terça-feira, fevereiro 28

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Artigo publicado no Jornal O Primeiro de Janeiro, de 21/2/2006, da autoria de Joaquim Armindo
MOSCADEIRO


OPOSIÇÃO CREDÍVEL


Um partido no poder, lucra com uma oposição credível e actuante. Sem esta correlação de forças podemos afirmar que não estamos num país, ou outra organização territorial, democrático, pois os pares não se afirmam enquanto forças representativas de modelos de gestão ou sociedade, sufragadas pelos cidadãos, dentro de uma perspectiva de intervenção, mas como um colaboracionismo de interesses pessoais, em contraponto ao bem-estar colectivo. As sociedades democráticas afirmam-se pela nitidez das propostas, quais alternativas aos ditames de um poder, que porque o é, necessita que o legitimem, e isso faz-se pelo confronto de atitudes reconciliadoras das perspectivas politicas, sociais e culturais, dos vários agentes de mudança. Estes ou são livres, isto é, exercem as suas actividades sem nada deverem ao poder instituído, ou certamente são forças apegadas continuamente a favores e dependências, não exercendo assim a sua vocação de opositores, construtores de alternativas, na sua acção fiscalizadora, denunciadora e criativa de propostas capacitadas pela emergência de con-criar. Ora, isto significa que a oposição, não pode, nem deve estar, na dependência financeira e económica, mas também na prática dos favores do poder, porque isto lhe tira a capacidade de ser oposição, e ao poder de ter oposição, o que é traduzido por um exercício ignóbil de subversão dos arquétipos fazedores do bem, na unidade reconciliadora, mas ao mesmo tempo combativa.

O pragmatismo do ser oposição, sem, como se diz, ser bota-abaixo, titula-se por uma coerência de saber ter atitudes munidas de bom senso, que ao mesmo tempo são reveladoras dum processo de reconversão, dinamizado por propostas, às vezes não antagónicas, que direccionem as posições, num sentido de valores, que as várias forças produzem, dentro de si, movimentadas por factores endógenos, mas cujo somatório algébrico, num sistema modular, é sempre menor à entrada, do que na saída, dado que as sinergias interagem, criam, como movimento de criação, e doam aos outros ideias factoriais abrangentes e consequentes. Isto define oposição que quer amanhã ser poder, mas que não aliena, hoje, as suas responsabilidades de produzir em cada combate, as necessárias manifestações andragógicas, que permitem um ser colectivo, de procriação contínua, sustentada e fomentadora das inovações necessárias à sustentabilidade das relações interpessoais fomentadoras do debate continuado, e necessário à exequibilidade das regras da intervenção dos cidadãos, de per si, ou agregados em movimentos geradores de movimentações contribuidoras para o bom andamento democrático.

Tudo isto seriam frases feitas e ocas se não se aplicassem às forças que actuam na Maia, enquanto poder e oposição, a dita coligação, que já não o é, e o PS. As posições que foram tomadas no passado constituem um repositório negador dos princípios enunciados, por parte da oposição, que tentamos evidenciar agora, isto é, a legitimidade de quem prossegue uma praxis contrária aos princípios, assentando a sua acção na prossecução de objectivos pessoais e desprezando as bases de uma oposição credível; prova-se o facto desta afirmação, pela evidência da votação popular que castigou a sua promiscuidade com o poder, afirmando com clareza que não é assim que se é oposição. Esta é um conjunto de princípios programáticos, de causas e de valores, que enunciados contrariam os procedimentos usados, mas, também, protagonistas, quer activos, quer passivos, que se deliciaram em resultados de uns tantos, que interpretaram mal os sentimentos e expectativas do povo maiato, e, portanto, merecem ser tratados, com dignidade humana, sim!, mas afastados destas andanças, pois não têm mais nada a dizer ao povo, a não ser a sua incapacidade de escuta activa, dos seus problemas e consequente resolução.

Querer agora, depois dos seus programas (se é que existiram), vir a terreiro, para mais uma vez, teimarem na sua liderança (com o sacrifício pessoal, que sempre apregoaram), não é mais do que querer confundir os incautos que no PS da Maia podem enganar, mas ao povo não enganaram. Os protagonistas desta liderança aí estão a lançar a confusão do ser oposição e a prepararem-se para conduzir um partido, que sempre levaram à derrota, não para mal deles, mas das populações maiatas. E é necessária a denúncia activa, porque se não acontecer assim, estaremos em contradição com aquilo que esse grande democrata Willy Brandt, dizia: “Qualquer sofrimento de um ser humano, seja onde for, afecta-nos a todos. Não se esqueçam de que quem tolera uma injustiça durante muito tempo, fomenta a injustiça”, e porque assim é, não nos cansamos de alertar as maiatas e os maiatos, nomeadamente os socialistas, para as contradições ainda inerentes ao PS da Maia. Que eles tomem nas suas mãos o Partido, saibam escolher a alternativa (já em andamento) à direcção actual, substituindo os dirigentes actuais, e colocando-se, sempre, numa posição de intervenção pró-activa, no sentido que coisas destas não mais se passem no partido, para bem de todos, inclusive destes dirigentes, que teimam em permanecer, mesmo contra a sabedoria do nosso povo.

Joaquim Armindo
Membro da Comissão Política do PS da Maia
jarmindo@clix.pt
http://www.bemcomum.blogspot.com

segunda-feira, fevereiro 27








Entrudo chocalheiro


Lá em baixo está o entrudo
De gordo não pode andar
De gordo não pode andar
Que comeu um burro morto
Entre o almoço e o jantar
De gordo não pode andar

Ó entrudo, ó entrudo
Ó entrudo chocalheiro
Que não deixas assentar
As mocinhas ao soalheiro
Ó entrudo chocalheiro

Estas casas são caiadas
Estas casas são caiadas
Quem seria a caiadeira
Foi o noivo mais a noiva
Com um ramo de laranjeira
Quem seria a caiadeira

Cá em baixo vai o entrudo
Em farrapos pelo chão
Que comeu um burro morto
Entre o Inverno e o Verão
Em farrapos pelo chão

O entrudo foi á vila
Já não quer de lá sair
Caiu dentro duma pipa
Dá-lhe a mão que quer subir
Já não quer de lá sair

domingo, fevereiro 26

PARA TODOS NÓS


RECICLAGEM



No período de Janeiro a Setembro de 2005, comparando com 2004, o Grande Porto registou um crescimento muito positivo na quantidade de materiais separados e colocados para reciclagem nos Ecopontos, Ecocentros e zonas de recolha selectiva Porta-a-Porta.
Destacam-se os aumentos verificados nas embalagens plásticas e metálicas (+ 25%), no papel e cartão (+ 17%) e no vidro (10%).
Em apenas 9 meses, em Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde, foram recolhidas cerca de 2.800 toneladas de embalagens plásticas e metálicas, 11.025 toneladas de papel e cartão, e 11.640 toneladas de vidro.
Estes valores representam claramente uma evolução da participação dos cidadãos na separação multimaterial.
É de felicitar todos aqueles que colaboramos neste esforço.
É, também, de relembrar os benefícios ambientais (e não só) que decorrem da RECICLAGEM.


É DA NOSSA RESPONSABILIDADE CUIDAR DO NOSSO PLANETA.

sábado, fevereiro 25

Várias propostas de alteração apresentadas pela Deputada Edite Estrela ao sétimo Programa-Quadro europeu na área da investigação tecnológica (2007-2013) foram aprovadas esta semana pela Comissão de Ambiente do PE. Na qualidade de relatora do Grupo Socialista para o Parecer referente a este tema, a eurodeputada socialista procurou, com os seus contributos, adaptar a definição de áreas prioritárias no domínio da investigação europeia aos objectivos da Estratégia de Lisboa. Edite Estrela visou assegurar a participação das Pequenas e Médias Empresas, particularmante as baseadas no conhecimento, em todo o processo ligado à investigação (tendo em conta o seu papel na inovação e no aumento da competitividade) e valorizar os contributos da sociedade civil para o desenvolvimento de uma verdadeira economia baseada no conhecimento, com o aproveitamento pleno do potencial oferecido pelas mulheres. A eurodeputada valorizou também a implementação de soluções que conduzam a uma maior eficiência energética, ao investimento em energias renováveis e à redução da poluição, considerando as questões das alterações climáticas e da defesa do Protocolo de Quioto. Face ao problema do aquecimento global do planeta, Edite Estrela sugeriu, por exemplo, mais incentivos à investigação em áreas como a prevenção e atenuação dos efeitos da seca, fenómeno que, no caso de Portugal, foi sentido com particular gravidade no último ano. A deputada socialista salientou, de igual modo, a necessidade de uma verdadeira política europeia para as ciências e tecnologias marinhas, assim como do apoio à investigação de células estaminais e à protecção da biodiversidade. Por último, quanto aos meios operacionais disponíveis para o desenvolvimento destas áreas na Europa, Edite Estrela saudou a criação de um Conselho Europeu de Investigação, embora rejeitando a ideia da existência de uma estrutura executiva para tal organismo, por constituir "uma solução burocrática, que não contribuiria para a vitalização da Política Científica Europeia". A deputada socialista lembrou, todavia, que para todas estas opções são indispensáveis os recursos financeiros adequados, pelo que assinalou: "a concretização dos principais objectivos da Europa nesta área depende, antes de mais, de uma boa solução para o futuro quadro orçamental da União, as Perspectivas Financeiras 2007-2013

sexta-feira, fevereiro 24

JOSÉ MANUEL CORREIA CONTA COM ESMAGADOR APOIO

José Manuel Correia, militante do PS, é candidato a Presidente da Comissão Concelhia da Maia, contra a farsa do Sr. Dr. Jorge Catarino.
Conta com apoios de peso, de candidatos a secretários-coordenadores das várias secções, incluindo Fátima Garcia, que irá enfrentar Jorge Catarino (filho), para a Secção de Pedras Rubras.
José Manuel Correia conta com o apoio da Equipa do Bem Comum.

quinta-feira, fevereiro 23

GOLPAÇA DE CATARINO (PAI)

O Dr. Jorge Catarino acaba de lançar a maior golpaça na sua candidatura à Concelhia da Maia.
Convocou os secretários-coordenadores das secções, a que faltou, porque não convidado, o secretário- coordenador da secção de Pedras Rubras, Jorge Andrade, e propôs uma lista de consenso a partir de assembleias de secção, proporcionalmente aos militantes inscritos, e que estes elegessem o Presidente da Concelhia!
Esta é de mestre!
Entretanto sabe-se que amanhã 6.ª feira reunirá a Assembleia de Militantes de Pedras Rubras, no seu consultório médico, sem o conhecimento do secretário-coordenador e da grande maioria dos militantes para designar aqueles que vão eleger o Presidente da Concelhia.
Alguém teve esta ideia? Não! Só do Sr. Dr. Jorge Catarino!

quarta-feira, fevereiro 22

" Ama-me por Amor somente "




Ama-me por amor somente.
Não digas: "Amo-a pelo seu olhar,
o seu sorriso, o modo de falar
honesto e brando. Amo-a porque se sente
minh'alma em comunhão constantemente com a sua".
Porque pode mudar
isso tudo, em si mesmo, ao perpassar
do tempo, ou para ti unicamente.

Nem me ames pelo pranto que a bondade
de tuas mãos enxuga, pois se em mim
secar, por teu conforto, esta vontade
de chorar, teu amor pode ter fim!
Ama-me por amor do amor, e assim
me hás de querer por toda a eternidade.

Madre Teresa de Calcutá

terça-feira, fevereiro 21

PROBLEMAS TÉCNICOS

Estão a existir problemas técnicos de vária ordem, que não me permitem escrever no BEM COMUM, relaccionados com a clix, e atrovoada que se abateu no Porto.
Informa-se que hoje o Jornal O Primeiro de Janeiro, publica um artigo da autoria de Joaquim Armindo:


"OPOSIÇÃO CREDIVEL"

segunda-feira, fevereiro 20

ALÉM DA TERRA, ALÉM DO CÉU




Além da Terra, além do Céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.


Carlos Drummond de Andrade

sábado, fevereiro 18

A Deputada Ana Gomes defendeu esta semana, no PE, o encerramento da prisão na base militar de Guantánamo, declarando que, "sobre Guantánamo, Abu Grahib, Bagram ou onde quer que a Administração Bush deslocalize a tortura através da extraordinary rendition", é fundamental que a União Europeia "faça coro com as vozes cada vez mais audíveis que nos EUA denunciam a imoralidade e a ineficácia do uso da tortura na luta contra o terrorismo, como o Senador John McCain, e que exigem o julgamento dos mais altos responsáveis por tais perversões, como o faz a American Civic Liberties Union". Ana Gomes afirmou ainda, no âmbito do debate de uma Resolução sobre a situação na base militar americana em Cuba, que o "silêncio cúmplice" sobre crimes cometidos em nome da luta contra o terrorismo "faz, de facto, o jogo dos terroristas", ao sacrificar os valores da dignidade humana e do Estado de Direito - "valores que, através do 11 de Setembro e de ataques como os de Madrid ou Londres, os fanáticos terroristas visam justamente destruir". A eurodeputada interveio também em plenário num outro debate sobre a reciprocidade da "cláusula de Direitos Humanos" a inserir em acordos celebrados entre a União Europeia e países terceiros. Para Ana Gomes, a aplicação dessa cláusula "não deve depender, como até agora, de considerações geopolíticas e geoeconómicas que nem sequer são da União no seu conjunto, mas, muitas vezes, apenas de alguns Estados-Membros ou de alguns serviços da Comissão Europeia em particular". A eurodeputada citou o caso da Etiópia - onde liderou a Missão de Observação Eleitoral da UE no ano transacto - como exemplo da falta de aplicação da referida cláusula, não obstante os "apelos" do Parlamento Europeu para que o Conselho e a Comissão reagissem aos massacres e gravíssimas violações dos Direitos Humanos ocorridas após as eleições de 2005. "O silêncio e a inacção do Conselho são inaceitáveis", afirmou Ana Gomes, que assinalou ainda: "mesmo medidas mínimas de suspensão de ajuda directa ao Governo etíope, tomadas pela Comissão e pelo Reino Unido - sem clarificação dos respectivos termos e condições - são ineficazes e acabam por se traduzir num sinal desastroso, não só para os etíopes, mas para todos os africanos".

sexta-feira, fevereiro 17

A REFINADA ÉTICA DE DR. JORGE CATARINO

O Sr. Dr. Jorge Catarino, excelência, actual Presidente da Comissão Política da Maia, perseguidor de paranóicos, onde eu me incluo, e também responsável primeiro pela derrota estrondosa nas autárquicas da Maia, porque o povo da Maia não o quer, na sua demanda de golpes sucessivos, prossegue o caminho para a sua recandidatura à Comissão Política, e, certamente, para a sua recandidatura à Presidencia da Câmara Municipal da Maia.
Ou não foi isto que antes daquelas eleições, combinou com outro candidato, que quando se desse a derrota, ele não ficaria na vereação, até porque não teria lugares remunerados, em troca de 51 votos, para a Comissão Política que aquele candidato, e agora vereador, lhe garantia?
Agora, leva o seu caminho normal: para 2.ª feira convocou os secretários-coordenadores das secções, afim de que possa ter o apoio das "bases".
O PS da Maia, agradeçe que deixe o caminho livre, para puder, daqui a 4 anos, poder ganhar a Câmara, sr. Dr. Jorge Catarino.

ARTIGO PUBLICADO NO PRIMEIRA MÃO

Hoje no Jornal Primeira Mão, é publicado um artigo da autoria de Joaquim Armindo, sob o título:



"E VILA NOVA DA TELHA?"

Coimbra: Estudo revela que população de Souselas tem o dobro das doenças respiratórias da região Centro

A população de Souselas, em Coimbra, apresenta uma "prevalência padronizada das doenças respiratórias" duas vezes superior à média da região Centro, revelou ontem um estudo da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).
Designado por Saúde Centro 2005, o estudo incidiu sobre a população adulta da região, inscrita nos 109 Centros de Saúde que integram a ARSC, tendo como objectivo a sua caracterização relativamente a patologias, comportamentos e estilo de vida.De acordo com a investigação, 12,9 por cento da população de Souselas apresenta "prevalência padronizada das doenças respiratórias", contra 5,8 por cento da média da região centro.O mesmo estudo concluiu que os habitantes daquela freguesia apresentam uma percentagem quase três vezes superiores à média da região no que respeita a "bronquite crónica, doenças pulmonares crónicas obstrutivas".Quanto à prevalência de doenças tumorais, a população de Souselas tem uma taxa de 6,1 por centro, mais do dobro dos 2,8 por cento registados no resto da região centro.Relativamente às patologias endócrinas, os souselenses voltam a estar na frente com 14,2 por centro, contra 10,1 por cento da média regional."Este estudo vem demonstrar que a população está doente e provar que existe em Souselas défice de qualidade ambiental", disse o biólogo João Pardal, presidente da Junta de Freguesia.Na localidade labora uma cimenteira da Cimpor desde 1973, que, segundo o autarca e presidente da Associação de Defesa do Ambiente de Souselas, "é o principal foco de poluição".A realização de um estudo epidemiológico era reclamado pela população desde 1998, altura em que o então secretário de Estado do Ambiente, José Sócrates, actual primeiro-ministro, iniciou o processo para instalar na cimenteira de Souselas o processo de co-incineração dos Resíduos Industriais Perigosos (RIP).Segundo João Pardal, o estudo vem também revelar que o rácio de nascimentos entre rapazes e raparigas está invertido devido "à má qualidade de vida e à existência de substâncias que alteram o funcionamento hormonal das mulheres"."Queremos respostas concretas, objectivas e rápidas das autoridades de saúde. Vamos exigir um plano de intervenção ao nível da saúde e em complementaridade um processo de requalificação ambiental", afirmou o autarca.

quinta-feira, fevereiro 16

As Amáveis Lembranças




Você...Você é tudo o que eu queria...
Tudo o que anseio que a ilusão me dê...
O meu sonho de amor de todo dia
Que nos meus olhos húmidos se lê...
Minha felicidade fugidia,
O meu sonho é você.....
Você...Você é a própria poesia
De tudo quanto em volta a mim se vê.
Se Deus quisesse dar-me certo dia
Tudo aquilo que eu quero que me dê,
Eu, sem pensar ao menos, pediria
Que me desse você!
Sonhos... glória imortal... seria um louco
Pedir tanta ilusão... Não sei por que,
Mesmo a ventura, que possuo tão pouco,
E tudo o mais que a vida ainda me dê,
Fortuna...amor...tudo eu daria, tudo,
Por você!
É que você tem todos os venenos...
É que seus lábios têm um não sei quê...
Os olhos de você são dois morenos
Que andam fazendo à noite cangerê...
Por tudo isso, eu pediria, ao menos,
Um pedacinho de você!


Judas Isgorogota

quarta-feira, fevereiro 15

CATARINO QUER DAR GOLPE NO PS/MAIA

O Dr. Jorge Catarino, depois de meter dezenas de pessoas no PS, concretamente na Secção de Pedras Rubras, pretende dar um golpe no PS da Maia.
O Dr. Jorge Catarino perdeu as eleições autárquicas, com a mais pesada derrota já sofrida pelo PS da Maia.
Posteriormente perdeu quando sendo o cordenador das eleições presidenciais, Mário Soares obteve um resultado repugnante na Maia; ele (Dr. Jorge Catarino) quando apoiou Mário Soares, já se sabia que este iria ter menos votos, por causa daquele apoio.
O pareanóico, que sou eu, segundo aquele Médico, não só teve razão nas autárquicas, como nas presidenciais.
Agora, como se tudo vencesse, pretende candidatar-se novamente à Concelhia; e tenta dar golpes.
Dr. Jorge Catarino, faça um favor ao PS, fique quieto!

terça-feira, fevereiro 14

Artigo publicado no Jornal O Primeiro de Janeiro, da autoria de Joaquim Armindo, em 7/2/2006
MOSCADEIRO



COERÊNCIA POLÍTICA



Tenho vindo a escrever nestas crónicas, questões relativas ao funcionamento partidário, à forma, como entendo, que se deve relacionar o político com os outros, a participação democrática e participativa dos cidadãos, e do modo transparente sobre as questões que o PS da Maia, enfrenta depois da derrota eleitoral nas autárquicas, sem que se vislumbrasse um assomo de decoro, por parte dos dirigentes do meu partido, que continuam a ser os mesmos, num atavismo sem precedentes e à espera que dezenas de militantes ingressados à pressa lhes possam garantir a vitória nas próximas eleições para a concelhia e secções da Maia.

É verdade que, quase não tenho escrito sobre os problemas concretos das gentes da Maia. Mas não os relego para segundo lugar; a minha demonstrada atitude de concentrar esforços nas alterações das linhas e protagonistas de um partido político, significa, tão só, a vontade de que floresça nesta Terra do Lidador, uma alternativa política consistente. Logo, que seja coerente com os princípios socialistas, de causas e valores, que infelizmente têm sido esquecidos ao longo destes anos, em que o protagonismo de uns poucos, assente, e sempre, na apetecida corrida a lugares que dêem dinheiro, relegando para as calendas o que é fundamental: o bem das cidadãs e dos cidadãos. Por mais algum tempo não me posso alhear desta luta política, sabendo quanto os maiatos bem merecem, que as suas expectativas não sejam defraudadas pelo menos da parte da oposição, dado que o poder da maioria é atávico e desatento ao que escreveu e prometeu, nas campanhas eleitorais. Nota-se contudo um despertar de alguns socialistas na oposição como vereadores e deputados municipais, mas isso não é suficiente porque o poder partidário se encontra nas mãos de quem teima em apresentar-se como salvador. Repito, insuficiente este avivamento tardio pois o perder sucessivamente e ainda ter coragem para se candidatar novamente, como de cara lavada não resulta. Quase poderia dizer que, como Manuel Alegre na rádio Voz da Liberdade verbalizava, temos uma oposição de “sucessos-sucedidos-sucessivamente”, mas que na prática é rejeitada pelo povo, único detentor das decisões e que pune quem assim procede.

Vem a talhe de foice uma notícia espalhada a semana passada, sobre os cartões de crédito das empresas municipais, e que eles são acumuláveis entre si, de tal forma que se chega a valores megalómanos, para quem quer defender a coisa pública. Esta denúncia é verdadeira, mas não coerente, com quem os defendeu outrora e agora aparece como paladino de uma moral política, que não possuía então. Até parece que estou, como se diz, a dar tiros-nos-pés, e é verdade, mas também o é que posso aparecer ao nosso povo com as mãos limpas, de quem nunca se vendeu, e isso prestigia a política e o espaço que o Partido Socialista quer ocupar.


Os políticos não são todos iguais, reconheço que uns têm posições conforme lucram ou não com a política, outros, normalmente, não bem vistos, os do “politicamente incorrecto”, que ao pensar pela sua cabeça são arredados pelo aparelho e interesses egoístas de quem, de facto, não está para servir.

Segundo a minha memória, estes cartões e o seu valor, assim como a forma de atribuição, são as mesmas que há quatro anos chegaram à Assembleia Municipal. Então, para meu espanto, a direcção concelhia do PS, o seu presidente, que é o mesmo nos dias de hoje, tentou convencer-me que a única votação possível era a favorável, e assim votaram os deputados municipais. Por meu lado, penso que juntamente com o deputado da CDU, votamos contra, isolando-me assim, do meu grupo parlamentar, que posteriormente me viria a proibir de estar presente nas reuniões preparatórias. Este episódio, que não fará história, é uma verdade, por muito que tal custe aos actuais dirigentes, os mesmos afinal (!), que agora nutrem um carinho especial pela denúncia, do que outrora aprovaram. E com toda a coragem para se apresentarem a novo sufrágio nos cargos partidários! É mesmo necessário quem venha dizer ao nosso povo, que a história não se apaga, mas que ainda existe quem tenha a coragem de a ir relembrando.

Continuo a pensar que os cartões de crédito não devem merecer o voto favorável da bancada socialista, e que as despesas dos administradores das empresas municipais, sejam eles quem forem, não deverão ser pagas por este processo, mas outro mais transparente e correcto; o que não possuo é duas faces, perante o mesmo problema, se era contra agora também o sou, admitindo, perfeitamente, que no passado alguém se enganou, então que o diga, alto e bom som, e explique a quem os elegeu a sua mudança de atitude, porque assim talvez se entenda ou caso contrário, poderemos estar perante quem não pode ser aceite para cargos políticos, porque senão andaremos a enganarmo-nos a nós mesmos.

Porque assim entendo, e quero defender o PS da Maia, ouso levantar a voz livre, que não troco por favores sejam de que espécie for. Não tenho os lugares, mas a consciência tranquila e mais importante e de maior valor, o direito e dever de, citando o Zeca Afonso, “o que é preciso é alertar a malta”.

Joaquim Armindo
Membro da Comissão Política do PS/Maia
jarmindo@clix.pt
http://www.bemcomum.blogspot.com

Assina esta coluna quinzenalmente.

LIVRO DE ROGÉRIO SANTOS

Apresentação do livro As vozes da rádio, 1924-1939, por João Paulo Meneses (jornalista, professor universitário e blogueiro). Na Universidade Fernando Pessoa, no Porto (dia 23 de Fevereiro, pelas 17:30).
Parabéns meu amigo de lutas que travamos juntos!

segunda-feira, fevereiro 13

"O Homem só se realiza quando realiza o impossível".
Agostinho da Silva

A HOMENAGEM



AGOSTINHO DA SILVA

100 ANOS DO NASCIMENTO DE AGOSTINHO DA SILVA

13 Fevereiro 2006

Agostinho da Silva: centenrio do nascimento

Me fiz gente se que sou em Barca dAlva do Douropara cima tudo celtapara baixo tudo mouroo pior que Alentejoe Algarve tendo nas veias como vou eu libertar-mede to apertadas teiasdecerto no escapavase fosse intelectualcomo esses que tem havidomais simples que Portugalquem no for um mais o outromesmo que em contradio ser vencido na vidalhe desfeito o coraomenos nadar que boiarque a sabedoriadeixe a vida demonstrarque a verdadeira guiae que s ela quem sabeo bom rumo da naoe o porto a que vai chegar quer ela queira ou no.Agostinho da Silva, in "Uns Poemas de Agostinho"Filho de pai algarvio e me alentejana, George Agostinho Baptista da Silva nasceu no Porto, no dia 13 de Fevereiro de 1906, faz hoje exactamente 100 anos. Passou a infncia em Barca de Alva, Alto Douro, posto fronteirio onde o pai exerceu as funes de inspector alfandegrio. Licenciou-se em Filologia Clssica pela Faculdade de Letras do Porto, onde teve como professor Leonardo Coimbra, paladino do movimento filosfico conhecido como Renascena Portuguesa. Doutorou-se na Sorbonne, em Paris, com uma tese sobre Montaigne. Demitido do ensino oficial portugus, em 1935, por se recusar a assinar, por convices pessoais, uma declarao "jurando no ter pertencido ou vir a pertencer a qualquer associao secreta", passou a leccionar no ensino particular, tendo-se contado entre os seus alunos Mrio Soares e Lagoa Henriques. Colaborou em publicaes de referncia como a revista "Seara Nova" e, no mbito da sua actividade pedaggica, redigiu os chamados Cadernos de Iniciao Cultural e diversas biografias. Excomungado pela Igreja por ter escrito que Cristo tinha irmos (apesar dessa referncia vir nos evangelhos) e perseguido pela PIDE, em 1944 exilou-se no Brasil onde fundou e fomentou a criao de quatro universidades (Braslia, Paraba, Santa Catarina e Bahia), a par de uma intensa actividade acadmica e cientfica nos mais diversos campos do saber (Literatura, Filosofia, Histria, Teatro, Geografia, Sociologia, Antropologia e tambm em reas da Biologia como a Botnica, a Entomologia, a Histologia e a Parasitologia). Regressou a Portugal na década de 70, vindo a criar um fundo para a atribuio do Prmio D. Dinis. Mesmo sem o estmulo da vida acadmica, sempre se caracterizou por uma renovada curiosidade cientfica bem patente na aprendizagem de lnguas como o malaio e o esperanto e nas viagens demoradas que fez por diversos pases designadamente o Japo. Fui soldado no Brasilmarinheiro em Portugaldos meses prefiro Abrilaurora primaverilde liberdade idealdas festas vou por Natalem que inocncia infantiltriunfante vence o male sempre em sonhos de anil sempre em vagas de realfui soldado no Brasilmarinheiro em Portugal.ibidemNa sua vida adoptou um franciscanismo simultaneamente laico e paracltico que, segundo o Prof. Jesu Pinharanda Gomes, constitui um singular testemunho propedutico do messianismo portugus. O seu desenraizamento das coisas materiais e sobretudo as suas ideias heterodoxas, designadamente a sua viso neo-vieiriana sobre o papel de Portugal no mundo, suscitaram-lhe o desdm de alguns intelectuais da nossa praa mas transformam-no numa espcie de guru para muitos jovens. Em 1990, a srie "Conversas Vadias", que manteve na RTP-1 com treze figuras conhecidas dos media, fazem-no chegar ao grande pblico. Vem a falecer em Lisboa, a 03 de Abril de 1994, dia de Pscoa. A sua vasta e heterognea obra bibliogrfica, que se encontrava dispersa por vrias editoras (Ulmeiro, Relgio dgua, Assrio e Alvim, etc.), foi sistematizada numa edio lanada pela ncora e pelo Crculo de Leitores. Perguntar-me-o: a que propsito vem a evocao do Prof. Agostinho da Silva num blogue sobre rdio. A resposta muito simples: que foi justamente na rdio que eu o descobri pela mo do radialista Fernando Alves. E de imediato me impressionou a sabedoria com que falava das coisas mais profundas utilizando uma linguagem simples e coloquial, bem diferente do jargo acadmico muito comum em boa parte dos seus pares. A partir da procurei conhecer melhor o seu pensamento atravs dos livros, mas no deixo de ficar sempre deliciado e fascinado quando me dada a oportunidade de o ouvir na rdio. Foi o que aconteceu na manh de ontem, quando Germano Campos, no programa Caf Plaza , recuperou do arquivo histrico da RDP uma conversa havida com Graa Vasconcelos em que o professor falou da dicotomia liberdade versus destino. E teve o condo de me por a reflectir at que ponto muitas das coisas que fazemos supostamente no exerccio do nosso livre-arbtrio no so no fundo ditadas pela nossa prpria essncia bio-psico-fisiolgica. Ser que somos verdadeiramente livres, ainda que sem grilhetas sociais, quando no nos podemos subtrair da nossa natureza corprea, do burro albardado como lhe chamou Agostinho? O homem, ser que aspira liberdade, est condenado a cumprir o seu destino enquanto homem porque lhe no possvel ser outra coisa. Alm de Fernando Alves e de Graa Vasconcelos, outros profissionais da nossa rdio entre os quais Jos Nuno Martins fizeram entrevistas ao grande pensador. Cumpre-me aproveitar esta ocasio para chamar a ateno para o interesse da inventariao, tratamento e salvaguarda desses registos avulsos e dispersos antes que se deteriorem ou levem sumio. Longe de serem documentos de valor desprezvel, as conversas que Agostinho da Silva fez na rdio no deixam de ter importncia no conjunto do seu legado. Por isso, lano daqui um repto Associao Agostinho da Silva no sentido desse esplio fonogrfico ser coligido, digitalizado e colocado numa pgina da internet de modo a que todos os interessados estudiosos e pblico em geral a ele tenham acesso. Do mesmo modo que um livro tem de ser lido para existir, tambm uma voz que no se ouve como se no existisse. Fazer com que o pensamento de Agostinho continue vivo tambm passa por a. Nota: A Antena 1 aliou-se (e muito bem) s comemoraes do centenrio com a transmisso de um programa evocativo realizado por Antnio Jorge.A TSF dedicou um frum subordinado ao tema "a portugalidade e o papel de Portugal no mundo" e vem transmitindo apontamentos evocativos realizados por Fernando Alves.O canal 2 da RTP assinala a efemride com a reposio durante a semana (logo a seguir ao "Magazine", por volta da 1h da manh) de quatro das "Conversas Vadias", mais precisamente as que tiveram como interlocutores Adelino Gomes, Miguel Esteves Cardoso, Herman Jos e Maria Elisa Domingues. A no perder, enquanto no sai a coleco completa em DVD!

domingo, fevereiro 12

A Equipa do Bem Comum, tem a honra de anunciar que o seu quadro permanente, conta a partir de agora com a colaboração, de:


Dr. José António Andrade Ferreira, médico conceituado, líder da bancada do PS, na Assembleia Municipal da Maia, militante do PS e membro da Comissão Política da Maia do PS.

Ainda pertençe à Secção de Pedras Rubras do PS e Secção da Saúde da Federação Distrital do Porto do PS.

A Equipa do Bem Comum saúda este novo elemento, que vem enriquecer o blogue.

Joaquim Armindo
Lurdes Alves

COMENTÁRIO DE LEITOR

moirocomico diz
Absolutamente de acordo com a decisão do Sr Eng Joaquim Armindo. Voltarei aqui apenas com comentários de ordem cívica e politica, mas quando o blog reassumir as suas origens, seja o que na imprensa se designa por código de conduta, deixando para outros meios ou blog's "devaneios tipo conversa de travesseiro".

A TODOS OS LEITORES

A Equipa Bem Comum, face aos comentários que tem sido vítima, assim como a outros que bem conhecemos, e foram ignobilmente atacados, e porque temos de perserverar o bom nome do Bem Comum:
1.- Retirar a possibilidade a que se façam comentários, livremente;
2.- Solicitar a compreensão de todos os leitores, para esta decisão que não deixa de ser censura;
3.- Todos os leitores poderão, e deverão continuar a intervir, desde que enviem para um dos e-mails referidos, os seus comentários, que serão colocados sem quaquer censura;
4.- Custa-nos esta tomada de posição, mas não podemos ter outra atitude; os ataques para o encerramento do blogue, porque incomoda, não nos farão demover de prosseguir com ele.
Joaquim Armindo
Lurdes Alves

sábado, fevereiro 11

10.º POEMA DE PABLO NERUDA



HEMOS PERDIDO AUN...

Hemos perdido aun este crepúsculo.
Nadie nos vió esta tarde con las manos unidas
mientras la noche azul caía sobre el mundo.

He visto desde mi ventana
la fiesta del poniente en los cerros lejanos.

A veces como una moeda
se encebdía un pedazo de sol entre mis manos.

Yo te recordaba con el alma apretada
de esa tristeza que tú me conoces.

Entonces dónde estabas?
Entre qué gentes?
Diciendo qué palabras?
Por qué se me vendrá todo el amor de golpe
cuando mi siento triste, y te siento lejana?

Cayó el libro que siempre se toma en el crepúsculo,
y como un perro herido rodó a mis pies mi capa.

Siempre, siempre te alejas en las tardes
hacia donde el crespúsculo corre borrando estátuas.

sexta-feira, fevereiro 10


A Deputada Elisa Ferreira foi recentemente nomeada relatora do Grupo do PSE para a questão das Ajudas de Estado à Inovação na Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu. Segundo a eurodeputada do PS, as propostas avançadas pela Comissão Europeia para esta área (inseridas no Plano de Reforma das Ajudas de Estado para o período 2005-2009) vêm colocar de novo a tónica na possibilidade de apoios às pequenas e médias empresas, alargando simultaneamente o domínio de actividades inovadoras contempladas, através do apoio a "start-ups" tecnológicas, ao capital de risco tecnológico e à experimentação de novas soluções no mercado. A discussão do relatório está prevista para o próximo mês de Março. Elisa Ferreira foi igualmente nomeada relatora do Grupo Socialista para o Programa i2010 - Sociedade da Informação para o Crescimento e Emprego e relatora principal para o Livro Verde sobre a Eficiência Energética, igualmente na Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do PE. Já na passada semana, no âmbito de uma troca de pontos de vista realizada com a Comissária Neelie Kroes, Elisa Ferreira questionou a responsável pela pasta da Concorrência sobre a eventual revisão do enquadramento comunitário relativo à concentração de empresas, referindo-se concretamente às recentes operações no mercado energético ibérico. A Comissária Kroes reconheceu que, no interesse de uma regulação consistente das operações neste domínio em determinados sectores, entre os quais se inclui a energia, poderia ser necessária a revisão das regras actualmente em vigor. Neste sentido, reiterou que se encontra em curso um exercício de escrutínio nesta matéria, conduzido pela Direcção-Geral de Concorrência da Comissão em articulação com as autoridades de concorrência nacionais.

quinta-feira, fevereiro 9

9.º POEMA DE PABLO NERUDA





EBRIO DE TREMENTINA...


Ebrio de trementina y largos besos,
estival, el velero de las rosas dirijo,
torcido hacia la muerte del delgado día,
cimentado en el sólido frenesí marino.
Pálido y amarrado a mi agua devorante
cruzo en el agrio olor del clima descubierto,
aún vestido de gris y sonidos amargos,
y una cimera triste de abandonada espuma.
Voy, duro de pasiones, montado en mi ola única,
lunar, solar, ardiente y frío, repentino,
dormido en la garganta de las afortunadas
islas blancas y dulces como caderas frescas.
Tiembla en la noche húmeda mi vestido de besos
locamente cargado de eléctricas gestiones,
de modo heroico dividido en sueños
y embriagadoras rosas practicándose en mí.
Aguas arriba, em medio de las olas externas,
tu paralelo cuerpo se sujeita em mis brazos
como un pez infinitamente pegado a mi alma
rápido y lento en la energía subceleste.

quarta-feira, fevereiro 8

PEDIDO FORMAL DE DESCULPAS

Aquando o ataque violento de comentários neste blogue, foram apagados todos os comentários, inclusivé um de moirocómico, leitor devidamente identificado, inadvertidamente.

Por este facto a Equipa do Bem Comum apresenta um pedido formal de desculpas, sendo que de futuro teremos mais cuidado quando apagamos comentários.

terça-feira, fevereiro 7

COLABORAÇÃO DE LEITOR

Sei que pareço um ladrão,
Mas há muitos que eu conheço,
Que, não parecendo o que são,
São aquilo que eu pareço.

Embora os meus olhos sejam
Os mais pequenos do Mundo,
O que importa é que eles vejam
O que os homens são no fundo.

Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência,
Que ás vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência !

Uma mosca sem valor,
Pousa co' a mesma alegria
Na careca de um doutor
Como em qualquer porcaria.

Ontem rei, hoje sem trono,
Cá ando outra vez na rua;
Entreguei o fato ao dono
E a miséria continua.

Quem prende a água que corre
É por si próprio enganado;
O ribeirinho não morre,
Vai correr para outro lado.

António Aleixo.

segunda-feira, fevereiro 6

ARTIGO A PUBLICAR NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Amanhã será publicado no Jornal O Primeiro de Janeiro, o artigo da autoria de Joaquim Armindo:
"COERÊNCIA POLÍTICA"
onde se fala dos cartões de crédito das empresas municipais da Maia, e se reflete sobre a coerência dos políticos.

MÚSICA PRECIOSA DO MEU SILÊNCIO


Música preciosa do meu silêncio,
Sem ti, já não saberia ser eu.
Música clássica, linda, sublime,
Tudo em ti me ultrapassa
E espanta.
Ao ouvir-te sinto esta alegria,
Que é estar viva.
Música dos meus sonhos de olhos fechados,
Das minhas aspirações,
Das minhas crenças.
Contigo ultrapasso todas as fronteiras,
Todos os limites da minha solidão.
Ó música de sempre,
Do antigamente e do presente,
Música preciosa do meu silêncio,
És tudo para mim.
Guedes Figueiredo "Horizonte Possível"

domingo, fevereiro 5


O teólogo Juan Masiá Cravel, professor catedrático em Madrid, foi despedido, anuncia hoje o Público, por ter defendido o uso de preservativo.
Esta notícia aparece uma semna depois de o Papa Bento XVI, ter proclamado uma encíclica "Deus é Amor".
Contraditório, não?
Para dar consistência à decisão do procedimento de despedimento, deveria saber-se quantos cristãos usam o preservativo, e, porque não, despedi-los a todos...
Espera-se que Bento XVI, não fique calado perante esta atitude, ou então...quem cala consente!

sábado, fevereiro 4

8.º POEMA DE PABLO NERUDA





AREJA BLANCA ZUMBAS...


Abeja blanca zumbas, ebria de miel, en mi alma
y te tuerces en lentas espirales de humo.
Soy el desesperado, la palabra sin ecos,
el que lo perdió todo, y el que todo lo tuvo.
Última amarra, cruje en ti mi ansiedad última.
En mi tierra desierta eres la última rosa.
Ah silenciosa!
Cierra tus ojos profundos. Allí aletea la noche.
Ah desnuda tu cuerpo de estatua temerosa.
Tienes ojos profundo donde la noche alea.
Frescos brazos de flor y regazo de rosa.
Se parecen tus senos a los caracoles blancos.
Ha venido a dormirse en tu vientre una mariposa de sombra.
Ah silenciosa!
He aquí la soledad de onde estás ausente.
Llueve. El viento del mar caza errantes gaviotas.
El agua anda descalza por las calles mojadas.
De quel árbol se quejan, como enfermos, las hojas.
Abeja blanca, ausente, aún zumbas em mi alma.
Revives en el tiempo, delgada y silenciosa.
Ah silenciosa!

ARTIGO A PUBLICAR NO PRIMEIRO DE JANEIRO

Amanhã no Jornal O Primeiro de Janeiro, será publicada uma crónica, de Joaquim Armindo, sobre a enciclica:


"DEUS É AMOR"

sexta-feira, fevereiro 3

PARTILHAR O PENSAMENTO


A Nossa Verdade

A verdade é aquilo que todo o homem precisa para viver e que ele não pode obter nem adquirir de ninguém. Todo o homem deve extraí-la sempre nova do seu próprio íntimo, caso contrário ele arruína-se. Viver sem verdade é impossível. A verdade é talvez a própria vida.

Franz Kafka, in 'Conversas com Kafka'

HOJE ATAQUE AO BLOGUE

Alguém hoje decidiu atacar o BEM COMUM.

Uma série de pessoa(s) colocou comentários desapropriados sobre várias pessoas.

É evidente que a Equipa Bem Comum, agiu de imediato e retirou esses comentários.

Os poemas que se estão a colocar no BEM COMUM, nada têm com paixões, mas é uma homenagem que estamos a fazer ao grande Pablo Neruda, transcrevendo o seu livro

"20 POEMAS DE AMOR E UMA CANÇÃO DESESPERADA"

edição de publicações D. Quixote - 2.ª edição - de Maio de 1972

E está inserida num projecto de dar a conhecer bons poetas.

7.º POEMA DE PABLO NERUDA





INCLINADO EN LAS TORRES...

Inclinado en las tardes tiro mis tristes redes
a tus ojos oceánicos.

Allí se estira y arde en la más alta hoguera
mo soledad que da vueltas los brazos como um náufrago.

Hajo rojas señales sobre tus ojos ausentes
que olean como el mar a la orilla de un faro.




Sólo guardas tinieblas, hembra distante y mía,
de tu mirada emerge a veces la costa del espanto.

Inclinado en las tardes echo mis tristes redes
a esse mar que sacude tus ojos oceánicos.

Los pájaros nocturnos picoteam las primeras estrellas
que centellan como mi alma cuando te amo.

Galopa la noche en su yegua sombría
desparramandoespigas azules sobre el campo.

quinta-feira, fevereiro 2

6.º POEMA DE PABLO NERUDA




TE RECUERDO COMO ERAS...


Te recuerdo como eras en el último otoño.
Eras la boina gris y el corazón en calma.
En tus ojos peleaban las llamas del crespúsculo.
Y las hojas caíam en el agua de tu alma.

Apegada a mis brazos como una enredadera,
las hojas recogían tu voz lenta y en calma.
Hoguera de estupor en mí sed ardía.
Dulce jacinto azul torcido sobre mi alma.

Siento viajar tus ojos y es distante el otoño:
boina gris, voz de pájaro y corazón de casa
hacia onde emigraban mis profundos anhelos
y caían mis besos alegres como brasas.

Cieclo desde un navío. Campo desde los cerros:
Tu recuerdo es de luz, de humo, de estanque en calma!
Más allá de tus ojos ardían los crespúsculos.
Hojas secas de otoño giraban en tu alma.

quarta-feira, fevereiro 1

5.º POEMA DE PABLO NERUDA



PARA QUE TÚ ME OIGAS...

Para que tú me oigas
mis palavras
se adelgazan a veces
como las huellas de las gaivotas en las playas.

Collar, cascabel ebr
io

para tus manos suaves como las uvas.

Y las miro lejanas mis palavras.
Más que mías son tuyas.
Van trepando en viejo dolor como las yedras.

Ellas trepan aslas suele arrastí por lás paredes húmedas.
Eres tú la culpable de este juego sangriento.
Ellas están huyendo de mi guarida oscura.
Todo lo llenas tú, todo lo llenas.

Antes de tú pobreron la soledad que ocupas,
y están acostumbradas más que tú a mi tristeza.

Ahora quiero que digan lo que quiero decirte
para que tú oigas como quiero que me oigas.

El viento de la angustia aún las suele arrastrar.
Huracanes de sueños aún a veces las tumbam.
Escuchas otras voces en mi voz dolorida.
Llanto de viejas bocas, sangue de viejas
súplicas.
Amame, compañera. No me abandones. Sígueme.
Sígueme, compañera, en esa ola de angústia.


Pero se van tiñendo con tu amor mis palavras.
Todo lo ocupas tú, todo lo ocupas.

Voy haciendo de todas un collar infinito
para tuas blancas manos, suaves como las uvas.