.

É preciso que o PS faça uma reflexão e tente inverter esta situação.

domingo, outubro 9

PINTURA DE EL GRECO




HOJE VOTAÇÃO PARA AS AUTÁQUICAS, QUE NINGUÉM DEIXE DE VOTAR

O VOTO É FUNDAMENTAL, VOTE, NÃO SE ABSTENHA DOS PROBLEMAS DA SUA CIDADE, DA SUA TERRA

sábado, outubro 8

A Estratégia de Lisboa estabeleceu um conjunto de objectivos ambiciosos para a sociedade europeia no seu conjunto, e também para as mulheres. No entanto, quatro anos após o lançamento da "Agenda de Lisboa", muitas disparidades persistem ainda entre mulheres e homens em domínios como o emprego, as remunerações, a educação e a formação ao longo da vida. Foi precisamente para avaliar esta situação e para favorecer a implementação da perspectiva do género no âmbito dos objectivos de Lisboa que a Comissão dos Direitos da Mulher do PE tomou a iniciativa de elaborar o Relatório "O futuro da Estratégia de Lisboa na perspectiva do género", cuja autoria foi entregue à Deputada Edite Estrela. Apresentado esta semana, o documento aponta para a necessidade de "medidas urgentes em prol do emprego, da qualidade do trabalho feminino e da inclusão social das mulheres", assentes numa "melhor coordenação entre a política de abordagem integrada da igualdade e a Estratégia de Lisboa, para que seja sistematicamente tida em consideração a perspectiva do género na concretização dos objectivos desta última". Segundo Edite Estrela, "é de lamentar" que até ao momento a colaboração nesta área se tenha estabelecido apenas entre governos nacionais, sendo necessária, doravante, "a participação das administrações nacionais, locais, das empresas, dos parceiros sociais e da sociedade civil em todo este processo". Para a autora do Relatório e Vice-Presidente da Comissão dos Direitos da Mulher do PE, é também fundamental que os Estados-Membros inscrevam na sua agenda política, "como prioridades absolutas", a redução da diferença de remunerações entre mulheres e homens (em média de 15% em 2003), bem como medidas concretas a favor da conciliação entre a vida profissional, familiar e privada, nomeadamente a promoção de estruturas de guarda de crianças e de outras pessoas dependentes, de boa qualidade e a preços acessíveis. No seu Relatório, Edite Estrela pede ainda uma "atenção especial" para a situação das mulheres idosas, cuja taxa de desemprego continua a manter-se elevada, solicitando aos países da UE "que tomem em consideração esta realidade nos seus planos de acção nacionais". A eurodeputada convida finalmente os Estados-Membros a tomarem "medidas eficazes em prol dos homens", tais como a promoção de sistemas adequados de licenças parentais e a organização de campanhas de sensibilização, com o objectivo de "um investimento mais importante dos homens na esfera familiar". Ao intervir no final da apresentação das suas propostas, Edite Estrela declarou: "Após a revisão intercalar da Estratégia de Lisboa, todos os Estados-Membros irão preparar, até Novembro deste ano, os seus programas nacionais nesta área. Este Relatório readquiriu assim maior actualidade e importância, num momento em que o debate no seio da UE se recentrou no futuro da estratégia europeia para o crescimento e emprego". O documento elaborado pela eurodeputada socialista recebeu o apoio inequívoco da Comissão Europeia e deverá agora ser votado em Comissão Parlamentar no próximo dia 23 de Novembro, prevendo-se que suba a plenário no mês de Dez

sexta-feira, outubro 7

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Foi publicado na 3.ª Feira, no Primeiro de Janeiro, o seguinte artigo da minha autoria. Publico-o hoje no Blogue porque fala sobre as eleições autárquicas.

OS DADOS ESTÃO LANÇADOS

Quase a terminar esta campanha eleitoral para as autarquias, eis que todos os dados estão lançados. As candidaturas, bem ou mal, apresentaram as suas “promessas”,que a serem concretizadas levariam Portugal à falência, e a demagogia populista e demagógica voltaram a ser características medíocres de muitas candidaturas; sem ideias novas e nunca dizendo ao eleitorado onde se vai buscar o dinheiro para concretizar as “ofertas” ao povo. Todos podem dizer as asneiras que quiserem, apresentar listas renovadas, com nomes e ideias do passado, mas a substância delas poderão não passar de um calafrio para o eleitorado, que, em última instância, sabe sempre escolher. As características destas pré-campanha e campanha, não passaram de uma confrangedora ilicteracia confrangedora, na generalidade. E isso é que diminui a capacidade das listas politicas concorrentes conquistarem a credibilidade das populações, cada vez mais descrentes nestas coisas da política. Tudo isto mina a democracia, retirando-lhe o sumo de uma sociedade outra.

Também aqui na Maia é um pouco isso, e, para além, dos papeis que deixam na minha caixa do correio e dos numerosos cartazes afixados, por empresas da especialidade, retirando o convívio salutar que era a presença dos militantes nesses desafios, a campanha foi frouxa e não teve a vivacidade de outras eras.

A coligação do poder, o PSD/PP, quedou-se por prosseguir com inúmeras inaugurações, afinal como em outros municípios, mas não senti fulgor, para além do poderio económico, patente nos cartazes espalhados por todo o concelho. Neste momento, que escrevo, não consegui, ainda, verificar quais são as suas linhas fundamentais para os próximos quatro anos, e não vi qualquer novidade ou jovialidade, até porque ainda as suas propostas não me chegaram. Ao que sei e acompanho pela imprensa, o grande projecto é tentar oferecer uma continuidade de actuação, dizem, ao jeito do Dr. Vieira de Carvalho. Como se fosse possível pessoas diferentes, terem uma mesma conduta! O eng.º Bragança Fernandes ainda não apareceu em força na campanha, fixando-se, como disse em prosseguir uma campanha de inaugurações, sobre inaugurações.

O PS tem-se mostrado uma força mais aguerrida, fazendo, porventura, uma oposição que não se sentiu nos anos de governação. O PS tem, de facto, mostrado acutilância, umas vezes melhor, outras pior, e vem denunciando actos que eram do seu conhecimento há anos, o que é pena, porque um projecto de “nova esperança” deveria garantir isso mesmo, uma renovada esperança, talvez com alguns outros protagonistas, mas que fosse construído nos anos de uma oposição mais credível, que às vezes nem se dava por isso, e ficava envolta em gabinetes ou jornais que, infelizmente, a grande percentagem do nosso povo não lê. Como qualquer cidadão, não possuo as suas propostas e a sua substância. O que sei, linhas soltas, são linhas de governação que a serem aplicadas, mostrarão à Maia outra forma se fazer politica mais positiva que a actual. Só esperando que essa nova esperança ganhe e governe, se poderá fazer um sentido de mudança real ou não.

O BE pode ser o grande vencedor destas eleições, mas não tenho visto grande movimentação, e, para além das denúncias à CNE, qualquer novidade que nos tenha trazido por agora. Nesta parte do Concelho da Maia, Moreira e Vila Nova da Telha, nem se tem sentido a sua actuação. Bem sei que não possui as máquinas partidárias dos outros, nem talvez o seu orçamento, mas bem poderia com a sua militância oferecer um conhecimento do que pretendem para a Maia e quais são os seus candidatos. Para já nada, mas veremos até ao fim da campanha.

A CDU, tem sido igual a si mesma, sem grandes aparatos, também não tem conseguido passar a sua mensagem, apesar da surpresa com que o seu candidato fala, com oportunidade e discurso muito bem construído.

Perguntar-se-á quais os resultados finais previsíveis, no próximo dia 9 de Outubro. Haverão mudanças ou tudo continuará na mesma? Pelo sentimento que temos, e pela inevitabilidade de algumas sondagens, parece que o PS só conquistando os indecisos, cerca de vinte e três mil, nas palavras do seu candidato à Câmara, que tudo leva a crer são verdadeiras, poderá ter aspirações a governar o Município, enquanto que curiosamente Andrade Ferreira (PS) poderá ganhar a Assembleia Municipal obtendo assim muitos mais votos que Jorge Catarino. O BE poderá entrar para o executivo e, certamente, ganhar alguns lugares na Assembleia Municipal, enquanto a CDU manterá.

Ao nível das freguesias parece certo que o PS subirá (Folgosa e Pedrouços), mantendo as actuais três (Águas Santas, Barca e Gueifães), podendo ainda ganhar Vermoim. Tudo, porém, em aberto, no próximo domingo saberemos o que as maiatas e os maiatos querem para o seu Concelho.

Por mim, como militante do PS, jogo na “nova esperança” (PS), mantendo o meu apoio à lista independente a Vila Nova da Telha, que é esparavel ganhe nesta freguesia.

Joaquim Armindo

Deputado Municipal do PS

jarmindo@clix.pt

http://www.bemcomum.blogspot.com

AINDA A COLABORAÇÃO DOS LEITORES

ÚLTIMA HORA

pela 1ª vez PS à frente. sondagem encomendada por BF e MNN dá o PS à frente para a Câmara por escassos votos e maioria na assembleia.

ps 43% 4 a 5 vereadores
psd/pp 41% 4 vereadoeres
be 7,1% 0 a 1 vereador
cdu 4,8%

muda de partido folgosa e gueifães

quinta-feira, outubro 6

COLABORAÇÃO DOS LEITORES

últimos resultados de Sondagem feita durante Sábado, Domingo e Segunda:

Executivo:

PSD 44% e 5 Vereadores
PS 36% e 4 Vereadores
BE 6,2%
CDU 5,8%

Assembleia Municipal:

PSD 38%
PS 39%
BE 8,3%
CDU 7,6%

Juntas que mudam:

Vermoim - PS
Folgosa - PS
Gondim - PS

Pedrouços - empate técnico

Nas outras fica como está. Em VN Telha ganha lista independente.

Sexta teremos acerto desta sondagem encomendada por partido da maia.

quarta-feira, outubro 5

EM GUEIFÃES(MAIA) VOTAR ALBERTO MONTEIRO


terça-feira, outubro 4

MÁRIO MARTINS PARA VERMOIM (MAIA)




segunda-feira, outubro 3

ARTIGO A PUBLICAR NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Amanhã no Primeiro de Janeiro, será publicado um artigo da minha autoria:


OS DADOS ESTÃO LANÇADOS


último artigo antes das eleições autárquicas, em que analiso a campanha e faço previsões para domingo.

EM FOLGOSA VOTAR HUGO CAMPOS




Quatro eurodeputados do PS intervieram esta semana, em Estrasburgo, no âmbito de um debate sobre o Desenvolvimento Regional da União Europeia levado a cabo na Sessão Plenária do PE. Dois temas em concreto serviram de base à discussão: o estabelecimento de uma parceria reforçada para as Regiões Ultraperiféricas (RUP) e o papel da Coesão Territorial no desenvolvimento das regiões europeias. Falando a propósito da primeira questão - e na qualidade de relator de Parecer da Comissão de Agricultura do PE - o Deputado Capoulas Santos destacou o acolhimento de uma série de alterações por si formuladas, no sentido de colmatar várias lacunas existentes na proposta da Comissão Europeia para esta matéria, designadamente, no que respeita às produções de banana, açúcar, leite, frutas e legumes. "Para que qualquer política possa ser aplicada com sucesso é necessária uma boa estratégia; mas uma boa estratégia, por si só, de pouco vale se não existirem os instrumentos adequados à sua concretização", enfatizou o eurodeputado em plenário, lamentando as "incertezas" quanto a certos financiamentos previstos para Regiões como os Açores e a Madeira, por força do actual impasse em torno das Perspectivas Financeiras 2007-2013. No quadro do mesmo debate, o Deputado Paulo Casaca criticou, por sua vez, as mais recentes propostas da Comissão Europeia para o regime específico de abastecimento dos Açores (POSEIMA-Abastecimento), que classificou de "recuos incompreensíveis". Segundo o eurodeputado, é "absolutamente inaceitável" a proibição que a Comissão pretende impor às expedições de açúcar do arquipélago (o único produto com algumas tradições de exportação abrangido pelo POSEMA-Abastecimento). "Tal solução, levada à prática, conduziria a uma total paralisia económica dos Açores", frisou Casaca, apontando ainda o exemplo negativo de alguns dispositivos legais avançados neste domínio, "impossíveis de aplicar pelas pequenas empresas de regime fiscal simplificado, profundamente discriminatórios e de uma complexidade administrativa inaudita". O Deputado Emanuel Jardim Fernandes, por seu turno, manifestou "um apoio claro" à proposta da Comissão para o desenvolvimento sustentável das RUP, mas apresentou reservas em relação a alguns dos seus pontos: a insuficiência das acções e dos meios financeiros previstos para a execução das novas políticas e a utilização em exclusivo dos critérios do PIB e da população para a elegibilidade das RUP ao abrigo da Política de Coesão e para a repartição do orçamento do programa de compensação de constrangimentos específicos das Ultraperiféricas. O eurodeputado apelou, por isso, ao reforço das dotações orçamentais previstas e a um tratamento "verdadeiramente diferenciado" no que respeita às condições de acesso das Regiões Ultraperiféricas aos Fundos Estruturais, "devendo-lhes ser concedido um apoio financeiro prioritário, independentemente do seu nível de rendimento". Já no âmbito da discussão sobre o papel da Coesão Territorial no Desenvolvimento Regional da UE, a Deputada Jamila Madeira chamou a atenção, uma vez mais, para a questão do "Phasing Out" de certas regiões europeias, que, com o Alargamento, "passaram a ser estatisticamente mais ricas, apesar de a sua situação socio-económica real não ter melhorado". A eurodeputada considera que este é "um problema grave" - atinge dezanove regiões da UE, entre as quais o Algarve, em Portugal - "e que exige uma solução equilibrada, que permita manter as regiões em causa elegíveis enquanto os problemas estruturais se continuem a verificar". Jamila Madeira sugeriu, por exemplo, que ao indicador clássico do PIB per capita (utilizado como critério de elegibilidade para a obtenção de fundos) se adicionem outros como o nível de actividade nos sectores da investigação e inovação, os níveis de educação e de formação, a diversificação da produtividade e a taxa de desemprego, "pois é notória a falácia em que se traduz a sujeição das verdadeiras necessidades regionais apenas a um indicador, muitas vezes determinado no plano nacional". Só assim, relembrou a eurodeputada, é que a União Europeia "se poderá cumprir como projecto solidário baseado numa verdadeira coesão económica, social e também territorial".

domingo, outubro 2

A PINTURA DE TURNER





sábado, outubro 1

ARTIGO A PUBLICAR NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Amanhã, domingo, será publicado no Jornal O Primeiro de Janeiro, o artigo da minha autoria:


UM DEUS BEM PRESENTE